Warren mira mercado de fundos imobiliários e projeta captação de R﹩ 1 bilhão até 2021

Com o objetivo de se tornar uma das maiores corretoras de fundos imobiliários do país, a Warren anuncia a criação de uma diretoria voltada especificamente a FIIs. Quem comandará a área será Gustavo Kosnitzer, ex-Rossi Residencial e Grupo Cassol, que possui 25 anos de experiência em real estate .

A meta do novo executivo é captar R﹩ 400 milhões até dezembro de 2020 e, no próximo ano, chegar à marca de R﹩ 1 bilhão. “No cenário atual, de taxa de juros baixa, os fundos imobiliários são a nova renda fixa do mercado.”, afirma o diretor. Durante seus anos de atuação no setor imobiliário, trabalhou a estruturação, desenvolvimento e gestão de mais de R﹩ 3,5 bilhões de ativos.

Segundo Tito Gusmão, CEO da Warren, a contratação de Kosnitzer demonstra que a Warren tem grandes ambições com a classe de ativos. “O Gustavo é uma referência no mercado. Conhece os detalhes deste ramo como poucos. Contar com a colaboração de Kosnitzer é um grande passo para a Warren”, diz.

Os fundos imobiliários são fundos de investimento destinados à aplicação no setor imobiliário. “São a melhor alternativa para se investir em imóveis, com a possibilidade de se escolher em ativos ‘de tijolo’, ou seja, participações em shoppings, edifícios e galpões, ou ‘de papel’, similar aos demais fundos de renda fixa, que mas que são compostos por ativos com lastro imobiliário como CRI, CRA, LCI e LCA”, explica Kosnitzer.

A corretora acredita que, dada a simplicidade e a baixa burocracia, já que o investidor não tem preocupações administrativas dos imóveis, além da possibilidade de se obter uma boa rentabilidade aliada ao baixo risco, os fundos imobiliários tendem a contar com uma grande procura entre o segundo semestre deste ano e 2021. “O investidor também conta com isenção de Imposto de Renda ao receber o aluguel e só paga imposto caso venha a vender suas cotas”, conta o executivo.

De acordo com Kosnitzer, os planos da Warren são ambiciosos para o setor. “Demonstraremos aos investidores que os fundos imobiliários são uma maneira segura e descomplicada de se investir no setor, sem se preocupar com toda a burocracia existente no mercado imobiliário tradicional”. A seleção dos ativos é realizada por uma equipe que conhece profundamente o setor imobiliário, e isso oferece confiança aos investidores. “Estamos muito animados com a perspectiva de poder oferecer aos clientes Warren as melhores alternativas de investimentos no mercado imobiliário e assim nos tornarmos uma das líderes deste setor”, conclui.

A Warren foi fundada em Porto Alegre, em 2017, e conta com um modelo de remuneração totalmente alinhado com o cliente, atuando como corretora, gestora e administradora. A empresa é remunerada de acordo com o crescimento total do patrimônio – assim como nos Estados Unidos e na Europa. Desta forma, se posiciona como uma terceira via na atual divisão de mercado no Brasil.

São mais de 140 mil clientes em pouco mais de três anos de operação e mais de R﹩ 2 bilhões em ativos sob gestão. A corretora planeja multiplicar esse patrimônio por cinco até o fim de 2021, chegando à marca de R﹩ 10 bilhões. Hoje a plataforma oferece 400 produtos, incluindo sete fundos próprios com taxa zero, o que garante diversificação, rentabilidade, segurança e transparência aos investimentos.

Grupo de construtoras cria ferramenta para venda de produtos e serviços de famílias com renda comprometida durante a pandemia

Devido à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) e paralisação de diversos comércios nas cidades pelo país, alguns comerciantes foram obrigados a encerrarem as atividades por um período indefinido e outros tiveram que reinventar os seus negócios. Pensando neste cenário ainda incerto economicamente, o grupo composto pelas empresas Bild Desenvolvimento Imobiliário Vitta Residencial Construtora e Incorporadora desenvolveu uma ferramenta colaborativa para venda de produtos e serviços: o site Negócio ao Lado. Trata-se de uma plataforma de vendas voltada para os profissionais autônomos e proprietários de negócios.

O site foi criado para atender às necessidades de moradores dos empreendimentos entregues pelas duas construtoras, que podem divulgar seus produtos e serviços de forma segura e gratuita e contempla residentes das cidades de Ribeirão Preto, Araraquara, Bauru, Franca, Jaboticabal, Piracicaba, São José do Rio Preto, Serrana, Sertãozinho e Uberlândia (MG).

Para o desenvolvimento e adequação do projeto, uma pesquisa prévia com os clientes foi desenvolvida e identificou quais foram os impactos da crise nos seus negócios locais e quantos destes eram profissionais liberais, empresários ou autônomos. “Identificamos que muitos destes clientes autônomos estavam com suas receitas comprometidas, podendo passar por alguma dificuldade financeira”, explica o coordenador de marketing, Fábio Gama. Segundo ele, a proposta do novo serviço é colaborar com a recuperação da receita dos clientes e fornecedores que são empresários e autônomos.

“Posteriormente, o projeto será disponibilizado também para nossos colaboradores e fornecedores que queiram ter uma renda extra para ajudar em seu lares”, complementa Gama. Por enquanto, apenas clientes das duas construtoras podem divulgar seus produtos na plataforma online. “Desenvolvemos esse projeto não somente para o período da quarentena que decretou isolamentos e distanciamento social, mas sim como um serviço a mais que podemos oferecer ao nosso público no pós pandemia”, avalia Fábio Gama.

Como funciona

A plataforma é totalmente gratuita. Para anunciar, basta se cadastrar e anunciar o produto, loja ou serviço. Da mesma forma, também não é cobrado nenhum percentual ou comissão pelas vendas que forem feitas através do site. Definida a compra, o interessado entra em contato com o vendedor, combina o preço, a forma de pagamento e entrega. Para acessar e realizar compras no site Negócio ao Lado, basta entrar no link https://negocioaolado.com.br/.

O coordenador de marketing, Fábio Gama explica que colaborar com o ecossistema em que as duas empresas estão inseridas faz parte dos valores do grupo. “O cenário atual nos mostrou a realidade de um impacto financeiro e até psicológico em diversas famílias. Por isso, assumimos mais uma vez nosso compromisso em estar ao lado de nossos clientes e de seus familiares, visando ajudar de alguma forma na recuperação da receita mensal destes profissionais liberais, empresários, autônomos e até os que buscam uma renda extra. É nosso papel como empresa valorizar o empresariado local”, conclui.

Bossa Nova Sotheby’s registra crescimento de 50% em vendas nos meses de junho e julho

Casa em Terras de São José, Itu, à venda pela Bossa Nova Sotheby’s

A Bossa Nova Sotheby’s International Realty, principal imobiliária de alto padrão, registrou crescimento de 50% em vendas nos meses de junho e julho em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da pandemia, a empresa tem visto a retomada do mercado trazer não só a demanda reprimida dos últimos meses, como a procura crescente por imóveis de praia e campo.

A imobiliária iniciou 2020 com 35% mais vendas no primeiro trimestre. Em abril e maio, mesmo nos meses mais críticos para a empresa, a queda foi de apenas 18%. Em junho e julho, a BNSIR viu a rápida retomada do mercado, quando ultrapassou o VGV de 2019 em 50% e 53%, respectivamente. No consolidado, os sete meses registram uma alta de 28%.

Para Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s International Realty, foi um ano atípico: “tivemos o melhor mês de julho de toda a nossa história este ano. Geralmente, essa é uma época em que as pessoas estão de férias, viajando, muitas vezes fora do país. E deixam para fechar contrato em agosto, quando retornam”.

Um fator que alavancou as vendas foram as mudanças comportamentais que o isolamento social provocou nas pessoas em relação ao lugar onde vivem. Muitos de seus clientes buscaram casas de campo ou residências mais espaçosas, conectadas à natureza e com boa estrutura para home office nas grandes cidades.

“Apesar da crise econômica causada pela pandemia, a abundância de crédito e as baixas taxas de juros e financiamento conseguiram impulsionar o mercado. Para quem já possuía capital ou não foi tão afetado pelas instabilidades econômicas, foi um momento propício para o investimento em imóveis”, declara Romero.

No último ano, a BNSIR obteve mais de R﹩ 700 milhões em VGV, 25% a mais que em 2018. Para 2020, a meta era 1,1 bilhão. Devido à pandemia, as expectativas mudaram. Ainda assim, a empresa deve ultrapassar os números de 2019, com a previsão de um VGV entre R﹩750 e R﹩800 milhões. Desde 2015, a Bossa Nova Sotheby’s cresceu sete vezes.

Presidentes do Banco Central e da Caixa participam de fórum de securitização da ABRAINC

O mercado de capitais para títulos imobiliários será tema do fórum online “Futuro da securitização no crédito imobiliário”, organizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O debate virtual será realizado nesta terça-feira (11), das 16h30 às 18h.

O fórum será transmitido pelo canal da Abrainc no YouTube , reunindo os principais empresários do setor de incorporação imobiliária, construtores, líderes de entidades da cadeia produtiva, investidores, economistas, profissionais do mercado financeiro, órgãos governamentais e da mídia. Entre os participantes estarão o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, o presidente da Caixa Pedro Guimarães e empresário Rubens Menin (MRV).

O formato webinar permitirá aos participantes analisar temas como:

• A securitização pode aumentar a oferta de crédito imobiliário;

• Modelo americano: o importante papel agências como a Fannie Mae para que o mercado investidor possa ser o grande financiador do crédito imobiliário;

• Como a Selic de 2,25% abre caminhos para aumentar a oferta de crédito imobiliário via securitização;

• Financiamento Imobiliário em IPCA ou taxa pré-fixada;

• Regulação: como as recentes mudanças realizadas pelo CMN podem contribuir para o aumento da Oferta de Crédito Imobiliário;

• A importância da queda na taxa e juros do crédito imobiliário para o processo de retomada econômica;

PROGRAMAÇÃO

16h30 às 17h30 – Painel O Futuro da Securitização no Crédito Imobiliário

Participantes:

• Luiz França, presidente da ABRAINC;

• Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central;

• Pedro Guimarães, presidente do Caixa Econômica Federal;

• Rubens Menin, presidente do conselho ABRAINC e MRV;

• Gilson Finkelsztain, presidente da B3;

• Otavio Damaso, diretor de regulamentação do Bacen;

17h30 às 18h – Debate

• Cristiane Portella, presidente da ABECIP;

• José Rocha Neto, diretor-executivo do Bradesco;

• Marcio Schettini, diretor-geral do varejo do Itaú Unibanco

18h00 – Encerramento

Observações:

• O fórum será transmitido pelo Zoom Webinar e Youtube.

• A inscrição para assistir deve ser feita previamente pelo link: http://www.abrainc.org.br/webinar-securitizacao/

Condomínios se preparam para a LGPD

A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi adiada para maio de 2021 com a MP 959/20, mas caso a mesma não seja votada e convertida em Lei até o dia 27 de agosto, a MP perderá a sua eficácia e o prazo da sua vigência volta para agosto de 2020. As sanções somente serão aplicadas em agosto de 2021, mas os condomínios estão se preparando para estarem adequados às novas normas.

A APSA – líder na gestão de propriedades urbanas – constituiu em 2019 um comitê formado por três setores de inteligência: Infraestrutura de TI, Auditoria interna e Jurídico para buscar as melhores informações sobre as mudanças para aplicá-las no dia-a-dia dos condomínios.

“Fizemos fóruns de estudo e nos capacitamos também com cursos específicos. Estamos multiplicando essa capacitação internamente para os demais gestores, até chegar ao atendimento direto ao cliente”, diz a gerente de auditoria da APSA, Juliana Tancredo.

De acordo com a empresa, as mudanças previstas na lei estão totalmente alinhadas com os valores da APSA; como transparência, segurança, não discriminação, entre outros. “Não entendemos a adequação à Lei 13.709/2018 como uma meta intangível, nossa cultura se entrelaça com o que é proposto pela lei”, destaca Juliana Tancredo.

O que muda com a LGPD nos condomínios

Para os condomínios algumas mudanças precisam ser implementadas. A mais relevante é quanto ao cadastro de visitantes realizado nas portarias. Duas situações nesse caso precisarão de atenção.

Uma é a capacitação do coletor dos dados, ou seja, do porteiro que está ali em atendimento às pessoas que acessam o prédio, seja ele comercial ou residencial. “O porteiro e o Síndico precisarão saber passar a informação sobre a lei geral de proteção de dados, explicando e fundamentando a razão da coleta dos dados, porque as pessoas podem questionar a necessidade”, explica.

A outra situação bastante relevante é o tratamento do dado coletado. Para adequado controle da circulação no prédio, normalmente esses dados são armazenados. “Por conta da lei, isso só poderá acontecer com o consentimento da pessoa física, dona dos dados”.

Na portaria remota, onde muitas vezes é necessário o cadastro biométrico para acesso aos condomínios, o dado biométrico é considerado dado sensível e para ele devemos ter cuidados especiais. A empresa coletora desses dados precisa estar alinhada a lei geral de proteção de dados e o condomínio também precisa fazer o armazenamento seguro desse tipo de informação.

Segundo a executiva da APSA, os síndicos precisarão estar cientes das disposições da lei assim que elas entrarem em vigor. Será preciso elaborar um plano de proteção de privacidade do condomínio, respeitando os 10 princípios que a lei exige, entre eles, os mais importantes e usuais nessa relação entre o condomínio e a pessoa física dona dos dados:

• Transparência no uso e informação da destinação dos dados.
• O princípio da necessidade, coletando o mínimo de dados necessários para o que se propõe.
• Segurança, adotando medidas necessárias para a proteção dos dados
• Não discriminação, não podendo a pessoa física ser discriminada de acordo com seus dados.

Demanda por imóveis de campo cresce 600% na Bossa Nova Sotheby’s

A Bossa Nova Sotheby’s International Realty, principal imobiliária de alto padrão, viu as demandas por imóveis de praia e campo crescerem em mais de 600% este ano. Nos últimos meses, muitos de seus clientes têm buscado esse tipo de residência para se isolar durante a quarentena. Preço de lotes e casas nessas localidades também aumentaram. 

Casa no condomínio Terras de São José, em Itu. Código: 46080

A maior procura tem sido por condomínios de alto padrão a um raio de até 100 quilômetros da cidade de São Paulo, como Fazenda da Grama, Boa Vista, Baronesa e Terra de São José. Em segundo lugar, estão os imóveis da Serra Fluminense, especialmente em Itaipava. 

“A pandemia forçou as pessoas a ficarem em casa e a se conectarem ainda mais com esse espaço”, diz Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s International Realty. “Isso fez com que muitos repensassem totalmente o seu lar, especialmente com a nova realidade do trabalho remoto, valorizando mais os espaços externos e o contato com a natureza. Em questão de meses, muitos de nossos clientes passaram a priorizar muito mais o espaço e as áreas verdes em relação à localização central”. 

Casa no condomínio Terras de São José, em Itu. Código: 59811

A Praia da Grama também figuram entre os mais buscados pelos clientes da imobiliária. Os lotes de 2.200m² a 3.300m² custam a partir de R﹩ 1,7 milhão. O empreendimento, que promete ser o primeiro condomínio do mundo a unir hípica, golfe e praia artificial, com ondas de até dois metros e areia branca que não esquenta, fica localizado a 45 minutos de São Paulo. As vendas são exclusivas da BNSIR . 

A empresa também tem visto um aumento nos preços desses empreendimentos. Desde o início da pandemia, o valor de lotes e residências de campo aumentaram cerca de 35%. Em alguns casos, chegaram a 50%. 

Autoconstrução e mercado imobiliário mantém aquecida a venda de cimento

Com um primeiro semestre bastante imprevisível, a indústria continua observando com atenção o comportamento do consumo de cimento no país, que se manteve aquecido também no mês de julho. 

Apesar de um primeiro trimestre do ano com registro de queda pela demanda do produto em virtude das fortes chuvas de janeiro e fevereiro e do início do isolamento social e das restrições de circulação em março, foi no segundo trimestre que o setor começou a notar a retomada do consumo. O mês de abril, ainda que negativo, teve resultado melhor do que o projetado e um surpreendente crescimento a partir de maio e junho impulsionando os resultados do primeiro semestre. O mês de julho manteve à mesma performance positiva do setor . 

O motivo: a autoconstrução (residencial e comercial) e a continuidade de obras do setor imobiliário, as mesmas razões dos últimos meses. Atualmente, esses vetores de consumo respondem por aproximadamente 80% da demanda no país e colaboraram com as vendas do cimento no mercado interno, que atingiram em julho 5,9 milhões de toneladas, um crescimento de 18,9 % em relação ao mesmo mês de 2019 . 

No acumulado do ano (janeiro a julho), os números também foram positivos, chegando a 32,9 milhões de toneladas, um aumento de 6,5% comparado ao mesmo período do ano passado. Ao se analisar a venda de cimento por dia útil em julho, 235,6 mil toneladas, a curva também é crescente, com aumento de 2,4% sobre junho deste ano e de 18,6 % em relação ao mesmo mês de 2019. 

No caso da autoconstrução, o fato dos lares se transformarem ao mesmo tempo em local de trabalho e de lazer somado ao aumento da permanência das pessoas nesses espaços despertaram a vontade em promoverem pequenas melhorias em suas casas. Em paralelo, aproveitando a paralisação forçada pela pandemia, micro e pequenos empresários também resolveram executar as reformas e manutenções de maior monta em seus estabelecimentos a fim de se prepararem para a retomada das atividades e se adequarem ao novo cenário – conforme demonstram indicadores de vendas de lojas de materiais de construção¹, que seguem com crescimento na casa de dois dígitos há mais de três meses. 

Com relação ao mercado imobiliário, a retomada das obras dos empreendimentos imobiliários segue a todo vapor. De acordo com pesquisas do setor², apenas 2,9% das obras permanecem paralisadas e cerca de 63 mil trabalhadores estão ativos nos canteiros de obras de todo país. 

Apesar da preocupação com as incertezas que cercam a construção civil no segundo semestre, principalmente pela ausência de novos lançamentos imobiliários e o aumento do desemprego, enxergamos o desempenho do setor até agora, de forma bastante positiva. Seguimos em uma trajetória ascendente que se iniciou em 2019 depois de quatro anos de queda, uma capacidade ociosa acima dos 45% e fechamento de 20 fábricas e dezenas de fornos acarretando numa brutal queima de capital. Esta recuperação ainda é pouco perto do prejuízo acumulado, mas já enxergamos um novo momento para a indústria do cimento no país” 
Paulo Camillo Penna – Presidente do SNIC 

INFORMAÇÕES DETALHADAS 

PERSPECTIVAS 
Um ano cada vez mais incerto 
A ausência de novos lançamentos e o baixo nível de estoque de empreendimentos imobiliários no país, somados a ausência de grandes obras de infraestrutura continuam sendo a preocupação do setor e que impede uma visão mais consistente para a indústria até o final do ano. 

Será preciso analisar os efeitos da pandemia de COVID-19, da continuidade ou não do benefício de renda extra do Governo Federal, do comportamento dos dados de desemprego que mostram uma preocupante tendência de aumento³, além da confiança de empreendedores e consumidores para ter visão mais clara de toda a situação, principalmente para o último trimestre do ano. 

A instituição do Marco Legal do Saneamento e uma aprovação da Reforma Tributária podem abrir caminho para novos investimentos na economia e consequentemente fomentar o consumo de cimento, principalmente em 2021. 

De imediato, voltar os olhos aos investimentos em infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento econômico do país. Se isso não acontece, faltam empregos, a inflação sobe (como consequência da alta no valor dos itens, puxada pela lei da oferta e da procura) e todas as operações comerciais são prejudicadas. Por isso, é imprescindível que os projetos saiam do papel e as obras sejam retomadas. 

Outro ponto relevante está na definição do Governo Federal em relação ao novo programa habitacional. Temos acompanhado de perto e aguardamos com grande expectativa o lançamento do “Casa Verde Amarela” que deverá alavancar com mais força o mercado imobiliário e de reformas, e reiniciar para os próximos dois anos obras de mais de 100 mil unidades habitacionais que até então estão paralisadas. 

Todo esse encadeamento precisa acontecer e estar na pauta da agenda do governo, pois além de ser importante para toda a cadeia da construção será vital para alavancar a geração de empregos e renda, no momento que é anunciado um acréscimo do desemprego no país de 12,2% para 13,3% em junho. Somente a indústria do cimento é responsável por mais de 70 mil empregos (para cada emprego direto é gerado 4 indiretos), gera uma renda de R﹩ 26,4 bilhões ao ano e uma arrecadação líquida anual de R﹩ 3 bilhões em tributos. 

1. Boletim- Cielo-varejo 
2. ABRAINC 
3. Caged 

Dois terços dos varejistas da construção já fazem vendas remotas

Pesquisa realizada pela Juntos Somos Mais – maior ecossistema do varejo da construção civil, que contempla mais de 75 mil varejistas e mais de 20 empresas do setor da construção, aponta que 86,3% dos proprietários de lojas de materiais de construção em todo o país acreditam que vão passar pela crise com algum impacto, mas sem problemas maiores. 

Com objetivo de aprofundar e entender ainda mais o cenário brasileiro em relação ao setor da construção civil, a Juntos Somos Mais ouviu 1.456 proprietários de todas as regiões brasileiras entre os dias 12 e 16 junho para entender o funcionamento das lojas de materiais de construção civil ao longo das diferentes localidades brasileiras durante a pandemia. 

O setor da construção civil foi considerado essencial em diversas regiões do país. Dessa forma, poucas lojas estavam totalmente fechadas em maio (4,5%). No mês de junho, com a flexibilização do isolamento social em várias regiões do Brasil, o número caiu (1,2%). Entretanto, o maior destaque vai para a quantidade de lojas totalmente abertas, isto é, sem restrição de horário de atendimento (+19,3 p.p em junho vs maio). 

Em maio, as lojas totalmente abertas representavam 56,0% enquanto as lojas abertas com redução de horário era de 39,5%. Já em junho, as lojas totalmente abertas passou para 75,3% e as lojas operando com redução de horário para 23,5%. Apesar de a maior parte das lojas estarem abertas e funcionando normalmente, a maioria está realizando controle de acesso: cerca de 79,2% estão funcionando com restrições. 

Mesmo com a maior abertura das lojas, os diferentes formatos que o varejista encontrou para para vender durante a crise seguem ganhando espaço. Em maio, 43.6% das lojas possibilitaram a compra remota com entrega e em junho, esse número saltou para 60,6%. A compra remota com retirada na loja era oferecida apenas em 11,9% das lojas em maio e passou para 30,9% em junho. 

Consequentemente, o telefone e principalmente o WhatsApp ganharam relevância quando comparado com o período pré-COVID. Antes da pandemia, o principal canal de vendas em 90% das lojas era o cliente presencial, seguido por 4,8% do telefone e 3,8% do WhatsApp. Após a pandemia, a venda presencial caiu para 60,4% enquanto o WhatsApp assumiu o segundo lugar com 20,3% e o telefone aumentou para 17,0%. 

Em relação ao futuro da loja, foi percebido um forte crescimento no número de proprietários (86,3%) que não veem forte impacto no negócio: cerca de 43,1% acreditam que vão atravessar a crise com problemas graves, 43,2% acredita que sofrerá algum impacto, mas sem maiores problemas. 

Quando perguntados sobre o impacto da pandemia no faturamento de 2020, 60,6% enxergam que não haverá impacto no faturamento em 2020 – um crescimento de quase 40 pontos percentuais na comparação com a pesquisa de maio. O otimismo com relação ao volume de vendas do ano está presente em todas as regiões do País, sendo que o maior crescimento dessa percepção está no Nordeste, que viu um salto de 45,7 pontos percentuais na proporção de proprietários que preveem 2020 sem impactos. 

A projeção positiva por parte dos proprietários de lojas de materiais de construção é refletida também na quantidade de varejistas que apontaram não ter precisado tomar crédito até o momento. A pesquisa aponta que 61,5% dos lojistas não precisaram de auxílio de crédito. Entretanto, dos 38,5% restantes, apenas 39,0% destes conseguiram captar nas condições que precisavam; 20,9% captaram em condições desfavoráveis, 30,5% desistiram por conta de condições “não aceitáveis” e 9,6% tiveram sua solicitação reprovada. 

A evolução da confiança na continuidade do negócio e a perspectiva de crescimento demonstra a forte resiliência que o setor da construção civil obteve em relação aos impactos da COVID 19 no país. “A construção civil passou cinco anos com decréscimo do PIB e o varejo aprendeu a viver na crise, tornando-o mais preparado para enfrentar esse momento. Há muita resiliência e criatividade no setor, mas há muito ainda o que fazer, especialmente na digitalização do varejo”, comenta Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais. 

Housi e Flatmatch firmam parceria para conectar moradores

A Housi, primeira plataforma de moradia por assinatura do mundo, 100% digital e sem burocracia, anuncia parceria com a Flatmatch, aplicativo que conecta pessoas interessadas em compartilhar um mesmo imóvel, com o objetivo plugar grupos de locadores aos imóveis administrados pela Housi na capital paulista. 

Usando inteligência de dados, a startup faz um match duplo, coletando dados de preferências de pessoas e de que tipo de imóvel buscam. A partir dessas duas informações, do flatmate e do imóvel, acontece o cruzamento no algoritmo desenvolvido pela Flatmatch. 

A parceria é um reflexo da demanda do mercado e, principalmente, do novo conceito de moradia, que busca dividir espaços, socializar e compartilhar momentos. “O mundo hoje funciona por demanda. As pessoas não querem mais ter a posse e sim a experiência, e o compartilhamento faz parte nessa nova forma de viver”, explica Alexandre Frankel, CEO da Housi. 

Apenas em São Paulo, a Housi administra mais de 5 mil unidades. Os imóveis estão localizados na rua Bela Cintra, em São Paulo, onde fica a flagship da Housi, além de unidades pulverizadas em cerca de 200 empreendimentos de outras incorporadoras, situados em diversos bairros da cidade. A plataforma já contabilizou mais de nove mil locações e 20 mil usuários, desde que foi criada, em 2019. 

Aluguel sem burocracia 

Uma vez que o match entre os moradores acontece, a Housi fica na linha de frente do contato com o locatário, cuidando de qualquer problema relacionado à manutenção, limpeza, e outras questões do dia-a-dia de um imóvel. Ao final do mês, a Housi repassa os valores ao proprietário, descontando o valor da taxa de administração. 

O interessado em alugar um imóvel, basta acessar o site da Housi, selecionar o imóvel, o período de estadia, realizar o pagamento via cartão de crédito e, claro, se hospedar. Todos os apartamentos administrados pela Housi estão disponíveis para locação digitalmente. As unidades seguem um padrão da empresa, mobiliadas e equipadas com cooktop, geladeira, cama, sofá, wifi e TV a cabo. Possuem infraestrutura e serviços pay per use com atendimento 24 horas por dia e limpeza semanalmente. 

Os moradores da Housi também podem contar com um ecossistema de parceiros que proporcionam experiências e serviços que otimizam o tempo, trazem mais agilidade e proporcionam economia por meio dos descontos acordados. São mais de 20 empresas parceiras, entre elas: Apptité, BTFit, Docway, ifood, Grow, Lev, Singu e Turbi. 

Além de São Paulo, a Housi tem operações em Porto Alegre, Fortaleza, Goiânia, Rio de Janeiro, Recife e Curitiba, com foco em moradia por assinatura. O valor de mercado dos imóveis geridos em sua plataforma giram em torno de R﹩ 3,5 bilhões. A expectativa da startup é chegar R﹩ 10 bilhões até o fim do ano. 

MRV e Vedacit lançam desafio para construtechs voltadas para realidade aumentada na construção civil

O setor de construção civil avança cada vez mais em busca de novas tecnologias para melhorar a performance das obras. Esse é um dos objetivos centrais da parceria entre dois grandes players do setor: a MRV e a Vedacit.

A MRV, plataforma de soluções habitacionais líder da América Latina, e a Vedacit, líder no mercado de impermeabilização, lançam um Programa de Aceleração de Construtechs para buscar tecnologias focadas em realidade aumentada nos canteiros de obras. 

O objetivo do desafio “Realidade aumentada na construção civil” é fomentar o desenvolvimento de uma solução capaz de integrar com o modelo BIM – Building Information Modeling – (Modelagem de Informações da Construção), permitindo melhor comunicação e interpretação desse sistema. A implantação da realidade aumentada em escala é um enorme desafio, mas agrega valor dentro da cadeia produtiva e impacta diretamente os clientes. 

O Programa de Aceleração é focado na aplicação dessa tecnologia em três grandes fases de atuação da MRV: pré-obra, obra e pós-obra. As construtechs devem apresentar soluções que, além de contribuir com uma melhor visualização do projeto, tragam uma colaboração efetiva para execução do serviço com eficiência e qualidade.

As startups escolhidas receberão mentorias específicas, por meio de encontros mensais com mentores da Vedacit. Terão também acompanhamento semanal pela equipe de gestão do Vedacit Labs (Programa de Inovação Aberta da Vedacit) e acompanhamento quinzenal da MRV para desenvolvimento e avaliação da solução.

“O mercado de construção civil é um dos menos industrializados. Por isso, existe a necessidade inerente de investimento em soluções capazes de preencher essa lacuna. Unir forças com a MRV nos ajuda a alcançar novos patamares nesse processo”, diz Luis Fernando Guggenberger, executivo de Inovação e Sustentabilidade da Vedacit.

Flavio Vidal, Gestor Executivo de Inovação da MRV, conta que a inovação é um dos pilares dos negócios da MRV, que tem investido robustamente nesse sentido. “Estamos sempre pensando em como inovar e como nos aproximar ainda mais desse ecossistema. Parcerias como essa contribuem para esse objetivo e demonstra o quanto podemos impactar todo o setor. Este é mais um desafio MRV lançado às startups, para pensarmos juntos em soluções para melhorar nossos processos e elevar a construção civil”.

A construtech interessada em participar do desafio “Realidade aumentada na construção civil” deve acessar o site mrv.com.br/inovacao e se inscrever até 28 de agosto.

PRAZOS DO DESAFIO:Inscrições: até 28 de agosto pelo link mrv.com.br/inovacaoAvaliação das inscrições: de 31 de agosto a 4 de setembroAnúncio das selecionadas: 2 de outubroInício do Programa de Aceleração: 5 de outubro