Financiamento coletivo x fundo de investimento imobiliário: Como a alta do segmento torna-se ótima alternativa para investidores

Apesar da crise econômica que se intensificou por conta do surgimento do Covid-19, a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) estima que as vendas do setor devem crescer cerca de 11% até o fim deste ano. Na prática, é possível dizer que esse é um nicho promissor para os investidores. No entanto, é necessário estudar as alternativas existentes no mercado a fim de alcançar o sucesso nos investimentos.

De acordo com Leonardo Belisário, cofundador da INCO Investimentos, plataforma de investimentos coletivos, atualmente existem duas opções que se destacam, sendo elas: os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII) e os Investimentos Coletivos. “Para definir a modalidade ideal, é necessário avaliar os diversos aspectos relacionados a esses formatos e ao seu perfil de investidor, visto que à primeira vista esses modelos podem parecer similares, mas são extremamente diferentes. O retorno pelo FII, por exemplo, é interligado aos acontecimentos externos do mercado”, diz o executivo.

Ainda de acordo com o cofundador, trata-se de uma alternativa que se encaixa mais com investidores arrojados, já que o processo de investimento envolve oscilações. “Por sua vez, o formato coletivo combina com um perfil conservador ou moderado porque funciona via renda fixa. Ou seja, com prazo de retorno e taxas bem definidas”, conta Belisário.

Pensando em desmistificar os dois principais investimentos no mercado imobiliário, Belisário reuniu alguns pontos relacionados às modalidades. Confira abaixo:

Fundos de Investimentos Imobiliários

Tratam-se de fundos compostos de investimentos imobiliários, sejam eles em imóveis físicos (shoppings, galpões logísticos e afins) ou em aplicações financeiras do setor imobiliário (LCI, CRIs). Nesse tipo de investimento, o investidor adquire cotas de valores iguais, comprando uma pequena parte de imóveis físicos ou papéis que representam contratos no mercado imobiliário.

“Neste caso, o investidor compra um papel que é operado pelo gestor responsável por fazer as aplicações e modificações necessárias ao patrimônio do fundo. Aqui, as rentabilidades variam de 0,6% ao mês a 0,7% ao mês”, pontua o cofundador.

Investimentos Coletivos

No investimento coletivo é possível investir em incorporações imobiliárias, empreendimentos de renda, assim como comprar participações de imóveis comerciais. Para entender esse formato, basta pensar nas famosas ‘vaquinhas’. Ou seja, é estipulado um valor-alvo no qual um grupo de pessoas realiza aplicações com o intuito de alcançá-lo.

Nos investimentos coletivos, o interessado não se torna sócio do projeto, apenas emprestará uma quantia que resultará em uma renda fixa média de até 1,5% ao mês. “Além de proporcionar um começo por meio de um baixo investimento inicial, essa alternativa é mais simples e objetiva, já que não há a participação de terceiros. O investidor compra diretamente do empreendedor a participação no imóvel. Desta maneira, torna-se mais claro ao investidor a qual imóvel o seu dinheiro está sendo destinado”, revela o executivo.

Belisário ainda ressalta que o ponto de atenção em relação aos investimentos coletivos é o fato de que o investidor está sujeito ao não pagamento de retorno das incorporadoras, mas que atualmente existem tecnologias no mercado dispostas a diminuir esse risco. Na prática, essa é a proposta da INCO. “Nós conectamos investidores comuns, ou seja, pessoas interessadas em investir, mas que não precisam necessariamente ter um conhecimento de mercado a incorporadoras que passam por uma seleção criteriosa, tanto que a nossa taxa de aprovação de projetos a serem financiados é menos de 10%”, explica.