Itaquera terá primeiro condomínio inteligente da Zona Leste de São Paulo

Os modelos sustentáveis de moradia, que associam qualidade de vida a meio ambiente e responsabilidade social, ganham espaço cada vez maior no mundo e, mais recentemente, no Brasil. Os empreendimentos são planejados dentro do conceito de economia integrada e colaborativa, voltada às transformações urbanas e conexões tecnológicas. Em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, a parceria exclusiva entre a anglo-italiana Planet Smart City e a CASA8, incorporadora da holding Inloop, lança o primeiro condomínio-clube inteligente e vertical da região, parte da já bem-sucedida estratégia da linha Viva!Smart no país.

O Viva!Smart Itaquera é formado por duas torres. O projeto conta com mais de 40 soluções smart, todas desenvolvidas para atender a quatro pilares fundamentais do conceito: pessoas, tecnologia, arquitetura e meio ambiente. São soluções que vão desde um aplicativo exclusivo para acessar as facilidades do condomínio – coleta seletiva, área de compostagem e reaproveitamento de água das chuvas – à presença de um gestor social, profissional responsável por promover a interação, trocar experiências entre os moradores e estimular a economia local. 

“O futuro está na interação entre moradores, na conexão digital e na forma com que as pessoas vão passar a lidar com o espaço urbano a partir dos recursos tecnológicos. A arquitetura, o ecossistema e a tecnologia são parte essencial desse propósito, que busca qualidade de vida e uso racional tanto de recursos quanto de tempo. O Planet App, nosso aplicativo, é uma solução inteligente para compartilhar experiências, informações e até mesmo fazer vendas, estimulando os negócios entre vizinhos”, explica Eduardo Peralta, CEO da Inloop.

Os apartamentos têm plantas de 39m² (434 unidades) e 41m² (114 unidades), todas com dois dormitórios, opções de vaga de garagem e varanda. Na área comum, os espaços são pensados para estimular a convivência entre moradores. As áreas de lazer, por exemplo, dispõem de duas piscinas, churrasqueira, área de eventos, quadra gramada, academia, horta urbana e brinquedoteca. Um dos pontos mais charmosos, que atrai principalmente ao público jovem, é o Cantinho para Luau.

Estrategicamente localizado próximo a vias de acesso, transporte, escolas e serviços, o Viva Smart Itaquera fica na Rua Ioneji Matsubayashi, bem perto do estande de vendas (Avenida Jacu Pêssego, 45).

Criado para ser um hub de inovação no mercado imobiliário, o empreendimento faz parte do projeto de habitação social Casa Verde e Amarela. Com unidades a partir de R$ 189 mil – com exigência de renda familiar de R$ 2.800 e facilidade na entrada e parcelamento.

“Pelos custos mais baixos e facilidades oferecidas na compra, já que se trata de um programa social de habitação, o projeto permite que jovens possam adquirir seu primeiro imóvel dentro de uma proposta totalmente nova de moradia”, explica Eduardo.

Quem faz o projeto

A CASA8 é uma incorporadora com foco em empreendimentos residenciais de entrada e de médio padrão. A empresa tem uma parceria exclusiva para construção de condomínios inteligentes verticais em São Paulo com a italiana Planet, líder em smart cities em todo o mundo. Parte do grupo imobiliário Inloop, a CASA8 é a única empresa no mercado a unir este novo conceito inteligente, que inclui tecnologias importadas, sustentabilidade e viés social a projetos populares do Casa Verde e Amarela.

Já a Planet é uma empresa Italiana, com sede no Reino Unido, que constrói cidades inteligentes acessíveis ao redor do mundo. Líder global na categoria, tem projetos em Índia, Itália, Estados Unidos, Vietnã e México, no Brasil já se consagrou em estados do Nordeste: Ceará, Bahia e Rio Grande de Norte. Tem condomínios inteligentes abertos também em São Paulo, com a linha vertical Viva!Smart em parceria com a CASA8.

Em todas as empresas do grupo Inloop, inteligência em projeto, qualidade na entrega e atendimento é premissa básica. Isso se aplica também para os nossos parceiros, por isso, ao escolher a empresa que irá tangibilizar nossos projetos, não poderia ser diferente. Referência no mercado de construção civil, a P4 Engenharia traz em seus 10 anos de experiência um histórico impecável de entregas no prazo e qualidade indiscutível nas suas mais de 5000 unidades entregues e 1 milhão de metros quadrados construídos. Entre obras finalizadas e em execução, a P4 ultrapassa 60 obras no portfólio e 1,7 bilhão de reais em construção. São resultados como esse que colocam a P4 no Top 20 da INTEC e em 9º lugar do Top Imobiliário 2021, sempre com todas as certificações necessárias e atendendo à todas as exigências do mercado.

Índice FipeZap encerra 2021 com alta de 5,29%, a maior desde 2014

Elevação nos preços residenciais foi registrada em 47 das 50 cidades monitoradas. Na maioria delas, todavia, alta foi inferior à inflação

 Análise do último mês: o Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, apresentou elevação de 0,48% em dezembro em 2021, após alta de 0,53% em novembro. Comparativamente, a expectativa do mercado para a variação do IPCA/IBGE de dezembro de 2021 é de alta de 0,68%, segundo informação divulgada no último Boletim Focus do Banco Central do Brasil* – resultado que, caso efetivado, representará uma queda real de 0,20% no Índice FipeZap. Individualmente, 47 das 50 cidades monitoradas pelo índice apresentaram aumento nominal de preço de venda de imóveis residenciais, sendo que em 24 delas a variação apurada pelo índice superou a inflação esperada para dezembro. Em termos de magnitude, as altas mais expressivas no último mês foram registradas em: Balneário Camboriú (+2,94%), São José (+2,70%), São José dos Campos (+2,55%), Vila Velha (+2,36%), Maceió (+2,17%), Pelotas (+2,02%), Florianópolis (+1,56%), Itapema (+1,29%), Curitiba (+1,25%) e Goiânia (+1,13%). Levando-se em conta apenas os resultados para as 16 capitais incluídas no índice, apenas Manaus apresentou recuo no preço dos imóveis residenciais (-1,14%), contrapondo-se às altas apuradas em: Maceió (+2,17%), Florianópolis (+1,56%), Curitiba (+1,25%), Goiânia (+1,13%), Vitória (+1,10%), João Pessoa (+0,89%), Campo Grande (+0,86%), Fortaleza (+0,75%), Brasília (+0,51%), Recife (+0,42%), Porto Alegre (+0,37%), São Paulo (+0,36%), Belo Horizonte (+0,30%), Salvador (+0,20%) e Rio de Janeiro (+0,20%).

Análise de 2021: com os últimos resultados do ano, o Índice FipeZap encerrou 2021 com alta acumulada de 5,29% – o maior avanço desde 2014, período em que os preços dos imóveis residenciais apresentação uma elevação nominal de 6,70%. Na comparação com a inflação acumulada pelo IPCA/IBGE em 2021 (+9,28%)*, todavia, a alta nominal do Índice FipeZap se traduz em uma queda de 3,66% em termos reais. Na ótica desagregada, apenas 3 das 50 cidades monitoradas encerraram o ano com recuo nominal no preço médio de venda de imóveis residenciais: Santos (-2,07%), Campinas (-0,44%) e Niterói (-0,36%). Entre as outras 47 cidades, apenas 17 apresentaram alta superior à inflação acumulada no ano, sendo as mais expressivas em: Itajaí (+23,77%), Itapema (+23,57%), Balneário Camboriú (+21,21%), Vila Velha (+20,24%), Vitória (+19,86%), Maceió (+18,50%), São José (+18,16%), Florianópolis (+15,74%), Curitiba (+15,41%) e Goiânia (13,70%). Considerando-se apenas as 16 capitais incluídas no Índice FipeZap, por sua vez, todas encerraram o ano com elevação nominal no preço de venda, embora apenas 6 delas tenham apresentado uma variação superior à inflação: Vitória (+19,86%), Maceió (+18,50%), Florianópolis (+15,74%), Curitiba (+15,41%), Goiânia (+13,70%) e Manaus (+9,48%). Em Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador, as altas acumuladas em 2021 foram de 5,54%, 4,13%, 3,06%, 2,16% e 1,57%, respectivamente.


■ Preço médio de venda residencial: com base na amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda em dezembro de 2021, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap foi de R$ 7.874/m². Entre elas, os maiores valores médios foram apurados em: São Paulo (R$ 9.708/m²), Rio de Janeiro (R$ 9.650/m²), Balneário Camboriú (R$ 9.358/m²), Itapema (R$ 8.856/m²), Brasília (R$ 8.788/m²), Florianópolis (R$ 8.582/m²), Vitória (R$ 8;562/m²). Já a lista com as cidades com menor preço médio de venda para imóveis residenciais incluiu: Betim (R$ 3.091/m²), São José dos Pinhais (R$ 3.788/m²), Pelotas (R$ 3.914/m²/m²), São Vicente (R$ 4.047/m²), Ribeirão Preto (R$ 4.147/m²), São Leopoldo (R$ 4.171/m²) e Londrina (R$ 4.206/m²), além das capitais: Campo Grande (R$ 4.569/m²), João Pessoa (R$ 4.893/m²) e Goiânia (R$ 5.114/m²).


Nota: (*) informação publicada no Boletim Focus do Banco Central do Brasil em 03/01/2022. A variação real do Índice FipeZap será efetivamente conhecida apenas após a divulgação do IPCA efetivo de dezembro/2021 pelo IBGE

Vedacit Labs abre inscrições para o 5º ciclo de aceleração de startups

O maior Programa de Inovação para a construção civil, o Vedacit Labs, está com inscrições abertas até dia 31 de janeiro para o 5º ciclo de aceleração. Desde 2019, foram mais de 1.300 startups inscritas e 17 aceleradas, com investimentos de mais de R$2 milhões em projetos que utilizam a tecnologia e a sustentabilidade em todo o ciclo de vida das edificações. 

As participantes, além de receberem investimento para custeio dos pilotos, também contam com uma rede de mentoria referência de mercado e conexões com parceiros e fornecedores. Tudo isso com a chancela da Trutec.

“Todas as startups precisam de escala para tirar as boas ideias do papel e se tornar um grande negócio. É isso que a Trutec, por meio do Labs, possibilita. Com mentorias, investimentos e todas as skills, o programa permite que os empreendedores se conectem com potenciais clientes e parceiros, gerando maior receita para o negócio. Outro ponto fundamental é o acesso a outras soluções e o selo de qualidade da Trutec by Vedacit” afirma Alexandre Quinze, CEO da Trutec. 

Para este 5º ciclo, o Programa busca construtechs e proptechs que atendam os seguintes desafios: 

– Sustentabilidade: soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável em todo o ciclo de vida da obra.

– Tecnologias para execução: startups que utilizem tecnologia para aumentar a velocidade, produtividade e eficiência de obras.

– Uso, operação e manutenção das edificações: tecnologias que contribuam para a gestão eficiente nas etapas de pós-chave e pós-obra. 

– Conecte sua startup: soluções inovadoras que contribuam para a transformação da construção civil.

Para a seleção serão avaliados os seguintes critérios: potencial de mercado, tecnologia utilizada, maturidade do plano de negócios e perfil dos empreendedores. O Pitch Day com as finalistas acontecerá em março e as escolhidas iniciarão o Programa no mesmo mês. 

O Programa de Inovação Aberta é gerido pela Trutec, primeiro ecossistema de soluções voltadas para a construção civil que tem como objetivo transformar a indústria por meio da tecnologia e inovação. As startups participantes ainda poderão ser convidadas a fazer parte do portfólio.  

Atualmente, cinco startups que já passaram pelo Labs – ConstruCode, Construct IN, Elixir AI, Construflow e James Tip – fazem parte do portfólio da Trutec. Duas delas foram destaques no TOP 100 OPEN Startups de 2021, sendo as mais cobiçadas do mercado corporativo. As startups Predialize, Prevision, e Pix Force aceleradas pelo Labs também receberam destaque no ranking. 

Acesse: https://trutec.com.br/vedacitlabs/

Consumidor do futuro na construção civil: mais veloz, mais atento, autêntico e exigente

Por Thiago Kuntze, economista, sócio e diretor comercial da Construtora e Incorporadora Pride

Mais do que nunca, vimos que estamos todos conectados. Os últimos dois anos nos mostraram a força que tem a internet e o quanto nós, brasileiros, a consumimos. Segundo o relatório ‘Internet of Things’, divulgado pela Ericsson em 2019, no próximo ano, em torno de 29 bilhões de dispositivos estarão ativos, o que representa três vezes a população humana.

Toda essa conectividade nos levou a pesquisar mais sobre empresas e produtos que estamos inclinados a consumir, avaliando temas que, por muitas vezes, deixamos passar despercebidos e que podem causar uma comoção virtual.

Essa modernidade é disseminada em diversos segmentos da economia nacional, acelerando processos que já estavam caminhando a passos tímidos até então. Dentro da Construção Civil, estamos vivendo uma revolução tecnológica e toda essa conectividade nos levou a refletir sobre quem serão os consumidores do futuro.

Quando falamos em futuro, não estamos nos referindo a 10 ou 15 anos, mas sim, agora em 2022. Percebemos que mais do que realizar sonhos, nós estamos propondo às pessoas, a construção de uma vida e, mais do que isso, de relacionamentos.

Percebemos também que cada vez mais, as pessoas estão sim interessadas em assuntos relacionados ao meio ambiente e sua preservação. Dados de uma pesquisa conduzida pela empresa WGSN, mostram que 90% das pessoas entrevistadas disseram estar inseguras quanto ao futuro da crise climática que estamos vivendo.

Desta forma, procuramos trabalhar de forma sustentável, seja ela desde o período de obras, quando investimos em logística reversa, captação de água da chuva, separação do lixo, reutilização de materiais que antes seriam jogados fora; até o momento da entrega, quando colocamos à disposição dos moradores, bicicletários, áreas arborizadas, espaços de atividades ao ar livre, torneiras com temporizadores, conscientizações sobre o uso de captação de água de chuva para limpeza de espaços comuns, painéis solares e tantos outros.

Essa movimentação do consumidor está sempre no radar das empresas. Na verdade, são eles que ditam as tendências e não nós. Com o aumento de 300% da procura de vagas em trabalho remoto nos últimos anos, adaptamos espaços em que os moradores possam trabalhar e se divertir, sem sair de casa. Os empreendimentos da Pride, por exemplo, desde o ano passado, contam com coworking, para que os moradores possam trabalhar durante o dia e a noite, o local pode se transformar em um salão de festas.  

Os imóveis ganharam funcionalidades diferentes, não são apenas casas, eles precisam ser escritórios, locais de lazer, de convivência e de socialização. Desta forma, esse novo consumidor, que é mais exigente, que procura mais e busca mais conhecimento, é também mais moderno, mais funcional. Nossos clientes hoje não procuram espaços grandiosos, mas sim que sejam a “cara” de quem ali irá morar.

O otimismo para 2022 é alto na construção civil. O setor puxou a economia no último ano, com taxas inimagináveis até então. Economicamente, é um período de números positivos. A estimativa é de que 2021 tenha sido o melhor ano para área nos últimos oito, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil. Somente no segundo trimestre deste ano, a projeção de crescimento foi de 2,5% para 4%, demostrando a força da construção no país.

Porém, de nada adianta números que nos animam, se não nos adaptarmos a este novo cliente, mais veloz nas buscas, mais minimalistas nas escolhas e, principalmente, sábio sobre o que busca e o que quer encontrar em seu novo lar

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Varejo da construção deve fechar 2021 com 28% de crescimento

Em 2020, após os efeitos iniciais da pandemia em março e abril, os consumidores voltaram a atenção para suas casas e a demanda por obras e reformas atingiu um alto patamar. O setor conviveu com ajustes em toda a cadeia da construção e se preparou para bons resultados em 2021. A expectativa de crescimento de faturamento para o ano se concretizou, mas foi puxada principalmente por preço e não por volume. Os resultados para o ano, no entanto, são superiores aos patamares pré-pandemia. São essas as conclusões de um compilado de estudos e pesquisas da Juntos Somos Mais, detentora do maior ecossistema de construção civil do país e que aponta também um crescimento de 11% para 2022.

Quando a pandemia mostrou que haveria um impacto no Brasil em abril de 2020, veio uma sensação de extremo pessimismo para indústrias e varejistas da construção civil. O setor foi mais impactado que a média na crise econômica de 2015 e 2016, quando o PIB do Brasil caiu quase 7% e o PIB da construção civil caiu aproximadamente 20% no mesmo período. Por conta disso, a pesquisa Juntos Somos Mais, realizada em abril/20 com as indústrias participantes do seu ecossistema, apontou que 92% indicavam que 2020 seria pior que 2019. No entanto, ao final de 2020, a percepção havia se alterado e 89% indicaram que 2020 foi melhor que 2019. No mesmo passo, também 89% indicaram que 2021 seria melhor do que 2020. À medida que o ano de 2021 se aproxima do final, o otimismo se sustenta e 67% das indústrias indicam que o faturamento em 2021 deve crescer por volta de 20% versus 2020 e o volume em torno de 10% — mostrando que boa parte do crescimento deste ano foi impulsionado por aumentos de preço e não de volume.

A área de Inteligência de Mercado da Juntos Somos Mais, startup de tecnologia fruto de uma joint venture entre Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre, também fez projeções considerando o desempenho do setor na Pesquisa Mensal do Comércio divulgada mensalmente pelo IBGE. “A estimativa é que o setor de materiais de construção termine o ano com crescimento de 5% em volume, mas aumento maior, por volta de 28%, no faturamento devido ao efeito da inflação do setor”, afirma Ivan Ormenesse, responsável pela área na startup. Na comparação 2020 contra o ano anterior, estes indicadores apontam para crescimento de 11% em volume e 17% em faturamento. A diferença entre faturamento total e volume em 2021 é corroborada quando avaliado o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) que aponta aumento de 14,3% no acumulado de 12 meses em novembro e 22,1% quando analisado apenas o componente de materiais e equipamentos (desconsiderando serviços).

Em 2020, estudo da Juntos Somos Mais apontou que 75% do crescimento era justificado pelo auxílio emergencial. A redução do auxílio em 2021 juntamente com aumento de inflação e liberação mais ampla do comércio (antes restrito a itens essenciais que incluíam materiais de construção) colaboraram para o crescimento menor no varejo da construção apontado acima. Apesar das reduções, o setor opera em patamares superiores a 2019 conforme ilustrado pelos dados de consumo de cimento de julho a outubro de 2021 que apresentaram um aumento de 17,2% vs. o mesmo período de 2019.

E no segmento imobiliário…

O setor imobiliário, que depois “puxa” o consumo no varejo da construção, tem mantido bons resultados em 2021. De acordo com a ABRAINC, foram vendidas 97,3 mil unidades entre janeiro e agosto de 2021, um número 14,6% maior do que no mesmo período de 2020 e 39,2% maior do que em 2019. Também foram lançadas 78,9% mil unidades, 49,4% mais imóveis do que no mesmo período do ano anterior. O valor total financiado até outubro cresceu 85,4% frente ao mesmo período do ano passado, de acordo com a ABECIP. As construtoras estiveram com níveis de ocupação acima de 70% durante todo ano de 2021, alcançando 76% em outubro, de acordo com o NUCI-FGV.

O cenário macroeconômico com alta da inflação e aumento da taxa de juros, que recém subiu para 9,25% vs 2,00% no auge da pandemia, torna o financiamento de imóveis menos atrativo para o consumidor final e gera mais incertezas para o varejo da construção. Aumentos no custo do gás e dos combustíveis podem seguir pressionando as indústrias a repassarem seus custos adiante na cadeia. O programa Casa Verde e Amarela do Governo Federal tem sofrido com este aumento e as vendas, até setembro de 2021, foram 14% menores do que as do mesmo período de 2020.

E o que esperar de 2022?

Apesar dos ventos contrários e de toda a instabilidade causada pelo período eleitoral, o setor no geral está otimista para 2022: o índice de confiança da FGV, em outubro de 2021, ficou em 96.1, nível mais alto desde fevereiro de 2014. A pesquisa da Juntos Somos Mais com as indústrias participantes no seu ecossistema indica que as indústrias esperam crescimento por volta de 10% em faturamento em 2022, sendo que 38% esperam crescimento maior de 10%, outros 38% esperam crescimento de até 10% e os demais 25% esperam manutenção ou redução de até 10%. Outro estudo realizado com proprietários de lojas de materiais de construção pela Juntos Somos Mais conduzido em novembro de 2021, mostra que 46% das lojas tiveram crescimento no faturamento no ano, sendo que 32% indicaram crescimento de até 20% e outros e 14% crescimento superior à 20%, enquanto 33% reportaram queda no faturamento. Para 2022, o mesmo estudo indica que 76% dos proprietários esperam crescimento, sendo que 22% esperam crescimento acima de 20%, 54% crescimento de até 10% e apenas 8% esperam redução no faturamento.

“Historicamente o setor da construção civil é mais impactado com as instabilidades econômicas do que a economia em geral, e, apesar de em 2021 não ter apresentado o mesmo crescimento que tivemos em 2020, foi um ano positivo. Os números mostram a resiliência de um setor que se adapta rapidamente e consegue crescer mesmo em momentos de adversidade”, aponta Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais. Para 2022, a empresa trabalha com números de 11% de crescimento em receita e 2% de crescimento em volume para o varejo de material de construção.

eXp Reality atinge marca de 70 mil agentes imobiliários no mundo

O aumento de 69% na equipe desde o início de 2021 acompanha um terceiro trimestre com recorde de crescimento de 97% na receita

A eXp Realty, a imobiliária digital que mais cresce no mundo, subsidiada pelo eXp World Holdings, Inc. (Nasdaq: EXPI), acaba de anunciar que chegou à marca de 70 mil agentes no mundo, o que representa um aumento de 69% quando comparado aos 41.313 corretores que a empresa tinha no começo de 2021. No Brasil, onde a companhia desembarcou no início deste ano, já conta com 200 agentes imobiliários.
 

A marca conquistou um terceiro trimestre recorde em 2021, no qual a receita aumentou 97%, batendo US$ 1,1 bilhão, enquanto o lucro bruto alcançou US$ 79,5 milhões, o que representa um crescimento de 70% em comparação com o terceiro trimestre de 2020.
 

Em plena expansão, em 2021 a eXp Reality abriu operações em nove novos países. Ao lado do Brasil, a imobiliária digital também chegou a Porto Rico, Itália, Hong Kong, Colômbia, Espanha, Israel, Panamá e Alemanha. Além disso, a companhia também estabeleceu nos EUA a SUCCESS® Lending, uma joint venture de empréstimos residenciais em parceria com a Kind Lending, com o objetivo de adotar uma abordagem colaborativa para o tema e conectar um ecossistema de profissionais especializados em imóveis e hipotecas.
 

“Nosso foco nos agentes e na contínua inovação nos permitiu atrair corretores para a plataforma da eXp Reality em grandes números todo ano”, explica Glenn Sanford, fundador, presidente e CEO da eXp World Holdings. “Como a imobiliária digital que mais cresce no mundo, nós vamos olhar para melhorar a proposição de valor do agente para continuar nosso crescimento exponencial rumo ao futuro”, completa.
 

Assim, atenta à experiência dos agentes, a empresa criou o eXp Innovation Hub, um ambiente colaborativo para criar serviços e capacidades que fazem a diferença no dia-a-dia dos corretores da eXp Realty. Com essas medidas, a eXp encerrou o terceiro trimestre de 2021 com um NPS global de 69.

Oria Capital lidera 3ª rodada de investimentos na Ambar, do segmento de construção civil

A Oria Capital, gestora de growth equity focada no segmento B2B Tech, liderou a terceira rodada de investimentos na construtech Ambar, pioneira na industrialização e integração tecnológica da construção civil na América Latina. O investimento é o 4º realizado pelo terceiro fundo da Oria Capital e o primeiro da gestora na tese de ConstruTech. A Ambar levantou R$ 204 milhões — deste total, R$ 130 milhões foram aportados por Oria Capital e Echo Capital, líderes da rodada. Além desses, participaram acionistas institucionais da Ambar, TPG e Argonautic Ventures.
 

Com o investimento, a Ambar irá intensificar a evolução do ecossistema de soluções digitais que, hoje, já conta com 350 mil usuários de 12.500 empresas que estão transformando a jornada construtiva em mais de 20.000 obras espalhadas por todo o Brasil.
 

Após fechar 2021 com crescimento de 90%, a Ambar prevê repetir a evolução. “Vamos dobrar o número de obras simultâneas com produtos Ambar aplicados e conquistar 970 novos clientes em 2022”, garante Bruno Balbinot, Founder & CEO da Ambar.
 

Um dos principais objetivos da Ambar, após essa rodada de investimentos, é ampliar a divisão digital dentro da empresa. “Temos como foco empreendimentos que tenham modelos de negócio escalável e com potencial para se tornarem líderes de mercado. Pelo fato de a Ambar estar ampliando seus serviços ligados à área digital, com esse segmento já representando importante parcela da receita da empresa, acreditamos que a Oria pode ajudar a empresa a avançar e crescer ainda mais”, destaca Paulo Caputo, sócio-fundador da Oria Capital.


A Ambar planeja ampliar o movimento de aquisições e o crescimento estrutural e técnico com a quantia levantada. Nas três rodadas de investimentos, a empresa já captou R$ 360 milhões.

FGV: Confiança da Construção alcança maior nível desde janeiro de 2014

O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV IBRE, subiu 1,4 ponto em dezembro, para 96,7 pontos, maior nível desde janeiro de 2014 (97,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice variou 0,1 ponto, após ter caído no mês passado.
 

“No último mês de 2021, a situação corrente dos negócios alcançou uma posição melhor do que antes da pandemia, embora ainda permaneça em posição que representa uma percepção de pessimismo moderado. Um ponto de destaque é que a atividade cresceu na comparação com 2020 e 2019. No que diz respeito às expectativas, o indicador recuperou a percepção de neutralidade, mas se mantém abaixo nível alcançado em dezembro de 2019. Nota-se que os empresários se mantêm cautelosos em relação às perspectivas para os negócios nos próximos meses. É um sentimento que decorre da própria piora da conjuntura e de sua repercussão sobre variáveis chaves para o setor”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.

Em dezembro, o resultado positivo do ICST refletiu a melhora das expectativas e da percepção dos empresários na avaliação sobre momento atual. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,8 ponto, para 92,8 pontos, maior nível de agosto de 2014 (93,0 pontos). A alta do ISA-CST foi influenciada principalmente pela melhora do indicador de carteira de contratos, que subiu 1,4 ponto, para 93,8 pontos. O indicador de situação atual dos negócios se manteve relativamente estável ao variar 0,2 ponto, para 92,0 pontos.
 

O Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 2,1 pontos, para 100,8 pontos, maior nível desde agosto deste ano (100,9 pontos). Esse resultado se deve à melhora do indicador de demanda prevista, que subiu 2,2 pontos, para 103,0 pontos, e do indicador de tendência dos negócios, que subiu 2,0 pontos, para 98,5 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção recuou 0,9 ponto percentual (p.p.), para 76,4%. A maior contribuição negativa veio do Nuci de Mão de Obra, que diminuiu 1,1 p.p, para 77,5%, e o Nuci de Máquinas e Equipamente diminuiu 0,3 ponto percentual, para 69,8%.
 

Fatores Limitativos — média por ano

Em 2019, a demanda insuficiente foi a maior limitação das empresas, uma vez que a atividade ainda era muito incipiente. Em 2020, a demanda continuou a representar uma grande restrição, mas os impactos da Covid ganharam destaque no quesito Outros — em abril recebeu 46% de assinalações. Por fim, em 2021, com a recuperação dos negócios ganhando mais fôlego, a demanda insuficiente foi perdendo protagonismo ao longo do ano. O custo da matéria-prima tornou-se, e ainda se mantém em dezembro, como um grande problema para a maioria das empresas. “Com a desaceleração dos aumentos dos preços dos insumos industriais, esse quadro não deverá se repetir em 2022, mas, a piora da conjuntura pode aumentar a limitação representada pela demanda novamente”, observou Ana Castelo.

Índice Nacional de Custo da Construção sobe 0,30% em dezembro

O Índice Nacional de Custo da Construção — M (INCC-M) variou 0,30% em dezembro, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 0,71%. Com este resultado, o índice acumula alta de 14,03% no ano, ante 8,66% em 2020. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 1,11% em novembro para 0,49% em dezembro. O índice referente à Mão de Obra variou 0,10% em dezembro, contra 0,28%, em novembro.

Materiais, Equipamentos e Serviços

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos variou 0,48% em dezembro, após subir 1,23% no mês anterior. Três dos quatro subgrupos componentes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,73% para -0,45%.
 

A variação relativa a Serviços passou de 0,49% em novembro para 0,57% em dezembro. Neste grupo, vale destacar o avanço da taxa do item refeição pronta no local de trabalho, que passou de 0,49% para 1,97%.
 

Mão de obra

A taxa de variação referente ao índice da Mão de Obra variou 0,10% em dezembro, ante 0,28% em novembro.
 

Capitais

Seis capitais apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Em contrapartida, apenas Porto Alegre apresentou acréscimo em sua taxa de variação.

QuintoAndar adquire Navent para potencializar oferta para imobiliárias na América Latina

QuintoAndar, a maior plataforma de moradia da América Latina, anuncia a aquisição das operações imobiliárias do Grupo Navent, o que inclui as empresas Zonaprop, na Argentina; Imovelweb, Wimoveis e Union Softwares, no Brasil; Plusvalia, no Equador; Compreoalquile, no Panamá; Adondevivir Urbania, no Peru; Inmuebles24, no México; e Tokko Broker Software, que opera em todos esses mercados. O acordo consolida a holding QuintoAndar como o principal grupo de moradia na região e reforça o compromisso da empresa com o crescimento do ecossistema de imobiliárias.

A aquisição oferece ao mercado a combinação da melhor experiência do cliente – já oferecida pelo QuintoAndar -, somada às melhores ferramentas para a jornada digital de imobiliárias – oferecidas pela Navent. A união das empresas cria um conjunto único de soluções tecnológicas que capacitam as imobiliárias na condução dos negócios junto aos clientes, com interações mais rápidas e simples – desde a busca pelo imóvel até o fechamento do contrato.

“Este é um marco importante na concretização da nossa missão: ajudar as pessoas a viverem melhor”, afirma o cofundador e CEO do QuintoAndar, Gabriel Braga. “Estamos empolgados em ter conosco a equipe Navent e suas operações líderes na América Latina, avançando mais um passo para desenvolver uma solução eficiente para as imobiliárias. É uma grande satisfação potencializar o crescimento destas grandes parceiras em toda a América Latina, criando um efeito cascata que, no final do dia, beneficia aqueles que buscam sua casa dos sonhos”, acrescentou Braga.

“Quando nos sentamos com a liderança do QuintoAndar, ficou muito claro que compartilhamos da motivação e objetivo de investir, no longo prazo, no sucesso do setor imobiliário e das imobiliárias”, afirma o cofundador e CEO da Navent , Nicolas Tejerina. “O que Navent e QuintoAndar farão juntos aproximará as imobiliárias das expectativas do consumidor, elevando o nível para uma experiência que destrave conversão e liquidez”, acrescentou Tejerina.

A Navent continuará operando e conduzindo seus serviços para imobiliárias sem interrupção, e terá mais acesso e recursos em tecnologia e talentos para impulsionar a inovação, com novas ferramentas e soluções.