INCC-M varia 0,21% em fevereiro

O Índice Nacional de Custo da Construção — M (INCC-M) varia 0,21 % em fevereiro, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando o índice variara 0,32%. O INCC-M acumula alta de 0,53% no ano e de 8,76% em 12 meses. Em fevereiro de 2022, o índice subira 0,48% no mês e acumulava alta de 13,04% em 12 meses. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de -0,12% em janeiro para 0,32% em fevereiro. O índice referente à Mão de Obra variou 0,10% em fevereiro, ante 0,77% em janeiro.
 

Materiais, Equipamentos e Serviços

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos variou 0,16% em fevereiro, após queda de 0,26% no mês anterior. Três dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de -0,55% para -0,06%.
 

A variação relativa a Serviços passou de 0,53% em janeiro para 1,10% em fevereiro. Neste grupo, vale destacar o avanço da taxa do item projetos, que passou de 0,18% para 1,87%.
 

Mão de obra

A taxa de variação referente ao índice da Mão de Obra variou 0,10% em fevereiro, após subir 0,77% em janeiro.
 

Capitais

Apenas a capital de Belo Horizonte apresentou decréscimo em sua taxa de variação. Em contrapartida, seis capitais apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Salvador, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo.

Tecnisa vende cobertura de R$ 32 milhões pela Internet

O apartamento duplex de 728 m², localizado na cobertura do Kalea Jardins, empreendimento lançado pela Tecnisa, acaba de ser vendido pelo valor de R$ 32 milhões. Seria uma venda normal de um imóvel, se não fosse pelo fato de que toda a negociação foi realizada de forma online.

A transação teve início pela Internet. Depois de visualizar um anúncio sobre o lançamento do Kalea Jardins, o cliente entrou em contato via aplicativo de mensagens com um dos corretores de imóveis do time de vendas da Tecnisa. Em seguida, o comprador “visitou” o apartamento decorado e as áreas comuns do empreendimento por meio do “Virtureal Experiência 3D”, tour virtual imersivo e interativo lançado pela construtora recentemente.

Para complementar a negociação, o comprador da cobertura fez o cadastro e enviou os documentos necessários via aplicativo de mensagens. A documentação foi automaticamente enviada para a plataforma de análise de crédito da Tecnisa. O processo foi finalizado com a assinatura do contrato via plataforma de gerenciamento de contratos eletrônicos.

Embora ainda seja novidade para muitos compradores, a aquisição online de imóveis vem ganhando força, especialmente depois da pandemia da Covid-19, que impulsionou mudanças de hábitos em todos os segmentos, incluindo o mercado imobiliário. Uma pesquisa realizada pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), lançada em novembro de 2021, apontou que 6% das compras de imóveis feitas em 2020 foram efetivadas totalmente pela Internet, sem a necessidade de o comprador sair de sua casa.

 

“Nossa primeira venda online ocorreu em 2009, pela rede social Twitter, mas acredito que esta foi a primeira vez que negociamos um apartamento de valor agregado tão alto de forma online, o que não é comum no mercado imobiliário. Isso só reforça o legado de inovação da Tecnisa, que sempre marcou a construção civil brasileira”, comemora Fernando Tadeu Perez, presidente da empresa.

Luxo nos Jardins

Lançado em dezembro do ano passado, o Kalea Jardins conta com 27 unidades residenciais de luxo com 368 m² (uma por andar), além do duplex de 728 m² na cobertura. Situado no cruzamento da Alameda Lorena com a Rua da Consolação, nos Jardins, um dos bairros mais nobres de São Paulo, o projeto totaliza um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 380 milhões, participação 100% Tecnisa. A previsão é que o empreendimento esteja pronto no segundo semestre de 2026.

Tour virtual e imersivo

O “Virtureal Experiência 3D” permite que o público “passeie” pelas áreas comuns e apartamentos decorados do Kalea Jardins. Com navegação controlada por tablet, a inovação da experiência está na rapidez e na fluidez, uma vez que as imagens 3D são geradas e renderizadas em tempo real.

Desenvolvido pela MetaOriginal, o tour virtual transmite as imagens de ambientes em um telão posicionado em uma das salas do Kalea Jardins by Tecnisa. O novo estande está situado na esquina da Alameda Lorena com a Rua da Consolação, em São Paulo, mesmo local onde o Kalea Jardins será construído.

Interessados em “passear” pelos ambientes do Kalea Jardins podem ir diretamente ao estande do Kalea Jardins by Tecnisa, de segunda a domingo, das 08h00 às 20h00, desde que haja um corretor disponível para o atendimento. Se optarem por agendar uma visita guiada com um profissional do time de vendas da Tecnisa, basta acessar a página do produto.

Valores dos imóveis em Curitiba fecham acima da inflação em 2022

Segundo o Imovelweb, o aumento no ano passado foi tanto para as propriedades para alugar quanto para compra e venda

Seja para alugar ou comprar, os valores dos imóveis em Curitiba fecharam em alta em 2022, de acordo com o levantamento de dezembro do Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País.
 

No caso do aluguel, 2022 finalizou com alta de 23,2%, bem acima da inflação (5,9%) e do ajuste do IGP-M (5,5%), resultando em uma alta de 17,1 p.p. Em 2021, o índice anual de preços registrou um incremento de 14,5%, contra 5,4% em 2020.
 

Os imóveis à venda também encerraram o ano em alta: 14,5%, o que representa 8,1 p.p. acima da inflação.Os registros anteriores foram de 11,8% de crescimento, no ano passado, e de 7,7% em 2020.
 

Vale ressaltar que, mesmo com a valorização acima da inflação, o mercado imobiliário em Curitiba tem registrado aumento de buscas tanto para locação quanto compra. Além de reforçar a maturidade do setor, a demanda pela aquisição de imóveis mostra que o investimento nesta área é visto como algo seguro e, em muitos casos, mais rentável. 


 

Casa com 3 dormitórios, 2 banheiros, 2 vagas de garagem, churrasqueira e piscina: pesquisa do QuintoAndar revela imóvel dos sonhos dos brasileiros

Uma casa com três dormitórios, dois banheiros (sendo uma suíte), duas vagas de garagem e que tenha, além de um escritório, salão de jogos, salão de festas, piscina, churrasqueira, horta e espaço pet. Para a maior parte da população brasileira, essa é a descrição de seu imóvel dos sonhos. É o que mostra uma pesquisa inédita encomendada pelo QuintoAndar, a maior plataforma de moradia da América Latina.

O estudo aponta que o brasileiro mora, em média, numa casa com dois quartos, com apenas um banheiro e com uma vaga de garagem. A maioria não conta com um espaço para home office nem tampouco uma área de lazer.

Um aumento no número de quartos é tido como o principal desejo da população hoje. Questionados sobre o que não abrem mão caso só possam escolher uma opção para sua casa dos sonhos, 38% citam “quartos” – e outros 21% falam “suíte”. A pesquisa, encomendada pelo QuintoAndar, foi realizada pela Offerwise com 1.500 pessoas em todo o Brasil.

Engana-se, porém, quem acha que o brasileiro almeja morar numa mansão ou numa casa gigantesca. Itens de luxo também não parecem atrair a maioria: 59%, por exemplo, dizem não fazer questão nenhuma de um cinema privativo. A maior parte também não faz questão de brinquedoteca, quadra, elevador, sauna, pomar e portaria 24h.

A pesquisa mostra que a maioria quer mais espaço, mas nada de glamour. Tanto que 73% dos entrevistados dizem que o imóvel ideal não deveria custar mais de R$ 500 mil. Apenas 7% citam um imóvel de mais de R$ 1 milhão como seu sonho de consumo.

Até por isso, mais da metade dos ouvidos (53%) sonha estar vivendo em seu imóvel ideal em “5 anos ou menos”. Só 4% acreditam que nunca conseguirão morar em sua casa dos sonhos.

“A pesquisa reforça que a maioria da população não quer nada suntuoso. Almeja uma casa maior e mais comodidade, algo que atenda suas principais necessidades”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do QuintoAndar. “Esse levantamento traz insights importantes que fazem com que a gente busque os elementos para viabilizar esse sonho das pessoas de conquista de seu imóvel ideal.”

De acordo com os entrevistados, o imóvel dos sonhos é uma casa: 67% citam essa opção, contra 21% que apontam um apartamento e 11% que citam um sítio ou uma chácara. E esse imóvel deve estar na capital para 44% dos ouvidos; 34% preferem o interior ou o litoral.

Segurança, mais espaço e tranquilidade

Segundo o levantamento, os dez principais critérios escolhidos ao decidir por esse imóvel dos sonhos são:

  1. Morar em uma região mais segura: 30%
  2. Sair do aluguel: 25%
  3. Ter espaço externo (como quintal ou varanda): 24%
  4. Morar numa região mais tranquila/silenciosa: 23%
  5. Morar num imóvel com mais espaço ou cômodos: 22%
  6. Um imóvel com melhor infraestrutura: 21%
  7. Ter espaço para lazer (para festas, área de churrasco, playground): 19%
  8. Infraestrutura do bairro melhor (transporte público, escolas, comércio): 19%
  9. Ficar mais perto da família: 15%
  10. Valor do imóvel/condomínio: 14%

A principal dificuldade para conseguir atingir o sonho da casa ideal não é nenhum segredo: dinheiro. De acordo com a pesquisa, 62% citam as condições financeiras como impeditivo. Encontrar um imóvel do jeito desejado (com 10%) e ter um emprego que permita fazer home office/morar onde quiser (com 8%) fecham esse top 3.

A pesquisa também quis saber se a percepção sobre o imóvel ideal foi afetada pela pandemia. Mas 47% dizem que não. Do restante, 28% dizem que sim, que acham que o lar precisa ser maior/ter um quintal ou uma varanda, e 16% consideram que um espaço para ter um escritório é agora essencial.

Metodologia

A pesquisa, encomendada pelo QuintoAndar, foi realizada pela Offerwise, por meio de um questionário online. Foram entrevistados 1.500 homens e mulheres com 18 anos ou mais, de todas as classes sociais, nas cinco regiões do Brasil. O levantamento foi feito de 5 a 12 de dezembro e tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%.

É importante salientar que algumas questões, por permitirem a escolha de mais de uma opção, extrapolam a somatória de 100% nas respostas.

Conheça algumas das características do novo Minha Casa, Minha Vida

O Minha Casa, Minha Vida foi retomado oficialmente nesta terça, 14/2. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou em Santo Amaro (BA) uma Medida Provisória que moderniza o programa habitacional e enfatiza a prioridade ao atendimento da Faixa 1, voltada a pessoas de baixa renda. A intenção do Governo Federal é contratar 2 milhões de obras até 2026.

O programa é voltado para residentes em áreas urbanas com renda bruta familiar mensal de até R$ 8 mil e famílias de áreas rurais com renda bruta anual de até R$ 96 mil. Esse valor não leva em conta benefícios temporários, assistenciais ou previdenciários, como auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Bolsa Família.

A divisão de acordo com faixas de renda é assim:

a) Faixa Urbano 1 – 
renda bruta familiar mensal até R$ 2.640
b) Faixa Urbano 2 – 
renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4.400 e
c) Faixa Urbano 3 – 
renda bruta familiar mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8.000

No caso das famílias residentes em áreas rurais: 

a) Faixa Rural 1 – renda bruta familiar anual até R$ 31.680
b) Faixa Rural 2 – renda bruta familiar anual de R$ 31.680,01 até R$ 52.800 e
c) Faixa Rural 3 – renda bruta familiar anual de R$ 52.800,01 até R$ 96.000

A aposta do Governo Federal com o Minha Casa, Minha Vida é gerar trabalho e renda, promover o desenvolvimento econômico e social e ampliar a qualidade de vida da população. As habitações podem ser oferecidas sob forma de cessão, doação, locação, comodato, arrendamento ou venda, mediante financiamento ou não.

Há uma lista de requisitos que direcionam aplicação dos recursos do Orçamento da União e de diversos fundos que ajudam a compor o Minha Casa, Minha Vida. Um deles é que o título das propriedades seja prioritariamente entregue a mulheres. 

Entre os outros requisitos, estão:

» Famílias que tenham uma mulher como responsável pela unidade familiar.
» Famílias que tenham na composição familiar pessoas com deficiência, idosos e crianças e adolescentes
» Famílias em situação de risco e vulnerabilidade
» Famílias em áreas em situação de emergência ou de calamidade
» Famílias em deslocamento involuntário em razão de obras públicas federais
» Famílias em situação de rua

O Minha Casa, Minha Vida vem para enfrentar um passivo expressivo.  O país tem  mais de 281 mil pessoas em situação de rua (estudo preliminar do IPEA, 2022), um déficit habitacional de 5,9 milhões de domicílios (2019) e outros 24,8 milhões com algum tipo de inadequação. Adicionalmente, há mais de 5,1 milhões de domicílios em comunidades (IBGE 2019), concentrados nas grandes cidades do Sudeste e do Nordeste e com crescimento expressivo na Região Norte.

ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE – Os projetos, obras e serviços do Minha Casa, Minha Vida devem levar em consideração aspectos de acessibilidade e sustentabilidade. As unidades precisam ser adaptáveis e acessíveis ao uso por pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida ou idosas, e devem ter atenção à sustentabilidade social, econômica, ambiental e climática, com preferência por fontes de energia renováveis, equipamentos de maior eficiência energética e materiais de construção de baixo carbono, incluídos aqueles oriundos de reciclagem.

O novo programa prevê cinco linhas de ação:

» Subsidiar parcial ou totalmente unidades habitacionais novas em áreas urbanas ou rurais
» Financiar unidades habitacionais novas ou usadas em áreas urbanas ou rurais
» Locação social de imóveis em áreas urbanas
» Provisão de lotes urbanizados
» Melhoria habitacional em áreas urbanas e rurais

Fonte: https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2023/02/conhecas-algumas-das-principais-caracteristicas-do-novo-minha-casa-minha-vida

Quais os pontos de atenção na hora de alugar um imóvel em 2023?

Seja pelo desejo de um ter um novo espaço próprio ou por questões econômicas, a crescente busca por residências para alugar tem sido um marco na mudança de comportamento sobre moradia da população brasileira. Para se ter uma ideia, de acordo com pesquisa da agência Today, 80% dos millenials – geração que nasceu após o início da década de 80, até aproximadamente, o final do século – preferem alugar imóveis em vez de comprar.

Assim, com o objetivo de oferecer uma solução para quem quer alugar um imóvel em 2023, Ricardo Laham, Sócio e CEO da Vila 11, empresa brasileira pioneira e referência em empreendimentos multifamily que desenvolve, administra e opera residenciais para locação em regiões estratégicas de São Paulo, destaca pontos de atenção importantes.

Localização –Escolher um empreendimento para morar com localização estratégica é uma forma de gerar mais praticidade na rotina e ganho de tempo. “Estar mais próximo do trabalho e onde tenha boa infraestrutura de serviços e conveniência é um aspecto fundamental, já que a mobilidade é uma questão definitiva nas grandes cidades. O tempo que se ganha ou se perde em deslocamentos traduz bem a percepção de qualidade de vida das pessoas”, afirma Laham.

Condições da residência – Para o Sócio e CEO da Vila 11, é muito importante na hora de escolher um imóvel para alugar, o conhecimento das condições físicas e tudo o que este oferece. “Ter a comodidade de uma moradia equipada com os principais mobiliários e eletrodomésticos, nas melhores condições de uso e conservação é um fator muito importante. A segurança de ter os detalhes técnicos e as instalações em ordem faz uma enorme diferença na confiança de quem procura um imóvel para alugar. Temos visto crescer muito o interesse pela solução semimobiliada com padrões de qualidade estabelecidos pois simplifica o processo de mudança e adaptação”, diz.

Futuro – Escolher um imóvel para alugar tendo em mente as perspectivas de curto e médio prazo ajuda as pessoas a tomarem melhores decisões à longo prazo. “O aluguel é uma forma das pessoas conhecerem melhor um determinado bairro e vizinhança, que possibilita a flexibilidade para mudanças conforme o processo de adaptação ou necessidade de adequação aos diferentes momentos de vida”, explica Laham.

Questões legais –De acordo com o Sócio e CEO da Vila 11, é essencial o conhecimento das partes envolvidas em uma locação residencial para a segurança. “É necessário ter atenção à solidez do locador, ou seja, o proprietário do imóvel, e às condições de crédito dos locatários, que são os inquilinos, para que as relações aconteçam de forma transparente e profissional pelas condições do contrato e do regulamento dos empreendimentos”, informa.

Ainda segundo Laham, é por isso que os empreendimentos multifamily têm chamado a atenção das pessoas, já que trazem diversos benefícios, como segurança, praticidade e conforto. “O conceito parte da concepção dos imóveis que são projetados exclusivamente para alugar, priorizando a percepção do usuário. Os materiais utilizados e os equipamentos são em geral, de qualidade superior, visando durabilidade e redução de custos e manutenção, dentro de um processo profissionalizado de gestão patrimonial. A empresa, que também faz a comercialização e administração, busca de forma permanente oferecer melhorias nos processos e na infraestrutura para garantir a experiência de morar sem as dores de ser dono ou as inseguranças de ser inquilino de um imóvel comum. Cada vez mais esta nova solução de moradia tem se tornado conhecida e a tendência é o crescimento exponencial do multifamily nos próximos anos”, finaliza.

Projeções positivas e inovação tecnológica ampliam busca por atualização profissional e negócios na Construção Civil

A construção civil segue registrando números de PIB acima da média do País e, a tendência é de continuidade neste ano, movimento que, acompanhado das novas tecnologias construtivas e inovações tecnológicas, tem estimulado os profissionais do setor a buscarem especialização e atualização de mercado. De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de São Paulo (SindusCon-SP), o setor seguirá aquecido, com projeção de crescimento de 2,4% do PIB da Construção para 2023. Dado que supera a previsão positiva de 1,2% do PIB Nacional e, somado aos 17% contabilizados no acumulado dos dois últimos anos, faz a projeção do segmento alcançar 20% de aumento do PIB setorial no período 2021-2023.

“A projeção para 2023 é uma média entre os crescimentos projetados de 5% para o setor de edificações, 1% para as obras de infraestrutura, 4% para os serviços especializados e 1% para os demais segmentos. Esta estimativa sofrerá revisões. Poderá tender para cima, se o Governo Federal conseguir implementar uma agenda que reverta expectativas, incremente os investimentos públicos e anime os investidores privados”, destaca Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP. 

Segundo o executivo, a estimativa segue positiva por conta de obras já contratadas e a retomada de investimentos em projetos de habitação social como o Minha Casa, Minha Vida e os recursos garantidos do FGTS; porém, menor que em anos anteriores devido a fatores como a manutenção da alta de juros, o cenário macroeconômico internacional e o endividamento da população.

Mercado

O desempenho positivo tem favorecido os investimentos em novas tecnologias e novidades em plataformas para modelagem de projetos, sistemas construtivos, materiais e o surgimento e difusão das construtechs e, consequentemente, a atualização de profissionais de engenharia civil, arquitetura, varejo, distribuição e de obras para atuar com as novas ferramentas, já que de acordo com analistas da área, estimular a capacitação constante é um dos pilares para acompanhar a evolução do mercado.

“Por se tratar de um setor bastante concorrencial, a indústria da construção segue esses avanços com bastante interesse.  No SindusCon-SP, temos divulgado estas novidades por meio de nossos seminários que abrangem Estruturas e Fundações, Sistemas Prediais e BIM. Temos também o iCON Hub, para o fomento da inovação na construção com a participação de startups. Durante o ano todo, realizamos uma série de cursos sobre sistemas construtivos, gestão, qualidade, tecnologia, contabilidade fiscal, jurídico e alguns abertos a universitários e estagiários, ministrados por empresas da indústria de materiais de construção e especialistas”, acrescenta Estefan.

FEICON

Todo este movimento do mercado também tem impactado positivamente o maior encontro da Construção Civil da América Latina.

A 27ª edição da FEICON, que acontecerá entre os dias 11 e 14 de abril, no São Paulo Expo (SP), voltou a registrar comercialização total de sua área de exposição, com aproximadamente 6 meses de antecedência ao evento, mesmo ampliando em mais de 40% o espaço disponibilizado para vendas com relação a 2022. A organizadora informa que não há mais espaços disponíveis para negociação já que, ainda durante o evento de 2022, a planta da FEICON 2023 já havia sido 80% negociada. A expectativa também é de considerável aumento no número de profissionais e compradores presentes nos 4 dias do evento, superando os mais de 82 mil visitantes da edição anterior.

“A construção civil é um termômetro para o brasileiro. Nos últimos dois anos, por exemplo, o setor cresceu 17,7% ante 8,2% da economia nacional. Diante disso, neste ano, temos como objetivo apresentar a FEICON como uma plataforma completa para capacitação profissional, debates sobre o atual cenário e a agenda nacional da construção, impulsionar negócios e gerar relacionamento. É dessa forma que seguimos como o maior e principal evento de negócios desta indústria para a América Latina”, destaca Mayra Nardy, Diretora de Portfólio da RX Brasil.

Construtech responsável por tecnologia de imagens em 360º agora investe em inteligência artificial dentro dos canteiros

Com mais de 700 obras em andamento espalhadas por 20 estados do Brasil. A Construct IN, startup que permite a construção de qualquer lugar do mundo, tem expectativas de ampliar suas funcionalidades e crescer ainda mais em 2023, reduzindo custos e aumentando a produtividade nos canteiros de obras. Durante todo o ano de 2022, a solução teve 283% de aumento no faturamento e ultrapassou a marca de 100 clientes.

O que a Construct IN oferece é a última inovação do mercado de gestão de obras e construções. Enquanto muitas empresas ainda acompanham todo o andamento das obras apenas através de visitas e vistorias presenciais, a tecnologia desenvolvida pela startup permite às equipes de engenharia visualizar suas obras através de imagens 360°, de maneira 100% remota, como se estivessem “caminhando” virtualmente no canteiro. Dessa forma, facilitando o trabalho de acompanhamento da obra que também passa a poder ser feito à distância. 

De acordo com o CEO, Tales Silva, a cartela de clientes também aumentou no último ano e já contabilizam mais de 130 empresas. Em 2022, houve um crescimento expressivo na captura de imagens no sistema,  cerca de 6,7% por mês, chegando ao número de 1,5 milhões de imagens na plataforma ao final do ano, números que representam uma excelente aceitação para o uso da solução no dia a dia das equipes. A estimativa é que em 2023, o número de imagens alcance a marca de 3 milhões de capturas.

“Não restam dúvidas de que a Construct IN traz uma tendência forte para o mercado, principalmente no segmento de obras de varejo e indústrias, mas isso fica ainda mais em evidência com os números de obras no sistema. Houve um crescimento de aproximadamente 3x no último ano. Já são mais de 700 obras, comparado com as 250 de 2021. Um verdadeiro salto, o que demonstra que o setor da construção civil tem caminhado para uma transformação tecnológica” afirma Tales, que comemora o bom desempenho de 2022 e tem uma visão ainda mais ambiciosa para os resultados do ano que se inicia.

Além disso, a inteligência artificial é a principal aposta da Construct IN para 2023 no aperfeiçoamento dos processos de gestão remota de execução e pós-obra na construção civil. Chamada de “INsight”, a tecnologia que está em desenvolvimento visa ser o novo marco na indústria, tornando mais simples o acompanhamento da evolução da obra. 

Por meio da análise das imagens em 360º feita por um algoritmo, ela é capaz de identificar diferentes elementos da obra como forro, piso, contrapiso, alvenaria, entre outras. Isso permite verificar avanços ou atrasos dentro do projeto de forma simplificada, facilitando a gestão da obra e seus prazos pelos responsáveis. Um dos líderes do projeto da Construct IN, Emilio Bier fala sobre o ponto crucial do projeto que é a agilidade ganha na verificação do progresso da obra. 

“Em uma obra convencional, é necessária uma visita presencial para avaliar o avanço do projeto. Com a plataforma da Construct IN, já possibilitamos que essa visita seja feita de forma virtual. Agora com o algoritmo INsight, a visita virtual se tornará ainda mais rápida, pois o algoritmo aponta para o usuário quais os ambientes que tiveram avanço e entrega indicadores gerais do andamento do pavimento, como um todo”, explica Emílio. 

ABDI lança curso sobre planejamento de obras em BIM

Está aberta a pré-inscrição para o terceiro curso temático que compõe o Democratizando BIM, idealizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com o Senai Paraná. “BIM no planejamento (4D) e orçamento (5D)” é o próximo módulo prático e a primeira turma tem previsão de início no dia 13 de março. Os interessados devem preencher o formulário abaixo.


Lista de Interesse

Aprender a fazer o uso adequado do conjunto de metodologias e tecnologias em BIM, especificamente no planejamento e orçamento de um empreendimento, é um dos temas mais esperados pelos profissionais da Arquitetura, Engenharia e Construção Civil (AEC), público-alvo do curso. As vagas são limitadas a 100 pessoas, que serão divididas em cinco turmas. O acesso ao curso é gratuito, com aulas remotas e ao vivo.

“Seguindo o cronograma do projeto, em março vamos iniciar o penúltimo curso prático em BIM, com um tema que é ao mesmo tempo essencial e desafiador para os profissionais de AEC. Tem sido satisfatório trilhar essa jornada junto deles e cumprir o compromisso firmado pela ABDI, de apoio nos desafios do processo de transformação digital do setor”, afirma Leonardo Santana, analista de Produtividade e Inovação da Agência.

No total, são quatro cursos temáticos e práticos que comporão o Democratizando BIM. O primeiro, ministrado em setembro de 2022, foi sobre “Projetos Complementares no Revit”. Na sequência, “Projetos Arquitetônicos no Archicad”, que começou em janeiro deste ano.

Democratizando BIM — História

O movimento Democratizando BIM iniciou em outubro de 2020 com o lançamento de dois módulos conceituais e em formato assíncrono para os profissionais dos setores da Arquitetura, Engenharia e Construção Civil (AEC). No primeiro momento, foi direcionado para a capacitação básica e o nivelamento de conhecimentos teóricos sobre BIM. Dando continuidade aos esforços para a democratização do conhecimento, os cursos passaram a ser direcionados para temáticas práticas e com aplicações em softwares.

A escolha dos programas foi a partir de consulta pública, realizada junto aos usuários da Plataforma BIMBR. Mais de 6 mil profissionais participaram dos cursos, demonstrando o forte interesse do mercado pelas capacitações.

As quatro temáticas dos cursos práticos que serão ofertados pelo Democratizando BIM são:

  • Projetos Complementares em Revit: Concluído em 2022
  • Projetos Arquitetônicos em Archicad: Em andamento
  • BIM no planejamento (4D) e orçamento (5D): Março 2023
  • Bibliotecas BIM na Prática (Revit): Previsto para o segundo semestre 2023

O BIM é um processo capaz de agregar informações inteligentes em projetos da construção civil, simulando, por exemplo, a execução de uma obra antes mesmo do início dos trabalhos. Pode ser aplicado, inclusive, em todo o ciclo de vida da edificação, da concepção à demolição e reuso.

Composto por um conjunto de metodologias e tecnologias, o uso de BIM aumenta a confiabilidade nas estimativas de preços e no cumprimento dos prazos, reduzindo erros e garantindo qualidade do empreendimento.

BIM no Brasil – Desde janeiro de 2021, obras e serviços de engenharia contratados por alguns órgãos da Administração Pública Federal devem ser executados em BIM. De acordo com o decreto 10.306/2020, a exigência acontece em três fases, sendo a primeira etapa, iniciada em 2021, dedicada somente a projetos. A partir de 2024, projetos e obras passam a ser incluídos nas exigências de BIM. E, a partir de 2028, todas as fases da edificação (projetos, obras e pós-obras) passam a ser consideradas. Além disso, a nova lei de licitações, Lei n. 14.133/21, prevê o uso preferencial de BIM nas licitações para contratação de obras públicas a partir de abril de 2023.

Já alinhada à Estratégia Nacional de Disseminação do BIM e com o objetivo de promover ganhos de produtividade e elevar a competitividade do setor da construção no país, a ABDI lançou, em 2018, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a Plataforma BIMBR, um portal que, além de possuir conteúdo dinâmico sobre BIM, hospeda a Biblioteca Nacional BIM (BNBIM), que é um repositório das bibliotecas de objetos BIM no Brasil.

Para receber os avisos dos próximos cursos do Democratizando BIM, basta se inscrever na Plataforma BIMBR e acompanhar a newsletter semanal do portal.

Vendas de novos imóveis crescem 12,2% de janeiro a novembro de 2022

As vendas de novos imóveis cresceram 12,2% de janeiro a novembro do ano passado. Ao todo, 146.412 novas unidades foram comercializadas no período. Os dados fazem parte do levantamento realizado com 18 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
 

Apesar de contabilizar apenas 11 dos 12 meses do ano passado, o resultado já foi suficiente para estabelecer um novo recorde anual da série histórica dos indicadores ABRAINC-FIPE, ao superar em 1,9% os 143.576 empreendimentos negociados durante todo o ano de 2021, e já implica em um crescimento nas vendas do setor no ano passado, independentemente dos resultados de dezembro.
 

Nos 11 meses, os empreendimentos do programa Casa Verde Amarela (CVA) representaram a maior parte do mercado residencial comercializado no Brasil (67,7%) com um total de 99.244 unidades vendidas. Ao tempo, as 43.636 unidades do segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) corresponderam a 29,8% das vendas. Os demais 3.532 (3,5%) são de outros segmentos.
 

Ainda de janeiro a novembro de 2022, a entrega de novos imóveis teve uma elevação de 4,5% e 74.319 foram entregues no período. Deste total, 64.629 foram de imóveis do CVA, 8.726 de MAP e 1.004 de diferentes tipos.
 

Distratos – A baixa relação entre distratos e vendas de unidades é outro ponto a se destacar. Nos 11 meses de 2022, essa relação atingiu o menor patamar da série histórica e foi de foi de 9,3%, o que representou uma queda de 2,1 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2021. Para efeito de comparação, no fim de 2018, quando foi publicada a Lei nº 13.786/18 (Lei do distrato imobiliário), que estabeleceu parâmetros para a resolução de contrato de compra e venda de imóveis por desistência e por inadimplemento das partes, a relação distratos/vendas entre os imóveis de Médio e Alto Padrão era próxima dos 50% e garante segurança para todos, especialmente aos compradores do empreendimento que terão seu imóvel entregue.
 

O presidente da ABRAINC, Luiz França, avalia que o setor deve continuar com um bom desempenho, gerando empregos e contribuindo para que muitos brasileiros possam realizar o sonho da casa própria. Ele lembra que o consumidor brasileiro segue em busca de um novo imóvel, seja para sair do aluguel ou para investir. Um levantamento feito pela Brain Inteligência Estratégica com 1.200 pessoas, em todo o Brasil, retrata isso e indica que 31% dos entrevistados desejam adquirir um novo imóvel. O Brasil tem uma pirâmide etária ainda jovem se comprado a outros países, o que implica em uma alta taxa de formação de famílias nos próximos anos, cerca de 1,1 milhão por ano, e tudo isso reflete em uma forte demanda ao setor. Esperamos, inclusive, que o retorno do programa Minha Casa Minha Vida amplie o acesso a moradia as famílias mais carentes, contribuindo no combate ao déficit habitacional e na inclusão social para a população de menor renda”, finaliza o executivo.