EmCasa recebe aporte de R$ 110 milhões

A EmCasa, proptech que combina tecnologia e profissionais contratados e qualificados pela própria empresa para melhorar a experiência de compra e venda de imóveis, anuncia aporte de R$110 milhões. A empresa pretende investir o valor em tecnologias proprietárias, expansão da operação para novos bairros e cidades, e desenvolvimento de produtos financeiros. Atualmente, a proptech opera em São Paulo e Rio de Janeiro.

O mix de novos investidores inclui empresas líderes e com experiência no setor, como a Globo Ventures que no seu portfólio de investimentos teve participação no Grupo Zap Viva Real, a Igah Ventures que já realizou investimentos em 60 startups, dentre elas a Infracommerce, e outros fundos de venture capital brasileiros e internacionais, como a Flybridge. Os fundos que já haviam participado de investimentos anteriores e que continuam apostando na EmCasa incluem a Monashees, MAYA Capital, Pear Ventures, NBV e ONEVC. 

“A compra da casa própria é a transação mais importante da vida das pessoas, e a EmCasa nasceu para fazer essa experiência ser mais simples, agradável e segura”, declara Gustavo Vaz, fundador e CEO da empresa. “O investimento será utilizado para o crescimento da EmCasa. Nossa tecnologia proprietária e modelo de atuação inovador já deixaram milhares de clientes satisfeitos, e o objetivo agora é levar esse serviço para cada vez mais pessoas”, complementa Vaz. 

Criada por Gustavo Vaz, Lucas Cardozo e Gabriel Laet, a EmCasa, como a maioria das startups, nasceu com o propósito de sanar uma dor de mercado. Gustavo é filho de mãe corretora de imóveis e cresceu conhecendo as dificuldades do mercado imobiliário. “A minha mãe passou mais de 15 anos trabalhando duríssimo, todos os finais de semana, fazendo de tudo para entregar um bom serviço, mesmo sem ferramentas, recursos, e segurança. Era muita ineficiência e dor de cabeça que o processo gerava, tanto para compradores e vendedores, como também para os corretores”, comenta Vaz. 


Vaz, Cardozo e Laet se uniram em 2018 para começar a EmCasa com a missão de oferecer a melhor experiência para quem compra e vende imóveis no Brasil. A empresa criou um modelo de negócio inovador que combina tecnologia proprietária e profissionais contratados e qualificados para garantir uma experiência mais eficiente e agradável.  Os Especialistas de Vendas, como são chamados os “novos” corretores, recebem salário fixo para apoiar os clientes em todas as etapas do processo e garantir uma boa experiência, sem pressão para realizar a transação. 

Além disso, o tour virtual 3D, a integração com bancos e a digitalização de todos os processos envolvidos no serviço, permitem que o cliente encontre o imóvel de forma mais precisa, consiga um financiamento imobiliário mais econômico e assine o contrato sem risco.

“A tecnologia tem outro papel muito estratégico no nosso modelo: o de direcionar os Especialistas a entregarem uma melhor experiência de compra e venda. Nós criamos todos os sistemas, algoritmos, processos, e automatizações do zero, e toda essa tecnologia proprietária e inteligência ensinam e apoiam os Especialistas no atendimento ao cliente.”, explica Vaz.

Esse modelo único gerou um aumento significativo na eficiência do negócio e na satisfação dos seus clientes. Hoje os especialistas chegam a vender em média 10 vezes mais imóveis por ano do que os corretores tradicionais, em um tempo três vezes menor comparado a média do mercado (45 dias), resultando em um NPS (índice de satisfação) de 78, um dos maiores do setor.

“A EmCasa criou algo único e inovador – a empresa investigou e mapeou como deveria ser uma jornada ideal de compra e venda, transformou esse conhecimento em desenvolvimento de sistemas e metodologias próprias, e criou uma estrutura internalizada de tecnologia e vendas para apoiar o cliente durante a transação. Os resultados são impressionantes e é uma honra investir na companhia nesse momento especial de aceleração”, declara Luis Lora, Managing Partner da Globo Ventures, executivo que liderou o investimento na startup pela Globo Ventures.

Dennis Wang, managing director da Igah corrobora a afirmação do executivo e o potencial que a gestora de venture capital enxergou na proptech. “Buscamos iniciativas inovadoras, que tenham o foco em soluções tecnológicas, em empresas com um time diversificado e especializado, com um grande potencial de crescimento, como é o caso da EmCasa. Conhecemos a companhia desde quando ainda era uma ideia em 2018 e desde então, acompanhamos o seu crescimento e todo o desenvolvimento, o que fizeram com que a investida tenha se consolidado como um dos principais players do setor”, enfatiza.

Antes dessa captação, a empresa já havia recebido R$48 milhões em investimento. O valor foi utilizado para construir os sistemas e metodologias que a empresa utiliza atualmente. Parte do investimento também foi destinado ao crescimento do time e ao marketplace, que hoje já contempla mais de dez mil imóveis cadastrados no site.

Sobre o futuro do mercado imobiliário, Vaz é otimista: “O mercado imobiliário tem bastante espaço para desenvolvimento. É um mercado massivo e extremamente fragmentado que, até hoje, vivenciou pouco investimento em tecnologia e novos modelos de negócio. Com esse investimento, a EmCasa se posiciona como uma das principais proptechs e empresas promissoras do setor”, relata.