Resale e Wuzu levam tecnologia blockchain ao mercado de imóveis

Startups unem suas soluções para que propostas e pagamentos sejam mais transparentes e seguros

O setor imobiliário é um dos mercados mais tradicionais, mas também tem passado por um grande processo de digitalização. Além das tecnologias já existentes, entra em cena também o blockchain, tornando as transações digitais de todos os tipos de imóveis, inclusive fazendas, cada vez mais transparentes, íntegras e seguras. A Resale, outlet de imóveis que desenvolve soluções para gestão e venda de imóveis que retornam ao mercado provenientes de instituições financeiras, e a Wuzu, fintech curitibana especialista na criação de exchanges de Bitcoin e criptomoedas, são duas das startups responsáveis por isso.

A Resale leva ao consumidor final a possibilidade de comprar online imóveis retomados que estão nas bases de bancos como o Banco do Brasil e a EMGEA – Empresa Gestora de Ativos do Governo Federal com alto valor de desconto, característico da categoria. Antes conhecida apenas por quem era do meio, a compra desses imóveis ficou muito mais digital e ágil com a tecnologia da startup.

Dentro de suas modalidades de venda, a Resale criou o modelo de concorrência pública, que consiste em uma forma extremamente segura e transparente para o envio de propostas de compra criptografadas. “O valor proposto (envelope comercial) é 100% criptografado, inviolável e identificado por meio de um token cujos dados somente serão liberados após o término da concorrência, quando então é conhecido o ranking de participantes”, explica o CTO da Resale, Paulo Nascimento.

O desenvolvimento dessa solução via blockchain utilizou a tecnologia da Wuzu. Criada em 2017, a startup leva ao mercado soluções de infraestrutura e é a primeira empresa a conectar várias exchanges na mesma matching engine. E não é a primeira vez que a startup lança algo voltado para o mercado de real estate. Em 2020, auxiliou o Banco BTG Pactual, também sócio da Resale, no desenvolvimento do ReitBz, uma plataforma que utiliza blockchain para a tokenização de ativos imobiliários sob gestão do banco.

Segundo Guilherme Zonatto, COO da Wuzu, “essa parceria com a Resale decreta um novo marco em governança e transparência nos processos em que existe a necessidade de propostas secretas. Não permitir o acesso às informações por nenhuma das partes até o fim do processo garante um procedimento sem interferências externas sobre o resultado final, o que traz mais segurança e confiabilidade para as negociações. Além de proporcionar mais segurança, a tecnologia usada nessa parceria é altamente escalável, permitindo milhares de concorrências concomitantes com um custo operacional muito baixo”.

Ainda em 2021, as duas empresas pretendem levar ainda mais tecnologia de ponta ao mercado de imóveis. “Sabemos que a compra digital de ativos se torna uma realidade para um número de pessoas cada vez maior. Queremos que esses novos consumidores e também as instituições financeiras contem com nossas soluções para seguirem comprando e vendendo com máxima segurança digital”, finaliza o CTO da Resale.

Índice QuintoAndar: Aluguel residencial apresenta leve retomada no mês e permanece em baixa em comparação anual em SP e no RJ

O valor médio do aluguel residencial por m² em São Paulo aumentou 0,97% comparado a janeiro desde ano, mostra o Índice QuintoAndar de Aluguel. No Rio de Janeiro, a variação mensal foi de 1,06%. Em ambas regiões, no acumulado dos últimos 12 meses, a situação é inversa, com queda de 6,23% na capital paulista e baixa de 2,51% na capital fluminense.

O Índice QuintoAndar leva em consideração preços efetivamente usados em contratos fechados, mais precisos que os valores de aluguel. O indicador aponta também a distância entre as médias de preços dos anúncios em relação àqueles realmente utilizados nos aluguéis. Em fevereiro, os anúncios indicaram valores em média 10,56% acima da realidade do mercado em São Paulo. Já no Rio a diferença média a mais dos anúncios foi de 14,33% no mesmo período.

Dados de São Paulo

Em São Paulo, o bairro que mais se valorizou nos últimos seis meses foi a Vila Formosa, seguida por Jd. São Savério e Jd. Estér Yolanda, na Zona Oeste da capital.
Já as maiores quedas nesse intervalo foram no Centro, Santo Amaro e Liberdade. Entre os bairros com metro quadrado de aluguel mais caro na cidade estão, Vila Olímpia, Pinheiros e Vila Nova Conceição.

Em relação ao tamanho, o preço do aluguel por metro quadrado dos imóveis de um quarto subiu 1,1% em fevereiro ante janeiro. No mesmo período, houve alta de 0,48% e 0,62% nos preços médios de aluguel dos imóveis de 2 e 3 dormitórios, respectivamente.

Dados do Rio de Janeiro

A maior alta de aluguel por metro quadrado no Rio foi Taquara, Vl. Isabel e Recreio. Já as maiores retrações vieram de Santa Teresa, Centro e Grajaú. Na lista de mais caros da cidade, aparecem Ipanema, Leblon e Botafogo.

Os imóveis de três dormitórios tiveram alta no preço do metro quadrado de 0,85% em fevereiro, comparado com janeiro. Os dois quartos tiveram aumento de 0,77%. Já os imóveis de até um dormitório se mantiveram estáveis na capital fluminense.

“A valorização dos imóveis de aluguel deve demorar para acontecer, embora comece a apresentar leve retomada”, diz Fernando Paiva, Head de Dados do QuintoAndar. “O avanço da Covid-19 no Brasil e os possíveis impactos na economia devem segurar ainda mais a valorização do metro quadrado em SP e RJ”.

Com avanço de 0,26% em fevereiro, Índice FipeZap mantém trajetória de alta em 2021

Apesar da desaceleração observada nos últimos três meses, resultado representou a 14ª alta mensal consecutiva do índice

■ Análise do último mês: o Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades, apresentou alta nominal de 0,26% em fevereiro, desacelerando ante os resultados observados em dezembro (+0,45%) e janeiro (+0,35%). Comparativamente, a variação mensal do índice é inferior ao comportamento esperado do IPCA/IBGE para o mesmo período (+0,67%), segundo expectativa publicada no último Boletim Focus do Banco Central do Brasil*. Uma vez confirmada essa variação dos preços ao consumidor, calcula-se que o preço médio de venda de imóveis residenciais encerrará fevereiro com queda real de 0,40%. Individualmente, 11 das 16 capitais monitoradas apresentaram elevação nominal no preço médio de venda de imóveis residenciais no referido mês, destacando-se: Maceió (+1,48%), Curitiba (+1,00%), Florianópolis (+0,88%), Vitória (+0,86%) e João Pessoa (+0,84%). Em contraste, os maiores recuos foram registrados em Salvador (-0,34%), Fortaleza (-0,21%), Belo Horizonte (-0,19%) e Manaus (-0,11%). Considerando as duas cidades de maior representatividade na composição do Índice FipeZap, São Paulo apresentou alta nominal de 0,40% nos preços de venda de imóveis residenciais em fevereiro, superando a alta observada no Rio de Janeiro para o mesmo mês (+0,25%).

■ Balanço parcial de 2021: ao final do primeiro bimestre de 2021, o Índice FipeZap tem alta nominal de 0,62%, variação inferior à inflação acumulada de 0,92%, segundo comportamento observado e esperado do IPCA (IBGE)*. Se confirmado esse resultado, a comparação entre a variação acumulada do Índice FipeZap e da inflação ao consumidor representará um recuo de 0,30% no preço médio de venda dos imóveis residenciais, em termos reais.

■ Análise dos últimos 12 meses: nesse horizonte temporal, o Índice FipeZap acumula avanço nominal de 3,99%. Na comparação com a inflação acumulada nos últimos 12 meses (+5,00%), segundo o IPCA (IBGE)*, o Índice FipeZap apresenta queda de 0,96%, em termos reais. Entre as 16 capitais monitoradas pelo Índice FipeZap, as maiores altas foram registradas em Manaus (+11,35%), Curitiba (+10,48%), Maceió (+10,43%), Brasília (+9,54%), Vitória (+8,35%), Florianópolis (+7,50%), João Pessoa (+5,97%), entre outras. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as altas acumuladas são de 4,17% e 2,05%, respectivamente.

■ Preço médio de venda residencial: tendo como base a amostra de imóveis residenciais anunciados para venda em fevereiro de 2020, o preço médio calculado foi de R$ 7.546/m² entre as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap. Dentre elas, Rio de Janeiro se manteve como a capital monitorada com o preço do m² mais elevado (R$ 9.494/m²), seguida por São Paulo (R$ 9.403/m²) e Brasília (R$ 8.146/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda residencial por m², figuraram: Campo Grande (R$ 4.325/m²), Goiânia (R$ 4.543/m²) e João Pessoa (R$ 4.582/m²). C

Nota: (*) informação publicada no Boletim Focus do Banco Central do Brasil em 01/03/21. A variação real efetiva será conhecida apenas após a divulgação do IPCA/IBGE.

Vìncere Incorporadora acredita em aumento na intenção de compra e busca por imóveis maiores em 2021

Com a taxa básica de juros da economia, a Selic, mantida em 2%, a perspectiva é que o mercado imobiliário permaneça em ascensão este ano. De acordo com o levantamento da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), realizado com 38 dos maiores players do segmento, 97% dos empresários pretendem lançar novos projetos nos próximos 12 meses e 92% comprará terrenos no período.

Para Altemir Farinhas, especialista em finanças pessoais, existe uma força motriz impulsionando o setor. “O financiamento imobiliário tem ajudado muito o mercado. Agora muitas pessoas têm acesso a crédito e é por isso que vemos muitos prédios sendo construídos. Além disso, a queda da Selic impactou muito na rentabilidade da poupança, do tesouro direto e alguns fundos de investimento. Nós sempre tivemos no mercado pessoas com bom valor financeiro, com quantias altas na caderneta de poupança e, esses conservadores, estão migrando para o setor imobiliário porque olham muito para a questão da segurança”, explica

Procura por imóveis maiores

Já a diretora da Víncere Incorporadora, Adriana Macedo Perin, afirma: “Além dos juros baixos despertar a intenção de comprar um imóvel, há também, quem passou a trabalhar de maneira remota permanentemente e, com isso, aumentou o desejo por melhor qualidade de vida. Nos últimos meses os consumidores passaram a procurar por imóveis mais amplos. Acredito que isso seja um reflexo da demanda maior por home office. Além disso, muitas pessoas que antes investiam na bolsa passaram a comprar imóveis por ser um investimento seguro”.

Segundo o analista de finanças pessoais, muitas pessoas que moram em apartamentos menores estão migrando para imóveis maiores. “Estamos vivendo um cenário em que as pessoas não estão vendendo o apartamento do qual estão saindo. Muitos têm optado por comprar um novo, ou seja, estão fazendo uma previdência com o aluguel de alguns imóveis e outros estão mudando para um imóvel maior e melhor. Portanto, acredito muito nesse boom no mercado imobiliário. Ao que tudo indica, o vento está a favor”, afirma Altemir Farinhas.

Ainda sobre as perspectivas para o mercado imobiliário, a diretora da Víncere Incorporadora, Adriana, diz: “Queremos que investidores e moradores tenham uma ótima experiência ao adquirir o seu futuro imóvel. Por isso, nossos empreendimentos sempre prezam por boa localização, plantas bem resolvidas e otimização de espaços”.

Enel e Planet Smart City se unem pelo crescimento das cidades inteligentes no Brasil

A líder global de moradias acessíveis, Planet Smart City, assinou um acordo internacional com a Enel X, setor do Grupo Enel, dedicado a serviços de inovação em energia.

Apoiando os projetos da Planet no Brasil, a Enel X fornecerá uma gama de produtos e serviços de IoT, incluindo iluminação pública inteligente e dispositivos domésticos inteligentes. A parceria com a Enel X é um acordo estratégico importante para a Planet, ajudando a conquistar o plano ambicioso de construir 44,500 moradias até 2025.

Os dispositivos fornecidos pela Enel X irão possibilitar uma grande variedade de serviços, impulsionados pela Planet, para reforçar o engajamento entre moradores e melhorar a qualidade de vida dos residentes. Além disso, por fornecer acesso a esses produtos em escala, a parceria com a Enel X vai permitir que a Planet mantenha o desenvolvimento eficiente de suas cidades inteligentes a um baixo custo para os moradores.

Além disso, através da YouUrban, a plataforma estratégica usada pela Enel X nas smart cities, a Planet vai ter acesso a análises baseadas em dados, mostrando as interações entre as soluções e os moradores. Isso irá permitir que a Planet melhore as soluções para fortalecer o engajamento da comunidade.

Giovanni Savio, CEO Global da Planet Smart City diz: “Nosso objetivo é colaborar com as mais inovadoras e dinâmicas organizações do mercado, e eu acredito que fizemos isso em nossa parceria com a Enel X. Esse acordo vai nos ajudar a elevar a qualidade de vida de nossos moradores, seja através de postes de iluminação pública inteligentes ou serviços que melhorem a vida dos residentes. Estou ansioso para trabalhar com o time da Enel X e compartilhar nossa visão para viver em modo mais sustentável e inteligente.” 

Carlos Eduardo Cardoso, Head de e-City Brasil diz: ““Essa parceria é um importante marco para a Enel X, pois introduz as necessidades do projeto com as soluções inteligentes que tornam o dia a dia mais fácil. Uma das propostas será de ter opções personalizadas para o desenvolvimento da moradia, oferecendo todas as soluções tecnológicas disponíveis, como sistema de energia solar e ponto de recarga para carros elétricos na garagem.” 

Fim da penhora de bem de família do fiador em locação comercial pode impactar PMEs

A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios do Estado de São Paulo (AABIC), a maior entidade representativa do setor, vê com receio a decisão recente em turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou impenhorável o imóvel bem de família oferecido como garantia em contrato comercial de locação.

Para a associação, caso esse entendimento seja ampliado, a tendência é que o mercado deixe de aceitar fiador com apenas uma propriedade como garantia, impactando diretamente milhares de pequenas e médias empresas em todo o Brasil. Hoje, mais da metade desses empreendedores firmam contratos de locação apresentando como garantia somente um imóvel.

“A decisão desestimula um mercado equilibrado, porque as imobiliárias vão começar a exigir que o fiador para uma locação comercial tenha, no mínimo, dois imóveis de sua propriedade”, afirma o Presidente da AABIC, José Roberto Graiche Júnior.

Em duas decisões, uma em 2020 e outra no início deste ano, o STF considerou impenhorável o bem de família usado como garantia na locação comercial, alegando que um bem de família não poderia ser confiscado. Graiche ressalta que essas decisões destoam do entendimento que o judiciário vem mantendo desde 1990, permitindo a penhora. Essa também é a posição defendida pelo Ministério Público Federal em parecer enviado ao STF em julho de 2020.

O art. 3º da Lei nº 8.099/1990, que trata do tema, não faz distinção entre a locação residencial e a comercial no que se refere à penhorabilidade do bem de família do fiador. “As decisões judiciais há mais de 30 anos se pautam na legislação existente e isso sempre ofereceu segurança jurídica ao setor. Decisões que destoam desse entendimento já consolidado acabam gerando incerteza e atrapalham o mercado”, avalia Graiche.

De acordo com estimativa da AABIC, cerca de 60% das locações comerciais são feitas com um fiador, pessoa física, que oferece uma propriedade como garantia da locação e que, portanto, tem algo a perder em caso de inadimplência. Atualmente, uma alternativa à exigência de fiador para contrato de locação é o pagamento de seguro fiança, pelo locatário. Na avaliação da AABIC, a decisão do STF pode incentivar a ampliação do uso desse tipo de garantia, onerando os negócios que operam em imóveis alugados, já que se trata de uma opção relativamente mais cara.

Setor de incorporação registra recorde anual nos lançamentos e unidades comercializadas em 2020

De acordo com o Indicador de Vendas da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias ( Abrainc ) e da Fipe , em 2020 as empresas do setor comercializaram 119.911 unidades, volume 26,1% superior ao registrado em 2019. O número de unidades lançadas totalizou 113.191 imóveis novos, superando em 1,1% a marca de 2019. Com isso, tanto as vendas como os lançamentos registraram o maior crescimento da série histórica do Indicador Abrainc-Fipe.

O primeiro bimestre foi marcado por um clima de otimismo no setor, que se refletiu em crescimento nos lançamentos (+38,7%) e nas vendas líquidas (+34,2%). De março a maio, houve retração provocada pela pandemia e, com isso, queda nas unidades lançadas (-32,3%) e um ligeiro aumento nas unidades comercializadas (+0,97%). Já o mês de junho marcou o início de uma forte recuperação do mercado imobiliário, que culminou em um aumento de 34,8% nas vendas e de 8,4% nos lançamentos.

“Os números comprovam que a incerteza econômica gerada pela pandemia foi gradativamente sendo colocada de lado ao longo de 2020 pelo setor e pelos consumidores. Os juros mais baixos se mostraram uma ótima oportunidade para empresas e compradores” , afirma o presidente da Abrainc, Luiz Antônio França.

Segmentos

Os empreendimentos participantes do Programa Casa Verde Amarela (CVA) foram responsáveis por 77,8% das vendas residenciais das incorporadoras em 2020, volume maior do que o apontado em 2019 (participação de 70,2%). Em termos de vendas, o segmento encerrou o ano passado com uma alta de 39,2%. O período de junho e dezembro registrou o melhor desempenho, com crescimento de 47,2% em relação ao intervalo anterior. Em termos de unidades lançadas, o segmento registrou elevação de 5,8% no acumulado de 2020. Ao longo do ano, houve queda de 27% nos lançamentos entre os meses de março a maio – no auge da pandemia -, mas com recuperação de 13,2% entre junho a dezembro, em relação aos períodos equivalentes de 2019.

No caso dos empreendimentos do segmento Médio e Alto Padrão (MAP), as vendas acumularam um declínio de 7,7% no número de unidades comercializadas em 2020, em comparação com o ano anterior. As vendas líquidas tiveram resultado negativo entre março e maio (-43,3%), mas um acréscimo de 2,7% entre junho e dezembro. Já os lançamentos registraram queda de 17,9% em 2020. O período de março a maio registrou o maior declínio (-46,7%), mas houve recuperação entre os meses de junho a dezembro (-13,3%), em relação ao período anterior.

“O crescimento do segmento de médio e alto padrão (MAP) no quarto trimestre, tanto em vendas como em lançamentos, demonstra que a parcela da população com maior poder aquisitivo deixou para comprar imóveis nos meses finais de 2020. Isso é uma ótima notícia para as incorporadoras que atuam neste segmento, e que devem realizar novos investimentos em 2021”, acredita França.

O quanto é possível economizar com uma casa de férias compartilhada

A multipropriedade é uma modalidade na qual é possível adquirir um imóvel de férias em cotas, consistindo em um sistema de propriedade compartilhada. Ela é também a razão pela qual grandes redes hoteleiras têm apostado na construção de novos hotéis no Brasil: o conceito vem ganhando a confiança do público brasileiro por representar a possibilidade de concretizar um sonho.

Segundo Sérgio Estevam, Diretor Comercial e de Marketing da 2Share, empresa especializada em vendas de multipropriedades e serviços de férias, a economia ao adquirir um imóvel em frações pode chegar a cerca de 88%. “Considerando 14 diárias por ano, a fração de um imóvel em um empreendimento como o Hard Rock Hotel Fortaleza custa a partir de R﹩ 60 mil reais, enquanto a aquisição de um imóvel de férias em uma cidade turística no modelo tradicional não sai por menos de R﹩ 500 mil”, informa o executivo.

Em termos de mobiliário, a aquisição de uma fração é completamente mais compensadora, pois a taxa de manutenção já inclui as despesas com móveis e decoração rateadas entre todos os proprietários. Isso proporciona ao cliente usufruir de apartamentos padrão 5 estrelas por toda a vida. Se a opção for comprar uma casa de férias no modelo tradicional, os gastos com mobiliário podem ultrapassar R﹩ 100 mil reais, a depender do bem.

Outro ponto a se considerar são as despesas de manutenção e fixas, como luz, internet, condomínio e limpeza, que são rateadas por todos os proprietários. “Isso também reduz os gastos significativamente, chegando a uma economia de 88% em 30 anos”, avalia o executivo.

No ano passado, a empresa Caio Calfat Real Estate Consulting desenvolveu o 5º relatório sobre o “Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedade no Brasil 2020”, demonstrando que o crescimento da modalidade movimentou 24,1 bilhões somente em 2020, atingindo crescimento de 5,93% em relação ao ano anterior. Este é um mercado que tende a crescer por conta da mudança observada no comportamento do consumidor. No ano passado, foram ofertadas cerca de 430 mil frações de multipropriedade.

Mais vantagens

“Uma grande vantagem é que depois de integralizado o pagamento da entrada da fração (15% do valor do contrato), o proprietário tem direito a escolher mais de 4.000 resorts e hotéis, entre eles outros da rede Hard Rock. Ou seja: além de economizar por não precisar manter uma casa de férias o ano inteiro, o proprietário ainda tem o direito de conhecer outros lugares, sem abrir mão do luxo propiciado pelo Hard Rock Hotel”, avalia Sérgio Estevam.

“Cada vez mais os brasileiros estão descobrindo formas mais inteligentes de usufruir de bens e experiências de alto padrão e ter mais qualidade de vida, e a economia compartilhada vem reforçar este comportamento. A multipropriedade é uma tendência em outros países que vem se confirmando por aqui também”, analisa Sérgio.

Inteligência Artificial fez Loft a crescer em meio à pandemia; conversões diárias subiram 300%

Como a digitalização e o uso de AI da Criteo ajudou a startup imobiliária a crescer em meio à pandemia, aumentando as conversões diárias em + 300%

O ano de 2020 trouxe mudanças para todos os setores e mercados, mas o mercado imobiliário foi um dos mais atingidos, tendo que se adaptar para sobreviver à crise econômica intensificada pela pandemia. Até alguns anos atrás, vender ou comprar um imóvel podia ser um processo demorado e até complexo. No entanto, a disponibilidade de plataformas online que permitem aos usuários vender ou comprar imóveis digitalmente tem crescido exponencialmente no Brasil. Visitar diferentes imóveis com uma imobiliária, sem saber o que esperar, não é mais uma realidade em 2021.

No Brasil, um bom exemplo de inovação digital é a startup Loft, uma plataforma digital que simplifica o processo de compra e venda, oferecendo aos proprietários e potenciais compradores todas as ferramentas necessárias para realizar a transação em único ambiente online. Os usuários têm acesso a fotos e vídeos do imóvel, visitas online e a corretores especializados que auxiliam na negociação e divulgação do imóvel em diferentes portais e redes sociais. É uma solução mais rápida que vem revolucionando o mercado imobiliário.

No último ano, a Loft aumentou em cinco vezes o número de visitas a apartamentos, em grande parte reinventando o seu processo de negócio. O número de imóveis cadastrados na plataforma também cresceu, contabilizando mais de 10.000 opções de venda. Essa digitalização está agilizando o processo de compra e venda de imóveis, que se acelerou em 2020 devido ao distanciamento social necessário pela pandemia.

A empresa ganhou o título de “unicórnio”, acumulando um valor de mais de US$ 1 bilhão, e aumentou a receita em 2020 em cinco vezes. Muito desse crescimento se deve ao enorme investimento da Loft em marketing digital para encontrar e converter novos clientes, principalmente por meio de sua parceria com a Criteo.

Como a Criteo ajudou a Loft a encontrar novos consumidores

Em parceria com a Criteo, a Loft lançou uma campanha full-funnel, priorizando o web traffic, conversão e aquisição em dispositivos móveis.

A campanha de web traffic teve como foco o direcionamento de visitas, tanto para novos usuários quanto para quem já conhece a Loft. Com a otimização de custo por aquisição (CPA), a Loft conseguiu garantir tráfego de qualidade com alta intenção de conversão, mantendo um custo saudável para o negócio e gerando um aumento de 311% nas conversões diárias e de 152% nas visitas qualificadas na web.

Com a ferramenta Automated Bidding da Criteo, os bids foram ajustados automaticamente para manter o CPA preferido. Isso economizou tempo e esforço, dando à Loft mais tempo para se concentrar na estratégia e nas oportunidades de crescimento. O custo por lead em toda a campanha foi reduzido em -37%.

Rafael Kenji, Coordenador de Growth Marketing da Loft, explica: “Anúncios em campanhas com bids automatizados nos permitem explorar novas segmentações e a exposição da Loft e de seus produtos para usuários que ainda não conhecem a marca, mas com certo controle sobre a qualidade deste tráfego gerado pelo custo por conversão desejado. Desta forma, reduzimos o desperdício de recursos com pessoas sem intenção de comprar”.

Com a campanha de conversão na web, a Loft atingiu os visitantes recentes do site com anúncios personalizados para trazê-los de volta e concluir o processo, seja agendando uma visita ou colocando um apartamento à venda. A partir de um catálogo de produtos, foi possível criar anúncios exclusivos para cada visitante, com propriedades específicas aos seus interesses.

A plataforma da Criteo deu a Loft controle e visibilidade sobre o desempenho em todos os momentos. O amplo alcance garantiu escalabilidade e maiores volumes de leads mês após mês. “Com base em nossa tecnologia de Inteligência Artificial, conseguimos fornecer uma análise profunda possibilitando caminhos para uma segmentação precisa e ágil, para a tomada de decisões diárias. As chances de se ter um bom retorno sobre a publicidade são maiores se os profissionais de marketing monitorarem a movimentação do público no dia a dia”, afirma Tiago Cardoso, Diretor Executivo da Criteo para a América Latina.

Brasil tem um dos aluguéis mais baratos do mundo

Um estudo realizado pela Numbeo e compilado pelo portal CupomValido.com.br, observou o custo do aluguel médio para 1 quarto localizado nos centros das cidades, em mais de 100 países do mundo. O Brasil aparece no ranking na 10ª posição, com o custo do aluguel em R$1.259.

Bangladesh, Nepal e Paquistão aparecem em primeiro na lista, com um dos aluguéis mais baratos do mundo, com o custo médio de R$693, R$704 e R$721 respectivamente. Vale mencionar que os preços em que o site compilou os dados, usou a cotação no dia 10 de fevereiro, quando o dólar estava em R$5,36.

Na ponta oposta, com um dos aluguéis mais caros do mundo, se encontra Hong Kong, Singapura e Suíça, com o custo médio de R$11.831, R$11.547 e R$8.967 respectivamente. O rank completo pode ser visualizado no infográfico abaixo.

Resultado da América do Sul

Comparando apenas os países da América do Sul, após o Brasil em 10º lugar, a Argentina aparece na 12º posição, seguido pelo Paraguai em 29º posição com o custo do aluguel em R$1.656. O Chile é o país com o aluguel mais caro da América do Sul, na 53º posição e o valor médio de R$2.438.

Confira o infográfico completo abaixo: