Condomínio totalmente orientado à base de dados é implantado em João Pessoa

A startup EEmovel, maior plataforma de dados imobiliários da América Latina, em parceria com a CRN Arquitetura, desenvolveu o conceito do primeiro condomínio totalmente baseado em dados do Nordeste. O projeto, que teve início em 2019, foi comprado pela construtora Tropical e o empreendimento foi implantado na região de Cabedelo, em João Pessoa, capital do estado da Paraíba.

Dentre os benefícios de um condomínio baseado em dados desde sua concepção, a economia é o que se destaca à primeira vista, por ser um produto muito focado em um público qualificado. Neste caso, 30% do empreendimento foi vendido antes mesmo do início da campanha de marketing, impactando em uma economia na verba destinada para essas ações.

Cruzando dados públicos com números da própria plataforma, a startup realizou um estudo para definir a melhor localização, a área construtiva, a quantidade de unidades e uma estimativa do volume do público, a faixa de renda, da quantidade de pessoas na região com potencial de compra e a rentabilidade do empreendimento.

Após o estudo, as empresas parceiras levaram a ideia para um escritório de arquitetura, que fez o projeto com base no fluxo migratório que existe na cidade e outros dados que ajudaram no desenvolvimento do produto. A construtora Tropical comprou a proposta e iniciou o trabalho.

“Nós fizemos o caminho contrário do tradicional. Com o estudo, sabemos onde reside o público-alvo, os lugares que essas pessoas frequentam e seus estilos de vida. Sabemos quantos são empreendedores, quantos são médicos, quantos são executivos, etc, então, a estratégia de marketing, é muito mais assertiva. Um volume considerável de unidades foi vendido antes mesmo das publicidades, justamente por atingirmos os clientes certos. Não fizemos nada além de oferecer para as pessoas o que elas já precisam ou gostariam”, pontua Guilherme Carnicelli, head de desenvolvimento imobiliário da EEmovel.

A EEmovel ressalta que mesmo utilizando dados públicos de cartórios e outras instituições públicas para cruzar as informações com os levantamentos da plataforma, esses dados não são divulgados. A startup ainda afirma que não tem acessos a quem são as pessoas que eles analisaram e muito menos sabem a sua renda. A análise é feita apenas em cima de uma quantidade existente e considerável de pessoas na faixa etária escolhida e com potencial de compra naquela região. A LGPD é cumprida em sua totalidade.