Energia solar, economia de água e materiais amigáveis ao meio ambiente já são preferência dos consumidores no setor imobiliário

Por Eduarda Tolentino, sócia e Presidente da BRZ Empreendimentos 

O mundo caminha e clama por soluções que unam o desenvolvimento ao cuidado com a natureza. Por isso, no mercado imobiliário e na construção civil, os consumidores estão mais atentos às boas práticas de impacto ambiental, privilegiando projetos, imóveis e processos que atendam aos critérios de sustentabilidade. 

Uma pesquisa publicada pela Brain Inteligência Estratégica aponta que 80% dos entrevistados que buscam um empreendimento para morar têm a questão do meio ambiente entre suas prioridades. Outro levantamento realizado em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) revela que 57% dos consumidores buscam empreendimentos que apresentem espaços arejados e integrados com a natureza. Além disso, 56% estariam dispostos a pagar mais por um imóvel com tecnologia para reutilização de água das chuvas, e outros 66% dos entrevistados consideram importante e estariam dispostos a pagar mais por um imóvel abastecido por energia solar. 

Esses pré-requisitos ganham destaque com a crescente integração do ambiente residencial e corporativo. Em outras palavras, o querido home office, que se consolidou com o passar dos anos e da pandemia de Covid-19, valorizou o poder de agregar mais qualidade de vida ao dia a dia das pessoas. Por isso, as práticas ESG no mercado imobiliário e na construção civil seguem em franca ascensão e prometem se consagrar como política obrigatória para a sobrevivência das empresas do setor, não apenas em 2023, mas também nos próximos anos. 

Impactos na construção civil 

A construção civil não é a área mais amigável quando se trata do meio ambiente. Isso porque o setor impacta a natureza de diferentes formas. Pesquisas da Agência Internacional de Energia (IEA) noticiadas recentemente colocam a construção civil mundial como responsável direta e indiretamente por 39% dos gases do efeito estufa liberados na atmosfera. Desse volume, aproximadamente 11% estão ligados à cadeia produtiva de aço e cimento, e o restante à produção de energia para manter os edifícios em funcionamento. 

Outro ponto a ser levado em consideração é o desperdício de água. A falta de planejamento para o uso hídrico é um dos principais erros nas obras, o que prejudica a natureza e torna o orçamento mais caro. Um exemplo clássico são os vazamentos não percebidos que ocorrem nos canteiros de obras. 

Além disso, a falta de cuidado com o escoamento do esgoto também é um fator preocupante. Infelizmente, o manejo inadequado dos dejetos das construções é um dos motivos da poluição do solo, do ar e da água. 

Mudança de chave 

A verdade é uma só: empreendimentos que não incorporam ações sustentáveis tendem a perder valor de mercado. Portanto, é urgente colocar em prática diferentes alternativas para tornar a cadeia de produção mais verde. 

Materiais recicláveis, como madeiras de demolição, tijolos ecológicos e eco granito, por exemplo, permitem o reaproveitamento de insumos, diminuindo a necessidade de materiais em excesso. 

Energia renovável: Implementar fontes de energia solar é uma das maneiras de otimizar os recursos naturais. A partir dela, é possível utilizar a energia do sol como força motriz para o andamento das obras e aquecimento para as edificações no inverno. 

Selo Casa Azul Caixa: Certificações “verdes” agregam valor aos projetos e atestam o compromisso das empresas com as práticas ESG. O Selo Casa Azul Caixa, por exemplo, da Caixa Econômica Federal, reconhece empreendimentos habitacionais que adotam soluções sustentáveis eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações. 

O presente e o futuro pertencerão às empresas que conseguirem aliar às suas produções os cuidados com o meio ambiente. Ao colocar em prática ações voltadas para a preservação de recursos naturais, as companhias não só beneficiam a natureza, como também melhoram suas formas de trabalho e reduzem seus custos. 

Com fachada viva e térreo livre, On Imarés traz uma nova dinâmica para a vida urbana em São Paulo

Implantado no coração de Moema, São Paulo, o edifício On Imarés conta com um projeto arquitetônico desenvolvido pela ACIA Arquitetos e se destaca pela sua proposta contemporânea e inspiradora.

Para este edifício residencial, que conta com 290 unidades divididas entre estúdios e espaços de serviço, o estúdio se deparou com o desafio de estabelecer uma edificação que estivesse em perfeita sintonia com a dinâmica do dia a dia de Moema. Para isso, o partido arquitetônico adotado buscou “derrubar os muros” existentes para a criação de um térreo aberto, estabelecendo conexões com a cidade e o entorno de forma dinâmica e compartilhada.

Por estar em um terreno menor, com 1.500m², foi proposta a extensão do térreo da fachada ativa e do lobby de acesso, que atravessam a calçada e se expandem por meio de um parklet, gerando uma interligação entre esse espaço e as áreas internas do hall, para aumentar o espaço de uso público e convivência. A solução propicia uma maior ativação do local em todos os horários do dia e reforça a sensação de segurança tanto para o edifício como para o bairro.

O programa do On Imarés, além de contar com unidades pequenas e flexíveis, engloba uma diversidade de áreas de uso comum de qualidade dentro do condomínio, com espaços de coworking, pet place, bicicletário, cozinha colaborativa, salão de festas, academia e uma loja ao lado do acesso do empreendimento, aproximando os serviços comerciais dos moradores. O estacionamento foi implantado no pavimento do subsolo, com poucas vagas disponíveis, visando incentivar o uso da estação de metrô, localizada ao lado do edifício, e estimular o hábito de caminhar pelo bairro.

A fachada viva é outro destaque do edifício, com painéis metálicos em cores intensas e contemporâneas, intercalando-se randomicamente entre os pavimentos da edificação. Essa abordagem faz referência à dinâmica do dia a dia do bairro, ao mesmo tempo em que destaca e confere identidade ao On Imarés na paisagem urbana, marcando sua presença como um elemento singular.

Esses painéis da fachada, assim, assumem um papel essencial no conceito do projeto, proporcionando não apenas uma composição artística que rompe com os tons tradicionais de projetos desta escala na cidade, mas também funcionando como brises, garantindo maior eficiência e conforto térmico nos interiores das unidades.

O paisagismo, inspirado no próprio bairro verde e dinâmico de Moema, faz-se presente entre as áreas comuns, que estão distribuídas cuidadosamente ao longo dos pavimentos do edifício. A implantação dos elementos paisagísticos nos espaços de convívio busca trazer essas experiências de contato entre a vida humana e a natureza para dentro do edifício.

Ecossistema de startups Trutec leva premiação nacional para Blumenau. Confira as selecionadas

Iniciativa vai promover um pitch de negócios inovadores da construção e escolherá vencedoras durante a sexta edição do FastBuilt Experience, evento especializado em inovação e tecnologia para a construção civil que ocorre nos dias 5 e 6 de outubro, no Teatro Carlos Gomes. Candidatas vêm de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Bahia

A Trutec, ecossistema de startups da construção civil, traz para Blumenau o Startup Awards, que premia e reconhece startups do segmento com atuação em diversas regiões do país. A iniciativa desembarca em Santa Catarina graças ao FastBuilt Experience, evento que se consolidou no calendário do setor e chega à sexta edição nos dias 5 e 6 de outubro, no Teatro Carlos Gomes. 

A ação da Trutec tem o objetivo de fortalecer o ecossistema de transformação digital para o setor, além de apresentar tendências através de uma experiência diferenciada. A seleção das startups participantes está sendo feita pela equipe da Trutec, através de um banco de dados próprio. 

Assim, startups com soluções voltadas para o setor construtivo poderão compartilhar suas propostas de negócio em um formato inovador. “Cada startup terá um tempo determinado apresentar seu pitch e convencer o júri. Neste discurso, deverão ser destacadas questões como a dor que a startup resolve, a solução que oferece, mercado-alvo e demanda pela solução, diferencial competitivo, potencial de impacto e crescimento”, explica Victor Gimenez, head de inovação e novos negócios da Trutec.

São 11 empresas selecionadas para participar da premiação: Generativa AI e Ambisis, de Blumenau (SC), Esphera Segurança do Trabalho, de Itapema (SC), Syncker, de Balneário Camboriú (SC), NeoOne, de Florianópolis (SC), Almox Tech, de Curitiba (PR), Celere, de São Paulo (SP), MUV Rental de Americana (SP), Flug, de Brasília (DF), Imersão Virtual, de Belo Horizonte (MG), Construbook, de Salvador (BA), 

“É uma bela chance para que as startups do setor aumentem sua exposição e visibilidade entre os players da construção civil, como construtoras, incorporadoras e investidores do ramo. Além disso, os participantes também terão a oportunidade de networking com outros empreendedores e mentores, podendo receber valiosos feedbacks para aprimorar suas propostas”, garante Jean Ferrari, CEO da FastBuilt, empresa de tecnologia que desenvolve soluções de automação para a construção civil e que organiza o evento há cinco anos. O FastBuilt Experience é um dos principais eventos do setor de inovação na construção civil. Sua agenda reúne mais de 50 palestrantes de renome nacional e neste ano o evento deve receber mais de 1,2 mil pessoas.

A startup vencedora será anunciada no palco principal ao final do evento e receberá um prêmio em dinheiro no valor de R$ 3 mil, além de reconhecimento no cenário empreendedor e a chance de expandir sua rede de contatos através da apresentação para investidores. As empresas participantes estão sendo convidadas pela Trutec. Dois nomes já estão confirmados para compor a banca dos jurados: Diego Mendes, diretor de operações da Trutec e Luciano Fraga, mentor e consultor de startups.

Com vistas a impulsionar seu crescimento e fortalecer o nome no mercado de startups voltadas para a construção civil, a FastBuilt participou, em 2022, de um programa de aceleração da Trutec. A empresa foi uma das selecionadas para participar do Vedacit Labs, considerado o maior programa de inovação aberta do setor. “Tivemos acesso a oportunidades de negócios, mentoria com especialistas de alta liderança, acesso aos laboratórios e produtos Vedacit, além das inúmeras possibilidades de conexão com novos clientes, investidores e parceiros”, diz Jean.

Além da premiação de startups, o FastBuilt Experience traz palestras e painéis com especialistas de renome no cenário da construção civil, mercado imobiliário e tecnologia. Serão abordados temas como Inteligência Artificial, tendências para o novo consumidor de imóveis, cidades inteligentes, cultura de inovação e muito mais.

O evento acontece nos dias 5 e 6 de outubro, no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau (SC), em modelo 100% presencial. Os ingressos estão a venda atrabés do link https://www.sympla.com.br/evento/fastbuilt-experience-2023/2074624

6ª edição do FastBuilt Experience

Quando: 5 e 6 de outubro

Onde: Programação 100% presencial, no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau (SC)

Ingressos: disponíveis através do site www.fastbuiltexperience.com.br

Apê11 monta parceria com aMORA para atender clientes que ainda não têm valor suficiente para comprar imóvel pronto

Ação da proptech brasileira é uma das diversas inovações realizadas pela empresa recentemente no ecossistema imobiliário

Dando sequência a uma série de novidades recentemente trazidas ao segmento imobiliário brasileiro, a Apê11 montou uma parceria com a aMORA, startup do mesmo setor, para facilitar a compra de imóveis para seus clientes. A união entre as duas empresas nasce de uma demanda percebida no mercado, que é a alta necessidade de recursos, uma vez que as pessoas decidem comprar seu sonhado lar. Um financiamento imobiliário demanda em média 20% do valor da residência, além dos recursos necessários para uma eventual reforma e para que o comprador tenha alguma reserva. Além disso, com a aMORA os clientes têm a segurança e a flexibilidade de ter até 3 anos para decidir se realmente querem comprar o imóvel, reduzindo muito o risco dessa que é geralmente a maior decisão financeira da vida de uma pessoa.

“Pelo fato de a aMORA não ser uma imobiliária, eles não possuem portfólio de imóvel e time de vendas. A Apê11, então, entra para sanar essa necessidade da aMORA, recebendo esses clientes com nosso time de parceiros e encontrando a melhor oportunidade de acordo com as necessidades dos consumidores, e que estejam alinhados com as premissas de compra da aMORA”, destaca Caio Carrato, CEO da Apê11. A união é fruto do investimento contínuo da proptech no ecossistema imobiliário nacional, que fortalece sua rede de parceiros e viabiliza maiores oportunidades no segmento tanto para clientes quanto para empresas.

O público-alvo da parceria entre Apê11 e aMORA são as classes A e B, pessoas recém-casadas, clientes à procura do primeiro imóvel, quem está mudando o tamanho da família, bem como pessoas que não têm a entrada de 20% e indivíduos que precisam “vender para comprar”. O público que pretende esperar a taxa de juros baixar para entrar em um financiamento bancário também está entre os principais favorecidos pela parceria.

Segundo Aram Apovian, um dos fundadores da proptech, “a parceria entre Apê11 e aMORA permite aos clientes receber o melhor de cada player, a ajuda da Apê11 para encontrar o melhor imóvel, e a ajuda da aMORA para ter a menor entrada do mercado e a segurança de estar fazendo um bom negócio”. Para comprar um imóvel com o serviço da aMORA, os clientes precisam ter uma entrada mínima de 5% do valor à vista e renda familiar combinada a partir de R$ 7 mil. A aMORA compra casas de vila, de condomínio e apartamentos e já comprou imóveis em toda a Região Metropolitana de São Paulo, região também atendida pela Apê11.

“A Apê11 está crescendo rapidamente e já conta com diversos serviços importantes, por isso, estamos muito atentos ao mercado e seus movimentos, para cada vez mais sermos mais assertivos na solução de dores e sempre ressignificando o conceito de parceria”, finaliza Caio Carrato.

Mocelin e Soma investem em startup para alavancar setor imobiliário capixaba

Com investimento na Archa, plataforma de serviços que reúne arquitetos de todo o Brasil, as empresas capixabas prometem alavancar suas atuações no Estado.

Raphael Tristão, João Leão, Anna Rafaela e Felipe Zullino fazem parte do quadro de sócios da Archa

Maior plataforma de serviços de arquitetura e design de interiores do País, a Archa acaba de receber investimentos de duas importantes empresas de construção civil do Espírito Santo para expandir sua atuação: Mocelin Engenharia e Soma Urbanismo. A rodada de investimentos, de cerca de R$ 3,5 milhões, foi liderada pela Ace Ventures e pela TM3 Capital, através do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses1).

Além de investidoras da construtech, que alterou sua sede para o estado, as companhias se uniram à Archa de forma estratégica na busca por oferecer inovação e serviços mais completos e otimizados para o setor imobiliário capixaba. A ideia da parceria é atender clientes que desejam acompanhamento especializado em todos os processos de construção de seus imóveis, desde a busca por um arquiteto até a elaboração do projeto e, por fim, a execução das obras.
 

Segundo Raphael Tristão, CEO da startup, a entrada das duas empresas é mais um importante passo no rumo a consolidar o plano de se tornar a “XP da arquitetura”. “Queremos fazer no mercado de arquitetura e design o que a XP fez pelo mercado de investimentos. O Espírito Santo é um estado estratégico e de crescimento com inovação e expansão dos investimentos. Já temos importantes projetos na região”, afirma.
 

Hoje, a Archa conta com cerca de 87 mil arquitetos cadastrados em suas plataformas, quase 40% dos profissionais do setor no País. A startup tem quase R$ 1 bilhão em produtos especificados dentro do Archabox,ferramenta que funciona como assistente inteligente para auxiliar arquitetos e designers a selecionarem diferentes produtos para o consumidor final, com os melhores blocos 3D disponíveis no mercado. Além disso, por meio de comunidades virtuais e físicas, a Archa capacita arquitetos com conteúdo altamente especializado, oferecendo espaços de coworking e uma gestão de especificações.
 

O empreendedor Cesar Mocelin, Diretor Executivo da Mocelin Engenharia, figura entre aqueles que têm dedicado seus esforços em busca de empresas com ideias inovadoras e perspectivas promissoras, sobretudo no segmento tecnológico. Em 6 anos, ele já realizou aportes em seis startups, localizadas em diferentes regiões do Brasil, incluindo o Distrito Federal e os estados do Paraná, São Paulo e Espírito Santo. “Diversificar o portfólio de investimentos tornou-se prática de gestão das empresas modernas e está cada vez mais frequente entre empreendedores de todos os portes e áreas de atuação. Mas, optar por alocar parte do capital em startups representa um fenômeno mais atual, que ainda mobiliza um restrito grupo de investidores”, explica o gestor.
 

Para 2023, a Mocelin Engenharia prevê um lançamento na Praia do Canto no 2º semestre e identificou na Archa um modelo de negócios genuinamente inovador, que traz consigo soluções modernas destinadas a setores intrinsecamente associados às construtoras.
 

“Estamos trabalhando com a Archa numa parceria que vai evoluir continuamente. Somos investidores da startup porque acreditamos no seu potencial e temos interagido de maneira concreta com suas ferramentas. No próximo empreendimento de alto padrão, a ser lançado na Praia do Canto, em Vitória, por exemplo, faremos um Studio Archa inédito na plataforma. Será um concurso entre arquitetos, visando eleger o melhor projeto para os apartamentos garden do empreendimento. Essa iniciativa representa mais uma das múltiplas ações que planejamos promover de forma colaborativa com a Archa”, diz.
 

Já a Soma Urbanismo, empresa de São Mateus que se consolidou como principal loteadora da região Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia, viu nesta parceria a oportunidade de oferecer aos seus clientes a ‘concretização de sonhos’.
 

“Ninguém deseja ter o lote, apenas, o grande sonho do brasileiro é ter a casa própria. Nós entregamos a infraestrutura pronta e o espaço onde esse sonho será materializado. O que o cliente fará depois? Procurar um arquiteto. Com a Archa, damos a ele esse caminho do que fazer posteriormente à entrega do empreendimento”, explica Gustavo Barbeitos, presidente da Soma.
 

Em 13 anos de história, já foram 21 loteamentos lançados e 6 mil lotes vendidos pela Soma, sendo cerca de 3 milhões de m² de áreas urbanizadas.
 

Atualmente, as três empresas já trabalham juntas na construção de um condomínio de alto padrão em Trancoso, no litoral baiano.

A relevância do projeto 3D na Arquitetura e Construção

O uso de ferramentas 3D na arquitetura permite uma construção mais eficiente, por isso estão sendo cada vez mais usados pelos profissionais. A representação tridimensional fornece uma visão mais completa e realista do projeto em comparação com desenhos em 2D | Projeto 3D da Etri Arquitetos | Foto: Divulgação

Nos últimos anos, a projeção 3D, como ferramenta de trabalho, tem revolucionado áreas da arquitetura, engenharia e construção na forma como os profissionais concebem, desenvolvem e comunicam os projetos arquitetônicos. Com a capacidade de criar representações tridimensionais detalhadas, a ferramenta vai muito além do que uma simples representação visual e traz consigo uma série de benefícios, principalmente, ligados à análise, otimização e tomadas de decisão antecipada.

É nesse contexto que a dupla de arquitetos Renata Iervolino e Eduardo Tambellini, sócios à frente do escritório Etri Arquitetos, ressaltam a importância da ferramenta arquitetônica de 3D para o sucesso do projeto final. “Consideramos as imagens 3D um material indispensável, pois na grande maioria das vezes essa é a principal parte do projeto em que os clientes esperam para ver, gerando a segurança necessária para as aprovações entre o cliente e o escritório de arquitetura”, revelam. 

Principais características

Dentre os atributos mais proeminentes do projeto arquitetônico em 3D, os arquitetos da Etri destacam especialmente a ‘visualização tridimensional e realista’ da ferramenta. A representação detalhada do projeto nas três dimensões geométricas – altura, profundidade e largura, com toques de realismo – proporciona um olhar imersivo sem igual e é a partir dessa visualização que clientes e arquitetos podem debater a real ideia e aprimoração do projeto.

Em resumo, as vantagens incluem:

  • Detecção de Erros: Ajuda na detecção precoce de erros de design, conflitos de espaço e incompatibilidades, economizando tempo e recursos.
  • Integração Building Information Modeling (BIM): Permite a incorporação de informações detalhadas sobre materiais, custos e cronogramas de construção no modelo 3D.
  • Eficiência: Contribui para otimizar o layout e o desempenho energético do projeto, resultando em maior eficiência e economia.
  • Comunicação Aprimorada: Facilita a comunicação entre arquitetos, engenheiros, construtores e clientes, evitando mal-entendidos.

A maquete eletrônica transforma ideias abstratas em representações visuais fáceis para os clientes, trazendo com muito afinco a ideia original e um melhor entendimento do projeto como um todo. Essencial para uma comunicação compreensível entre as partes”, resume Eduardo Tambellini.

Novos modelos

Hoje em dia, na indústria, também já é possível vivenciar, em primeira pessoa, experiências em espaços ainda mais tecnológicos com equipamentos de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) que concedem isso. “Essa inovação é excelente para os escritórios de arquitetura e interiores, pois dão mais assertividade às aprovações de projeto junto ao cliente, evitando retrabalho, como revisões e inúmeras reuniões”, completa Renata Iervolino.

Precisão é tudo

A importância da precisão na modelagem 3D é fundamental para a análise exata, principalmente, ao que se refere ao controle de custos, identificação de problemas e controle de alterações do escopo. Os profissionais da Etri afirmam que a ferramenta imbuída com os dados assertivos poderá:

– Identificar elementos de design que podem ser caros de construir e fornecendo uma base sólida para orçamentos realistas;

– Identificar problemas de construção, como conflitos de tubulações ou incompatibilidades estruturais, antes que ocorram no local, economizando tempo e dinheiro;

– Avaliar o impacto das mudanças necessárias em termos de custo e cronograma. Isso ajuda na gestão de mudanças de forma eficaz.

Por isso, a alta precisão das medidas, revestimentos, infraestrutura e até paleta de cores e suas texturas é fundamental para a modelagem 3D, garantido a confiança e satisfação necessárias que os moradores tanto desejam na construção e reforma dos lares.

O Brasil melhora e a construção também

Por Luiz Antonio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc)

Um conjunto de fatores positivos traz confiança para famílias e empresas, desanuviando o ambiente econômico e afastando os temores de desaceleração registrados no início do ano. O mais vistoso entre os fatores que justificam um otimismo responsável é o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que alcançou 1,8% no primeiro trimestre e 0,9% no segundo trimestre, acima das expectativas do Banco Central. O avanço do PIB atingiu 3,4% em 12 meses e é estimado em cerca de 3% neste ano. A alta não se deve apenas ao avanço da agricultura, mas a indicadores favoráveis do setor de serviços e ao consumo das famílias e do governo.
 

O segundo fator relevante é o comportamento da inflação. O IPCA está na casa dos 4% ao ano e as previsões indicam cerca de 5% em 2023. Um terceiro ponto alto é a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, indicando que será aprovada neste ano. Um quarto indicador é o balanço de pagamentos, com superávit comercial crescente e a volta da captação de recursos no exterior pelas empresas brasileiras, que pagam taxas menores do que as praticadas no início do ano.
 

Nem tudo justifica otimismo, ressalve-se. O crescimento da China declinou e os juros seguirão elevados nos Estados Unidos, onde a inflação cai menos do que o esperado após a política monetária apertada, bem como na Europa. Como resultado, a atividade econômica global deverá ser mais fraca, com impacto negativo para o Brasil. Ao mesmo tempo, preços mais altos do petróleo podem trazer algum impacto inflacionário interno. As pressões externas continuarão fortes, inclusive como efeito da guerra da Rússia contra a Ucrânia.
 

No Brasil, um dos maiores desafios é aumentar a produtividade do trabalho, pois os investimentos em educação trazem pouco resultado e é insuficiente a abertura da economia, tolhendo a competição nos mercados domésticos. Além disso, a dificuldade de cumprir as metas do arcabouço fiscal será enorme, dado o aumento das despesas públicas sem a contrapartida de cortes de gastos. É louvável a intenção do governo de ampliar os investimentos públicos com maior participação do setor privado, com ênfase na infraestrutura, mas haverá limitações orçamentárias. Uma nova rodada de ajuste da Previdência Social deverá entrar no radar, ao lado de uma reforma administrativa que permita ampliar a eficiência dos serviços públicos e reduzir custos com os salários mais elevados, como defende o ministro da Fazenda.
 

Em contrapartida, os mercados internos têm exibido um bom ritmo. O mercado de trabalho está aquecido, o desemprego é baixo e o PIB per capita atingiu valor recorde no segundo trimestre de 2023, superando o do primeiro trimestre de 2014, antes da recessão do período Dilma Rousseff. A massa real de salários cresceu 0,7% em junho e 0,5% em julho. O aumento da renda dos trabalhadores permitirá maior crescimento econômico com melhora dos indicadores sociais. Para essa melhora vai contribuir a diminuição do ritmo de aumento populacional.
 

Com a política econômica em vigor, o Brasil tem condições favoráveis para preservar a confiança de investidores internos e externos e seguir políticas macroeconômicas equilibradas. Para isso, o investimento será essencial, com a contribuição decisiva da incorporação imobiliária.
 

A construção civil já se beneficia da ênfase oficial ao programa Minha Casa Minha Vida (MCVM). Entre janeiro e julho de 2023, foi contratada a produção de 253 mil unidades, 24% mais do que em igual período de 2022. O ambiente favorável aos negócios do setor permitiu às construtoras fazer três follow-ons na B3, em 2023, com a captação de R$ 1,7 bilhão. Para os mutuários de renda média, a redução das taxas dos empréstimos até o patamar de um dígito da taxa Selic será crucial. Isso ampliará a capacidade dos consumidores de tomar crédito.
 

Cabe notar que apesar do juro alto, a construção civil, que responde por cerca da metade da Formação Bruta de Capital Fixo, aumentou em 0,7% seus investimentos no segundo trimestre, depois de dois trimestres de declínio. É um bom sinal do vigor da atividade, cujo papel é decisivo para o crescimento do País e o bem estar das famílias.

Sorocaba ganha bairro planejado no Jardim Simus

A Cidade de Sorocaba chegou a 723,5 mil habitantes, de acordo com o Censo de 2022, divulgado em junho deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para oferecer uma estrutura habitacional completa que acompanha esse incremento de 23,31% da população, o setor imobiliário vem se mobilizando e a MRV, maior construtora da América Latina, está lançando o Vale do Sereno. O complexo fica na zona oeste da cidade e terá ao todo nove empreendimentos, com 2,3 mil unidades de apartamentos. O primeiro condomínio será lançado no começo de outubro.
 

O Residencial Veredas contará com 368 unidades disponíveis pelo programa Minha Casa Minha Vida, com opções de dois quartos com suíte, varanda e área privativa. O lazer do condomínio contará com piscina adulta e infantil, salão de festas com gourmet, quadra com garrafão de basquete, playground e pet place.

Para este complexo, a MRV fará investimentos de R$20 milhões em contrapartidas para a cidade em parceria com a Prefeitura de Sorocaba, como a construção de uma via que liga as zonas oeste e norte, com ciclovia e pista de caminhada e que já está facilitando o rápido deslocamento da população. “Somente para a obra, a construtora fez a doação de uma área de 90.296,29 m² para o poder público, além da execução do bairro planejado, com a implantação de infraestrutura como água, esgoto, pavimentação e iluminação pública. Nos últimos anos, a MRV investiu mais de R$4 milhões em melhorias na cidade, incluindo outras pavimentações, redes de drenagem e execução de viários”, explica Nathália Lúcio Costa de Moraes, Gerente de Trade Marketing.
 

“Nossa expectativa é de que a cidade, que cresce consideravelmente a cada década, possa contar com toda a nossa estrutura de moradia, bem-estar e acesso. Por isso trazemos o Vale do Sereno, um bairro completo e que em breve estará pronto para tirar ainda mais pessoas do aluguel”, completa a gerente.
 

A MRV está presente em Sorocaba há 25 anos. “Nós acompanhamos toda a história de desenvolvimento da cidade e fizemos parte do seu crescimento. Hoje, um a cada 33 moradores de Sorocaba, reside em um dos nossos empreendimentos. Esse complexo que começa a ser inaugurado em breve deve receber cerca de sete mil pessoas, ou seja, a região toda irá se desenvolver ainda mais, beneficiando todo o município”, afirma Luís Felipe Bandeira, diretor Comercial da MRV.
 

“E com as mudanças recentes do Minha Casa Minha Vida, a população ganhou a possibilidade de mais um ano para financiar seu primeiro imóvel, chegando a 420 parcelas, e com menos juros, o que vai permitir que mais pessoas possam adquirir sua casa própria, e a MRV está pronta com esse novo complexo em Sorocaba”, finaliza. Para os próximos três anos, a construtora deve lançar mais de 5.800 novas unidades na cidade.

Termômetro da Juntos Somos Mais indica aquecimento na construção civil e gera expectativas para o segundo semestre

Dados de mercado compilados e analisados pela empresa Juntos Somos Mais em seu último termômetro, recém-divulgado, apontam aquecimento no setor da construção civil a partir do bom desempenho apresentado nos meses de maio e junho de 2023. O indicador, que avalia o sell–in, por meio do faturamento mensal de indústrias e varejistas do setor de material de construção de todo o Brasil, revelou ainda, que as vendas do fabricante para o varejista cresceram 7% em junho deste ano, em relação ao mesmo mês do ano passado.
 

“Os principais indicadores de indústria e varejo concordam que o primeiro semestre foi abaixo do esperado, em comparação com os anos de 2021 e 2022. Os meses de maio e junho foram os mais fortes até aqui, mostrando uma possível recuperação no setor”, diz Ivan Ormenesse, head de Data Analytics & Intelligence da Juntos Somos Mais, Joint Venture da Votorantim Cimentos, Tigre e Gerdau.
 

Outro ponto analisado pela empresa é a movimentação dos preços, que, no acumulado de 12 meses, entre junho de 2022 e 2023, registrou crescimento de 3,6%. No ano anterior, o mesmo dado apresentou um aumento de 12,7%. Isto indica que a curva de preços adotou uma aceleração mais saudável, quando os valores subiam de forma rápida.
 

“Olhando para o histórico, a construção civil está se recuperando gradualmente desde a crise de 2016. Sendo assim, podemos afirmar que o ano de 2023 vem mostrando leve queda em comparação a 2022, em um cenário econômico de menor estímulo ao investimento. O segundo semestre deve ser mais forte e, provavelmente, o ano de 2024 começará a refletir uma política econômica de maior estímulo à indústria, comércio e construção civil, à medida que a taxa Selic continue com a atual tendência de baixa”, explicou o especialista.
 

O termômetro

O termômetro começou a ser captado com base em dados de meados de 2019 e, mesmo considerando a pandemia da covid-19, que impactou a economia entre 2020 e 2022, o varejo da construção civil brasileiro vem mostrando aquecimento e aceleração. O melhor ano observado foi 2021 e, apesar da queda relativa, até agora, os resultados são melhores que 2019, indicando que o setor está operando em patamares superiores ao pré-covid.

Missoni e Gafisa se unem para o lançamento de um projeto residencial exclusivo em São Paulo

Missoni e Gafisa, renomada construtora brasileira, se unem para o lançamento de um projeto residencial exclusivo em São Paulo. O novo edifício está localizado em uma das esquinas mais importantes do Itaim Bibi, no coração do distrito financeiro da cidade, onde edifícios residenciais e comerciais, além de uma infraestrutura completa de lazer e entretenimento, se fundem para criar uma atmosfera baseada na qualidade de vida e no estilo cosmopolita.

O projeto de interiores é idealizado e curado por Alberto Caliri, diretor criativo da coleção de Missoni Home, com a supervisão criativa de Rosita Missoni. O projeto residencial apresenta o design e o estilo de vida da Missoni, a luxuosa grife de moda italiana conhecida por suas cores e estampas icônicas em zigue-zague, listras e padrões ondulados.

Nos apartamentos, a sofisticação pode ser representada pelo pé-direito duplo nas salas de estar e pelos grandes terraços arborizados trazendo um design refinado e uma arquitetura escultural. Além disso, as varandas em camadas sobrepostas criam um design exclusivo e inovador com a presença significativa de elementos verdes por toda a fachada, resultando em uma perspectiva de bem-estar físico e mental, com uma decoração exclusiva assinada pela Missoni. O projeto busca criar uma relação respeitosa entre o edifício e a cidade, com um térreo que se conecta com o entorno sem comprometer a segurança dos moradores.

“A combinação de arquitetura e moda vai muito além de morar ou vestir, pois são expressões de identidade, comportamento e estilo. Este projeto foi desenvolvido como uma obra de arte, com uma cuidadosa curadoria estética, representando a marca italiana exclusiva. Missoni, juntamente com a Gafisa, fará parte de uma das maiores conexões entre moda e arquitetura da atualidade.” Sheyla Resende, CEO da Gafisa.

“Estamos encantados por estar colaborando com a Gafisa no projeto imobiliário em São Paulo e estamos empolgados em fornecer a este incrível projeto os melhores tecidos e design nas áreas comuns, o que dará ao edifício um acabamento único e original. Nossa equipe criativa se uniu para projetar interiores de luxo personalizados que complementam perfeitamente o entorno urbano dos apartamentos. O setor imobiliário de São Paulo continua a crescer e estamos ansiosos para fazer parte de um empreendimento que tem tanto a oferecer.” Livio Proli, CEO da Missoni.