CAIXA vai financiar imóveis de até R$ 350 mil pelo Minha Casa, Minha Vida

Novo limite para financiamentos com recursos do FGTS é válido em todo território nacional

A CAIXA vai implementar as medidas do novo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), anunciadas pelo Conselho Curador do FGTS, a partir de 7 de julho. Dentre as novas condições, destaca-se a possibilidade de financiamentos de imóveis de até R$ 350 mil, para famílias da faixa 3, com renda de até R$ 8 mil. Antes, o valor máximo para essa faixa era de R$ 264 mil.
 

O subsídio para complementação da compra do imóvel pelo Programa também aumentou. O valor máximo, que antes chegava a R$ 47,5 mil, agora é de R$ 55 mil, de acordo com fatores populacionais, sociais e de renda.
 

“A CAIXA, como executora das políticas habitacionais do Governo Federal, firma mais uma vez compromisso com a reconstrução do país e a melhoria da qualidade de vida da população. As contratações com as novas condições do Minha Casa, Minha Vida estarão disponíveis já no próximo mês, nas agências do banco e também nos correspondentes da CAIXA em todo país”, enfatiza Maria Rita Serrano, presidenta do banco.
 

Para famílias das Faixas 1 e 2, com renda de até R$ 4.400,00, o limite do valor do imóvel passa a variar entre R$ 190 mil e R$ 264 mil, a depender da localidade do imóvel, conforme tabela abaixo:

Ampliação da faixa de renda:

A Faixa 1 do programa, antes destinada a famílias com renda de até R$ 2 mil, passa a contemplar famílias com renda de até R$ 2.640,00, permitindo que mais pessoas possam ter acesso aos financiamentos e aos descontos com recursos do FGTS.

“Vivemos em um país com profundas desigualdades, onde quem precisa de habitação é uma maioria que tem uma renda média de menos de R$ 3 mil. Um resultado importante do Programa foi ter criado mercado para essa parte da população”, lembra a vice-presidenta de Habitação da CAIXA, Inês Magalhães.

“A ampliação da Faixa 1, voltada para população de menor renda, com limite até R$ 2.640, reforça as ações do Governo Federal, do Conselho Curador do FGTS e da CAIXA para reduzir o valor de entrada desse grupo e facilitar o acesso à moradia própria”, completa.

Dentro das novas condições, está a redução em 0,25 p.p. das taxas de juros oferecidas para famílias com renda de até R$ 2 mil. Nas regiões Norte e Nordeste, passou de 4,25% para 4% a.a. e nas demais regiões de 4,50% para 4,25% a.a.

Crédito imobiliário na CAIXA:

Para conhecer as linhas de financiamento habitacional, fazer simulações sobre a melhor opção, e obter informações sobre comparativo de taxas, os clientes podem acessar o site do banco ou o Aplicativo Habitação CAIXA, disponível gratuitamente para os sistemas operacionais Android e iOS.

Parede de concreto é solução para programas habitacionais

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) acaba de aumentar o subsídio para unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e reduzir a taxa de juros para famílias de baixa renda do programa. As novas regras que devem ser implementadas no mês de julho, podem impulsionar os investimentos em construção civil e infraestrutura no país.
 

Na região Nordeste, por exemplo, o mercado já está buscando por soluções que possam reduzir custos, evitar desperdícios e, por consequência, acelerar as obras e a entrega das unidades.
 

Para a construção dos conjuntos habitacionais, uma tecnologia que tem ganhado destaque devido à rapidez e competitividade é uso de paredes de concreto. Trata-se de um sistema construtivo in loco (ou seja, são utilizadas formas montadas no local da obra e preenchidas com concreto dosado em central) -, com instalações elétrica e hidráulica, já montadas e embutidas.
 

Pensando nisso, a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (ADEMI-PE), o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco (SINDUSCON – PE) e a ABCP uniram esforços dentro do programa Comunidade da Construção, para promover o uso da parede de concreto como uma excepcional solução em construções populares como o MCMV.
 

Além disso, devido a demanda das construtoras por formação de mão de obra, no Nordeste a ABCP formatou um curso de qualificação de mão de obra para montador de parede de concreto, atendendo a crescente demanda das construtoras locais. O sistema construtivo vem sendo cada vez mais utilizado devido a velocidade de execução, pois é três vezes mais ágil para construir do que o sistema convencional de estruturas de concreto, permitindo utilizá-lo como solução em projetos com prazos apertados e alta repetitividade.
 

Por todos esses motivos, a indústria de cimento tem procurado estimular e apoiar cada vez mais o uso da parede de concreto, assim como outros sistemas construtivos à base de cimento em programas habitacionais para contribuir para a redução do déficit habitacional brasileiro.

INCC-M varia 0,85% em junho

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) variou 0,85% em junho, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice variara 0,40%. O INCC-M acumula alta de 2,19% no ano e de 4,29% em 12 meses. Em junho de 2022, o índice havia subido 2,81% no mês e acumulava alta de 11,75% em 12 meses.
 

A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,06% em maio para -0,09% em junho. O índice referente à Mão de Obra subiu 1,81% em junho, ante 0,75% em maio.

Materiais, Equipamentos e Serviços
 

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos caiu 0,15% em junho, ante queda de 0,06% no mês anterior. Dois dos quatro subgrupos componentes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para instalação, cuja taxa passou de -0,23% para -1,09%.

A variação relativa a Serviços passou de 0,64% em maio para 0,18% em junho. Neste grupo, vale destacar o recuo da taxa do item vale transporte, que passou de 4,49% para 0,31%.
 

Mão de obra

A taxa de variação referente ao índice da Mão de Obra subiu 1,81% em junho, ante 0,75% em maio.
Capitais
 

Três capitais apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Brasília, Recife e São Paulo. Em contrapartida, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

Quais as vantagens de alugar um apartamento semimobiliado?

Por Jorge de Moraes, Diretor de Operações da Vila 11
 

Para tratarmos sobre o tema macro deste artigo, antes acredito que seja relevante entendermos o contexto que vivemos atualmente. Para isso, quero destacar as características essenciais de duas gerações: a Geração Y e a Geração Z. Os primeiros são nascidos entre os anos 1980 e 1990 e considerados a geração da liberdade e inovação.

Em linhas gerais, os Y, também conhecidos como Millennials, estão sempre conectados, pois se desenvolveram em meio a diversos tipos de avanços tecnológicos. São pessoas que buscam por novas tecnologias, têm a habilidade de serem multitarefas e buscam o sucesso e ampliação do conhecimento.

Logo em seguida, temos os Gen Z. Essa geração, dos nascidos entre 2000 e 2010, é a considerada mais imersa no mundo tecnológico pois nasceu já imersa na era digital e cresceu com acesso a smartphones, mídias sociais, streaming de vídeo e outras tecnologias avançadas. São, em linhas gerais, jovens práticos e que buscam pelo equilíbrio das necessidades financeiras e enriquecimento pessoal.

Com a chegada ao mundo adulto, essas duas gerações começaram a demandar drásticas mudanças comportamentais em toda a sociedade, e o mercado imobiliário não foge à regra. Com necessidades cada vez mais específicas e que ofereçam mais agilidade, praticidade, conforto e segurança, a geração Z e os Millennials não têm mais o interesse de comprar uma casa própria, diferente dos seus pais que, na maioria das vezes, era um objeto de vida. Por isso são, muitas vezes, chamados da “geração ser e não ter”, já que optam por alugar grandes bens, como imóveis e carros, ao invés de comprar e também há um grande aumento de procura por apartamentos semimobiliados.

O termo “semimobiliado” refere-se a um imóvel que já possui alguns móveis e eletrodomésticos essenciais, como armários embutidos, cooktop, box de vidro, geladeira, entre outros.

Esse modelo de residência ganha cada vez mais adeptos de tais gerações e podemos listar algumas das vantagens de quem aposta nele. Uma delas é a economia de investimento. Geladeira, fogão, sofás e outros móveis de maior porte costumam ser a parte mais cara de quem está montando um novo lar. Portanto, optar por um apartamento semimobiliado é uma vantagem mais econômica e que também facilita a vida do morador.


Além disso, apartamentos semimobiliados trazem mais praticidade na mudança, esta que sempre exige dedicação e organização. Geralmente os móveis pesados já estão no novo apartamento e por isso, o processo se torna mais fácil. Basta, portanto, que moradores levem alguns dos pertences e aproveitem o novo espaço.

Outro ponto benéfico é que existem apartamentos semimobiliados para alugar que possuem contratos de longa permanência (mínimo de 12 meses) e curta permanência (mínimo 1 mês), realizados no ambiente digital, algo que acompanha as novas gerações que são mais flexíveis e que mudam de casa com mais frequência por causa do emprego, novas experiências, entre outros.

Também é importante destacar que diversos apartamentos semimobiliados para alugar se concentram em regiões estratégicas das cidades, ou seja, estão próximos de metrôs, vias públicas, parques, entre outros. Assim, isso é algo ainda mais atrativo para as novas gerações. Esse movimento aconteceu porque as incorporadoras e construtoras perceberam a nova demanda e criaram opções para atender esse público.

Em resumo, alugar um apartamento semimobiliado oferece diversas vantagens para o consumidor. Desde a economia de tempo e dinheiro até a liberdade de escolha e personalização, essas opções permitem que o inquilino tenha mais controle sobre o ambiente em que irá viver, reduza riscos e se adapte facilmente a diferentes circunstâncias. Para aqueles que buscam flexibilidade e praticidade, o aluguel de apartamentos semimobiliados se apresenta como uma escolha cada vez mais sedutora.

Assim, posso concluir que o aluguel de um apartamento semimobiliado é uma tendência e deverá seguir crescendo a procura deste tipo de moradia nos próximos anos. Em São Paulo, regiões como Vila Mariana, Bela Vista e Paraíso são alguns exemplos ricos em oportunidades interessantes e que devem atrair cada vez mais pessoas.

Novo registro eletrônico transforma cadeia imobiliária e movimenta R$ 2,1 bi em transações

Em parceria com a CERC — infraestrutura de mercado registradora especializada em recebíveis —, o Sienge — plataforma de gestão líder na Indústria da Construção —, concluiu o primeiro registro de recebíveis imobiliários realizado pelo sistema integrado a um ERP (Enterprise Resource Planning). A iniciativa, que já movimentou R$ 2,1 bilhões em transações, contou com a Construtora Patriani, que disponibilizou toda a sua base de contratos de compra e venda para a realização dos registros integrados e, com isso, passou a ser a primeira construtora do Brasil a ter os registros de seus empreendimentos emitidos de forma automatizada pela integração realizada pelo Sienge com a CERC.

Essa iniciativa tem o objetivo de facilitar o funcionamento do atual processo, permitindo que os desenvolvedores imobiliários eliminem os trabalhos operacionais de registro e levantamento de informações por meio de tecnologia e integrações nativas entre os seus sistemas e as soluções da CERC e do Sienge. A nova proposta apresentada permite uma atuação que facilita a rotina das incorporadoras e construtoras, simplificando todo o processo de cadastramento e manutenção dos recebíveis, de forma a torná-los mais automatizados e seguros.

A ação partiu de um movimento estratégico da registradora CERC, que ao considerar as obrigatoriedades previstas na Resolução nº 5.055, expedida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), antecipou-se ao oferecer a possibilidade de atender as incorporadoras e construtoras que almejam se adequar às novas normas antes da legislação entrar em vigor. “Estamos liderando essa inovação para o setor imobiliário. A CERC se mobilizou para desenvolver uma solução que atendesse às necessidades da indústria da construção civil e de seus financiadores, inclusive firmando parcerias com os ERPs líderes do setor, como o Sienge. Acreditamos firmemente no poder transformador desse novo modelo, viabilizando uma oferta de crédito ampliada e acelerando o desenvolvimento habitacional, por meio do registro centralizado dos recebíveis na CERC”, comenta Fernando Fontes, CEO da CERC.

Segundo Guilherme Quandt, Diretor de Estratégia da Unidade da Indústria da Construção da Softplan, empresa desenvolvedora do Sienge, a iniciativa garante ao setor uma realidade mais integrada e com maior previsibilidade e transparência — três grandes desafios do mercado de construção civil no país. “O registro imobiliário é um passo importante no objetivo conectar todos os entes dessa cadeia: o player de tecnologia, espinha dorsal no dia a dia da gestão da construtora; a instituição financeira que oferece o crédito; e o empreendedor, construtora ou incorporadora que fazem uso desse crédito, que passa a ser mais barato e ter um acesso menos burocrático”, explica o executivo.

Para a Patriani, a solução é inovadora e transformadora. Estão em processo de registro os recebíveis de 2.545 unidades, que correspondem a 18 empreendimentos da construtora. Em Valor Geral de Vendas (VGV), foram movimentados R$ 2,1 bilhões, o que equivale a 57% de sua receita total.

“A Patriani é uma empresa que tem em sua raiz pensar além dos tempos e modernizar constantemente seus processos, a fim de se diferenciar no mercado. Estamos felizes em ser pioneira deste projeto tão relevante para a automatização do registro de recebíveis imobiliários, nesta importante integração do ERP Sienge e a CERC como registradora. Isso reforça sempre a cultura da Patriani em ser diferente e inovadora, divulgando as informações aos stakeholdores envolvidos na cadeia de maneira segura, eficaz e com ganho de eficiência operacional para todos os envolvidos no processo. Além disso, gera-se mais confiança nos dados apresentados para análise dos comitês de crédito, ganhando mais visibilidade e escala”, destaca Thais Mucédola, superintendente de Finanças da Construtora Patriani.

Como é feito o registro de recebíveis imobiliários via software de gestão?

Integrado à CERC, a plataforma Sienge permite que as informações cadastradas nele por seus clientes sejam enviadas de forma automatizada para o sistema da registradora. Dentro do software, nas páginas de cadastro dos empreendimentos, as construtoras e incorporadoras encontram os campos de preenchimento de dados exigidos no registro de recebíveis imobiliários. São informações como unidades do empreendimento, contratos de venda com clientes e fluxo financeiro. Por conta da conexão entre sistemas, os registros podem ser realizados em lote com apenas um clique. Após o envio, o gerenciamento e o acompanhamento também são facilitados e integrados à gestão da empresa dentro do Sienge, deixando o processo mais simples e ágil.

Grupo SmartS e MPD Engenharia inauguram novo canal de vendas e atendimento nos empreendimentos

O Grupo SmartS, especializado em tecnologias voltadas para incorporadoras, e a MPD, construtora e incorporadora há mais de 40 anos, inauguram um novo padrão de geração de leads e atendimento em estandes de venda de empreendimentos imobiliários. A possibilidade de contato via WhatsApp foi implementada no empreendimento Reffugio 359, localizado em São Paulo (SP). A expectativa é expandir o projeto para todos os próximos lançamentos da incorporadora.

Segundo a construtora, o relacionamento com os clientes mudou muito nos últimos anos devido à digitalização e a cultura da omnicanalidade. “Um dos principais focos da MPD é garantir a melhor experiência ao cliente, desde o primeiro contato em busca do empreendimento, até a entrega do imóvel e o pós-venda. Com esse olhar atento às necessidades e comportamentos do consumidor, optamos por buscar e implementar uma solução capaz de atendê-los nos canais de sua preferência. Obviamente, sem deixar de lado a segurança das informações e análise de dados, que nos leva a desenvolver produtos cada vez mais customizados. Essa é a realidade em várias indústrias e no segmento imobiliário”, explica Vanessa Almeida, coordenadora de marketing na MPD.

“Além disso, a solução é fácil de ser integrada com outros sistemas de CRM, portanto se torna uma ferramenta para melhorar, cada vez mais, a experiência de compra”, pontua a coordenadora. Seu uso está totalmente alinhado com as regras vigentes da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), utiliza criptografia para garantir a segurança dos dados e profissionaliza a utilização do WhatsApp como ferramenta de comunicação entre a recepção do estande e o consumidor, no primeiro atendimento.

Antes, quando um cliente desejava obter mais informações sobre um lançamento imobiliário, as únicas alternativas eram se deslocar até o stand ou entrar em contato por meio de uma ligação telefônica. “O que estamos propondo é algo simples, mas que levará praticidade aos clientes na hora desse primeiro contato. Pensando em proporcionar uma melhor experiência de compra, a MPD é a primeira incorporadora a ter esse serviço, a partir de um projeto sob demanda, desenvolvido exclusivamente para atendê-los”, afirma Ivamar Sousa, fundador do Grupo SmartS. “Desenvolvemos uma solução que permite ao cliente contato via WhatsApp, por meio do envio de texto ou áudio para obter o primeiro atendimento e, posteriormente, ser direcionado ao corretor, o que elimina atritos e encurta a jornada do cliente”, pontua. O canal desenvolvido especialmente para a MPD utiliza ainda recursos de business inteligence para analisar todas essas interações em tempo real e auxiliar os corretores a serem mais assertivos em todo o processo de venda dos imóveis.

ABRAINC lamenta a manutenção da taxa Selic em 13,75%

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) lamenta a decisão do Banco Central manter a taxa Selic em 13,75% e reforça a importância crucial de uma redução na taxa Selic para impulsionar o desenvolvimento econômico do país.

É preocupante constatar que o Brasil detém as maiores taxas de juros reais do mundo (quando descontada a inflação), com uma taxa de 9,4% ao ano, muito acima do segundo colocado, o México, que possui 6,6%. Esses números representam um obstáculo significativo para investimentos e têm um impacto prejudicial na geração de empregos, especialmente para a população de baixa renda.
 

Os impactos negativos da Selic elevada são particularmente severos para os financiamentos imobiliários do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A taxa de 13,75% inviabiliza a aquisição de imóveis para milhares de famílias, uma vez que os altos juros resultam em um aumento exorbitante de 23% nas parcelas do financiamento.
 

Além disso, a manutenção da Selic em 13,75% também contribui para o aumento da inadimplência das empresas, sendo alarmante o fato de que aproximadamente 6,5 milhões delas estão negativadas, conforme dados do Serasa. O cenário também demonstra um crescimento preocupante nos casos de empresas em recuperação judicial (40%) e falências (30%).
 

Diante desses dados, a ABRAINC reitera a importância de uma redução na taxa Selic como medida essencial para impulsionar o desenvolvimento econômico do Brasil, estimular investimentos, criar empregos e proporcionar moradia digna para a população brasileira.

Bresco recebe selo LEED Gold do Green Building Council

A Bresco, maior desenvolvedora e gestora brasileira de empreendimentos logísticos de alto padrão, acaba de receber o selo LEED Gold para um de seus ativos, o Bresco Henry Ford Osasco, que ocupa um terreno de 30 mil m2localizado na cidade de Osasco – SP, próximo à Marginal Tietê. Esta é a oitava certificação LEED que a empresa recebe do Green Building Council – Brasil, representante nacional do movimento global presente em mais de 80 países.
 

No caso do Bresco Henry Ford Osasco, a companhia vislumbrou a possibilidade de revitalizar uma área previamente contaminada e oferecer ao mercado um empreendimento sustentável e de uso seguro. De acordo com Fernando Pereira, Diretor de Engenharia da companhia, foi realizado um processo minucioso de análise no terreno para obtenção do Termo de Reabilitação para Uso Declarado pela CETESB, e depois conquistar a pontuação máxima no quesito Remediação da Terra na certificação LEED do GBC.
 

“Realizamos a coleta e análise de mais de 500 amostras de solo, movimentamos cerca de 1,6 mil toneladas de matéria contaminada, para depois substituir por solo adequado. Além disso, houve necessidade de monitoramento contínuo das águas subterrâneas e da intrusão de vapores”, conta Pereira.
 

O projeto também buscou a economia de recursos naturais. O consumo de água potável no imóvel é 95% menor comparado a galpões logísticos padrão. Idem para o consumo de energia elétrica que é 40% inferior. “No nosso empreendimento, 100% da água de reuso é destinada para a irrigação, e a geração de energia renovável corresponde a quase 20% do consumo projetado”, comenta o diretor da empresa.
 

O imóvel obteve pontuação máxima também no quesito inovação por conta da redução do consumo de água nas dependências internas, e no descarte de resíduos de construção e demolição – apenas 10% do entulho foi levado a aterros sanitários. Destaque também para a gestão de demanda energética, com o uso de lâmpadas de baixo teor de mercúrio, por meio de sistema luminotécnico baseado em lâmpadas LED.
 

“A Bresco possui larga experiência em certificação internacional Green Building e, neste sentido, podemos afirmar que a experiência dos profissionais e parceiros da companhia proporcionam um nível técnico que viabiliza a inserção de tecnologias. Dessa forma, a certificação por si só se tornou uma consequência”, comenta Felipe Faria, CEO do Green Building Brasil.
 

Para consolidar o reconhecimento do órgão certificador, a Bresco contou com o apoio da OTEC, consultoria que orienta a equipe envolvida no projeto e na execução da obra. São feitas simulações computacionais, análises de ciclo de vida e do comissionamento dos sistemas prediais. Segundo David Douek, diretor geral da OTEC, o alinhamento estratégico entre as empresas é um dos primeiros passos trilhados para obtenção do certificado.
 

“Após definir a estratégia de sustentabilidade para o empreendimento, passamos a monitorar a incorporação criteriosa de recursos que tragam resultados tangíveis a todos os stakeholders durante o desenvolvimento do projeto e da obra. O Bresco Henry Ford – Osasco é um ativo cujas características devem ser enaltecidas do ponto de vista da responsabilidade socioambiental”, explica Douek.
 

A Bresco e a Sustentabilidade

Antes mesmo do termo ESG estar em evidência, a companhia já promovia as melhores práticas de governança e ações sociais, além do compromisso com o meio ambiente, refletido nos inúmeros imóveis certificados e demais iniciativas sustentáveis. Além de ser membro fundador do GBC (Green Building Council) Brasil, a Bresco é uma B Corporation desde 2018, tendo conquistado por diversas vezes o título de Best for the World, na categoria meio ambiente.
 

A companhia também é signatária do PRI – Principles for Responsible Investment, iniciativa apoiada pela ONU, que busca promover o investimento financeiro economicamente sustentável e que traga benefícios para todas as partes interessadas. Além de ambientalmente corretos, os empreendimentos da Bresco reconhecidos com os chamados “selos verdes” não fazem bem apenas para o futuro do planeta, mas também para seu negócio.

Multifamily: a nova tendência do setor imobiliário brasileiro

Segundo uma pesquisa da CBRE Brasil, o segmento multifamily está em alta, com 55% das pessoas já investindo nele. A área nada mais é que a locação de imóveis residenciais pertencentes a um proprietário, property company ou grupo investidor; ou seja, diferentemente de um condomínio tradicional, em que as decisões precisam ser tomadas de forma conjunta ou por maioria em reunião de proprietários, nesse mercado tudo é decidido de forma centralizada, permitindo uma gestão profissional, com maior agilidade, planejamento, ganho de escala, padronização, garantia de qualidade e alto luxo.

Há algumas razões para o aquecimento do setor nos últimos anos. De acordo com Alfredo Gulin, CEO da AG7, incorporadora de wellness building do país com foco em alto luxo, as transformações significativas derivadas de movimentos sociais e econômicos que encareceram os imóveis são as maiores delas. “Houve uma mudança na mentalidade sobre a forma de morar, com uma maior valorização da flexibilidade e da mobilidade. As opções multifamily não apenas possuem essas características, como também atendem às necessidades e preferências dos moradores de maneira geral”, diz.

Além dessa rapidez na tomada de decisão e da própria centralização de despesas, a facilidade da rotina com serviços que agregam na otimização do bem-estar também contribui para o crescimento do segmento. “O target de alto padrão possui uma rotina intensa, muitas vezes com uma escassez de tempo para se exercitar e ter momentos de relaxamento. Portanto, essa nova fase do mercado imobiliário transporta as preocupações dos moradores para outras variáveis, já que a habitação passa a ser voltada para a saúde, liberdade de escolha e gestão qualificada do tempo deles”, explica o executivo.

O multifamily no Brasil veio para ficar?

Ainda que o período de estadia em imóveis multifamily no Brasil varie de 3 a 30 meses, o segmento tem demonstrado um número crescente de investidores institucionais e alta procura, como fundos de investimento e fundos de pensão, justamente porque reconhecem um potencial de retorno a longo prazo e a estabilidade do setor. Um deles é o JFLL11, da JFL Realty, empresa que realiza operações da categoria no país, assim como constrói empreendimentos desse tipo. 

Além disso, um dos últimos lançamentos da AG7 também se enquadra na nova vertente do mercado imobiliário: o PACE. Com um investimento de R$ 200 milhões, a estrutura de mais de 24 mil m² está localizada no “novo Ecoville”, considerado um dos melhores bairros para se morar em Curitiba atualmente. O projeto é assinado pelo multipremiado Architects Office, escritório liderado por Greg Bousquet e que atua no país e no exterior há mais de duas décadas, e a Realiza Arquitetura, com experiência de mais de 25 anos na área imobiliária curitibana. Já o paisagismo é de autoria do botânico Ricardo Cardim e foi inspirado na Mata Atlântica, com espécies nativas de plantas que “vestem” toda a torre composta por três blocos sobrepostos que oferecem diferentes tipos de plantas e moradias: Mudra, Ardha e Surya.

O empreendimento oferece ao morador diversas terapias em um circuito de SPA, áreas de academia, esportes e recovery e um lugar totalmente conectado à natureza e à otimização do ambiente urbano. Por essa razão, todos os espaços de permanência, como suítes e áreas sociais, voltadas à insolação norte, privilegiam a iluminação e a temperatura de todos estes ambientes. A implantação da torre no terreno também foi pensada para estar no nível mais elevado possível, valorizando a vista do bairro, que é um dos mais altos em relação ao nível do mar.

Gulin ressalta que todas essas características foram planejadas com base no estilo de morar contemporâneo, que envolve menos preocupações administrativas, estadias curtas ou longas e conforto. “queremos potencializar a hotelarização da moradia, levando ao nosso cliente experiências incríveis quando retorna para casa”, afirma. “o trecho Mudra, disponível para o cliente final dentro do conceito multifamily, contará com uma gama de serviços diários embutidos no valor mensal do aluguel. isso possibilitará que os moradores do Ardha e Surya, blocos voltados ao uso exclusivo residencial padrão, tenham estes serviços de hotelaria a sua disposição de maneira a la carte, sem aumentar o valor padrão do condomínio, sendo adicionados de maneira individualizada a mensalidade de cada unidade, somente sob demanda. “o pace é um símbolo da desburocratização imobiliária, em que a pessoa vê o local onde dorme como um verdadeiro lar, não uma estrutura que pode trazer dores de cabeça”, conclui.

Moradias flexíveis ganham adeptos em diferentes regiões do país

Especialista aponta os cinco principais diferenciais do modelo que está ganhando espaço com as novas gerações

Com o avanço das demandas da sociedade moderna, a moradia flexível tem ganhado destaque não só como uma opção viável e benéfica para as pessoas, mas também como uma forma de movimentar todo o mercado imobiliário. Tendência não só para a geração Z, esse modelo de habitação desponta com favoritismo por aqueles que preferem vivenciar experiências e ter maior mobilidade ao invés de comprar imóveis, além de se apresentar como uma solução para hospedar funcionários em trânsito e rentabilizar ativos de incorporadoras. 

Para se ter uma ideia, segundo dados de um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), 70% dos entrevistados não têm preferência por um imóvel fixo, enquanto 82% dos jovens brasileiros, entre 16 e 24 anos, querem experimentar a moradia flexível.

Pensando nisso, Leonardo Morgatto, CEO da Tabas, startup especialista em moradia flexível, lista alguns benefícios desse modelo de moradia e como ela pode se adaptar às mudanças e preferências individuais dos moradores.

  • Liberdade de escolha:

Um dos principais pontos referentes à moradia flexível, é que ela oferece aos indivíduos a liberdade de escolher o local e o estilo de vida que desejam. Por meio de apartamentos já equipados e localizados em locais estratégicos, os moradores têm a possibilidade de selecionar aquele imóvel que melhor atende às suas necessidades, seja em termos de tamanho ou estilo arquitetônico, sem a urgência de adquiri-lo.

  • Mobilidade:

Além disso, uma das principais vantagens da moradia flexível é a mobilidade que ela proporciona. Para aqueles que têm trabalhos itinerantes ou gostam de viajar com frequência, a capacidade de deslocar-se facilmente e levar sua moradia consigo é um benefício significativo. Essa mobilidade é um dos principais diferenciais para os nômades digitais. Para se ter uma ideia, segundo dados do governo brasileiro, em média, o país concede um visto por dia para os considerados nômades digitais.

  • Sustentabilidade:

A moradia flexível também está alinhada aos princípios da sustentabilidade. Muitas opções desse modelo de habitação são projetadas com foco na eficiência energética, utilização de materiais renováveis e tecnologias sustentáveis. Além disso, ao passar por processos de retrofit, que tem virado tendência em grandes centros urbanos como na capital paulista, os empreendimentos deste modelo se tornaram uma alternativa mais sustentável em termos ambientais, uma vez que reaproveita edificações existentes, gerando menos resíduos,  e se mantém alinhados com as diretrizes de revitalização das cidades brasileiras. 

  • Redução de custos:

A moradia flexível pode ser uma opção mais acessível financeiramente para muitas pessoas. Em comparação com a compra ou aluguel de uma casa tradicional, as opções flexíveis geralmente têm custos iniciais mais baixos e menos despesas de manutenção. Além disso, a proximidade de acesso a opções de transporte público e a possibilidade de compartilhar espaços, podem reduzir significativamente os custos de moradia, especialmente em áreas urbanas com alto custo de vida.

  • Estilo de vida personalizado:

Cada indivíduo tem necessidades e preferências diferentes quando se trata de moradia. A moradia flexível oferece a oportunidade de adaptar o espaço de acordo com o estilo de vida pessoal sem que seja necessário realizar mudanças. S

Seja para transformar um ambiente em um escritório em casa, criar espaços multifuncionais ou modificar o layout interno, essa flexibilidade permite que as pessoas personalizem sua moradia de acordo com suas necessidades e gostos individuais.