Como um empreendimento se torna um ativo de Fundo Imobiliário

Nas últimas semanas, os investidores têm acompanhado os efeitos da pandemia do Coronavírus no mercado financeiro. O momento pede cautela e ainda que o cenário não seja positivo, é preciso lembrar que em relação aos Fundos Imobiliários, apesar das fortes turbulências, a queda registrada até agora (28,8%, em 2020), é menor do que a alta registrada no ano passado (35,9%, ambos dados são do IFIX).

Enquanto não há previsão de estabilidade econômica, a dica é estudar a fundo cada investimento e pensar no longo prazo. “Não temos como evitar a crise, mas temos como nos preparar para enfrentá-la da melhor maneira possível, nos munindo de informação e conhecendo melhor o terreno onde estamos colocando nosso dinheiro”, enfatiza Diego Siqueira, CEO da TG Core Asset Management.

O fundo ativo da TG Core, o TGAR11, ficou em primeiro lugar na avaliação dos assinantes do Clube FII entre o final do ano passado e o começo de 2020, e mesmo enfrentando forte queda dos Fundos Imobiliários em março, o fundo TG Ativo Real da empresa registrou alta do número de cotistas, somando aproximadamente 17.600 investidores ao final de fevereiro. Tais dados mostram uma boa gestão da equipe da gestora e sinaliza que, apesar da crise, é possível seguir investindo bem seus recursos.

Para aqueles investidores que querem conhecer melhor os FIIs, um dos primeiros passos é entender como um imóvel se torna um ativo de Fundo Imobiliário. O empreendimento passa por um criterioso processo de análise, seleção, auditoria e estruturação. “Na fase de levantamentos de dados, nosso time de analistas realiza um estudo macroeconômico da região, mapeamento da oferta e demanda, estudo dos concorrentes e do mercado e, finalmente, o estudo de viabilidade econômica e financeira do projeto”, explica Diego.

Os dados obtidos nessa pesquisa são apresentados para o comitê de Novos Negócios, que é composto pelos sócios-diretores e analistas da TG Core. “Caso o empreendimento seja aprovado por unanimidade, segue para a fase de formalização e due diligence, que corresponde à auditoria jurídica e estruturação dos contratos da operação. Após isso, o processo termina e o projeto torna-se apto para compor a carteira do TG Ativo Real”, continua o CEO.

Assim, os empreendimentos podem ser tanto imóveis residenciais, quanto galpões e shoppings, por exemplo. O diferencial da TG Core durante a crise atual é que a maioria de seus ativos ficam em cidades de médio porte, que são menos afetadas pela pandemia de Covid-19. “Menos de 10% de nossos investimentos estão em municípios afetados. Com nossos ativos concentrados em regiões voltadas para o agronegócio, a economia local permanece bem ativa, afinal, o abastecimento de alimentação para a população não para”, conclui Diego Siqueira.