CTIC emite mais de R$ 30 milhões em crédito imobiliário em 2022

Faltando menos de dois meses para terminar 2022, a fintech CTIC Capital já comemora os resultados do ano, com mais de R$ 30 milhões emitidos em crédito imobiliário. O valor foi emitido em 120 cotas de consórcios, o que corresponde a um tíquete médio de R$ 1 milhão em negócios por cliente, seja para compra de terrenos, construção ou aquisição de imóvel pronto.

O head de Vendas e Operações da CTIC Capital, Marcelo Hussein, explica que atingir essa cifra é muito significativo para a empresa não só somente pelos valores e sim por entregar os bens almejados pelos clientes. “Nossas soluções melhoram a oferta do consórcio imobiliário, trazendo previsibilidade na jornada de compra. Ao sanar esse gargalo, o cliente final e o corretor, que vende consórcios, estão seguros em relação a esse produto financeiro”, afirma o head da CTIC.

Em operação desde 2017, a CTIC Capital trabalha com foco na viabilidade da carta de crédito para pagar o bem desejado ao cliente, sanando os principais gargalos dos consórcios imobiliários. Atualmente, a empresa tem como foco a Região Metropolitana de Campinas, com 20 municípios, e outros municípios adjacentes, no interior do estado de São Paulo.

Os resultados atingidos contaram com a parceria de 70 escritórios de agentes de crédito especializados, que agregam capilaridade aos produtos da CTIC Capital. Por intermédio dessa parceria, a empresa chegou a 450 clientes, o triplo em comparação a 2021.

Hussein detalha que ainda há muito a ser feito até o final de 2022. De acordo com ele, a plataforma tem contabilizado mais de R$ 80 milhões de operações em trânsito, sendo que metade desse valor está na fase final de liberação para o cliente. “O corretor parceiro e o cliente dele têm clareza de todas as etapas exigidas na aquisição de imóveis via consórcio. Com a nossa tecnologia, também garantimos que, ao final da jornada, o cliente terá recursos suficientes para concretizar a aquisição”, pondera o executivo, ao explicar que o cliente final não considera as taxas envolvidas e pode chegar ao final do processo sem recurso suficiente para concluir a compra.

Em setembro, Índice Nacional da Construção Civil foi de 0,44%

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) foi de 0,44% em setembro, 0,14 ponto percentual abaixo da taxa de agosto (0,58%) e menor taxa desde julho de 2020. O acumulado nos últimos doze meses foi para 13,11%, resultado pouco abaixo dos 13,61% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. O acumulado no ano fechou em 10,22%. Em setembro de 2021 o índice havia sido 0,88%.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em agosto fechou em R$ 1.661,85, passou em setembro para R$ 1.669,19, sendo R$ 999,96 relativos aos materiais e R$ 669,23 à mão de obra.

A parcela dos materiais foi de 0,53%, percentual inferior ao do mês anterior (0,69%) e também ao de setembro de 2021 (1,21%), em 0,16 e 0,68 pontos percentuais respectivamente. A taxa de setembro foi a segunda menor de 2022, superando apenas o índice de março.

Já a parcela da mão de obra, com taxa de 0,31%, caiu 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,42%), com apenas um acordo coletivo observado no período. Comparando com setembro do ano anterior (0,40%), houve queda de 0,09 ponto percentual.

Os acumulados no ano foram: 9,89% (materiais) e 10,73% (mão de obra). Já os acumulados em doze meses ficaram em 13,99% (materiais) e 11,80% (mão de obra), respectivamente.

Região Sul tem a maior variação mensal

Com acordo coletivo firmado em Santa Catarina e alta na parcela dos materiais nos três estados, a Região Sul ficou com a maior variação regional em setembro, 0,95%.

As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,52% (Norte), 0,42% (Nordeste), 0,27% (Sudeste), e 0,42% (Centro-Oeste).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.653,98 (Norte); R$ 1.556,52 (Nordeste); R$ 1.737,19 (Sudeste); R$ 1.745,74 (Sul) e R$ 1.683,10 (Centro-Oeste).

Maior alta foi em Santa Catarina

Com alta na parcela de materiais, e reajuste observado nas categorias profissionais, Santa Catarina foi o estado com a maior variação mensal, 2,80%.

O Sinapi, criado em 1969, tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.

SINAPI – setembro de 2022
Com
 desoneração da folha de pagamento de empresas do setor

ÁREAS GEOGRÁFICASCUSTOS MÉDIOSNÚMEROS ÍNDICESVARIAÇÕES PERCENTUAIS
R$/m2JUN/94=100MENSALNO ANO12 MESES
      
BRASIL             1669,19835,500,4410,2213,11
      
REGIÃO NORTE       1653,98824,040,529,7914,99
Rondônia           1738,73969,640,6816,0618,50
Acre               1796,91953,521,1011,3516,30
Amazonas           1639,92802,830,7112,5115,65
Roraima            1703,45707,470,768,2615,71
Pará               1616,98775,390,266,3613,26
Amapá              1589,49772,000,3711,3514,53
Tocantins          1734,52911,910,7213,8218,28
      
REGIÃO NORDESTE    1556,52840,610,429,7312,28
Maranhão           1572,93828,750,709,6813,12
Piauí              1504,45999,780,418,6512,17
Ceará              1542,54891,030,8810,5512,47
Rio Grande do Norte1533,42772,850,8316,2318,90
Paraíba            1571,88869,180,509,5712,06
Pernambuco         1536,01821,270,2011,1213,88
Alagoas            1471,20734,960,778,2011,17
Sergipe            1463,49777,660,668,5211,57
Bahia              1604,45849,34-0,018,0310,13
      
REGIÃO SUDESTE     1737,19831,650,2710,4813,14
Minas Gerais       1619,95891,540,3710,5211,90
Espirito Santo     1548,01858,70-0,119,9913,98
Rio de Janeiro     1839,08838,140,229,7813,24
São Paulo          1782,14804,920,2710,8013,76
      
REGIÃO SUL         1745,74834,920,959,4711,52
Paraná             1723,58824,230,119,5611,69
Santa Catarina     1880,861018,502,809,8611,54
Rio Grande do Sul  1652,71750,110,448,8111,15
      
REGIÃO CENTRO-OESTE1683,10859,240,4211,9615,85
Mato Grosso do Sul1668,47784,820,3511,9215,55
Mato Grosso        1686,99962,330,8714,8317,49
Goiás              1667,86880,930,1112,2916,19
Distrito Federal   1709,22754,800,287,9413,43

SINAPI – setembro de 2022
Sem desoneração da folha de pagamento de empresas do setor

ÁREAS GEOGRÁFICASCUSTOS MÉDIOSNÚMEROS ÍNDICESVARIAÇÕES PERCENTUAIS
R$/m2JUN/94=100MENSALNO ANO12 MESES
      
BRASIL             1772,09886,360,4410,2413,01
      
REGIÃO NORTE       1747,32870,730,499,6514,84
Rondônia           1840,301026,160,6415,8118,09
Acre               1893,531005,141,0211,0615,77
Amazonas           1736,72850,450,6512,5815,59
Roraima            1804,02749,120,757,8315,41
Pará               1704,90817,140,256,0413,11
Amapá              1683,42817,600,3511,3514,37
Tocantins          1832,93963,970,7014,1718,41
      
REGIÃO NORDESTE    1647,10889,760,409,8112,23
Maranhão           1665,13877,470,679,6712,97
Piauí              1588,671055,530,398,6211,96
Ceará              1630,05941,040,8410,5812,37
Rio Grande do Norte1622,40817,530,7916,3318,85
Paraíba            1665,92921,070,449,5511,91
Pernambuco         1626,46869,650,1911,1813,79
Alagoas            1554,30776,810,768,4011,22
Sergipe            1546,06821,680,628,8411,77
Bahia              1698,91898,47-0,028,1210,10
      
REGIÃO SUDESTE     1849,80885,040,2910,5713,18
Minas Gerais       1713,30942,510,3510,5811,87
Espirito Santo     1640,48910,04-0,109,9513,87
Rio de Janeiro     1962,81895,040,199,7213,09
São Paulo          1903,47859,620,3210,9613,85
      
REGIÃO SUL         1862,28890,480,989,5711,46
Paraná             1842,14880,760,119,7311,60
Santa Catarina     2013,341090,312,899,8611,49
Rio Grande do Sul  1750,52794,670,468,9011,09
      
REGIÃO CENTRO-OESTE1778,78908,000,3811,7415,44
Mato Grosso do Sul1766,25830,030,3411,8815,30
Mato Grosso        1777,501014,000,7814,3316,84
Goiás              1766,06932,120,0912,1815,85
Distrito Federal   1806,88798,140,277,8513,25

Fonte: IBGE

Curitiba é a capital mais barata para alugar imóvel entre as principais da América Latina

Curitiba é a capital mais barata para alugar um imóvel entre as principais cidades da América Latina. A conclusão faz parte de um estudo inédito feito pelo QuintoAndar com dados de 12 das cidades mais populosas da região. Para compra e venda, a cidade aparece na 9ª posição.

Segundo a publicação, intitulada “O mercado residencial na América Latina”, o Brasil aparece com apenas uma cidade entre as cinco mais caras para comprar e só com uma também entre as cinco com o aluguel mais alto. Brasília tem o 5º maior custo para compra, enquanto São Paulo tem o 4º maior para alugar.

O levantamento foi feito levando em conta dados dos últimos 12 meses, encerrados em julho de 2022, com base nos anúncios e nas buscas feitas nos portais Zonaprop (Argentina), Imovelweb e WImóveis (Brasil), Plusvalia (Equador), Inmuebles24 (México), Compreoalquile (Panamá), Adonde Vivir e Urbania (Peru), integrantes do Grupo QuintoAndar.

Foram analisadas sete cidades do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre) e cinco capitais da América Latina (Lima, Cidade do México, Buenos Aires, Quito e Cidade do Panamá). Juntas, essas cidades congregam mais de 55 milhões de habitantes.

Em Curitiba, o preço do metro quadrado para compra foi de US$ 1.144 nos últimos 12 meses, encerrados em julho de 2022. Já o preço médio para aluguel foi de US$ 3,9 por metro quadrado no período de referência.

De acordo com o estudo, Buenos Aires é a capital mais cara para alugar e vender um imóvel entre as analisadas, O preço do m² custa, em média, US$ 2.479. É o mais caro entre todas as analisadas. Veja toda a lista:

Como fora do Brasil os imóveis são listados tanto em moeda local como em dólar americano, foi feita uma conversão de todos os dados para dólares americanos usando a taxa média mensal de fechamento do mês em que o anúncio foi criado para permitir uma comparação.

“Durante a pandemia, houve uma curiosa combinação de fatores que se traduziu num pequeno boom imobiliário. E é possível perceber que o mercado na América Latina está hoje, em boa parte, aquecido. A Argentina é uma exceção: Buenos Aires vive um cenário de muita oferta e pouca procura. Ainda assim, com a inflação em alta, os preços de imóveis na capital são comparativamente maiores que os de outras cidades da região”, explica Vinicius Oike, economista do QuintoAndar.

Comprometimento de renda tem nível crítico

O estudo aponta uma situação menos crítica em Curitiba no que diz respeito ao comprometimento da renda com o aluguel, na comparação com as outras cidades. A capital paranaense é uma das únicas três com percentual de gasto com aluguel inferior a 30% – considerado o limite recomendado por especialistas.

No entanto, para compra de imóveis, o índice de acessibilidade financeira é considerado “alarmante” – ou seja, quando o indicador que revela quantos anos de renda uma família precisa comprometer para comprar um imóvel é superior a 7-10 anos.

“Os valores de comprometimento para compra nas cidades analisadas são bastante similares e também indicam uma baixa acessibilidade financeira. Já os valores no aluguel apontam para um mercado formal descolado da renda familiar média”, ressalta Oike.

Busca por apartamentos segue em alta

A pesquisa também mostra que, em 11 das 12 cidades analisadas, a procura por apartamentos supera as buscas por casas. A exceção na lista é Quito, onde o inverso é registrado – cerca de 54% das buscas são por casas. A capital tem uma das menores densidades demográficas entre todas as cidades analisadas (3.400 hab/km²), o que ajuda a explicar o percentual.

Em Curitiba, cerca de 52% das buscas no primeiro semestre foram por apartamentos, enquanto cerca de 48% foram por casas. Entre as cidades brasileiras analisadas, a maior diferença foi identificada em Brasília, no Distrito Federal. Na capital do país, em média, 69% das buscas no primeiro semestre deste ano foram por apartamentos, enquanto somente 31% das procuras foram por casas.

No universo latino-americano, o volume de procura por imóveis verticais é bem próximo do registrado no Brasil. Em Buenos Aires, por exemplo, cerca de 80% das buscas visam apartamentos. Já na Cidade do México esse percentual é de 60%. Lima e Cidade do Panamá seguem na mesma tendência, com incidência próxima de 70%.

Segundo o estudo, há uma tendência de crescimento na procura por casas. No primeiro semestre de 2019, para o mesmo período de comparação, 70% das buscas eram por apartamentos, enquanto 30% eram por residências térreas.

O estudo revela ainda os filtros mais usados por quem procura um imóvel nas 12 cidades analisadas. O desejo por um cantinho extra e por um contato maior com a natureza são evidentes.

Em Curitiba destaca-se a procura por imóveis com churrasqueira, principal filtro utilizado, segundo a pesquisa. Na sequência aparecem portaria 24h, área verde, elevador e quadra de tênis.

A metodologia

A base de dados analisada é composta por anúncios imobiliários nos portais do grupo Navent de julho de 2021 até julho de 2022. A cobertura geográfica inclui 6 países (Argentina, Brasil, Equador, México, Panamá e Peru).

Foram escolhidas 12 cidades, que estão entre as mais populosas e mais representativas economicamente da região, além de possuírem um volume significativo de anúncios nos portais do Grupo QuintoAndar. São elas: Brasília (BRA), Belo Horizonte (BRA), Buenos Aires (ARG), Cidade do México (MEX), Cidade do Panamá (PAN), Curitiba (BRA), Lima (PER), Porto Alegre (BRA), Quito (EQU), Rio de Janeiro (BRA), São Paulo (BRA) e Salvador (BRA).

Para padronizar a comparação de preços entre os países no estudo, foram selecionados apenas os anúncios de compra/venda e de aluguel de apartamentos. Já para a análise dos filtros mais utilizados foram considerados tanto apartamentos como casas e todos os filtros de busca acessíveis nos sites.

Para a comparação de custo de vida e affordability foi feita uma conversão para dólares em paridade de poder de compra ou ppp (purchase power parity). Este tipo de conversão cambial ajusta as diferentes taxas de câmbio às flutuações domésticas no nível de preços e permite uma comparação mais adequada do custo de vida e do poder de compra da população nos países. As taxas de câmbio em paridade de poder de compra foram extraídas do Banco Mundial.

Noah lança primeiro condomínio residencial construído em madeira engenheirada do Brasil

A Noah, startup que oferece solução para a construção civil a partir da madeira engenheirada, anuncia o lançamento do seu primeiro empreendimento residencial. O Arvoredo, localizado na Vila Madalena, em São Paulo, foi projetado com o propósito de reunir alta tecnologia, sofisticação e sustentabilidade. 

O projeto foi criado com seis casas de aproximadamente 400m², construídas em madeira engenheirada e que dispõem de isolamento acústico e térmico, reaproveitamento de águas pluviais, infraestrutura para sistema de aquecimento solar, carregador para carros elétricos, depósitos individuais, infra para aspiração central, segurança exclusiva e reconhecimento facial para controle de acesso, gerador para as áreas comuns e privativas, acabamento alto padrão e louças e metais criados para garantir menor uso de água. O empreendimento começa a ser construído em abril de 2023 e está previsto para ser entregue antes do fim do mesmo ano, demonstrando que a construção industrializada garante velocidade e precisão.

Sustentabilidade e qualidade de vida são premissas básicas para o novo perfil de morador, que surgiu durante a pandemia. O isolamento social mudou a percepção do lar: o que para muitos era apenas o local de retorno após um dia de trabalho, agora precisa entregar praticidade, conforto, mais contato com a natureza e, acima de tudo, bem-estar.

“O Arvoredo é exclusivo sob duas óticas: espaço e experiência. Afinal, além de provarmos para o mercado que é possível construir um empreendimento charmoso, alto padrão e sustentável a partir da madeira, propomos ao morador a experiência de fazer parte de algo completamente novo e tecnológico”, afirma Nicolaos Theodorakis, fundador e CEO da Noah. 

A madeira é um dos materiais mais antigos utilizados na construção e o único que é renovável e estruturalmente eficiente ao mesmo tempo. Usada como tecnologia construtiva no Arvoredo, a madeira engenheirada, além de traduzir de forma única um novo e moderno jeito de morar, unindo natureza e cidade, garante estabilidade, resistência, sustentabilidade e, sobretudo, velocidade, ao passo que as peças são pré-fabricadas. 

Para Theodorakis, o Arvoredo é um novo marco na arquitetura do espaço urbano de São Paulo. “Acreditamos que o lançamento é uma oportunidade de romper barreiras culturais, o famoso ‘ver para crer’. Queremos revolucionar a construção civil no Brasil e mostrar tanto para a sociedade como para os investidores que é possível aproximar as pessoas dos benefícios e bem-estar proporcionados pela madeira, ser sustentável e obter retornos financeiros sólidos, seguros e rápidos”, complementa.

Investimento em madeira engenheirada ganha forma no Brasil

Apesar de ter um estigma um pouco reticente em um país acostumado com construções de concreto, a madeira como matéria-prima tem sido bem-vista por investidores. O Banco ABC Brasil é o principal financiador do Arvoredo. “Acreditamos plenamente no investimento em aprimoramento de processos e tecnologias, por isso apoiamos cada vez mais negócios que possuem iniciativas sustentáveis, como a Noah. Nosso objetivo é inspirar e corroborar com a adoção de práticas que impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente”, destaca Antonio Ferrari, Gerente de Risco Socioambiental do ABC Brasil. 

A construção civil está entre os setores responsáveis pela alta emissão de gases que contribuem para o efeito estufa, tendo como principais emissores o aço, o cimento e o concreto. Uma alternativa fundamental para tornar a obra mais sustentável e reduzir as emissões totais da construção é a inserção de madeira engenheirada no processo construtivo. Por se tratar de um material renovável, a madeira possui menor emissão que os materiais de origem não renovável – aço, cimento e concreto -, contribuindo assim para a redução das emissões totais da construção.

Por isso, sempre com foco em inovação e sustentabilidade, e alinhada ao propósito de oferecer Soluções para melhor Viver, a Dexco, maior empresa produtora de painéis de madeira industrializada do Brasil, também faz parte do projeto Arvoredo e será responsável pelos acabamentos da construção, com cerâmicas, louças e metais.

O fornecedor de madeira engenheirada do Arvoredo será a Urbem, que iniciará suas operações no Paraná no último trimestre de 2022. A matéria prima utilizada é a madeira de pinus de reflorestamento.

Além de investidores focados em construção civil e sustentabilidade, o Arvoredo também conta com a ajuda e apoio de arquitetos que confiam no poder da madeira para os próximos anos. Em parceria com a Archademy, foi realizado um Archaton (Hackathon da arquitetura) para que arquitetos e designers de interiores do Hub criassem a decoração de uma das casas do Arvoredo, respeitando o meio ambiente e o perfil do público-alvo do residencial. Seis escritórios foram finalistas e o grande vencedor assinará a decoração das imagens comerciais do empreendimento. 

Em um ano no RJ, Patrimar vende R$1 bi em imóveis de luxo

No início do mês de outubro, a Patrimar comemora um ano de atuação com imóveis de luxo no Rio de Janeiro. Durante o período, a construtora e incorporadora mineira conquistou o feito de mais de R$ 1 bilhão em vendas dos empreendimentos Oceana Golf e Atlântico Golf, localizados na região do Golf Olímpico, na Barra da Tijuca. 

“Nossos resultados de venda no Rio de Janeiro são excelentes. Mas, considerando que somos uma empresa originalmente mineira que começou a investir no segmento de alto padrão na cidade há apenas um ano, esse desempenho se torna extraordinário”, afirma Alex Veiga, CEO do Grupo Patrimar.  

A venda dos apartamentos do Oceana Golf iniciou dia 02 de outubro de 2021. Já a comercialização dos imóveis do Atlântico Golf começou dia 2 de julho deste ano. Atualmente, já foram adquiridas mais de 286 unidades, considerando os dois lançamentos de luxo da Patrimar na região.   

“Em pouco tempo, conseguimos alcançar patamares muito altos no mercado imobiliário carioca. Estamos muito contentes com esse feito inédito, orgulhosos da dedicação de todo o time que trabalhou nos dois projetos e gratos a todos os clientes que confiam no nosso trabalho. O Oceana e o Atlântico são cases de sucesso”, conclui Alex Veiga.  

Projetos arquitetônicos e a tênue linha entre inspiração e cópia

Por Mariana Valverde, sócia de Moreau Valverde Advogados

A divulgação de acordão, proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em recurso que discutia a ocorrência de eventual plágio de projeto arquitetônico, aprofunda a discussão sobre um aspecto: a tênue linha entre inspiração e cópia. O TJ manteve o entendimento da primeira instância, que sentenciou a ação improcedente. O acordão, assim como a sentença de primeira instância, baseou-se em prova pericial que não identificou originalidade na obra objeto do alegado plágio.

Sem adentrar aos detalhes pertinentes ao caso específico acima mencionado, cabe reflexão sobre as razões do aumento de discussões sobre o tema e alternativas para evitar conflitos do gênero. Em um mundo onde a inspiração movimenta mercados e define grupos sociais, principalmente no Brasil onde as tendências são seguidas à risca, o desafio é como diferenciar o que é inspiração e o que é cópia. Essa diferenciação não é simples, tampouco óbvia, mas, o ponto principal é a análise da originalidade da obra e dos elementos que compõem a novidade capaz de diferenciá-la daquilo que já foi criado.

No caso de obras arquitetônicas, estas são protegidas pela Lei de Direitos Autorais, independente de registro, conforme disposto no artigo 7º, inciso X, que prevê serem obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência.

Além da proteção instituída pela legislação em vigor é possível depositar a obra perante o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, conforme prevê a Resolução 67/2013 do referido conselho, bem como no Escritório de Direito Autoral da Biblioteca Nacional.

Importante destacar que os processos de depósito acima mencionados, têm a finalidade de formalizar o conteúdo e data de criação do projeto, sendo que, nem o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, tampouco o Escritório de Direito Autorais, analisam a originalidade e a novidade das obras depositadas. Isso não quer dizer que os depósitos prévios não têm efeito prático, muito pelo contrário, quando bem instruídos e documentados, podem conter, inclusive, as fontes de inspiração, o que é perfeito para alinhar a inspiração à novidade capaz de diferenciá-la do comum. Já o processo de apuração da originalidade e novidade em sede de discussão é mais complexo, sendo na maioria dos conflitos realizado através de perícia técnica. A perícia nesses casos tende a analisar elementos e detalhes do projeto que vão desde as formas, cores e estilo até as técnicas construtivas empregadas, bem como a existência anterior de conjunto semelhante.

Enfim, o processo criativo e a inspiração devem seguir juntos inovando e criando as nuances individuais que capacitam a diferenciarem e garantem a autoria. 

O processo criativo, portanto, demanda tempo, pesquisa, construção, conflitando com a tendência atual de imediatismo, expectativa de rapidez na entrega dos serviços e pressão por redução de custos. Esse conflito com certeza prejudica o caminho de criação e pode estar fomentando a indústria da cópia.

Imóveis-SC amplia atuação e lança o Imohub, marketplace com financiamento imobiliário multibanco

A plataforma une as três frentes da companhia – o próprio Imohub, a Generativa, startup de big data e inteligência artificial, e o Imóveis-SC – com um novo modelo de rentabilização que prioriza a jornada de compra e experiência do consumidor enquanto atua como uma ferramenta de digitalização para o corretor

O lançamento de um novo modelo de atuação que democratiza o mercado imobiliário e traz em um único local todas as etapas, da escolha ao financiamento do imóvel, marca a nova fase do Imóveis-SC, agora sob o guarda-chuva do Imohub. Lançado durante o FastBuilt Experience 2022, um dos maiores eventos do país sobre inovação na construção civil, o marketplace nasce com uma proposta exclusiva no mercado: une a facilidade de anúncio e busca de imóveis já conhecida no Imóveis-SC, com ferramentas de inteligência artificial e dados do segmento para o corretor, com a startup Generativa, e a resolução dos serviços em toda a esteira de atendimento, incluindo o financiamento imobiliário. Todas as etapas ocorrem online, dentro do marketplace, que surge como um hub que conecta serviços imobiliários, com os principais bancos e facilita a jornada de compra do cliente – simplificada e digital.

O Imohub, de acordo com o diretor da companhia, Alessandro Stüpp, reforça o posicionamento que o Imóveis-SC sempre teve de ser um apoiador e não um substituto do corretor imobiliário. “Os anúncios do marketplace serão exclusivos aos corretores, que poderão conectar seus CRMs à plataforma e não terão qualquer custo para utilizar o Imohub. Esse produto também chega com um novo modelo de rentabilização, em que a empresa ganha sobre as transações financeiras e de serviços. Ou seja: o corretor não paga nada e tem apoio principalmente em uma etapa que é uma dor no segmento, a do financiamento bancário”, diz.

Parceria com mercado financeiro e agilidade no processo burocrático

Plugado aos principais bancos e cooperativas de crédito, o Imohub permite a consulta de propostas de financiamento para o imóvel escolhido pelo cliente. E cuida também de todas as etapas burocráticas neste processo. “Temos analistas financeiros que apoiarão na análise e agilidade na liberação do crédito, realizando inclusive os trâmites necessários em cartórios, por exemplo. Com o Imohub, o cliente tem a liberdade de escolher o imóvel, o apoio do corretor para conhecê-lo e escolher o que mais se encaixa na sua necessidade, e o nosso apoio para solicitar e receber o crédito, bem como assinar a documentação”, reforça o executivo.

Outro fator de destaque para o corretor, além da gratuidade da ferramenta, é que através da startup Generativa o profissional tem acesso a um dashboard com informações relevantes sobre a movimentação do mercado imobiliário regional, o perfil do consumo e informações relevantes como as relacionadas ao plano diretor municipal.

“Nosso foco é na jornada do cliente, em que conectamos cada vez mais serviços que facilitam a sua busca e desburocratizam a compra do imóvel. Usamos toda a nossa expertise de mercado para conectar as áreas mais sensíveis e construir um produto que não é apenas digital, mas resolutivo, ágil em todos os sentidos, dando a ambas as pontas a estrutura necessária para uma jornada de compra eficiente. O corretor é nosso parceiro para agilizar e se destacar dentro do universo digital e nós unimos as duas pontas com serviços simples e ágeis”, finaliza Alessandro.

Já estão disponíveis no Imohub de linhas de crédito para financiamento ou com garantia de imóvel, com companhias como Itaú, Caixa Econômica Federal, Santander, Creditas e Cashme.

Vedacit Labs anuncia participantes do 6ª ciclo do programa de aceleração

Construtechs e proptechs de todo o país participaram do processo seletivo

O maior Programa de Inovação Aberta no mercado da construção civil, Vedacit Labs, acaba de anunciar as 4 construtechs participantes da sua 6ª edição. A iniciativa, que desde 2018 já acelerou 20 startups, conecta essas novas soluções a grandes clientes do setor. Tudo por meio da gestão da Trutec, ecossistema referência em inovação na indústria da construção civil.

Os critérios de avaliação durante o processo seletivo deste ciclo foram impacto no setor da construção, potencial de mercado, potencial de conexão com as outras startups do portfólio, tecnologia utilizada, maturidade do plano de negócios e perfil dos empreendedores. 

Conheça as startups selecionadas:

  • Fastbuilt – Plataforma especializada em gestão do pós-obra que oferece às construtoras o gerenciamento dinâmico dos empreendimentos com acesso ao histórico completo de todos os registros, com imagens e documentos, além de disponibilizar o Manual Digital do Proprietário e do Condomínio com materiais utilizados, fornecedores e garantias. A tecnologia também possibilita a gestão de chamados de assistência técnica, melhorando a gestão e redução de custos com manutenções, e consequentemente a satisfação e o relacionamento com clientes.

  • Vistora – A primeira startup brasileira a digitalizar a forma como são feitas as vistorias de áreas comuns e privativas em empreendimentos da construção civil. A solução utiliza cruzamentos de dados e seleção de anomalias, entregando maior facilidade e assertividade nas vistorias guiadas, enquanto gera relatórios que quantificam eficiências de equipes de instalação das empresas parceiras.

  • Almox Tech – Através de uma aplicação web ou mobile, a solução possibilita a gestão do controle de estoques incluindo funcionalidades como alertas e inventário em tempo real que considera movimentações e níveis de segurança. Prezando pela interface intuitiva e simples, o serviço de gestão 4.0 propõe a melhor usabilidade mesmo nos cenários mais complexos de obra.

  • Muv Rental – Marketplace para contratação de máquinas e equipamentos da construção civil, auxilia também no dimensionamento e gestão da operação, com apoio de Inteligência Artificial, geolocalização, IoT e Big Data.

Durante o Vedacit Labs, as startups aceleradas recebem incentivo da Trutec para aplicação dos projetos-pilotos em beta-testers (empresas de referência no mercado e parceiras do programa) e mentorias com executivos de alta liderança especialistas em diversas áreas de negócio, com o objetivo de orientar, instruir, educar e potencializar o crescimento das participantes. 

Além disso, as soluções trocam aprendizados com as construtechs do ecossistema, ganham a chance de ampliar sua rede de contatos, consequentemente expandindo a oportunidades de novos negócios com grandes construtoras, incorporadoras e outros diversos potenciais parceiros. Ao término da participação, as empresas poderão ser convidadas para uma rodada de investimentos e ingresso no portfólio de soluções da Trutec.

Victor Gimenez, gestor de aceleração do Vedacit Labs, comenta sobre o trabalho que vem sendo feito com as construtechs. “O principal objetivo do Vedacit Labs é a conexão entre tecnologias e a construção civil. A cada ciclo, vemos uma quantidade incrível de novas soluções surgindo para solucionar dores reais do mercado”, afirma. 

“Sem dúvidas, juntos estamos levando a construção civil para o próximo nível. Trabalhamos para transpor, cada vez mais, as barreiras que ainda possam existir para que a tecnologia exerça, de fato, seu papel transformador em muitos setores”, complementa Alexandre Quinze, CEO da Trutec. 

Atualmente, o ecossistema Trutec conta com seis soluções que atendem diferentes etapas do ciclo de vida de uma obra e também do varejo. Dentre elas, cinco já passaram pelo programa de aceleração Vedacit Labs e entraram no portfólio: ConstruCode, Construflow, Construct IN, James Tip e Hoff Analytics. 

Incorporadora VitaUrbana entrega Nurban Pinheiros

Primeiro empreendimento com a assinatura Nurban conta com 103 apartamentos compactos – todos já vendidos -, áreas compartilhadas para convivência; preços acessíveis e características que atraem o público jovem, focado na praticidade e conveniência

Incorporadora que desenvolve projetos de apartamentos compactos e diferenciados nos mais desejados bairros de São Paulo, a VitaUrbana inaugurou, no último dia 22 de setembro, o primeiro empreendimento da linha Nurban, em Pinheiros, cujas unidades já foram todas comercializadas.
 

Localizado à rua Alves Guimarães, próximo de vários modais de transporte e de grande oferta de serviços e lazer, o Nurban Pinheiros traduz a proposta da VitaUrbana de desenvolver imóveis voltados ao público jovem e adulto com estilo de vida dinâmico, que deseja comprar o primeiro imóvel.
 

O Nurban Pinheiros conta com 103 apartamentos compactos, com área entre 24 m² até 49 m², complementados pela oferta de espaços compartilhados inteligentes, que incluem coworking, academia, lavanderia, espaço gourmet, rooftop com churrasqueira, bicicletário e pet place.
 

O empreendimento tem uma estética moderna, expressa nas cores e formas, e em seu projeto descolado e alegre, que contrasta com o estilo corporativo mais sisudo dos prédios da região. Esse conceito ganhou ainda mais força com a instalação de um mural do reconhecido artista do grafite Apolo Torres, instalado na fachada do empreendimento.
 

“Os estúdios foram projetados para atender pessoas com estilos de vida agitado e dinâmico, que buscam leveza e praticidade no dia a dia, valorizam a convivência e a conexão, mas também focam no custo-benefício, para que seja uma escolha inteligente”, afirma Juan Galan, sócio da VitaUrbana.


Ele observa que os imóveis se destinam tanto à própria moradia quanto a investidores. E a alta valorização dos imóveis na região de Pinheiros é um dos atrativos para ambos os públicos. Segundo levantamento realizado pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para o ZAP+, o bairro está entre os 10 metros quadrados mais caros do Brasil, atrás apenas de três bairros no Rio de Janeiro (Leblon, Ipanema e Lagoa) e do Itaim Bibi, em São Paulo. Segundo o levantamento, o preço do metro quadrado em Pinheiros situa-se em R$ 14,82 mil, ao passo que o preço de lançamento do empreendimento da VitaUrbana foi até 15% inferior ao valor praticado pelo mercado.


“Viabilizamos um empreendimento acessível a um público ávido por morar em Pinheiros e que antes não encontrava com facilidade uma opção como o nosso empreendimento, que conjuga acesso fácil ao metrô, áreas comuns generosas, espaços compartilhados, que geram redução de despesas, e um layout funcional e prático”.


A incorporadora tem conseguido custos abaixo da média de mercado por metro quadrado em função da inteligência aplicada ao negócio. “A forma como os projetos são desenhados e os terrenos são aproveitados nos permitem oferecer uma equação super competitiva”, observa Galan. Ele observa que o Nurban Pinheiros foi erguido em um terreno de 689 m², e seu bom aproveitamento é resultado de uma equação que compreendeu uma avaliação adequada do zoneamento, para se definir o melhor projeto de incorporação, e a aplicação de soluções inteligentes no planejamento das áreas e na execução das obras. Galan cita ainda o baixo custo do condomínio — estimado em valor abaixo de R$ 300 ao mês — como um exemplo do resultado dessa busca por eficiência em todas as etapas do planejamento da incorporação.


O segredo para entregar um projeto atraente, a custos competitivos, deve-se ainda a fatores como a aquisição de terrenos de tamanhos médios, a realização de boas parcerias com proprietários de terrenos e investidores, com soluções de curto, médio ou longo prazo; uma operação enxuta, suportada por tecnologia e com escopo de terceirização bem planejado; ao baixíssimo índice de inadimplência e distrato, e à construção econômica, eficiente e rápida, idealmente sem subsolos e realizada em alvenaria estrutural. “São diversos aspectos que se somam para tornar a nossa operação bastante eficiente e competitiva”, destaca Galan.


“Nossos empreendimentos têm conquistado grande aceitação no mercado, e reconhecimento inclusive da parte de arquitetos, por suas características, que diferem de grande parte dos apartamentos compactos disponíveis hoje no mercado”, conta André Kovari, um dos sócios da VitaUrbana. “São apartamentos com boa distribuição do espaço e que privilegiam a funcionalidade. São diferenciados em relação à maior parte dos imóveis compactos, a fim de garantir o prazer de viver.”

Fraudes em condomínios podem ser evitadas pelo programa de compliance

Na última semana, um síndico foi denunciado pelos moradores de um condomínio no Rio Grande do Sul (RS) por montar um serviço clandestino de fornecimento de água. O síndico criou uma empresa no nome da esposa, a qual ele administrava, e cobrava uma taxa para o fornecimento clandestino de água de poços artesianos.

Para evitar que condôminos e moradores passem por situações como essa, um programa de compliance e as auditorias em condomínios residenciais podem oferecer mais segurança e prevenir casos como o ocorrido em Farroupilha. Ou seja, é uma alternativa para otimizar o dia a dia do síndico e seguir, não só as regras dos condomínios, mas também as leis. 

Segundo Cláudio Marson, head de consultoria empresarial e auditoria no Grupo IAUDIT – empresa especializada em tecnologia, auditoria e consultoria empresarial com mais de 20 anos no mercado – , fraudes como essas podem causar grandes prejuízos para os condomínios. 

“Ao realizar uma auditoria preventiva mensalmente, seria possível detectar e sinalizar ao corpo de conselheiros o problema em vigência. Além da auditoria preventiva conseguir detectar o problema, o ideal é que os condomínios possuam uma assessoria no que diz respeito à compliance e implementação de boas práticas, de modo a evitar que fatos como este possam acontecer”, explica o especialista.

Um programa de compliance é estruturado com um canal de denúncias, background check – checagem de antecedentes de colaboradores e prestadores de serviços – e auditorias preventivas. Sendo assim, é uma forma de garantir que os condomínios estejam em conformidade com as leis e prevenindo que fraudes aconteçam.

Além disso, dar mais autonomia para conselhos e comitês de condôminos é essencial para a convivência e o bom funcionamento de qualquer empreendimento. Porém, também existem desafios na hora de implementar o compliance em condomínios residenciais. 

Quais os desafios o compliance enfrenta em condomínios?

Inicialmente, de acordo com Cláudio Marson, nem todos os condomínios realizam a auditoria preventiva/mensal, como deveria acontecer. Como o próprio nome já diz, a auditoria preventiva serve para prevenir que erros ou até mesmo crimes, intencionais ou não, sejam levados adiante mês a mês, às vezes até durante anos. 

“O principal desafio é convencer um grupo de moradores, que muitas vezes pensam diferente e possuem prioridades diferentes, rumo ao entendimento de que quando implementamos um programa de compliance, além da conformidade com as leis, estamos também auxiliando a reduzir custos e aumentando as receitas do condomínio. Por consequência, gerando uma melhora significativa no caixa e na estrutura e serviços do condomínio”, comenta Marson.

Existem algumas etapas que podem ser seguidas para adotar boas práticas em condomínios residenciais, a primeira, por exemplo, é a aprovação integral ou parcial de um programa de compliance na assembleia condominial. 

Logo após isso, uma equipe de especialistas inicia o processo de estudo das pastas e, em uma segunda etapa, inicia o processo de planejamento para implantação do serviço contratado, seja ele um programa de compliance completo, ou somente o canal de denúncias, auditoria preventiva ou a checagem de antecedentes. Dessas etapas, o canal de denúncias é essencial

“Com certeza, o canal de denúncias é um dos pilares de um programa de compliance, além de ser uma forma de passar mais confiança para que os moradores e terceiros possam denunciar qualquer irregularidade de forma anônima ou não. O serviço possui a opção de anonimato nos relatos”, exemplifica o especialista. 

No entanto, a auditoria preventiva é a melhor opção para se antecipar a qualquer desvio de conduta ou problema que venha a acontecer, segundo Marson. Com as auditorias sendo feitas mês a mês, é mais difícil que algum problema aconteça em relação a fraudes ou desvios de conduta e, em caso de acontecer, esta auditoria detecta muito mais rápido do que uma auditoria anual. 

“Com a auditoria sendo feita mensalmente e um programa de compliance, é possível prevenir fraudes, desvios de conduta e ética, abusos, importunação dentro do condomínio, roubos, assédios, entre outras situações”, finaliza ele.