Iniciativas e soluções digitais para o mercado imobiliário se aprimoram e aceleram negócios durante a pandemia

O isolamento social causado pela pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) trouxe muitas mudanças na vida dos brasileiros. Apesar das dificuldades e desafios que a quarentena trouxe, por outro lado, inovações e facilidades acabaram se incorporando na rotina e rapidamente, como por exemplo, processos e procedimentos que antes eram presenciais, tornaram-se 100% digitais. Os cartórios entraram na lista de serviços com facilidades pela internet para registros de documentos. O que antes levava horas com filas e deslocamentos, hoje pode ser resolvido em minutos. O levantamento de documentos para aquisição de imóveis é um destes exemplos que tem funcionado bem de forma digital.  É que através de uma parceria da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e Arisp (Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo) o acesso ao registro digital ficou mais fácil. Por meio de um digitalizador de documentos, as entidades oferecem agora aos cartórios, a possibilidade e emissão de arquivos, certidões e registros digitais.

O processo de digitalização para financiamento de compra de imóveis surgiu após a publicação do Decreto Federal, de março de 2020, que regulamentou a lei de liberdade econômica, bem como a criação de todo os parâmetros técnicos necessários para que documentos digitalizados tenham o mesmo valor legal que os físicos. De acordo com o Luiz Antonio França, presidente Abrainc, o aplicativo permite a digitalização nos padrões técnicos definidos pela autoridade federal. No entanto, antes de ser digitalizado, o contrato é assinado pelas partes interessadas e depois é digitalizado nos padrões técnicos através de um sistema desenvolvido pela Arisp. “O documento fica disponível para ser protocolado no sistema eletrônico dos cartórios. Dessa forma o registro de imóveis é notificado e dá o prosseguimento para realizar o registro”, explica.

No Brasil, o grupo que engloba as construtoras Bild Desenvolvimento Imobiliário e Vitta Residencial Construtora e Incorporadora, foi pioneiro a atuar com a documentação digital tanto em financiamento para construção civil como em escritura de compra e venda de imóveis. “O registro digital de financiamento do cliente facilitou muito nossa rotina nesse período, evitando assim o descolamento até o cartório, sem expor os integrantes de nossa equipe, já que a primeira atitude das construtoras no início da pandemia foi a adoção do home office de 100% da nossa equipe administrativa”, explica Raphaela Borri, coordenadora jurídica das empresas Bild e Vitta. Segundo ela, há dois anos, as construtoras que têm o foco em imóveis residenciais de alto e médio padrão e também aos atrelados ao sistema Minha Casa Minha Vida, foram as primeiras a aderirem à assinatura eletrônica na rotina de compra de imóveis, oferecendo economia e agilidade ao cliente. Com 100% das vendas das duas construtoras assinadas de forma eletrônica, a advogada destaca que o sistema oferece efetividade e segurança. “É uma comodidade e um diferencial durante este período de pandemia, pois evita algumas burocracias rotineiras, além de tornar o processo muito mais rápido e seguro”.

As construtoras Bild e Vitta já contavam com expertise no processo digital, pois no início da pandemia, o sistema online de assinatura em financiamento para construção civil e registro do contrato em cartório já era uma realidade. “Uma de nossas obras em Bauru é 100% digital e fomos a primeira a atuar com esse processo também em Ribeirão Preto com o registro digital de contrato de financiamento do cliente oferecido pelo projeto piloto da Abrainc”, explica Tarcísio Paschoalato, diretor de crédito da Bild Desenvolvimento Imobiliário.

Além das construtoras Bild e Vitta, a Abrainc informou que através do projeto piloto já foram registrados contratos no interior de São Paulo (Ribeirão Preto e Campinas), litoral sul (Guarujá) e na capital paulista. “Todas as incorporadoras associadas à Abrainc foram convidadas a participar do piloto. A Bild e Vitta saíram na frente ao conseguir realizar o primeiro registro de contrato digital em Ribeirão Preto. O cartório foi ágil ao se adaptar à nova demanda. Isso mostra o interesse do setor da construção civil pela modalidade e esperamos que mais empresas comecem a utilizar a ferramenta”, explicou Luiz Antonio França e defende que medidas nesse sentido devem ser permanentes.

Grupo Cosentino anuncia mudanças na gestão da operação brasileira

O Grupo Cosentino, líder mundial em superfícies inovadoras para o mundo da arquitetura e do design, anuncia mudanças na gestão da operação brasileira. Adrián Medina, diretor comercial e de negócios de Pedra Natural, assume o cargo de CEO da Cosentino Brasil, e será responsável por consolidar a presença da marca no país, mercado que é considerado estratégico para a empresa.

Com essa mudança, David Benavente, vice-presidente comercial LATAM, passa a liderar as equipes dos demais mercados e regiões, com exceção do Brasil. Segundo Eduardo Cosentino, EVP Global Sales e CEO para a América do Norte, “estamos comprometidos em manter o crescimento da região e seguir investindo para que as nossas equipes possam continuar oferecendo as melhores soluções para os clientes brasileiros”, explica.

A Cosentino também anuncia a saída de Matheus Menezes, que atuava na direção comercial da empresa no Brasil e aproveita para agradecer o excelente trabalho realizado nesse período.

Homer adota modalidade de empréstimo com imóvel como garantia

Com o intuito de oferecer crédito a proprietários de imóveis a juros baixos e com mais tempo para pagar, o Homer , aplicativo que conecta corretores em todo o Brasil, acaba de lançar o modelo de home equity, que é um empréstimo com imóvel como garantia. A modalidade permite que o dono de um imóvel empreste até 60% do valor da propriedade, indo de R﹩50 mil a R﹩1,5 milhão, com juros a partir de 0,99%/mês, possibilitando que o imóvel continue disponível para venda.

Para Livia Rigueiral, CEO do Homer, esta é uma forma de dar liquidez a um bem de alto valor, e estimular as pessoas a buscarem crédito de longo prazo sem ter que pagar juros exorbitantes. “Dá para quitar as contas, pagar a faculdade dos filhos ou investir em uma reforma para valorizar a venda, por exemplo, já que o imóvel pode seguir anunciado normalmente. E o prazo para pagar vai até 15 anos. A amortização, que é o pagamento parcial da dívida, é feita seguindo a tabela price – cuja principal característica é ter parcelas iguais. Com isso, é possível se programar e evitar surpresas desagradáveis no futuro”

Não à toa, desde junho do ano passado, o Banco Central começou a atuar para facilitar esse tipo de crédito com garantia de imóvel. O objetivo é impulsioná-lo por aqui contribuindo à redução no custo do crédito, já que em operações mais seguras como essa, os juros são menores e, infelizmente, no Brasil pouca gente percebe isso – o público que adotou home equity aqui não chega a 2%, enquanto nos Estados Unidos a modalidade bate 15%.

Dados do Secovi de São Paulo apontam uma leve recuperação do setor imobiliário em junho. 85% da meta para o mês foi alcançada, já que a queda nas vendas foi de apenas 15%. Mas uma pesquisa do Registro de Imóveis do Brasil, formado por associações estaduais que representam 3.297 unidades de registros de imóveis, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), mostra que o mercado imobiliário de São Paulo apresentou queda de 51% em abril deste ano no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Em comparação ao mês de março, a queda bateu 37,9%. No Rio de Janeiro, situação parecida: declínio de 36,9% nas vendas em abril de 2020 no comparativo com abril do ano passado.

Diante desse cenário, o crédito no modelo home equity é mais uma opção de renda para enfrentar de crise devido à pandemia, especialmente para os corretores de imóveis e proprietários de casas ou apartamentos que não estão conseguindo vender. Lívia vê também um grande potencial de crescimento da modalidade aqui no Brasil, não só agora, pois acredita que essa pode ser uma fonte de renda extra considerável. “O corretor ganha uma porcentagem de 0,5% em cima de cada empréstimo, que traz a ele um dinheiro a mais e ajuda a fortalecer o elo com o cliente, enquanto o dono do imóvel faz um empréstimo com as melhores taxas do mercado, com um corretor de confiança, e com prazo flexível para pagar. Todo mundo sai ganhando”, finaliza.

RE/MAX dobra receita com imóveis e registra melhor mês de sua história

A RE/MAX Brasil já pode comemorar o melhor mês de sua história. Em junho, seu Valor Geral de Vendas (VGV), ficou em R$ 239,3 milhões. É mais do que o dobro na comparação com junho do ano passado e, por pouco, não equivale a todo o primeiro semestre de 2016.

Os primeiros seis meses de 2020 foram também os melhores já registrados. O VGV ficou em R$ 1,1 bilhão, ou cerca de 50% acima do registrado em 2019.

A gradativa flexibilização do distanciamento social e a leve recuperação da economia podem ter contribuído para o resultado, mas não contam a história inteira. Basta dizer que, em abril, na contramão da RE/MAX, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção registrou queda abrupta de 38% na venda de imóveis no País.

Para Peixoto Accyoli, presidente e CEO da RE/MAX Brasil, isso é mais uma mostra de que a empresa, embora tenha temporariamente fechado boa parte de seus escritórios, nunca entrou em lockdown “Mudamos a forma de se comunicar com o mercado encontramos novas maneiras de prospectar negócios e fechar transações. Continuamos com encontros reais, mas através do mundo digital”, diz. “Tem dado certo. Fico feliz por constatar que, além do crescimento observado, cumprimos a promessa de não demitir ninguém em um período tão sensível para todos nós”.

Alguns pontos que têm favorecido a RE/empresa nos últimos meses. Primeiro, os imóveis agenciados – e exclusivos – sempre estão em boas condições e, em razão dos muitos registros disponíveis online (fotos 360º e vídeos), os compradores amadurecem sua escolha mesmo antes de visitar a propriedade. Segundo, o uso de tecnologia avançada para prospectar e fechar negócios, como aplicativos de assinatura de documentos digitais e de videoconferência. Terceiro, a atuação dos agentes e colaboradores.

“A tecnologia é extremamente estratégica para nós e se confirma fundamental em momentos como esse. Mas a vemos como um meio, não como um fim”, afirma Accyoli. “O que nos leva à frente, no final, é atuação qualificada dos nossos agentes imobiliários. Na compra do imóvel, a relação humanizada ainda é muito importante”.

Nesse sentido, há mais números a serem celebrados. Também em junho, a RE/MAX atingiu a histórica marca de 5 mil agentes imobiliários credenciados. Considerando que no primeiro trimestre de 2018 esse número não passava de 1,5 mil, a força de vendas triplicou em pouco mais de dois anos.

Medidas anticrise e transformação digital

Mais do que colaboradores, a RE/MAX vê seus agentes como empresários, donos do próprio negócio que, com algumas orientações e muito trabalho, impulsionam e aceleram suas carreiras.

Um ótimo exemplo de suporte oferecido é a Universidade RE/MAX, por meio da qual a empresa oferece capacitação presencial e a distância para os associados. Recentemente, todos passaram por um curso feito sob medida para o período de pandemia, com dicas sobre como se portar e agir – incluindo protocolos de higiene que devem ser seguidos antes, durante a após uma eventual visita ao imóvel.

Outra iniciativa em sintonia com os novos tempos é a campanha RE/MAX Vende Mais. Lançada no mês passado, ela conta com Ciro Bottini, célebre palestrante e apresentador de televisão, como principal divulgador, e foi pensada integralmente para os aplicativos de mensagens e redes sociais.

A campanha já está ativa e colhendo resultados. As 400 unidades e 5 mil agentes associados têm enviado imagens dos imóveis que desejam vender e Bottini, por sua vez, tem produzido vídeos do jeito que só ele sabe fazer. Trata-se de uma operação descentralizada e de grande impacto, pois, com os vídeos em mãos, os agentes podem compartilhá-los com potenciais compradores.

“Gostei do projeto desde o começo. Estou contribuindo para otimizar a presença da RE/MAX no ambiente digital, que é, sem dúvida, o melhor canal para impactar novos clientes”, comenta Bottini.

IT’S Informov projeta novo espaço da startup Loft

A Loft, plataforma digital facilitadora de compra e venda de imóveis, abriu um novo espaço aberto ao público. Eles ainda não tinham algo do gênero e precisavam de um projeto inovador, marcante e ao mesmo tempo descomplicado, que traduzisse as características de uma marca que visa facilitar a vida dos clientes, sendo atual, arrojada, digital e informal. Precisavam de um espaço que traduzisse isso para seus consumidores, fazendo com que se sentissem “em casa”. A empresa escolhida para o projeto foi o escritório de arquitetura, engenharia e design IT’S Informov.

A startup, fundada em 2018, já conquistou um grande destaque no mercado imobiliário ao unir tecnologia à venda imobiliária, oferecendo visitas virtuais e acompanhamento de todo o processo de compra de um imóvel, desde a escolha até a mudança, passando pelo projeto arquitetônico e reforma. A Loft revolucionou o mercado ao desburocratizar um processo que costuma ser longo e insatisfatório. Ela conquistou este ano o status de unicórnio, ou seja, pouco tempo após a sua criação, atingiu o valor de US﹩1 bilhão.

“Nosso desafio, portanto, era materializar a experiência do digital na vivência e imersão da marca, de forma acolhedora e humana”, resume Nara Grossi, arquiteta da IT’S Informov, responsável pelo projeto. O local que recebeu a Casa Loft é uma casa com dois pavimentos e cobertura. Foi necessário reconfigurar o espaço para se adequar às novas necessidades, mas, curiosamente, pouco foi demolido.

Embora seja aberta ao público, a Casa Loft possui áreas de reunião e espaço para os colaboradores da Loft no térreo. Além disso, no segundo pavimento há uma área de customização para os clientes além de cápsulas para reuniões. Este local conta uma grande janela com vista para a rua, além de uma abertura na cobertura, que garante a entrada de muita luz natural durante o dia. A cobertura inclui ainda espaços para encontros mais informais, como café e lounge, seguindo o novo percurso criado especialmente neste projeto, que traduziu o DNA inovador e jovem da empresa.

Parceria entre Grupo ZAP e Captalys facilita acesso ao crédito para incorporadoras de todo o país

O Grupo ZAP, dono dos maiores portais imobiliários do país, e a plataforma de crédito Captalys anunciam parceria para oferecer uma solução de financiamento para incorporadoras garantida pelo estoque de unidades residenciais ou comerciais já construídas.

O produto “Giro de Estoque” provê crédito com alienação fiduciária de unidades em empreendimentos novos porém ainda não vendidas. À medida que as vendas ocorrem, os recursos provenientes dos pagamentos dos compradores são utilizados para amortizar a operação. Dessa forma, não há parcelas fixas no pagamento do crédito mas um fluxo de acordo com os recebimentos, facilitando a vida dos incorporadores, sobretudo os pequenos e médios.

O Giro de Estoque é oferecido para incorporadoras de todo o país, com taxas a partir de 1,0% ao mês, prazo de 36 meses e liberação de recursos equivalentes a 60% do valor de mercado das unidades em estoque. Adicionalmente, por se tratar de um produto padronizado, os recursos são desembolsados para o incorporador em até 45 dias da assinatura da proposta.

Para além de serem utilizados como uma linha de capital de giro com pagamentos flexíveis, os recursos podem ser usados também para fins de liquidação de planos empresários junto aos bancos, permitindo, dessa forma, o alongamento de dívidas ou a liberação de limites para a realização de novas operações. Uma das vantagens adicionais da solução é que não envolve custos de uma operação de securitização.

“Trabalhamos para que nossos parceiros possam ter produtos de crédito diferenciados que melhor atendem as necessidades dos seus clientes”, disse Margot Greenman, CEO da Captalys. “A parceria com o Grupo Zap é mais uma solução inédita para ajudar os seus clientes incorporadoras com as suas necessidades de capital de giro, de forma mais inteligente”, afirmou.

“O Grupo ZAP está contente com essa parceria que vai ajudar incorporadoras com uma solução de financiamento garantido pelo estoque de unidades residenciais ou comerciais já construídas. Esperamos que, com essa iniciativa, inédita possamos colaborar ainda mais com crédito para o setor neste momento”, afirma Gustavo Marcondes, Head do ZAP Fin, plataforma de produtos financeiros do Grupo ZAP.

Saiba o que muda na avaliação de Imóveis com a Covid-19

Com a Covid-19 muitos proprietários e inquilinos estão renegociando e alguns deverão entregar seus imóveis – sobretudo em função dos efeitos na economia (recessão) e da dificuldade para manter em dia seus aluguéis. Para não levar à desocupação do imóvel, o que pode ser ainda mais prejudicial, os proprietários têm negociado a flexibilização nos contratos. “Em todas as negociações, o que dita o valor de mercado é a demanda – que deverá ser alterada com os efeitos da pandemia. Sob a ótica do avaliador, essas alterações sofridas afetam diretamente o valor dos aluguéis novos. Como as avaliações são feitas por comparação, e temos muitos tipos de imóveis e demandas diferenciadas, não há como estimar um percentual”, explica Luiz Barcellos, Vice-Presidente de Avaliação Imobiliária do Conselho Federal de Corretores de Imóveis.

Como o que dita os valores dos imóveis é a lei da oferta e da procura, no momento a demanda está reprimida, as incertezas influenciam os compradores levando muitos deles a adiar a decisão de comprar. Se hoje o vendedor desejar liquidez, provavelmente, irá reduzir o preço ou conceder desconto para chegar ao fechamento da venda. “Essa demanda reprimida será liberada assim que sairmos dos tempos de pandemia. Só há queda nos preços dos imóveis cujos proprietários desejam vender rapidamente. A tendência geral que se observa é de estabilidade”, detalha Barcellos.

Historicamente, as épocas áureas do mercado imobiliário coincidiram com os períodos de disponibilidade e facilidades na obtenção de financiamentos. Juros mais baixos (a taxa SELIC está no nível mais baixo desde sua criação) e fixos por até trinta anos e prestações com os valores inalterados por dez anos são alguns dos incentivos para aumentar o volume de vendas. Com mais vendas, seguem mais investimentos.

Como as dificuldades enfrentadas pelas empresas, com a paralisação de atividades, custos fixos, empregados, entre outras, a busca por empréstimos e financiamentos será crescente ainda por algum tempo. Haverá a necessidade de garantias e isso exigirá um maior número de avaliações. Por outro lado, uma inadimplência maior gerará a ampliação do número de ações de execução e, em consequência, novas oportunidades para avaliações de imóveis, nomeações como perito judicial, e atuação como assistentes técnicos.

As avaliações não sofrem modificações em sua metodologia em função do cenário, já que sua essência está na qualidade da amostra adotada. O Corretor de Imóveis avaliador irá escolher imóveis para comparação, constituindo uma amostra representativa do mercado no cenário atual. E, através destas, chegará ao valor do imóvel. Deve fazer uma vistoria minuciosa no imóvel que irá avaliar, registrando seus atributos através de fotografias. Em seguida, o profissional precisa fazer a verificação do entorno e aspectos importantes, como serviços públicos, transportes, escolas, hospitais, comércio, etc. Somente após estas etapas elabora o Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica, com redação clara, português correto, com sequência lógica de itens e uma justificativa fundamentada do valor avaliado.

O mercado de Avaliação de Imóveis é muito amplo e crescente e deverá ser ampliado ainda mais com a sanção da Lei nº 14.011, de 10 de junho de 2020, que autoriza comercialização de imóveis da União por Corretores de Imóveis. Avaliações para garantias, captação de imóveis, reavaliação de patrimônio, dissolução de sociedades, divórcio, desapropriações, renovatórias e revisionais de locação, inventários, entre outras, constituem nichos importantes de mercado para os avaliadores de imóveis. Quando há retração nas operações de compra e venda, as avaliações assumem uma parte importante na renda dos profissionais. Hoje há Corretores de Imóveis que se dedicam exclusivamente às avaliações.

Um corretor de imóveis egresso de um curso de TTI – Técnico em Transações Imobiliárias pode não estar preparado para realizar Avaliações. Recomenda-se que faça um curso de Avaliação de Imóveis específico para corretores. Para incentivar essa qualificação, o Conselho Federal criou o CNAI – Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários, uma verdadeira vitrine de avaliadores, divulgada no sitio do COFECI. Para inscrever-se no CNAI, o corretor precisa fazer um curso de Avaliação de Imóveis específico para corretores. Por isso, a diretoria do Sistema Cofeci-Creci irá atuar fortemente para priorizar a participação dos corretores inscritos no CNAI na Avaliação e não na Comercialização dos Imóveis.

Pesquisa mostra que 43% das pessoas tiveram novas percepções sobre o imóvel durante a quarentena

Após meses de isolamento social, muitas pessoas começaram a observar detalhes de seus imóveis, que talvez passariam despercebidos em outro momento. Nesta situação estão 43% dos entrevistadas pelo Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País. De acordo com o levantamento realizado com seus consumidores, 25% acham que falta um quintal ou uma varanda; 19% dos entrevistados consideram a residência pequena demais; 12% acreditam que o imóvel poderia estar numa localização melhor e outros 12% desejam uma região mais silenciosa.

Outro dado interessante é que 90% dos entrevistados deixariam de viajar e adquirir objetos com intuito de guardar dinheiro para investir na casa própria. Ainda que estejamos vivenciando um período atípico e um pouco turbulento, a pesquisa realizada pelo Imovelweb mostra que 96% das pessoas continuam planejando sua mudança.

Esta segunda edição da pesquisa – a primeira foi realizada em maio – aponta mudanças na preferência do consumidor. Anteriormente, 95disseram manter os planos iniciais de mudança, sendo que 56% optavam por compra e 39% por locação. Hoje, 80% querem comprar o imóvel e 16% estão interessados em locar. Apenas, 4% dos entrevistados não pensam mais em trocar de imóvel, número que pouco se alterou, pois, em maio, 5% dos usuários tinham desistido da mudança.

Para 53% deles, o isolamento social imposto pela Covid-19 não alterou em nada seus planos. Dentre os motivos da mudança, a pesquisa identificou que: 40% buscam um local com melhor localização; 31% um imóvel maior; 12% um mais barato e 8% uma residência menor.

Ainda falando sobre os 53% que mantêm seus planos de mudança, grande parte deles pretende se mudar logo: 50% até em seis meses; 35% em até dois semestres, 8% nos próximos dois e 7% em mais de 24 meses.

Para 28%, o investimento na casa própria será por meio de financiamento ou consórcio imobiliário. Outras opções mencionadas são permuta de imóveis (22%) e uso do FGTS (12%). Mesmo vivendo em tempos de transformação digital, somente 22% desses entrevistados conheceriam o empreendimento apenas por fotos e vídeos, sem realizar uma visita presencial.

Agora, sobre os entrevistados que pretendem se mudar, mas que tiveram os planos alterados pela quarentena (47%), 36% deles estão inseguros com a economia e, por isso, estão repensando seu planejamento. Outros 24% estão preocupados com seus empregos/salários. Contudo, com maiores descontos e facilidades na hora de fechar negócios, 43% deles reconsiderariam suas ideias. Já 22% retomariam seus planejamentos com a volta da rotina.

Ainda que esses 47% estejam repensando seus projetos, 37% deles planejam realizar a mudança em até um semestre. Outros 36% em 12 meses, 16% em até 2 anos e 11% irão esperar mais de 24 meses. Desses, 21% escolheriam o imóvel e fechariam o negócio por meio de imagens e gravações.

Sobre os 4% dos usuários que não estão mais buscando empreendimentos, 33% disseram que essa mudança ocorreu por conta da insegurança na economia do País. Porém, 37% deles retomariam seus planos se tivessem um aumento em suas rendas mensais; 26% iriam repensar na mudança se a vida voltasse ‘ao normal’, enquanto outros 18% reconsiderariam com descontos nos valores de aluguel e venda.

QuintoAndar já garantiu o pagamento de mais de R﹩ 200 milhões em aluguéis atrasados desde 2015

O QuintoAndar já pagou mais de R﹩ 200 milhões em aluguéis atrasados a seus proprietários desde que lançou a Proteção QuintoAndar, em 2015. A iniciativa da imobiliária digital assegura que os donos de imóveis recebem os valores dos aluguéis em dia mesmo quando os inquilinos atrasam ou não realizam o pagamento, além de arcar com danos ao imóvel que não tenham sido reparados. O programa da companhia, que tem mais de R﹩ 30 bilhões em ativos sob gestão, já beneficiou quase 20 mil proprietários nas cidades que atua.

Em média, o proprietário no Brasil tem entre um e dois imóveis de aluguel, de onde tira parte substancial de seu sustento, o que torna a regularidade de pagamentos tão importante. A Proteção QuintoAndar também ajuda a aumentar o retorno para o proprietário, uma vez que, ao eliminar vários custos para o inquilino, permite precificar melhor o aluguel e contribui para reduzir a vacância do imóvel, além de eliminar potenciais perdas com reparos.

“Esse foi um dos diferenciais que pensamos desde o começo do QuintoAndar e, agora mais do que nunca, fica claro que foi uma aposta acertada”, diz Gabriel Braga, co-fundador e CEO do QuintoAndar. “A maioria dos proprietários depende diretamente da renda do aluguel para se manter, por isso é tão relevante que recebam em dia, saibam que seu imóvel está protegido e, na hora de voltar a alugar, que tudo será mais rápido.”

A Proteção QuintoAndar é fruto do modelo inovador da companhia, todo criado internamente e pioneiro no mundo. Ao eliminar o custo para inquilinos e se comprometer com o proprietário a cumprir com as obrigações dos inquilinos em 100% dos contratos de locação, a companhia atrai os melhores clientes e evita a seleção adversa. Esse é um dos principais problemas do modelo tradicional, que acaba inflando o custo das garantias para todos. O modelo se baseia na metodologia de análise de crédito criada pelo QuintoAndar que permite a eficiente gestão da inadimplência, alavancada por ferramentas de Big Data e Inteligência Artificial, e que elimina custos que não geram valor para os clientes. Dessa forma, o QuintoAndar oferece para seus clientes o que nenhum outra empresa consegue.

Além disso, o QuintoAndar também conta com um seguro guarda-chuva, de quase R﹩ 1 bilhão, que protege seu negócio de situações atípicas e permite que a companhia cumpra todos os seus compromissos – apólice que, até hoje, nunca precisou ser acionada.

O sucesso do modelo é medido pelos resultados do QuintoAndar, que tem uma das taxas de inadimplência mais baixas do mercado, mesmo fechando mais de 20 vezes mais contratos de locação por mês que os concorrentes mais próximos. Hoje a companhia já tem a maior carteira de locação residencial do país e já atraiu mais de R﹩ 1,5 bilhão em investimentos de alguns dos maiores e mais respeitados fundos do mundo.

“Nossa ideia sempre foi acabar com a burocracia, ajudando tanto inquilinos quanto proprietários: um a encontrar o melhor lugar para morar e o outro a ter a tranquilidade que vai receber o aluguel certinho”, diz Gabriel. “É um conceito que não existia, a equação ficava desequilibrada para um ou para outro lado. A gente equilibrou o jogo, mas não paramos por aí. Olhamos sempre para melhorar essa e encontrar outras alternativas.”

Grupo ZAP oferece antecipação da comissão imobiliária, em parceria com a Nexoos

O Grupo ZAP, que possui os maiores portais imobiliários do país, e a Nexoos, a maior fintech de crédito para empresas, autorizada pelo BACEN como Instituição Financeira SEP, passaram a oferecer antecipação da comissão de transações imobiliárias. A operação é feita via “CRATI”, Crédito de Transação Imobiliária, cujo objetivo é antecipar a “CCV”, Comissão de Contrato de Compra e Venda dos imóveis. A operação é realizada por meio de uma plataforma exclusiva, totalmente digital e customizada pela Nexoos, para que Grupo ZAP consiga destravar o capital para as imobiliárias sem a burocracia imposta pelos grandes bancos.

A captação utilizará todas as estruturas de financiamento do marketplace da Nexoos, como Peer to Peer (P2P) e fundos institucionais. O novo serviço já está em teste com um grupo selecionado de imobiliárias, e em breve estará disponível para todos os clientes do grupo. A expectativa é que centenas sejam beneficiadas até o fim do ano.

“É um avanço para o mercado imobiliário, já que as imobiliárias sofrem com a instabilidade de fluxo de caixa. A pandemia reduziu o número de transações, logo esta antecipação vai ajudá-las a anteciparem seus recebíveis, numa operação descomplicada e gerar caixa de curto prazo”, afirma Ernani Assis, VP de Novos Negócios do Grupo ZAP. Com a solução, a expectativa é que o benefício também seja estendido pela imobiliária aos seus corretores, trazendo uma vantagem competitiva para recrutar e reter ainda mais profissionais.

Atualmente, quando o comprador adquire um imóvel e assina o contrato, a imobiliária só recebe sua comissão sobre a venda na entrega das chaves, o que pode levar até seis meses. Por isso, o Grupo ZAP criou, junto com a Nexoos, um produto para oxigenar o fluxo de caixa delas. “Sabemos que geralmente há um um descasamento no fluxo financeiro, que também pode impactar no custo para o cliente final. E, em tempos de pandemia, isso impacta fortemente o caixa destas empresas”, afirma Nicolas Arrellaga, sócio e cofundador da Nexoos.

Agora, com a plataforma, as imobiliárias poderão receber antecipadamente uma parte desses valores antes deste período. Para se beneficiarem do novo produto, elas devem ter faturamento acima de R﹩ 250 mil, mais de um ano de operações no mercado e terem CCVs para antecipar. As taxas de antecipação são customizadas e dependem do risco de crédito de cada imobiliária.

Além da análise de crédito da imobiliária e dos sócios, a Nexoos também avaliará seu fluxo de caixa futuro, como a quantidade de “CCVs” ou de imóveis alugados. Por meio desta análise, será disponibilizado um limite de crédito, que poderá ser solicitado e adquirido com rapidez e sem burocracia. Basta apresentar o contrato de compra e venda.

As operações devem ter valor superior a R$ 5.000,00, com possibilidade de juntar várias CCVs na mesma solicitação para se chegar ao montante. O prazo de pagamento é estruturado de acordo com as datas de recebimento das respectivas comissões.

A solução é, mais uma vez, o compromisso do Grupo ZAP em levar soluções ao ecossistema imobiliário através da inovação de novos produtos de financeiros junto com a Nexoos. Até o final do ano, a expectativa das empresas é que esta nova solução possa antecipar a comissão de centenas de imobiliárias, adiantando mais de R$ 100 milhões.