Fusões e aquisições no setor imobiliário crescem 133% em 2019, aponta KPMG

O número de fusões e aquisições no setor imobiliário aumentou 133% em 2019, se comparado ao ano anterior. Com um acréscimo de 44 operações em relação ao volume apresentado em 2018 (33), o segmento concretizou 77 transações no último ano. Os dados são de pesquisa da KPMG realizada com 43 setores da economia brasileira.

Dentre as transações realizadas no setor imobiliário em 2019, 68 foram domésticas e sete, do tipo CB1, ou seja, realizadas por empresas estrangeiras que adquiriram empreendimentos de brasileiros estabelecidos no Brasil. Também se concretizaram uma operação de categoria CB2, em que empresas brasileiras adquirem empreendimentos de estrangeiros estabelecidos no exterior, e uma de tipo CB4, em que empresas estrangeiras adquirem empreendimentos de estrangeiros estabelecidos no Brasil.

Ranking geral

Segundo o levantamento realizado em 2019, o setor de empresas de internet manteve a liderança, saltando de 169 operações em 2018 para 293 em 2019, uma alta de 73%, seguida pelas áreas de tecnologia da informação (158), hospitais e laboratórios de análises clinicas (87), imobiliária (77), outros setores (72), alimentos, bebidas e fumo (52) e companhias de energia (51).

Ranking regional

Com relação à questão geográfica, a pesquisa apontou que as regiões Sudeste e Sul do Brasil foram as que mais se destacaram, com as respectivas operações de fusões e aquisições em cada Estado destacadas a seguir: São Paulo, 750; Rio de Janeiro, 119; Paraná, 73; Minas Gerais, 60; Rio Grande do Sul, 53; e Santa Catarina, 44.

Arena Petry e Hard Rock International oficializam parceria para desenvolvimento do Hard Rock Florianópolis

O anúncio oficial da parceria entre o grupo catarinense Arena Petry e o Hard Rock International foi feito na noite de sexta-feira (31), em São José, na Grande Florianópolis, com presença de vice-presidentes da marca internacional, autoridades, políticos, imprensa e convidados. Cerca de 800 pessoas acompanharam a apresentação do projeto, que tem como primeira etapa o maior Hard Rock Live (casa de shows e eventos da marca global) do mundo, e o primeiro fora dos Estados Unidos.

O Hard Rock Live Florianópolis fará parte de um complexo de entretenimento que inclui também um hotel e um possível cassino-resort, caso sejam realizadas mudanças na lei que regulamenta jogos no Brasil.

“Muita coisa mudou desde a inauguração da Arena Petry. Deixamos a nossa zona de conforto e encaramos de peito aberto os desafios gigantes de operar uma das maiores arenas indoor do Brasil. Não foi fácil, mas foi um enorme aprendizado. E, em nome de todo o Grupo Arena Petry, posso dizer que está valendo a pena. Agora, chegou a hora de dar mais um passo: formalizar uma parceria que vem sendo objeto de conversas há algum tempo e que tem como premissa oferecer um equipamento ainda melhor aos catarinenses, aos brasileiros e aos latino-americanos”, destaca Daniel Ferreira, diretor de novos negócios da Arena Petry.

As adaptações e a mudança de marca da Arena Petry irão ocorrer durante todo o ano de 2020 e são reflexo da parceria exclusiva com a Hard Rock para atuação em um raio de 100 milhas (aproximadamente 160 km). Já a previsão dos empreendedores é de que o hotel de 300 quartos, que ficará localizado no terreno próximo ao complexo, seja construído até 2023.

“Essa parceria eu dedico ao meu pai, Anito José Petry, que deixou para nós um legado de trabalho e honestidade, e que certamente está orgulhoso por estarmos unindo o nome da nossa família com o maior grupo de entretenimento do mundo”, comenta o presidente Sandro Petry.

O anúncio contou com a presença de Todd Hricko, vice-presidente sênior de desenvolvimento global de hotéis, que defende um dos principais pilares da marca Hard Rock:

“Nós somos 100% música. Somos uma empresa de entretenimento, não somos apenas hotel. Qualquer marca de hotel pode oferecer cama e lençóis limpos. O primeiro passo será colocar o Hard Rock Live Florianópolis para funcionar e reforçar toda a parte de estilo de vida e entretenimento de uma forma que as pessoas nunca viram antes”.

Já Alex Pariente, vice-presidente sênior de operações de cassino, destaca a parceria com a família Petry:

“Tenho orgulho de fazer parte de um grupo de trabalho junto com família Petry, que tem tanto carinho e dedicação no que faz. Eles assumiram a responsabilidade que representa ter a marca Hard Rock, além do compromisso de criar esse complexo de entretenimento inédito no Brasil. Que a marca traga muito sucesso para esse belo destino que é Santa Catarina”.

Para o senador Dário Berger, a constituição de parcerias e alianças estratégicas no mundo dos negócios ajuda a enfrentar os desafios decorrentes da globalização, e as empresas devem juntar forças e estratégias comuns para ampliar as oportunidades e serem cada vez mais competitivas no mercado.

“Posso afirmar com convicção que se trata de uma parceria ousada e estratégica. A Arena Petry é hoje a mais moderna, sofisticada e segura casa de entretenimento do Brasil. E o Hard Rock é uma das instituições mais consagradas, desejadas e queridas do mundo inteiro. Essa parceria vai alavancar negócios e trazer uma nova onda de desenvolvimento turístico para a região, com benefícios imensuráveis. Vai colocar São José, Florianópolis e Santa Catarina na rota dos grandes espetáculos nacionais e internacionais”, defende o senador.

Douglas Borba, Chefe da Casa Civil do Governo do Estado de Santa Catarina, acredita que o anúncio da aliança entre o Grupo Arena Petry e o Hard Rock International é um divisor de águas nas oportunidades geradas através do turismo no Estado, e faz apelo aos políticos:

“Nós assumimos um compromisso de juntarmos forças para alcançar os melhores resultados para o Estado. Estamos satisfeitíssimos com o novo empreendimento. Esperamos que, no âmbito federal, regulamentem os jogos no Brasil. Se assim o Congresso desejar, Santa Catarina quer ser pioneira no Brasil, para que tenhamos ainda mais oportunidades de turismo”, finaliza.

Música e filantropia fazem parte dos pilares da marca

Os músicos Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Humberto Gessinger, que se apresentaram na noite de sexta-feira (31), doaram os primeiros instrumentos que farão parte da memorabília do Hard Rock Live Florianópolis, que vai transformar a casa em um ponto turístico único, com itens diversos que pertenceram às maiores celebridades mundiais do rock e de outros gêneros musicais. A diversidade também será marca da programação de shows, com presença de artistas de todos os estilos.

Filantropia também é um dos pilares da marca Hard Rock e na operação em Santa Catarina não será diferente. A matriarca Sandra Petry, responsável pelos projetos sociais da Arena Petry, recebeu Alice Kuerten, fundadora do Instituto Guga Kuerten, para a entrega de uma guitarra doada pelo Hard Rock International. O instrumento será leiloado para arrecadar recursos para a instituição

“Queria agradecer o grupo Hard Rock, em nome dos catarinenses, por ter acreditado em Santa Catarina. Isso só enriquece a cultura do nosso Estado. Em nome das nossas 700 crianças e adolescentes atendidas pelo Instituto, agradecemos. O leilão da guitarra vai ajudar a atender ainda mais demandas sociais em Santa Catarina”, comenta.

EXPOLUX anuncia mudança estratégica para a edição deste ano

Entre discussões de parcerias público-privadas de iluminação que podem gerar economia de R$ 38 bilhões em 20 anos e demandas cada vez mais urgentes de soluções integradas e sustentáveis, a EXPOLUX mostra que 2020 será mesmo marcante para o setor com a realização da sua 17ª edição. Já de partida, a feira, referência para profissionais técnicos e criativos de toda a América Latina, anuncia um movimento estratégico, mudando a realização de abril para agosto, entre os dias 4 e 7.

A alteração é importante porque permite uma melhor posição no calendário internacional de feiras do segmento, melhorando a experiência de visitantes, expositores e parceiros. “Em uma área com uma cadeia tão extensa como iluminação, agenda é algo fundamental. Com a escolha, driblamos conflitos ou proximidade com outras programações, beneficiando nosso público qualificado”, explica Ivan Romão, gerente de produto da Reed Exhibitions Alcantara Machado.

Técnica, Arte, Inovação e Sustentabilidade

Dividida em dois pavilhões, a Expolux 2020 tem a missão de surpreender lighting designers, arquitetos e decoradores como porta de entrada das principais tendências globais, assim como engenheiros, projetistas e técnicos de iluminação que buscam soluções para os maiores desafios do setor de iluminação técnica.

Mais do que uma exposição, o evento foca em negócios, apresentação de lançamentos, promoção de relações e no levantamento de discussões. A programação completa de apresentações e experiências será divulgada em breve, mas já é possível adiantar que a Arena de Conteúdo, o SIMPOLED (Simpósio Internacional de Iluminação), o Decor Prime Show e o Hackaton retornam. Estão confirmadas, também, rotas especiais de inovação e de sustentabilidade, além de rodadas de negócios nacionais e internacionais.

“Cada edição é única porque muita coisa muda em dois anos. Nós estamos trabalhando para que a próxima possa contribuir ainda mais com o desenvolvimento do mercado, atendendo áreas técnicas, criativas, de estilo, da indústria e do varejo, envolvendo diversos recursos e ferramentas que potencializam a jornada”, conclui Ivan Romão.

A realização é da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) e do Sindicato da Indústria de Lâmpadas e Aparelhos Elétricos de Iluminação no Estado de São Paulo (Sindilux). Enquanto a área de credenciamento está sendo preparada, é possível acompanhar as novidades sobre a feira e notícias do setor no blog oficial no site www.expolux.com.br.

Expolux 2020

De 04 a 07 de agosto

Expo Center Norte – São Paulo

www.expolux.com.br

CASACOR anuncia novas datas da mostra no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Reconhecida como a maior e mais completa mostra de arquitetura e decoração das Américas, a CASACOR já prepara a principal edição da marca, que acontece em São Paulo, de 02 junho a 02 de agosto, no Jockey Club. Com grandes nomes a serem confirmados, o evento de 2020 será pautado pelo conceito A Casa Original.

A inspiração para o tema deste ano nasceu da reflexão sobre o mundo tecnológico e contemporâneo. Com o avanço da modernidade, a necessidade de estar sempre conectado e em constante mudança, veio também a sensação de instabilidade. Seja pelo ímpeto de acompanhar os passos dessa rápida evolução ou pelo sentimento que brota das consequências que ela causa.

A Casa Original vem justamente da urgência de encontrar uma resposta para essa questão: por meio da criatividade e do retorno às origens, buscando na terra, na ancestralidade e simplicidade, encontrar um equilíbrio entre o passado e o futuro.

Além do tema central do evento, algumas datas da mostra pelo Brasil também já foram confirmadas. Destaque especial para o retorno da CASACOR Mato Grosso do Sul, que promete novidades para a edição. Confira abaixo a lista completa:

CASACOR GOIÁS

Período do Evento – 07/05/2020 à 17/06/2020

CASACOR PARANÁ

Período do Evento – 24/05/2020 à 19/07/2020

CASACOR MATO GROSSO DO SUL

Período do Evento – 04/06/2020 à 19/07/2020

CASACOR RIO GRANDE DO SUL

Período do Evento – 23/06/2020 a 16/08/2020

CASACOR SANTA CATARINA – ITAPEMA

Período do Evento – 06/08/2020 A 20/09/2020

CASACOR RIBEIRÃO PRETO

Período do Evento – 06/08/2020 a 20/09/2020

CASACOR PARAÍBA

Período do Evento – 15/08/2020 à 27/09/2020

CASACOR MINAS GERAIS

Período do Evento – 18/08/2020 à 20/09/2020

CASACOR ESPÍRITO SANTO

Período do Evento – 26/08/2020 à 18/10/2020

CASACOR RIO DE JANEIRO

Período do Evento – 01/09/2020 à 12/10/2020

CASACOR BAHIA

Período do Evento – 01/09/2020 à 10/10/2020

CASACOR CEARÁ

Período do Evento – 10/09/2020 à 20/10/2020

CASACOR SANTA CATARINA – FLORIANÓPOLIS

Período do Evento – 26/09/2020 à 08/11/2020

*Datas sujeitas a alteração

Lançamentos avançam 10,7% até novembro e se aproximam de patamar recorde em 2019

De acordo com informações de empresas associadas à Abrainc – Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, o número de lançamentos foi de 11.340 unidades em novembro de 2019 (o que corresponde a um aumento de 49,6% em relação ao mesmo mês de 2018), colaborando para um volume de 92.558 unidades lançadas no acumulado do ano (volume 10,7% superior ao registrado no mesmo período de 2018). Já as vendas totalizaram 11.357 unidades no último mês analisado (aumento de 0,8% em relação às vendas de novembro de 2018), totalizando 103.408 unidades vendidas até novembro (queda de 1,1% em relação ao mesmo período de 2018). Considerando os últimos 12 meses, os lançamentos e vendas de imóveis novos totalizaram, respectivamente, 109.323 e 113.950 unidades, resultados que correspondem, respectivamente, a um aumento de 12,3% no número de unidades lançadas, e uma queda de 1,7%, no volume comercializado – ambos em relação ao ocorrido nos 12 meses precedentes.

A despeito da ligeira queda no volume comercializado no acumulado do ano, é necessário destacar que as vendas líquidas de imóveis novos** – calculadas pela subtração das unidades distratadas do total de unidades vendidas em um mesmo intervalo – cresceram 9,4%, no acumulado de 2019 (em comparação com mesmo período de 2018). Tal resultado, por sua vez, reflete a queda expressiva no volume de distratos no balanço parcial de 2019 (-33,5%), bem como a redução observada na razão distratos/vendas – a média desse indicador até novembro de 2019 (16,5%) mantém-se em patamar muito inferior à média calculada para o mesmo período de 2018 (24,6%).

Na análise por tipologia residencial, a maior parte dos lançamentos (78,8%) e das vendas (69,8%) realizadas nos últimos 12 meses ainda corresponde a unidades comercializadas no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV)*, ao passo que os empreendimentos de Médio e Alto Padrão (MAP) foram responsáveis por 21,2% das unidades lançadas e 30,2% das unidades vendidas no período. Em termos de variação, os lançamentos do segmento MAP recuaram 1,6% em relação ao período precedente, enquanto as vendas e as vendas líquidas** do segmento MAP cresceram, respectivamente, 1,6% e 20,6% no período. Comparativamente, o número de lançamentos residenciais associados ao Programa MCMV* nos últimos 12 meses superou em 20,2% o volume lançado no período precedente, enquanto as vendas desse segmento recuaram 2,4% na mesma base comparativa. Por outro lado, as vendas líquidas** do segmento MCMV avançaram 3,1% no levantamento dos últimos 12 meses.

Para acessar o estudo completo, clique aqui.

Notas: (*) As informações do Programa Minha Casa Minha Vida contemplam apenas empreendimentos da Faixa 2 e Faixa 3. (**) As vendas líquidas correspondem ao volume de vendas excluindo-se as unidades distratadas no mesmo período.

Desconhecimento e dificuldades financeiras atrasam automação nos canteiros de obras

Embora as tecnologias de automação dos canteiros de obras já estejam disponíveis, a Construção Civil brasileira ainda utiliza, de uma forma geral, as mesmas técnicas aplicadas no setor no final do século passado. Inteligência Artificial (IA), Big Data, Block Chain, Internet das Coisas (IoT) e robótica ainda estão distante da realidade do setor no Brasil. A análise é do diretor executivo de Tecnologia do I.A.R – Instituto Avançado de Robótica, Rogério Vitalli, que integra o Conselho Consultivo da Smart.Con – fusão entre summit e mostra de produtos e serviços, com foco em tecnologia e inovação para os setores de Engenharia, Infraestrutura, Real Estate e Rental. A primeira edição do evento acontece nos dias 17 e 18 de junho no São Paulo Expo.

Vitalli explica que tem visitado diversas empresas e canteiros de obras e se surpreendido com o ritmo lento da aplicação de novas tecnologias. “O principal problema é que as empresas do setor ainda estão com dificuldades, depois de passarem por uma das piores crises econômicas que atingiu o país”, analisa. “Mas o desconhecimento também é grande. Enquanto no Japão, Alemanha, entre outros países, os robôs assentam tijolos, rebocam paredes, aqui são os trabalhadores que fazem esse serviço. E quando falamos disso, vemos surpresa nas pessoas”.

O executivo lembra ainda que as tecnologias que vêm impactando as mais diversas áreas da indústria, causando grandes transformações no mercado profissional e na vida das pessoas no mundo todo, também são aplicáveis no ramo da construção, mas não são usadas no Brasil. “São sistemas que podem ser aplicados em inúmeras tarefas e atividades complementares de gestão de pessoas, processos e qualificação. A transformação nesse setor é ainda incipiente”, garante.

Apesar da lentidão na chegada dessas tecnologias, Vitalli entende que a modernização é inevitável e haverá uma renovação de cargos nas empresas, em muitos casos o desemprego. “Não podemos ser hipócritas em afirmar que isso não ocorrerá. Todavia, não será por causa da tecnologia e sim devido à mão de obra que está obsoleta. Então, veremos um processo de reinvenção do emprego, com a qualificação dos profissionais que irão operar equipamentos e sistemas”.

Saiba mais sobre os congressos que abordarão as novas tecnologias e como se qualificar para esse novo cenário iminente da construção. Acesse: http://exposmartcon.com.br/pt/

Ascensão no mercado imobiliário para 2020 é inequívoca

Aos poucos, após cinco anos de crise, o mercado imobiliário começa a recuperar o fôlego. A constatação é visível – placas de “vende-se” e “aluga-se” começam a ser retiradas – e demonstrada: houve aumento de 23,9% no volume de lançamentos no país, no terceiro trimestre de 2019, na comparação ao mesmo período de 2018. As vendas acompanharam o crescimento: tiveram alta de 15,4% no mesmo período. Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Sindicato da Habitação (SecoviSP).

Na opinião de Márcio Nassif, especialista em Direito Imobiliário e sócio do escritório de advocacia Natal & Manssur, a queda histórica na taxa Selic teve reflexo direto nas taxas de financiamento dos bancos, o que animou o mercado. “A Selic caiu de 14,5% para 4,5%, o que possibilitou a queda das taxas dos juros e facilitou a aquisição de imóveis. Junto a isso, o mercado reaqueceu, os investidores começaram a ter mais confiança na economia do país após as reformas. É um cenário favorável”, explica.

Outras alavancas ajudam. Como a criação da modalidade de crédito imobiliário indexado ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Há uma grande procura por esse tipo de financiamento pelos correntistas da Caixa Econômica Federal e agora pelos do Banco do Brasil, já que eles lançaram um produto similar”, exemplifica Nassif. Em março de 2020, ainda haverá o lançamento de um produto de crédito pré-fixado, ou seja, sem correção, com parcela fixa, modalidade que já ocorre nos Estados Unidos e em países da Europa e Ásia.

A ascensão do mercado ainda fomenta formas diversificadas de investimentos, como os fundos imobiliários Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI’s) e a Letra Imobiliária Garantida (LIG), inspirada nos covered bonds. “São aplicações financeiras atreladas ao mercado imobiliário, com dupla garantia [do banco e do fundo] e isenção de Imposto de Renda para pessoa física. Nesse ponto, o rendimento líquido pode ser bem atraente se comparado a outras aplicações, já que CDB, fundos e títulos públicos são taxados de acordo com a tabela regressiva”, avalia Nassif.

No que diz respeito à segurança jurídica, algumas mudanças recentes também contribuem, junto ao um cenário economicamente favorável, para a retomada. Como o advento das leis 13.465/17 e 13.786/18 (conhecida como Lei do Distrato). “Elas trouxeram maior segurança jurídica ao mercado, contribuindo ainda para a diminuição no número de distratos realizados, uma queda de 30%, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras e Construtoras, além do número de ações judiciais sobre o tema”, enfatiza o advogado.

A cereja do bolo é o balanço na geração de empregos: em 2019, o setor da construção gerou 15% do total de empregos formais criados no Brasil, representando um crescimento de 52% na geração de vagas em comparação com 2018, consolidando a retomada positiva. “A tendência para 2020 é o aumento do número de lançamentos e de vendas em conjunto com a manutenção das taxas baixas de juros. Para quem atua no mercado imobiliário, a ascensão é inequívoca e o otimismo dos empresários no segmento é extremamente animador”, finaliza Marcio Nassif.

Eternit firma parceria com UFSC para 1ª telha fotovoltaica de concreto aprovada pelo Inmetro

Eternit – companhia brasileira especializada no fornecimento de matérias-primas, produtos e soluções para o setor de construção civil, e líder de mercado no segmento de coberturas – prepara a expansão prevista para esse ano da produção industrial da primeira geração de telhas fotovoltaicas do Brasil aprovada pelo Inmetro e anuncia parceria inédita com um importante centro de referência no país no setor de energia solar. A empresa realizou um evento, na última quinta-feira (30/01), em Florianópolis, para a assinatura do acordo de cooperação técnica com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A cerimônia marcou o início dos testes avançados de durabilidade e exposição ao ar livre do novo produto que serão realizados no laboratório solar da instituição. A data é simbólica: a Eternit comemorou o aniversário de 80 anos de sua fundação.

Outra novidade é a divisão das marcas da linha fotovoltaica da Eternit com o aprimoramento dos modelos de telha em concreto (já aprovada pelo Inmetro) – que passa a se chamar Tégula Solar – e em fibrocimento (em fase final de desenvolvimento para futura homologação) – Eternit Solar. Os produtos capazes de transformar a luz em energia elétrica foram apresentados pela primeira vez ao público em agosto passado, durante a feira Intersolar South America em São Paulo. Atualmente, há uma produção em pequena escala para testes laboratoriais e parcerias em andamento. A expectativa é que o produto seja instalado em projetos-piloto ainda no segundo trimestre desse ano.

“Tivemos uma repercussão muito positiva de potenciais parceiros e consumidores e as perspectivas são muito boas para a futura comercialização das telhas solares, prevista para o segundo semestre deste ano”, conta o presidente do Grupo Eternit, Luís Augusto Barbosa. “A nossa fábrica em Atibaia-SP terá capacidade para produzir cerca de 90.000 telhas solares de concreto por mês e estará capacitada a produzir também o modelo em fibrocimento”, adianta o executivo. Sobre a nova parceria, Barbosa explica que a Eternit tem todo o interesse em firmar acordos de cooperação com instituições do setor fotovoltaico a fim de levar a melhor solução para o mercado com produtos inovadores, de qualidade e credibilidade.

Parceria entre Eternit e UFSC

A Tégula Solar, em concreto, foi aprovada em todos os testes do Inmetro e agora passará pela última fase de avaliação da durabilidade antes de chegar ao mercado para o consumidor final.

“Teremos o resultado dos testes daqui a dois ou três meses. O objetivo é comprovar o desempenho e a durabilidade dos produtos quando submetidos à exposição ao ar livre em ambiente litorâneo, garantindo uma longa vida útil, acima de 20 anos”, explica o gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios da Eternit, Luiz Antonio Lopes. Segundo ele, o laboratório solar da UFSC fará a avaliação das telhas fotovoltaicas em diversos aspectos como produção de energia, rendimento, sujidade, perdas e segurança.

“É uma parceria técnica muito promissora. A Universidade Federal de Santa Catarina tem um laboratório de sistemas fotovoltaicos que é referência no Brasil e que nos permitirá estudar o funcionamento do produto em condições reais de utilização”, diz Lopes.

“Um produto novo como a telha solar necessita passar por uma série de testes de desempenho, durabilidade e conformidade antes de ir para o mercado, e nosso laboratório está empenhado em dar o suporte científico e tecnológico do qual a Eternit necessita para desenvolver esta linha de produtos”, comenta o coordenador do laboratório solar da UFSC, professor Ricardo Rüther.

Atualmente, a Eternit conta ainda com o Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP) como aliada na evolução do projeto e com uma parceria privada para o fornecimento dos inversores, que são a interface entre as telhas e a instalação elétrica da edificação. Em paralelo, a empresa pretende buscar certificações em laboratórios internacionais para facilitar a participação em mercados externos.

A Eternit atua em todo o território nacional e uma de suas fábricas fica em Colombo, no Paraná. As vendas na região sul representam 20% do faturamento total da companhia. O marketshare da Eternit na comercialização de telhas no sul do país é de 30% do mercado.

Informações técnicas da Tégula Solar

Cada telha fotovoltaica em concreto da Eternit tem potência de 9,16 Wp e mede 365 x 475 mm. A capacidade de produção média mensal de uma única telha é de 1,15 kilowatts hora por mês (kWh/mês). Uso: residencial, comercial e industrial. A estimativa é que essa tecnologia seja vantajosa para o consumidor ao permitir entre 10% e 20% de economia no valor total da compra e da instalação das telhas fotovoltaicas, em relação aos módulos solares e às estruturas convencionais montadas em cima de telhados comuns. Aspectos como a estética do telhado, a simplicidade de instalação e a adequação ao modelo construtivo brasileiro são diferenciais do produto. O número de telhas fotovoltaicas necessário para uma residência depende da quantidade de energia que se deseja produzir, da localização do imóvel, inclinação e orientação com relação ao sol, entre outros fatores. Uma residência pequena pode ter em torno de 100 a 150 telhas fotovoltaicas de concreto. Casas de médio e alto padrão, de 300 a 600 unidades ou mais. O restante do telhado é feito com telhas comuns, complementadas com acabamentos como cumeeiras, laterais, espigão do mesmo modelo, com mesmo material e encaixes perfeitos, garantindo a melhor estética do telhado.

Crowdfunding Imobiliário: nova forma de investir em imóveis

O mercado imobiliário tem apresentado melhora, desde 2019, no Brasil. Com a queda da taxa básica de juros da economia, a Selic, empreiteiras e pessoas passam a investir em empreendimentos, o que impulsiona melhores condições de crédito para financiamento, tornando o mercado uma opção cada vez mais rentável. Com isso, novas oportunidades surgem, como o Crowdfunding Imobiliário, que até julho de 2019 captou cerca de R﹩ 44,8 milhões, sendo considerado a modalidade de investimento com rentabilidade acima dos produtos financeiros.

O crowdfunding, criado nos Estados Unidos por volta de 1885, chegou ao Brasil em julho de 2017, com a homologação da CVM 588. Dentro dessa categoria existe o crowdfunding Imobiliário. “De maneira simples, pode-se dizer que é um modelo no qual uma série de pessoas se unem para investir em uma determinada empreiteira. Neste caso, ele permite investir nas etapas de desenvolvimento e produção do empreendimento, uma atividade que antes era acessível para investidores institucionais”, explica Lívia Rigueiral, CEO do Homer , plataforma que conecta corretores de todo o Brasil.

• Por que o crowdfunding chegou ao setor imobiliário?

Existe um fenômeno comum em quase todas as urbanizadoras do Brasil, que é a exposição de caixa no período em que as obras são realizadas. Depois que o empreendimento consegue seu Registro Imobiliário (RI) – aval da prefeitura para venda e construção – as vendas em stand e em outras estratégias começam, tornando o caixa da empresa positivo.

Como as vendas das unidades para o cliente final são feitas a prazos longos (10 anos, por exemplo) e as obras custam bastante ao empreendimento, o caixa da empresa se torna negativo em um determinado período. Neste momento, há a necessidade de um financiamento. Antes este financiamento saia do bolso do empreendedor, ou de grandes investidores, que cobram juros altos.

Com o término das obras, as despesas diminuem drasticamente e o que resta são os recebíveis das vendas realizadas a prazo. Ao longo do tempo o caixa exposto se recupera e apresenta lucro ao empreendedor.

• Como funciona o Crowdfunding Imobiliário?

O crowdfunding imobiliário entra exatamente no momento em que o empreendimento está com caixa negativo e necessita de um financiamento. A diferença principal é que, ao invés de um único investidor cobrir toda a exposição de caixa, no crowdfunding são dezenas ou centenas de investidores de pequeno e médio porte que se unem para fazer esta cobertura.

Este processo é extremamente vantajoso tanto para o empreendedor quanto para o investidor. O empreendedor consegue financiamento com taxas de juros mais baixas que as praticadas no mercado e o investidor consegue aplicar seu dinheiro com um alto rendimento, segurança e taxa zero.

• Como investir em crowdfunding imobiliário?

No crowdfunding você escolhe o empreendimento que quer investir, analisando o risco, prazo, rentabilidade, entre outros fatores. Declara o quanto deseja investir e se junta a dezenas ou centenas de investidores que também querem investir naquela oferta.

No prazo combinado, o empreendimento devolve o dinheiro ao investidor com a rentabilidade concretizada. Cada empreendimento ofertado nestas plataformas online tem suas características e você pode escolher quais mais combinam com seu perfil, construindo assim sua própria carteira de investimentos imobiliários.

A rentabilidade dessas ofertas geralmente são calculadas com base nas vendas do empreendimento e geralmente chegam a 200, 250% do CDI. Como este mercado é regulamentado pela CVM 588, essas plataformas precisam inserir, em cada uma de suas ofertas, uma série de detalhes para que cada investidor possa analisar minuciosamente.

O valor mínimo destes investimentos variam de acordo com a plataforma, algumas o investimento mínimo são cinco mil, outras mil, valor que representa uma fração, quando comparamos ao investimento direto em imóveis.