Índice ABRAMAT indica estabilidade no faturamento da indústria em março

A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa quarta-feira, 06, a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela FGV com dados do IBGE, apresentando os dados de faturamento do setor. O estudo indica que em março de 2022, o faturamento deflacionado das indústrias de materiais se estabiliza em comparação com o mês anterior, com crescimento de 1,1%. Apesar da estabilidade, o primeiro trimestre do ano registra queda de 9,4% na comparação com o mesmo período de 2021 e queda de 8,3% na comparação com o mesmo mês de 2021.
 

A nova edição da pesquisa também aponta os dados consolidados de fevereiro de 2022. No período, a indústria de materiais de construção teve faturamento 9,3% menor que o observado em fevereiro de 2021. Registrando a sexta redução seguida na comparação interanual.
 

Para 2022 a previsão da ABRAMAT permanece, estimando crescimento de 1% no faturamento da indústria de materiais de construção em relação a 2021. “A queda no faturamento neste primeiro trimestre continuará a ser observado por mais alguns meses, pois reflete a base de comparação mais elevada do primeiro semestre de 2021. No período tivemos a retomada da economia e dos setores produtivos no segundo ano de pandemia já com as flexibilizações em diversos Estados e no Distrito Federal. Certamente nos últimos meses do ano o sinal deve voltar a se inverter. O que vai ao encontro de nossa perspectiva de recuperação do setor com crescimento de 1%, mostrando estabilidade.”, comenta Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT.

Pesquisa da Abrainc aponta principais fatores para compra de imóveis no Brasil

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), juntamente com a Brain Inteligência Estratégica, divulgou, recentemente, um levantamento sobre os aspectos que os consumidores levam em consideração na hora de escolher um imóvel para compra. A pesquisa revelou que o fator que mais influencia é a localização. João Ximenes Fiuza, Diretor Comercial e de Novos Negócios do Grupo Diagonal, comenta que o direcionamento ao comprador deve ser um diferencial para assertividade na hora da aquisição. 

“Quem dita o mercado é o cliente e comprovamos, dia após dia, o quanto a exigência do consumidor cresceu. Enquanto ponte entre as pessoas e seu sonho de moradia, é nosso dever entregarmos obras que atendam essas expectativas”, cita João X. Fiuza. 

A pesquisa “Jornada de Compra do Imóvel” ouviu pessoas que compraram imóveis em 2021 e o bairro onde o imóvel está foi apontado no topo das motivações de compra de 60% delas – os serviços mais procurados por esses compradores são os supermercados, citado por 40% dos que priorizam localização, seguido das farmácias, preferência de 28%. O segundo critério de escolha, visado por 19% do total dos proprietários, foi o valor. 

Para o especialista, a pandemia mudou os desejos do cliente com relação ao imóvel desejado. “Com a consolidação do home office, as pessoas começaram a passar mais tempo em casa e estão ainda mais exigentes com as opções de lazer e conforto acessíveis, escolhendo com critério a região para priorizar serviços próximos”, analisa.

Em relação às opções além da moradia que os imóveis oferecem, 66% das pessoas ouvidas falaram que estariam dispostos a pagar mais para ter energia solar; 47% para ter academia; 45% para ter churrasqueira na varanda; 40% para ter piscina; e 32% pagariam a mais para ter playground e espaço pet. “A pesquisa é muito importante para nós do setor, porque nos dá um panorama das tendências do mercado, fazendo com que nossos empreendimentos estejam sempre atualizados”, reflete o diretor do Grupo Diagonal. 

Além disso, o estudo observou que, para 80% dos entrevistados, o local onde se mora influencia diretamente na qualidade de vida. “A moradia não é mais um espaço que se vai apenas para dormir e descansar, é onde você quer estar com sua família, criar momentos, isso justifica as pessoas estarem dispostas a pagar mais pela qualidade de vida que o empreendimento proporciona. Já estávamos atentos a essa tendência”, finaliza João. 

Um em cada 3 moradores da região Sul do País querem comprar imóveis

Um em cada três moradores dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão em busca de um novo imóvel, seja para investimento, sair do aluguel ou simplesmente ter um novo lar. É o que indica um levantamento feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e a Brain Inteligência e Estratégia. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (6), durante um webinar sobre Expectativa do Mercado Imobiliário no Sul do Brasil.
 

A pesquisa aponta que 33% dos habitantes da região buscam um novo lar. Dos moradores dos três Estados, 7% começaram a visitar stands de vendas, 11% realizam buscas pela internet e 15% ainda não começaram a procura necessariamente. Os moradores de Curitiba lideram as pretensões, com 35% de intenções de compra, seguidos por Florianópolis (32%) e Porto Alegre (31%).
 

O levantamento também destacou que 45% deles optam por casas ou sobrados, enquanto 41% por apartamentos e uma minoria por imóveis em condomínio fechado (10%) ou terrenos (4%).
 

Obstáculos – Apesar do propósito de comprar um imóvel, alguns obstáculos do cenário macroeconômico brasileiro podem ser determinantes na hora da tomada de decisão. Para 41%, o aumento da inflação pode ser um empecilho; e outros 22% acreditam que o cenário econômico complicado em um ano eleitoral impõe cuidados na hora da compra; enquanto apenas 6% creditam a dificuldade a um aumento na taxa de juros para financiamentos.
 

Fabio Tadeu Araújo, CEO da Brain Inteligência e Estratégia, alertou que, apesar das expectativas de compra, os juros altos e o comportamento inflacionário podem limitar novas aquisições. ” Ainda que o número de famílias se mantenha constante, temos menos interessados podendo comprar: o tamanho do funil diminuiu”, afirmou.

Na transmissão do webinar estavam presentes alguns dos principais players do setor, que comentaram sobre os desafios para o Sul e analisaram o perfil de alguns compradores.
 

Daniel Dimas, da Dimas Construções, destacou que os imóveis na região seguem sendo uma atração de investimentos para todos os fins. “O aumento na taxa de juros não impede o investimento em imóveis e, de uma forma geral, continua com um interesse bem forte de compra”.
 

O argumento foi referendado por Célia Catussi, da Plaenge Empreendimentos, que destacou que os compradores de imóveis de Médio e Alto Padrão (MAP) têm um perfil que extrapola o senso comum de investidores. “Eles têm mais informações, estão acompanhando o custo da construção civil e viram que os preços vão aumentar. Essa pessoa vai fazer essa conta e, por isso, é um cliente que entende do mercado”.
 

Riscos – Por outro lado, Thales Silva, da Rôgga, revelou que a região teve um boom de imóveis do MAP e que há um risco de que o mercado caminhe em uma direção de mais ofertas do que procura. “Acredito que estamos com um volume muito alto de lançamentos, vai ser uma briga muito grande para poder ganhar espaço. Vai ocasionar uma redução de lançamentos nesse segmento específico e uma lacuna na linha econômica (CVA)”, afirmou.
 

Tal opinião foi compartilhada por Rodrigo Putinato, da Cyrela, que acredita que o setor deve seguir em alta na região Sul, mas alertou que um excedente de lançamentos pode prejudicar o setor. “Temos que adequar o mercado para ele sempre estar sadio”.
 

Por fim, Breno Prestes, da Prestes Construtora, revelou que o setor enfrenta desafios e trabalha para não extrapolar o limite do Casa Verde e Amarela (CVA), mas que os atuais custos da construção civil limitam os movimentos neste sentido e ainda há um grande problema com a queda de renda dos brasileiros. “A renda ainda precisa ser ajustada com o ticket que temos colocado na prateleira. Há um desencaixe que precisa ser ajustado”, disse.
 

Para o presidente da ABRAINC, Luiz França, iniciativas como esta são fundamentais para o bom desenvolvimento do setor como um todo. “A incorporação imobiliária tem um dinamismo muito grande e, em ocasiões como esta, damos luz às ações locais que podem servir como grandes cases para outras regiões, além, é claro, de trazer informações relevantes sobre o mercado imobiliário regional”, finaliza o executivo.

Com demanda em alta, MRV planeja em 2022 o maior volume de lançamentos de sua história no Paraná

Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), o ano de 2021 foi o melhor para o setor desde que existem registros. Seja para realizar o sonho da casa própria ou em busca de um investimento seguro em meio ao cenário econômico incerto, a demanda por imóveis no Paraná tem crescido, na contramão de outros setores da economia. Para a MRV, empresa do grupo MRV&Co que lidera o mercado residencial brasileiro, as boas expectativas em relação ao mercado paranaense refletem em recorde de novos empreendimentos no estado. Até o final de 2022, a empresa deve lançar 4.816 novas unidades habitacionais, o maior volume desde que a empresa iniciou as operações no estado, em 2000.

O número de novos apartamentos que devem ser lançados em 2022 é 43% maior do que o total de lançamentos no estado no ano passado. As unidades habitacionais previstas para este ano estão localizadas em 18 novos empreendimentos, divididos entre as cidades de Londrina, Maringá, Ponta Grossa e da Região Metropolitana de Curitiba. “Ao longo dos anos, temos registrado no Paraná uma demanda grande por moradias que proporcionem conforto, segurança e com localização privilegiada, mas que ao mesmo tempo tenham condições de pagamento facilitadas”, comenta Ítalo Pita, diretor Comercial da MRV. “Essa procura se intensificou bastante com a pandemia, pois o lar ganhou ainda mais importância na rotina de todos nós”, explica.

Segundo Pita, a nova fase de expansão da empresa no estado também vai ampliar o público atendido pela empresa: “Temos hoje no Paraná uma das maiores diversidades de público da MRV em todo o Brasil, no que diz respeito a faixas de renda”. O executivo destaca ainda que há uma lacuna no mercado para os perfis de renda entre R$ 6 mil e R$ 12 mil, público que é pouco atendido pelos produtos ofertados pelas construtoras. “Por isso temos investido em empreendimentos de nossa Linha Class no Paraná.  São os condomínios de mais alto padrão da marca MRV, localizados em regiões nobres, com lazer completo e acabamento diferenciado”, comenta Pita.

Com a entrada dos residenciais da Linha Class – já com unidades disponíveis em Curitiba e Londrina –, a empresa aumenta o espaço em seu portfólio para projetos que estejam acima das faixas de renda dos programas governamentais de habitação, além de seguir investindo também em empreendimentos do programa Casa Verde e Amarela.

Vedacit Labs anuncia selecionadas para a 5ª edição

O Vedacit Labs, gerenciado pela Trutec, ecossistema de construtechs e proptechs, anuncia as selecionadas para o 5º ciclo de Aceleração. Já são 17 startups aceleradas desde o início do Programa de Inovação Aberta, em 2019. Os investimentos, que ultrapassam o valor de R$3 milhões, são em projetos que visam trazer tecnologia e sustentabilidade para o setor da construção civil. Nesta edição, as escolhidas foram as paulistas InBuilt e Data Machina e a pernambucana Facilitat.

As startups recebem mentorias com executivos que são referência no mercado de inovação e de construção civil, conexões com parceiros e fornecedores, além de investimento para aplicação de projetos-piloto em grandes empresas do setor chamadas “beta-testers”.

Para Alexandre Quinze, CEO da Trutec, “o Labs é uma porta de entrada para a Trutec. O Programa propõe desafios que encontramos em nosso mercado com o objetivo de buscar novos modelos de negócio para acelerar e transformá-los em oportunidades que atendam às demandas reais”.

As selecionadas:

Facilitat propõe soluções voltadas à digitalização da gestão do pós-obra, atuando desde o manual do empreendimento até o controle das manutenções preventivas. Com a plataforma, é possível acompanhar o plano de manutenção a as garantias prediais do edifício, permitindo fácil acesso às informações do empreendimento e canal de abertura de chamados de assistência técnica.

InBuilt promove experiências únicas por meio de tecnologias de realidade aumentada. O objetivo é potencializar a percepção de valor do cliente sobre os produtos imobiliários de construtoras e incorporadoras, além de trazer maior respaldo técnico para as etapas de execução e de manutenção das obras.

Data Machina fornece soluções em inteligência artificial, aprendizado de máquina, otimização logística e roteirização em painéis web, gerando inteligência para gestão de negócios e suporte nas decisões baseadas em dados. As soluções têm como objetivo principal automatizar processos repetitivos de processamento de dados e verificação de imagens.

O Labs é o centro de pesquisa e desenvolvimento da Trutec, braço de inovação da Vedacit, líder em impermeabilização. Atualmente, o ecossistema conta com seis soluções no portfólio que atendem diferentes etapas do ciclo de vida de uma edificação e também do varejo. Dentre elas, cinco já passaram pelo programa de aceleração e ingressaram no portfólio: ConstruCode, Construflow, Construct In, James Tip e Elixir.Ai. As startups Predialize, Prevision, e Pix Force também estão entre as aceleradas.

Home office: a tendência que mudou o mercado imobiliário nos centros urbanos

A pandemia acelerou diversas mudanças que estavam previstas para acontecer ao longo da próxima década, a exemplo do trabalho remoto e o movimento para fora das regiões metropolitanas. Pesquisa feita pela Bain & Company confirmou essa tendência ao mostrar uma mudança no perfil profissional. De acordo com ela, 30% dos brasileiros preferem continuar trabalhando remotamente durante a semana.

Outros 33% optaram pelo regime híbrido em alguns dias por semana no escritório.  Adotado com o intuito de evitar aglomerações em empresas e escritórios durante o período mais crítico da pandemia, o home office ganhou mais um capítulo nos arranjos trabalhistas com a edição da Medida Provisória 1108/22, que foi publicada no Diário Oficial da União. A nova regulamentação abre a possibilidade de que empresas adotem de forma definitiva um modelo híbrido, além da adoção de um esquema de trabalho por produção. 

Com a nova realidade, diversos profissionais começaram a investir em um ambiente de qualidade para trabalhar partindo de casa. A tendência também puxou os projetos residenciais que agora contemplam um espaço de coworking para que seus moradores, mesmo à distância, consigam exercer suas funções profissionais em um ambiente com infraestrutura e internet de alta qualidade onde seja possível trabalhar e até realizar reuniões particulares. 

De acordo com Susanna Marchionni, CEO da Planet Smart City no Brasil, antes tido como ocasional, o trabalho remoto passou a ser um modelo adotado de forma mais ampla e as incorporadoras precisam repaginar seus projetos para atender essa demanda que veio à tona durante a quarentena. “O consumidor não quer ter mais amarras geográficas. Ele é adaptável e valoriza as novas tecnologias que o setor de construção prioriza – como um espaço mais arborizado com ambiente outdoor para a prática de atividades físicas, contato mais próximo com a natureza e ações voltadas à sustentabilidade que incluem piso drenante, ilha de coleta seletiva de lixo e compostagem comunitária”, explica a CEO. 

 Susanna também comenta que sentiu um aumento no número de novos residentes vindos de outras metrópoles. “Tanto na Smart City Laguna quanto na Smart City Aquiraz a maior parte dos moradores tinham algum tipo de raíz com o Nordeste, agora você encontra pessoas de outras regiões que escolheram morar com maior qualidade de vida para aproveitar as belezas naturais que a região oferece e que são o sonho de consumo de diversos turistas ao redor do mundo”, explica a CEO. 

Nos projetos do Ceará, incluindo a Smart City Natal (RN), há moradores recentes de Brasília e Rio de Janeiro, além de clientes do exterior que compraram uma casa ou lote com o intuito de morar em um futuro próximo. A CEO acredita que as tecnologias disponíveis pesaram na hora da escolha. “A primeira coisa que o nosso morador observa é a qualidade de vida que ele pode ter mudando para um dos nossos projetos, que priorizam tecnologias que vão facilitar a vida, a exemplo da internet pública, espaços arborizados e a economia compartilhada que veio para deixar a rotina mais afetiva com bicicletas que podem ser usadas para o deslocamento e academia ao ar livre para a prática de atividades físicas”, conclui Susanna. O preço médio para morar em uma cidade inteligente começa com valores a partir de  R$ 45 mil para lotes, e R$ 114 mil para casas prontas.

NFT de imóvel passa a ser utilizado como garantia para crédito imobiliário

O universo de NFTs rapidamente se tornou um mercado de bilhões de dólares. De obras de arte até imóveis, qualquer item único pode se tornar um token não fungível com diversas possibilidades de uso, passando por investimento, acesso a benefícios exclusivos, coleções e, agora, até garantia.

Pela primeira vez no Brasil, tokens NFT foram usados como garantia de crédito. A iniciativa, que é uma das primeiras desse tipo no mundo, é resultado da parceria entre a netspaces, PropLegalTech que digitalizou o imóvel, e a Rispar, fintech que estruturou o crédito com garantia no token.
 

Tokenização amplia possibilidades no mercado
 

A novidade cria um novo uso para os imóveis tokenizados ao gerar liquidez aos ativos em um processo rápido e fácil. Além disso, adiciona a facilidade na avaliação, gestão e eventual liquidação do ativo, ao proporcionar benefícios significativos em relação a financiamentos imobiliários tradicionais.
 

“Com nossa parceria contemplamos todos os perfis que financiam um imóvel no mercado tradicional, seja para morar ou investir, de forma mais rápida e com taxas mais atrativas. A grande diferença desse modelo é que conseguimos substituir um processo que pode ser demorado por outro que dura 15 minutos para a aprovação do crédito com garantia no imóvel e NFT” explica o CPO da netspaces, Jonathan Doering Darcie.
 

A primeira transação de home equity tokenizado foi feita com dois imóveis da cidade de Porto Alegre.
 

“A Rispar amplia as possibilidades no mercado de crédito no Brasil trazendo uma inovação em um mercado que movimentou mais de R$200 bilhões em 2021. A netspaces nos apresentou um projeto sólido que garante as principais propriedades de uma garantia imobiliária tradicional adicionando a agilidade e liquidez de um criptoativo”, explica Rafael Izidoro, CEO e fundador da Rispar.
 

Com isso, todo o estoque de propriedades digitais da netspaces – ao todo 46 imóveis que totalizam R$30 milhões – ficam disponíveis para operações tanto de financiamento imobiliário como de home equity. Agora a startup inicia a preparação de mais 500 propriedades digitais de imóveis adquiridos em carteira, o que deve totalizar R$ 290 milhões em tokens blockchain aplicados ao setor imobiliário nos próximos meses no Brasil.

FEICON 2022 registra recordes e aquece negócios na construção civil

Varejistas, atacadistas e distribuidores de materiais de construção, engenheiros, construtores, arquitetos e demais profissionais da construção civil puderam conferir as transformações que estão modernizando toda a cadeia construtiva na FEICON, que conectou especialistas, empresas e soluções para promover uma jornada completa de negócios, relacionamento e atualização.

Realizada entre os dias 29 de março e 01 de abril, no pavilhão do São Paulo Expo, a 26 ª edição da feira abriu o calendário dos eventos de negócios do setor no Brasil, com grande adesão do público e  interesse do mercado nas oportunidades apresentadas, que possibilitarão projetos cada vez mais eficientes, sustentáveis e econômicos. 

NÚMEROS RECORDES NA EDIÇÃO 2022

O evento recebeu mais de 80 mil visitantes, que puderam acompanhar as novidades exibidas por mais de 700 marcas e participar de experiências que contemplavam diversos temas da cadeia da construção e revenda de materiais. A programação de mais de 45 horas de conteúdo, contou com palestras de 88 speakers, incluindo especialistas, pesquisadores, gestores e representantes de grandes players do setor. A FEICON também alcançou feito inédito com relação à geração de leads, ao ser o evento  que resultou em maior número de contatos para seus expositores entre todos os realizados pela RX (empresa organizadora e promotora da feira) no mundo.

CONTEÚDOS ESTRATÉGICOS E EXPERIÊNCIAS

A grade de palestras foi segmentada para atender aos diferentes interesses do público e traçar um panorama completo do atual cenário da construção civil, voltando-se principalmente à inovação, negócios e relacionamento, incluindo tendências como a indústria 4.0.

Realizado em parceria com a Inovatech Engenharia, o Núcleo de Conteúdo – Construção teve como foco novas tecnologias e sustentabilidade em palestras como: “Metaverso e digital twins na construção civil”, “Digitalização em novos negócios”, “ESG no canteiro de obras”, Soluções para projetos modulares”, o “BIM e o ‘I’ da questão”. A Inovatech também foi responsável pela ROTA DE SUSTENTABILIDADE, atração promovida em conjunto com a FEICON, que apresentou soluções e produtos que atendem critérios socioambientais avaliados pela Fundação Vanzolini. A jornada destacou 15 soluções comprovadamente sustentáveis, que vão desde janelas antirruídos garantindo conforto térmico às mantas e pisos feitos de borracha reciclada.

Com curadoria do SINCOMAVI e da Grau 10 Editora, o Núcleo de Conteúdo – Atacado, Varejo e Distribuição promoveu apresentações que tiveram estratégias de mercado e a importância das lojas físicas e virtuais como temáticas, além de soluções em logística para facilitar a rotina de quem trabalha no comércio, como: “ A confiança como elemento chave na transformação digital”, “Logística Reversa – o papel da indústria, comércio e seus clientes”, Employer Branding + Pandemia + Digitalização” e “Exposição criativa – importantes iniciativas para atrair o consumidor”, entre outras.    

Já a Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (ANAMACO) foi responsável, junto com a WE Business Experience, pelo Encontro VMC – o varejo em ação com apresentações como “O empoderamento digital do vendedor de loja”, “O que irá influenciar o brasileiro em 2022 e “Meet The CEO – líderes de empresas falam sobre as perspectivas e oportunidades do setor”, por exemplo. Além disso, durante este encontro, ocorreu o 4º Fórum de Mulheres no Matcon, que divulgou a pesquisa inédita “Mulheres da Construção Desafios e Oportunidades”, realizada entre os dias 7 e 18 de março, e destacou a ampliação da atuação feminina na área, onde 78% das entrevistadas relataram mais oportunidades de crescimento pessoal e profissional.

A 16ª edição do Simpósio SINCOMAVI, com curadoria do próprio sindicato em parceria com a FEICON, trouxe temas importantes para a cadeia produtiva incluindo “A centricidade do consumidor”, “O futuro da loja física: o fortalecimento do ponto de venda e suas transformações”, entre outras. O evento teve lotação extra, superando em 47% a previsão inicial de público.

Ampliando a jornada de experiências, a tradicional CASA CERÂMICA foi uma das atrações que mais chamaram a atenção do público ao disponibilizar no pavilhão uma residência de 45 m², padrão dos conjuntos habitacionais, com alvenaria estrutural inteligente, sustentável e de baixo custo. O espaço contou com recursos de realidades aumentada e virtual para garantir uma experiência imersiva.

NEGÓCIOS

Os números de fechamento mostraram que o evento favoreceu os negócios. A FEICON foi o primeiro evento de apresentação do ANAMACO Bank – banco digital, idealizado pela parceria da Anamaco com a Fortune One Group, grupo de empresas que compõem fundos nacionais e internacionais, para estimular os associados e parceiros dos lojistas de materiais da construção e contabilizou R$ 100 milhões em operações de crédito nos quatro dias de feira

A JUNTOS SOMOS MAIS, startup de relacionamento do mercado da construção civil, disponibilizou R$ 3 milhões para negociar processos de desenvolvimento das lojas em ambiente virtual. Já expositores como IFC/COBRECOM e SEGURIMAX e outros, superaram as metas projetadas para a feira no segundo e terceiro dia do evento, respectivamente. A MAKITA, um dos estandes mais concorridos, promoveu experiências de equipamentos usados nos canteiros de obras, na agricultura e jardinagem e disponibilizou um espaço para capacitação profissional com certificação, realizando 32 sessões de treinamentos em espaço com capacidade para 26 pessoas por aula e registrou, no geral, 95% de ocupação. O resultado das ações foi a superação da meta projetada para o evento em mais de 90%.

Vitacon amplia portfólio e passa a oferecer consórcio imobiliário

A Vitacon, incorporadora que tem em seu DNA o propósito de reinventar a cidade, traz para o seu portfólio de negócios a Vitacon Consórcio. O novo serviço, que será lançado no dia 4 de abril, é resultado da parceria da incorporadora com a CoimexCon, administradora de consórcios com 45 anos de experiência, mais de 122 mil bens entregues, e responsável pelas principais inovações e tecnologias usadas pelo mercado de consórcio.

O modelo de serviço é visto como parte da cultura financeira do brasileiro. Diante das taxas de juros oferecidas em financiamentos, o consórcio se coloca como uma boa alternativa em busca de acesso ao crédito, com custo efetivo total mais baixo.

Neste contexto, o consórcio vem apresentando crescimentos nos últimos quatro anos. Segundo dados da Associação Brasileira de Administradora de Consórcios (ABAC), o ano de 2021, atingiu 3,46 milhões de novas cotas, um crescimento de 14,6% em relação a 2020, quando ocorreram 3,02 milhões de adesões. Das mais de três milhões de adesões em 2021, quase 500 mil foram cotas no segmento de imóveis. De olho neste cenário, a Vitacon decidiu expandir sua cartela de serviços e aproximar os consumidores de suas conquistas.

“A Vitacon sempre se preocupou nos momentos de vida de cada cliente. A Vitacon Consórcio visa atender a necessidade de clientes que não estariam em seu momento de conquista de sua unidade Vitacon por meio de nossas formas de pagamento tradicionais. Os planos de consórcio serão mais uma alternativa que oferecemos para facilitarmos a compra do imóvel”, comenta Ariel Frankel, CEO da Vitacon.

A incorporadora ainda entende que os clientes já fidelizados, na sua maioria investidores, também tendem a ganhar com o novo serviço. “O consórcio ajudará este público a continuar adquirindo novos imóveis, aumentando o seu patrimônio, sem se descapitalizar. Além disso, a partir do momento em que o consorciado tem sua cota contemplada, a renda de aluguel proveniente do imóvel adquirido já cobrirá as próprias parcelas do serviço”, explica, Ariel.

O serviço contemplará cotas de R$ 50.000, a R$ 500.000, que podem ser pagas em até 240 meses. “No consórcio imobiliário você paga parcelas mensais, não paga juros como no financiamento, e consegue adequar a sua realidade financeira com os diferentes planos disponíveis, sem necessidade de entrada ou taxa de adesão. Quando o assunto é análise de crédito, o financiamento possui mais exigências para ser aprovado do que o consórcio. O consórcio tem aquisição facilitada e a comprovação de renda precisa acontecer somente no momento de utilização da cota contemplada”, finaliza o CEO.

A Vitacon Consórcio é mais um movimento da Vitacon que reforça sua vanguarda no mercado imobiliário e seu esforço incessante em democratizar o investimento em renda imobiliária.

Índice FipeZap Preços dos imóveis sobem 0,55% em março e encerram 1º tri com alta de 1,58%

Segundo o Índice FipeZAP+, aumento dos preços de imóveis residenciais abrangeu quase todas as cidades monitoradas

  • Análise do último mês: o Índice FipeZAP+, que acompanha o comportamento dos preços de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, registrou alta de 0,55% em março em 2022, após avançar 0,53% e 0,49%, respectivamente, em janeiro e fevereiro de 2022. Comparativamente, o IGP-M/FGV apresentou uma variação mensal de 1,74% em março, ao passo que a expectativa do mercado para o IPCA/IBGE projeta uma alta mensal de 1,06% nos preços ao consumidor, segundo as informações publicadas no Relatório Focus do Banco Central do Brasil*. Analisadas individualmente, 47 das 50 cidades monitoradas pelo índice apresentaram aumento nominal no preço médio de venda residencial — sendo que, em 15 delas (como Manaus, Goiânia, Campo Grande, Vila Velha e Vitória), essa variação superou a inflação ao consumidor esperada pelos agentes do mercado. Considerando o rol das 16 capitais acompanhadas, a única cidade a não registrar aumento nominal dos preços residenciais foi Porto Alegre (-0,09%), contrapondo-se, assim, às variações apuradas em: Manaus (+2,26%), Goiânia (+2,52%), Campo Grande (+2,13%), Vitória (+1,96%), Fortaleza (+1,41%), Curitiba (+1,07%), João Pessoa (+0,93%), Maceió (+0,87%), Salvador (+0,83%), Belo Horizonte (+0,55%), São Paulo (+0,45%), Florianópolis (+0,45%), Recife (+0,40%), Rio de Janeiro (+0,20%) e Brasília (+0,07%).
     
  • Balanço parcial de 2022: ao final do primeiro trimestre, o Índice FipeZAP+ de Venda Residencial acumula uma alta de 1,58%, variação inferior à inflação ao consumidor de 2,63% (considerando o comportamento observado e esperado do IPCA/IBGE*) e à variação do IGP-M/FGV (+5,49%). A alta nominal nos preços residenciais no início de 2022 abrange 49 das 50 cidades monitoradas pelo índice, entre as quais se incluem 15 das 16 capitais, ordenadas da maior à menor da variação da seguinte forma: Goiânia (+6,95%), Vitória (+6,01%), Campo Grande (+5,71%), Maceió (+3,72%), Fortaleza (+3,34%), Manaus (+3,12%), João Pessoa (+2,78%), Florianópolis (+2,77%), Salvador (+2,22%), Curitiba (+1,98%), Brasília (+1,34%), São Paulo (+1,31%), Belo Horizonte (+1,22%), Recife (+1,03%) e Rio de Janeiro (+0,56 %). Em Porto Alegre, os preços de venda de imóveis residenciais encerraram o primeiro trimestre com estabilidade em termos nominais.
     
  • Análise dos últimos 12 meses: o Índice FipeZAP+ registra um avanço nominal de 6,10% nos últimos 12 meses encerrados em março de 2022 – variação inferior à inflação acumulada pelo IPCA/IBGE (+10,69%)* e pelo IGP-M (+14,77%) no mesmo horizonte temporal. No cômputo individual, todas as 50 cidades monitoradas registram elevação dos preços residenciais em suas respectivas localidades, incluindo as 16 capitais — assim ordenadas: Vitória (+23,49%), Goiânia (+19,60%), Maceió (+17,33%), Florianópolis (+15,92%), Curitiba (+14,27%), Manaus (+12,17%), Campo Grande (+11,19%), Fortaleza (+9,92%), João Pessoa (+9,07%), Brasília (+9,05%), Belo Horizonte (+5,47%), Recife (+5,23%), São Paulo (+4,19%), Salvador (+4,00%), Porto Alegre (+4,00%) e Rio de Janeiro (+2,12%).
     
  • Preço médio de venda residencial: com base na amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda em março de 2022, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP+ foi de R$ 7.981/m². Entre as 16 capitais acompanhadas, a cidade de São Paulo apresentou o valor médio por metro quadrado mais elevado no último mês (R$ 9.831/m²), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 9.701/m²), Vitória (R$ 9.016/m²), Florianópolis (R$ 8.833/m²) e Brasília (R$ 8.729/m²). Por outro lado, entre as capitais monitoradas com menor preço médio de venda residencial, é possível destacar as seguintes localidades: Campo Grande (R$ 4.850/m²), João Pessoa (R$ 5.061/m²), Salvador (R$ 5.448/m²), Goiânia (R$ 5.468/m²) e Manaus (R$ 5.896/m²).

    Nota: (*) informação publicada no Relatório Focus do Banco Central do Brasil em 28/03/2022. A variação real do Índice FipeZAP+ será efetivamente conhecida apenas após a divulgação do IPCA efetivo de março/2022 pelo IBGE.