Alta do INCC impacta nos imóveis comprados na planta e gera aumento de preços, aponta estudo do ZAP+

O sonho da casa própria tem se tornado uma realidade pesada no bolso de quem decidiu comprar um imóvel na planta. Em 2020, o Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC) chegou ao seu patamar mais alto em 10 anos, o que elevou os reajustes de valores das prestações de imóveis em fase de construção. No cenário de preços mais altos, um estudo do DataZAP, braço de inteligência imobiliária do ZAP+, analisa se vale a pena ou não investir em um imóvel na planta neste momento.

Em novembro, a alta do INCC no acumulado do ano atingiu 7,71%, uma diferença de 4,75 pontos percentuais em relação ao IPCA do mesmo período. Para o economista Rodger Campos, do DataZAP, o redimensionamento da atividade industrial em função da pandemia causou impactos no setor. “Fatores como a redução de oferta de materiais, o aumento dos custos de produção e a aceleração da atividade na construção civil influenciaram a variação”, explica.

A alta corresponde à correção de preços dos empreendimentos em construção, mas é importante notarmos o efeito do repasse cambial para o comprador de imóveis na planta. Movimentos de comércio internacional podem pressionar o indexador para cima quando em face de apreciação de minério de ferro, por exemplo, cujo preço é formado no mercado internacional.

Vale a pena comprar agora na planta?

Ao optar por um imóvel na planta, o comprador tem a vantagem de negociar valores e condições mais flexíveis de pagamento, o que no final das obras pode gerar uma economia significativa em relação ao preço do imóvel pronto.

Por outro lado, a compra na fase de construção funciona como uma espécie de financiamento compartilhado do empreendimento. Na prática, a construtora divide os custos da obra com o comprador, que realiza o pagamento de um determinado valor de entrada de forma à vista ou parcelada.

De acordo com Rodger Campos, o tempo médio de entrega das chaves é de 36 meses e durante esse período, o custo da obra pode sofrer alterações. “Nesse sentido, o INCC incide não apenas sobre a parcela a ser paga na fase de construção, mas também sobre o valor total do imóvel”, comenta.

O estudo do DataZAP traçou um comparativo no preço de imóveis na planta a partir do INCC dos anos de 2019 e 2020. Na simulação, um imóvel no valor de R$ 750 mil seria adquirido na planta. O valor pago na fase de obra seria uma entrada de 150 mil parcelada em 12 meses. Outros R$ 100 mil correspondem ao valor das chaves e os R$ 500 mil restantes seriam financiados via instituição bancária. A diferença entre os valores chega a mais de 90%.

Ainda sob os efeitos da pandemia da Covid-19, a economia no Brasil e no mundo seguem em fase de recuperação, o que posterga a desaceleração dos índices que afetam o preço dos imóveis na planta. Um caminho para reduzir a incerteza na transação é optar por imóveis prontos. O consumidor também pode considerar comprar de incorporadoras e/ou construtoras que trabalhem com o congelamento do indicador neste período de crise ou que alterem o indexador de correção monetária no contrato de compra e venda.

“Contratos mais flexíveis, que puderem adotar outros índices, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou o Índice FipeZap, poderiam ser uma alternativa para a alta neste momento. Flexibilizar o indexador pode neutralizar os efeitos de choques externos sobre os preços dos imóveis e também uma alternativa mais próxima da realidade e das expectativas do comprador, por serem utilizadas na política monetária nacional”, ressalta o economista.

Para efeitos de comparação, a mesma simulação foi feita a partir do IPCA e do FipeZap. A diferença para o comprador pode chegar a uma economia de pelo menos R$ 30 mil reais.

Para Rodger Campos, observa-se que é um processo de inflação setorial, tornando a participação das parcelas do imóvel na renda muito maior do que o projetado. “Para quem está pensando em investir em imóveis ainda em fase de construção, vale considerar o histórico dos índices e ponderar o quanto isso pode impactar suas finanças pessoais no longo prazo”, finaliza.

Homer lança marketplace de imóveis com ferramenta de vendas gratuita

 Devido à pandemia, surgiu no setor imobiliário a necessidade de profissionais e empresas estarem 100% no ambiente digital. O uso de ferramentas online deixou de ser apenas um auxílio na hora das negociações, para se tornar essencial. E, diante dessa nova realidade, o Homer , plataforma que oferece soluções tecnológicas aos corretores de imóveis de todo o Brasil, voltou todos os seus esforços a criar mais ferramentas. A mais nova delas é um marketplace no qual os corretores contam, gratuitamente, com um site pessoal, onde podem colocar os imóveis de sua carteira, além de ter acesso à carteira de propriedades à venda por outros profissionais. Funciona assim, se um corretor de São Paulo captar um cliente de Recife, assim que esse cliente entrar na página personalizada, conseguirá ver todos os imóveis de Recife que estão disponíveis. Se ele se interessar, entrará em contato com o corretor de São Paulo, que firmará uma parceria com o corretor do imóvel em questão de Recife, agilizando a venda.

O Site Pessoal do Homer já começa com mais de R﹩476 bilhões em imóveis cadastrados em todo o Brasil. Para Livia Rigueiral, CEO do Homer, essa novidade vem para pôr um fim à perda de vendas por falta de imóveis ou de clientes interessados nas propriedades. Isso porque, imóveis de todos os corretores do Homer ficam à disposição dos consumidores nesta vitrine virtual. “O marketplace vai aumentar – e muito – as chances de uma venda ser concluída, agilizar as parcerias, e o site personalizado vai contribuir ainda para que o corretor de imóveis transmita ao cliente mais credibilidade, reforçando sua autoridade no mercado, oferecendo uma experiência melhor ao cliente, e tudo com o apoio da marca Homer”, afirma a CEO.

Mais de 50 mil corretores que utilizam as várias ferramentas do Homer agora têm mais esse recurso para repetir e até mesmo ampliar o bom desempenho que registraram em 2020. E esse serviço não se restringe só a eles, ele se estende também aos quase 400 mil profissionais do setor que atuam no Brasil – números do sistema Cofeci-Creci de 2019 -, e pode ajudar bastante os cerca de 2 mil novos corretores que ingressam nessa área mensalmente. De acordo com Livia Rigueiral, para quem já está no mercado, mas, principalmente, para os que estão começando, essa e outras soluções do Homer são um belo pontapé inicial. “Vamos promover ações junto ao Creci, para que os novos corretores tenham página própria, uma carteira ativa, contem com uma rede de parcerias, com o Homer Poupa Tempo para fazer por eles toda a parte burocrática que envolve a venda de um imóvel, tenham assessoria de marketing e jurídica gratuita, e auxílio na hora de fazer captações”, afirma Rigueiral, que explica: “O Homer será o networking e a equipe online que o profissional precisa para ficar à disposição do cliente e se dedicar ao atendimento personalizado”.

Quanto mais ferramentas para ajudar os corretores a atenderem à demanda que está por vir, melhor. Até porque, a expectativa deles quanto às vendas deste ano de 2021 é grande. Dados de uma pesquisa realizada pelo Homer revelam que 60% dos corretores prevêem que o mercado imobiliário seguirá aquecido, com alta de 20% a 50% na compra e venda de imóveis, e 10% estão mais otimistas ainda, acreditam que o aumento será de mais de 50%.

Em 2020, mesmo em meio à pandemia, os profissionais que trabalharam utilizando as soluções oferecidas pelo Homer obtiveram resultados bastante positivos. 46% deles afirmaram que fizeram novos negócios, e a maioria deles notou um crescimento significativo nas vendas. Um comparativo feito pelo Homer mostrou que, no segundo semestre de 2020, 53% dos corretores notaram um aumento de 10% a 30% nas vendas em relação ao primeiro semestre, outros 15% disseram que a alta ficou entre 31% e 50%, e para 6% o crescimento foi de 51% a 70%. “O que pudermos fazer no que tange desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para otimizar o dia a dia dos corretores, vamos fazer, sempre colocando esses profissionais como peça fundamental em todas as negociações do setor”, conclui a CEO do Homer.

Na cidade de SP, mercado imobiliário fecha 2020 em crescimento

Com um percentual acumulado de 13,59% em vendas e de 69,98% em locações, o ano de 2020 foi bastante positivo para o mercado de imóveis residenciais usados na cidade de São Paulo.

Esses números foram obtidos pela Pesquisa CRECISP realizada com 264 imobiliárias da Capital, identificando os negócios feitos em dezembro na comparação com novembro e, também o fechamento do ano.

Foram 5 meses no vermelho e 7 no azul no que diz respeito às vendas de casas e apartamentos no último ano. Em dezembro, comparado a novembro, por exemplo, houve uma queda nos negócios de 15,13%, mas esse número não chegou a impactar no resultado final do ano.

Para as locações, os números se equilibraram: seis meses em queda, seis meses em alta. Dezembro também encerrou com redução no volume de imóveis alugados ante novembro, de -8,17%.

Os preços para alugar casas e apartamentos na cidade de São Paulo registraram queda de 8,23% em 2020, índice bem inferior ao IPCA, que acusou alta de 4,22% no ano passado. E embora a Pesquisa CRECISP utilize o IPCA como comparativo, não se pode deixar de mencionar também o IGPM, que encerrou 2020 com alta acumulado de 23,14%, em total desacordo com a realidade do mercado de locação e demonstrando a urgente necessidade de que haja negociação entre locadores e locatários para o equilíbrio econômico da relação contratual.

O preço do metro quadrado dos imóveis à venda, nos negócios realizados pelas 264 imobiliárias consultadas pela Pesquisa CRECISP, subiu 34,01% de janeiro a dezembro passados.

De janeiro de 2019 até setembro de 2020, a CAIXA concedeu R$ 172 bilhões em crédito imobiliário no País, beneficiando 887 mil famílias e 2,8 milhões de pessoas e registrando uma participação de mercado da CAIXA na contratação mensal de financiamentos imobiliários com recursos do SBPE que evoluiu de 24,8% para 43,5%.

Entretanto, esse resultado nacional não se refletiu no que foi apurado pela Pesquisa CRECISP da Capital. Apenas 4,5% dos imóveis vendidos na cidade de SP foram financiados pela CAIXA em dezembro. Em contrapartida, outros bancos privados financiaram 53,15% dos negócios realizados. As vendas à vista ficaram com 41,44% do total de transações e o financiamento direto com proprietários, com 0,9%. A Pesquisa CRECISP não registrou vendas feitas por meio de consórcios em dezembro.

A Zona C da Capital, que inclui bairros como Mooca, Aeroporto e Tatuapé, liderou as vendas realizadas em dezembro, com 37,84% dos negócios. Na sequência, vieram a Zona B (31,53%); A e D empatadas com 12,61% cada e a Zona E, com 5,41%.

50,45% das vendas de casas e apartamentos da Capital nesse período ficaram na faixa de preços de até R$ 500 mil.

Depósitos são opção preferida para garantia

No mês de dezembro, os depósitos de três meses de aluguel foram a opção mais utilizada pelos inquilinos como garantia da locação. Eles estiveram presentes em 38,59% dos novos contratos. O fiador ficou com um percentual de 28,57%; o seguro fiança com 21,51%; a caução de imóveis com 7,88%; a cessão fiduciária com 2,46% e os alugueis sem garantia com 0,99%.

Esse aumento na utilização dos depósitos como garantia do aluguel indica que o fiador, amplamente utilizado há alguns anos, vem perdendo o status de principal garantidor locatício na cidade de SP. “É mais difícil, hoje, se obter um fiador, até por conta do distanciamento que vem marcando as relações pessoais, mesmo no âmbito familiar”, opinou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto. “Além disso, o seguro fiança não consegue decolar devido ao seu alto custo, abrindo espaço para que o depósito seja o meio mais viável para garantir o aluguel.”

O presidente alerta, no entanto, para algumas práticas perigosas quando da utilização dessa modalidade. “O depósito como garantia só é legal quando feito em conta poupança conjunta, entre locador e locatário. Infelizmente, não são raros os casos em que é feito apenas um depósito na conta do proprietário do imóvel, o que pode possibilitar o uso indevido do dinheiro da caução e até uma futura responsabilização do corretor de imóveis. É importante destacar que a garantia só é adequada quando ambas as partes estiverem com seus direitos preservados.”

O volume de chaves devolvidas em dezembro foi equivalente a 96,22% do total de imóveis alugados nesse período. Esse índice foi 17,66% menor que o apurado em novembro. A maioria das devoluções (66,04%) ocorreu por motivos financeiros.

A inadimplência locatícia sofreu uma queda de 2,46% na comparação entre dezembro e novembro de 2020. Em dezembro, a pesquisa CRECISP registrou 5,95% no índice de inadimplentes ante os 6,10% de novembro.

Além das vendas, a Zona C também liderou o segmento de locação de casas e apartamentos da cidade de SP. 47,45% dos imóveis alugados estavam nos bairros inseridos nessa Zona, como Cambuci e Jabaquara. Na sequência, as zonas D (20,36%); B (14,45%); E (13,14%) e A (4,60%).

A maioria dos alugueis de casas e apartamentos contratados em dezembro não ultrapassou os R$ 1.400,00. Essa faixa de valor representou 53,04% das locações desse mês. Tomando como base o valor do salário mínimo – de R$ 1.100,00 – isso comprova que a maioria das famílias que dependem de locação é composta por pessoas de poder aquisitivo mais baixo.

Para o presidente do CRECISP, mesmo com toda a situação inusitada criada pelo Coronavírus e pelo isolamento social, o mercado imobiliário mostrou sua força em 2020 e se manteve pujante na cidade de SP. “Um acumulado de 13,59% em vendas e de 69,98% em locações demonstra a importância de nosso segmento para a economia. Em detrimento de todas as dificuldades, os negócios continuaram sendo feitos e contribuindo para o andamento econômico do País.”

Construção industrializada, retorno garantido

Uso de sistema monolítico permite uma construção mais rápida, o que garante celeridade nos lançamentos além de retorno maior e mais rápido para o investidor nos EUA

O processo de industrialização da construção civil nos Estados Unidos tem sido o principal atrativo para investidores no mercado imobiliário americano, especialmente brasileiros.

Um dos principais fatores que atraem os investidores é a utilização do sistema  monolítico, o que torna o levantamento de andares inteiros muito mais rápido, garantindo celeridade no lançamento dos empreendimentos e, consequentemente, retorno mais rápido para quem investe.

Gabriel Souza, sócio e diretor imobiliário da IBC – International Business Consulting, consultoria especializada em negócios imobiliários nos Estados Unidos, detalha a parceria com a BDG – Brickless Developers Group, construtora que desenvolve sistemas monolíticos e a Odagled Investment, plataforma de investimentos imobiliários, no lançamento de um novo projeto na Flórida, o Napoli Towers, dois edifícios de seis andares, com 152 apartamentos e um espaço comercial.

Segundo Souza, a obra deve ser entregue em um ano e a IBC junto a BDG vai operar o condomínio no modelo de locação por mais quatro anos.

Ele apresenta alguns dados para justificar esse modelo de investimento com retorno em médio prazo:

– Frente a pandemia, a tão falada “inadimplência em massa” não aconteceu, devido ao pacote de estímulo econômico da administração Trump. Percebemos um leve aumento na taxa de vacância, mas é devido à novas ofertas.

– A procura por imóveis de locação continua forte, e por bom motivo, o Sul da Flórida continua um bom lugar para se morar e trabalhar. A população cresceu em mais de 300 mil habitantes nos últimos cinco anos, com 75% desses vindos de outros estados e países. Nos próximos três anos, a região deverá ter uma migração média de 5,7% ou cerca 350 mil novos moradores. A formação de novos lares para os próximos cinco anos tem uma expectativa de aumento de 45 mil por ano, e se mantermos a relação atual de 60% novos proprietários e 40% novos locatários, a expectativa é de 18 mil novos inquilinos por ano para os próximos cinco anos.

O empresário acrescenta que há uma tendência de construção de edifícios de apartamentos para locação em Miami para uma faixa de renda equivalente à classe média baixa brasileira, e o empreendimento que está sendo construído pela BDG tem custo de médio de US$ 570 o m² isso simboliza metade do custo e metade do tempo de construção no modelo tradicional.

As três empresas envolvidas no projeto estão criando um fundo de investimento Crowdfunding no valor de US$ 8,3 milhões, com injeção inicial de capital a partir de US$ 25 mil. O investidor tem um percentual de retorno em cima do projeto todo. “Ele não adquire uma unidade do empreendimento, ele se torna sócio de 70% dele. Os 30% restantes são relativos à participação das três organizações que estão erguendo os prédios”, detalha.

Durante a fase de construção, o investidor vai receber 1% ao mês do valor investido, a ser pago a partir do terceiro ano de operação do projeto. “É uma contrapartida ao investimento para que o dinheiro não fique parado”, justifica.

Souza recomenda a quem pensa em investir no mercado imobiliário americano filtrar as oportunidades que apresentam os melhores números para atender aos anseios. “Nosso grupo tem trabalhado com parceiros sólidos para garantir investimentos cada vez mais seguros, produtivos e atrativos para nossos clientes”, atesta.

Alta tecnologia de construção

Gabriel Souza destaca que a IBC firmou parceria com a BDG devido à alta tecnologia empregada no sistema monolítico. Tudo é feito por meio de concreto monolítico desde a fundação até as estruturas elétricas e hidráulicas.

Ele garante que, com esse modelo de construção industrializada, é possível erguer um andar inteiro em apenas cinco dias. “É a industrialização ao máximo do que se pode fazer em um projeto e não paramos por aí. A cada prédio novo que vai sendo construído, buscamos otimizar e melhorar”, salienta Souza.

O empresário compara os prédios do lançamento que está sendo construído para citar um exemplo. O Modern Towers, é um projeto em andamento que está na quarta torre da primeira fase, com o processo de otimização, está levando 25% a menos de tempo para ser erguida em comparação à terceira torre, com um custo também 25% menor.

Souza prevê que a parceria com a BDG e a Odagled gere uma rentabilidade do empreendimento em torno de 248% em cinco anos. “É algo nada visto no mercado americano, pois a rentabilidade do método tradicional é em média 6-8% ao ano, enquanto o nosso gera 29% ao ano”, estima.

Programa Casa Verde Amarela impulsiona vendas da incorporação, que avançam 28,9% em novembro

De acordo com as informações disponibilizadas pelas associadas para a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), os lançamentos de imóveis somaram 43.668 unidades nos meses de setembro/outubro/novembro de 2020, o que representa uma alta de 19,7% em relação ao mesmo período de 2019. Com esse resultado, o número de unidades lançadas totalizou 112.097 imóveis nos últimos 12 meses, superando em 2,5% o observado nos 12 meses anteriores. No mesmo período, as vendas líquidas chegaram a 34.793 unidades, avanço de 28,9%. Nos últimos 12 meses (nov/19 a nov/20) as vendas líquidas somam 117.162 unidades em todo o país.

Os empreendimentos do Programa Casa Verde Amarela (CVA), foram responsáveis por 86,6% dos lançamentos e 77,2% das vendas residenciais nos últimos 12 meses e lideraram os lançamentos e vendas da incorporação. Em termos de unidades lançadas, o segmento registrou alta de 30,7% no trimestre móvel e 12,7% no acumulado em 12 meses. Com respeito às vendas, o segmento encerrou o período com uma elevação de 36,8% no último trimestre móvel, e de 35,7%, nos últimos 12 meses.

De acordo com Luiz Antônio França, presidente da Abrainc, “esse resultado segue mostrando que o setor de incorporação imobiliária vem tendo papel fundamental para a economia brasileira durante a crise que estamos enfrentando. Mesmo em um ano difícil, estamos registrando números positivos, e acreditamos que isso deverá se manter no resultado final de 2020, e continuar pelo ano de 2021”.

As vendas de empreendimentos classificados no segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) apresentaram avanço de 2,5% no trimestre móvel, mas na comparação com o mesmo período de 2019, houve uma retração de 30,8%, o que contribuiu para a queda de 35,1%, nos últimos 12 meses.

Bom momento do mercado imobiliário leva profissionais a mudarem de carreira no RJ

As resoluções de fim de ano com frequência incluem a conquista de um novo emprego e algumas pessoas vão até mais longe, buscam mudar de carreira – nesse quesito, o mercado imobiliário tem se mostrado promissor. Segundo a Abecip – Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, em 2020, foram concedidos R$ 124 bilhões em crédito imobiliário no Brasil. O mês de dezembro, especificamente, foi o melhor de toda a história, totalizando R$ 17,5 bilhões. Em todo o ano, foram financiadas nada menos que 426.771 unidades.

Diante deste cenário convidativo, Raquel Couto, que passou mais de 20 anos atuando no segmento de TI, foi uma das pessoas que apostaram na ideia de mudar de carreira. “Eu já estava num processo de transformação, buscando mais autonomia. O desafio era encontrar um negócio onde eu pudesse construir tudo isso sem queda no padrão de vida”, explica.

Raquel decidiu, então, investir no mercado imobiliário, mas de um modo diferente – ela escolheu uma plataforma de tecnologia imobiliária que atua através de franquias conectadas em rede. Hoje ela está entre os 48.973 corretores de imóveis do estado do Rio de Janeiro, dos quais 15.407 são mulheres, atuando na HomeHub de Copacabana.

Mas mesmo com a mudança, ela ressalta que sua antiga profissão foi fundamental para se dar bem nessa nova empreitada. “Eu vim do segmento de TI, trabalhei com vendas de soluções, atendimento a clientes, gestão de vendas. Falamos de produtos e cenários diferentes, mas o fundamento é similar. Todo o background é útil, não somente o relativo à gestão de negócios e de vendas, mas toda a experiência com os projetos de TI e consultoria. Ao longo desta trajetória, aprendi a ouvir os clientes e a encontrar soluções”, comenta.

Visita virtual e outras ferramentas tecnológicas


A arquiteta Sonia Pirá também apostou no mercado imobiliário e agora está à frente da HomeHub Dona Mariana, em Botafogo na zona Sul. Ela diz ter percebido que sua formação poderia ser um diferencial e passou a conciliar as duas rotinas, pois consegue dar informações e assessoria de arquitetura para as adaptações necessárias nos imóveis para cada comprador, além de explicar aos clientes sobre o estado do imóvel e suas características.

“Passei a olhar os imóveis como um caminho comercial lucrativo e dentro da minha expertise. O setor pode ser bastante lucrativo e traz realização para quem compra e para quem vende. Com suporte e tecnologia, diferenciação de atendimento e personalização, oferece as melhores oportunidades para quem quer mudar de carreira”, destaca.

Logo em sua primeira venda, Sonia conseguiu recuperar todo o investimento que realizou. “O comprador era um executivo de uma multinacional que não mora no Brasil e comprou o imóvel após uma visita virtual do exterior. O valor geral da venda foi de R$ 4,4 milhões. Agora estou reinvestindo em ações de marketing”, conta a arquiteta.

Rodolfo Judice, CEO da HomeHub, explica que a plataforma de tecnologia imobiliária conta com dois modelos de franquias, o Office – voltada para as imobiliárias que já têm operação física ou para quem deseja empreender neste mercado, com equipes enxutas e baixo custo – e o Home Broker – indicada para os corretores autônomos ou para aqueles que querem começar no mercado imobiliário e que desejam fazer os seus negócios sem a necessidade de um escritório físico, mas com todo o suporte de uma franqueadora.

“Formar corretores autônomos, inclusive, é uma das nossas missões, o que nos traz vários casos de pessoas que mudam de carreira especificamente para atuar dentro da nossa rede. Somos os únicos no Rio de Janeiro que preparamos esses novos profissionais para o mercado imobiliário com treinamentos online, presenciais e até gamificação, tudo dentro da nossa própria plataforma”, diz.

Todos os franqueados recebem suporte nas áreas jurídica, gestão e marketing digital, assim como CRM integrado à plataforma e acesso a ferramentas tecnológicas como laudo digital, AVM, pesquisa jurídica prévia e dashboard. Além disso, podem oferecer crédito imobiliário, consórcio e home equity diretamente a seus clientes.

Índice FipeZap abre 2021 com alta de 0,35% no preço médio de venda residencial

Avanço registrado em janeiro foi impulsionado pelo aumento dos preços em 13 das 16 capitais monitoradas; valores caíram somente em Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) e Fortaleza (CE)


■ Análise do último mês: o Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades, registrou avanço de 0,35% em janeiro de 2021, frente à alta de 0,46% em dezembro de 2020. Comparativamente, a variação mensal do índice superou o comportamento esperado do IPCA/IBGE para o mês (+0,30%), segundo expectativa publicada no último Boletim Focus do Banco Central do Brasil*. Uma vez confirmada a variação esperada dos preços ao consumidor, o preço médio de venda de imóveis residenciais abrirá o ano de 2021 com alta de 0,05% em termos reais. Individualmente, entre as capitais monitoradas pelo Índice FipeZap de Venda Residencial as variações registradas em: Maceió (+1,82%), Manaus (+1,43%), Curitiba (+1,15%), Vitória (+0,90%), Florianópolis (+0,88%), Goiânia (+0,74%), João Pessoa (+0,72%), Brasília (+0,69%), Porto Alegre (+0,62%) e São Paulo (+0,46%). Em contraste, apenas 3 capitais registraram recuos: Belo Horizonte (-0,53%), Campo Grande (-0,13%) e Fortaleza (-0,13%). No Rio de Janeiro, outro município com peso importante na composição do Índice FipeZap, a variação registrada em janeiro de 2021 foi de +0,26%.

■ Análise dos últimos 12 meses: nesse recorte temporal, o Índice FipeZap acumula alta nominal de 3,87%, ante variação de +4,61% esperada para o IPCA/IBGE nesse período*. Na comparação entre a variação acumulada do Índice FipeZap e a inflação esperada, a expectativa é que o preço médio de venda dos imóveis residenciais encerre o período com queda real de 0,70%. À exceção de Recife, onde o preço médio de venda residencial acumula uma retração de 0,28% nos últimos 12 meses, as demais capitais monitoradas apresentam variações positivas, destacando-se aquelas observadas em: Manaus (+11,0%), Brasília (+9,52%), Maceió (+9,48%), Curitiba (+9,32%), Vitória (+7,78%), Florianópolis (+7,35%) e Campo Grande (+5,12%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os preços médios de venda de imóveis do segmento residencial acumulam altas de 3,91% e 1,88%, respectivamente.

■ Preço médio de venda residencial: tendo como base a amostra de imóveis residenciais anunciados para venda nas 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap de Venda Residencial, o preço médio calculado em janeiro de 2021 foi de R$ 7.524/m². Mais especificamente, as capitais monitoradas que registraram o preço de venda mais elevado no último mês foram: Rio de Janeiro (R$ 9.470/m²), São Paulo (R$ 9.366/m²) e Brasília (R$ 8.099/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda residencial por metro quadrado no último mês, destacaram-se: Campo Grande (R$ 4.306/m²), Goiânia (R$ 4.531/m²) e João Pessoa (R$ 4.544/m²).

Nota: (*) informação publicada no Boletim Focus do Banco Central do Brasil em 01/02/21. A variação real efetiva será conhecida apenas após a divulgação do IPCA/IBGE.

Trabalhadores da construção civil criam soluções para melhorar processos e aumentar segurança nas obras

Ademir Portela, mestre de obra da A.Yoshii
Foto: Bruno Ferraro

Programa do Grupo A.Yoshii possibilita que funcionários apresentem ideias para os canteiros de obras; em 2020, propostas também tiveram relação com a pandemia

No dia a dia de um canteiro de obras podem surgir inúmeras ideias para otimizar os processos, trazer mais segurança às equipes ou, até mesmo, gerar menos impacto no meio ambiente.

Interessada nessas possíveis soluções, o Grupo A.Yoshii, empresa paranaense com 55 anos de atuação no mercado de construção civil, vem a cada ano implementando as melhores ideias propostas pelos colaboradores, por meio do Programa Melhoria Contínua.

Desde 2013, serventes, operadores e mestres de obras são incentivados a apresentar suas sugestões, que são validadas pelos engenheiros das obras e pelo departamento de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da construtora.

Ao longo desses anos, cerca de 120 soluções já foram implementadas. Os colaboradores de Londrina, Maringá, Curitiba e Campinas – cidades onde a construtora atua – que derem as ideias mais criativas e funcionais recebem um certificado, além de troféu e uma premiação em dinheiro.

Vencedores de 2020

A sugestão de criar uma plataforma de poço de elevador para que equipes executassem os serviços de forma ainda mais segura, ficou em primeiro lugar entre as dez melhores propostas.

A plataforma é feita de estrutura metálica e tela, e traz praticidade, além de aumentar a segurança de quem precisa trabalhar nesse espaço. O mestre de obra Ademir Portela, que criou a solução junto com o encarregado de pedreiro Rogério Becari, para a obra da Atsushi Yoshii Tower, em Londrina, conta que é gratificante saber que a ideia foi aprovada pela comissão avaliadora. “Estou muito feliz com essa conquista. O Programa Melhoria Contínua é uma motivação para todos os colaboradores e uma forma de participarmos da evolução da empresa e, ainda, sermos reconhecidos”, conta o colaborador.

Em segundo lugar, a comissão avaliadora considerou que o suporte de metal para instalar forcado, sugerido pelos colaboradores João Carlos Sena e José Guedes para o canteiro do Maison Constantine, em Maringá (PR), trará mais agilidade na execução da obra e segurança, pois permite que as equipes trabalhem do chão, dispensando o uso de andaimes.

Em Curitiba, a ideia do poste “linha de vida” passantes, sugerida pelos colaboradores Emerson de Oliveira e Josiel Fitz, também foi selecionada e será implementada na obra do Artsy. Com a ideia, as equipes terão mais agilidade para a fixação dos postes que sustentam os cabos de aço.

Rogério Becari, colaborador da A.Yoshii

Soluções em meio à pandemia

Ao todo, 29 propostas foram enviadas ao departamento de P&D da A.Yoshii e as 19 selecionadas serão implementadas neste ano nos canteiros de obras. Devido à pandemia da Covid-19, algumas ideias consideraram medidas de higiene e prevenção contra o coronavírus como, por exemplo, uma cabine de aferição de temperatura e um dispenser para copos descartáveis acionado pelos pés.

“O Grupo A.Yoshii busca sempre fomentar iniciativas dos colaboradores, valorizando, inclusive, as ideias que possam somar e trazer inovação para os canteiros de obras. São propostas que ao longo desses seis anos do Programa de Melhoria Contínua têm dado um retorno significativo em todas as praças da construtora na questão de segurança, otimização dos processos e redução de resíduos”, destaca o diretor executivo da A.Yoshii, Sandro Sadao Nagata.

Franquia que comercializa o Hard Rock Hotel no Brasil vende mais de 100 milhões de reais em 2020

Uma pesquisa recente apresentada pela Caio Calfat Real Estate evidencia um crescimento consistente do mercado de multipropriedades no Brasil. Entre dezembro de 2019 e abril de 2020, esse número registrou um aumento de 18% frente ao mesmo período do ano anterior.

E é exatamente neste mercado que a 2Share, rede de franquias de multipropriedades e serviços de férias , pretende abrir 50 novas franquias até o final de 2021 e projeta faturar R﹩ 280 milhões. Atualmente, a rede conta com 30 franquias, vinte e oito no modelo home-office, uma loja conceito em São Paulo e uma loja Stand Alone, em Balneário Camboriú, que foi inaugurada recentemente.

“Somos uma franquia de vendas de multipropriedade e de serviços de férias. Nosso objetivo é unir a experiência e serviços dos melhores hotéis e resorts do mundo a um imóvel próprio para as férias em família. Temos um portfólio de produtos com marcas premium e internacionais reconhecidas e desejadas e, além disso, um método de vendas pioneiro e inovador, sem concorrência direta e com um mercado em potencial que apresenta números surpreendentes a cada trimestre”, explica Ademar Brumatti Jr, CEO da 2Share.

O modelo de negócio oferecido pela 2Share contempla lojas físicas, chamadas de Stand Alone, com investimento a partir de R﹩ 240 mil, e também o formato Home Office, investimento de R﹩ 30 mil reais. “O desafio diário do franqueado é promover, de forma satisfatória, produtos renomados e internacionais, além de inserir técnicas de vendas e aplicar o know-how da franqueadora. Assim, temos certeza do sucesso do negócio”, afirma Brumatti.

A 2Share é uma empresa investida pela VCI, incorporadora e desenvolvedora de produtos premium com marcas internacionais de hotelaria. Atualmente, são nove projetos em diferentes fases, sendo três em construção, dois em comercialização, Residence Club at the Hard Rock Hotel Fortaleza e Residence Club at the Hard Rock Hotel Ilha do Sol, e seis em desenvolvimento.

“Em 2020, comercializamos mais de 1.500 frações de multipropriedade. Iniciamos o ano de 2021 de forma muito otimista e projetamos vender 3.500 frações e atingir a marca de 280 milhões de reais em VGV (valor geral de vendas). Além disso, em alguns produtos, conseguimos obter uma valorização de 44% frente ao período de início das vendas”, finaliza Brumatti.

A empresa possui uma parceria com a RCI, maior intercambiadora de férias do mundo. A companhia possui mais de 4.600 Hotéis e Resorts afiliados em mais de 100 países. Além disso, para um futuro próximo, a 2Share pretende inaugurar um marketplace para os seus franqueados e clientes. “Essa plataforma que estamos desenvolvendo será um benefício direto para a nossa rede, oferecendo a compra e venda de frações e de serviços de férias e com certeza irá atrair ainda mais incorporadoras e redes de hotéis e resorts para o modelo de multipropriedades”, complementa Brumatti.

Pandemia mudou relação da maioria dos brasileiros com suas casas, mostra pesquisa QuintoAndar/Offerwise

Mais de 73% dos brasileiros passaram a ver suas casas de forma diferente por causa da pandemia, sendo que 16,5% acabaram decidindo se mudar, mesmo durante a crise da Covid-19. É o que mostra uma pesquisa do QuintoAndar, plataforma digital de moradia e líder nacional de aluguéis residenciais, realizada em parceria com o instituto Offerwise.

O distanciamento social, o trabalho e a escola remotos foram os principais vetores para essa mudança. Características antes menos relevantes passaram a ser mais valorizadas pelos moradores. Segundo o levantamento, 31,8% das pessoas sentiram necessidade de ter um escritório em casa, enquanto 28,4% passaram a dar mais importância para a área verde ao entorno do imóvel e 25% a áreas de lazer em casa. Dos entrevistados, mais de 11% chegaram a realizar reformas em suas casas.

Entre os que se mudaram durante a pandemia, os principais motivos para essa decisão foram a necessidade de economizar (18,5%) e de começar uma nova fase com o parceiro (16%). Para 14,5% dos entrevistados, a razão da mudança foi para ter mais espaço e conforto. Morar mais perto do trabalho, por outro lado, foi motivo para apenas 3,6% das pessoas que se mudaram.

Os efeitos da pandemia devem continuar se refletindo na relação dos brasileiros com seus lares e alterando os perfis de buscas por moradia. Segundo a pesquisa, caso precisassem se mudar agora, 28,7% das pessoas buscariam um imóvel mais barato, 19,5% escolheriam uma casa maior e 10,2% procurariam casas e bairros mais silenciosos.

“A pandemia acelerou a mudança na relação das pessoas com suas casas, mas também alterou a direção dessa mudança. Economia e espaço ganharam importância enquanto proximidade com o trabalho e áreas de comércio perderam um pouco de relevância”, diz José Osse, head de comunicação do QuintoAndar. “A pesquisa mostra que essa tendência deve se manter, pelo menos por algum tempo, impactando o tipo de imóvel e as características mais valorizadas por quem procura uma casa para alugar ou comprar.”

“A pesquisa mostra que os efeitos da pandemia na relação das pessoas com suas casas são os mesmos em todas as regiões do país, o que sugere que não são mudanças passageiras e, de uma forma ou de outra, vão continuar influenciando a demanda e, portanto, o mercado imobiliário ainda por um bom tempo”, diz Julio Calil, Diretor de Contas da Offerwise.

Detalhes técnicos

Pesquisa aplicada à população geral: homens e mulheres, maiores de 18 anos, residentes de todas as regiões do país, das classes ABC – segundo o critério Brasil (ABEP);

Entrevistas conduzidas por meio de painel online de consumidores Offerwise, empresa especializada em soluções em pesquisa de mercado online;

Amostra nacional de 1500 pessoas entrevistadas (n);

Erro amostral geral de 2,53%;

Nível de confiança de 95%.