Gerenciamento de empresas no setor imobiliário: 3 tendências para o “novo normal”

Por Regis Souza

Mesmo em meio a pandemia causada pelo COVID-19, o mercado imobiliário começa a retomar e respirar com mais tranquilidade. Após anos de gargalo, enfrentados principalmente na recessão de 2014 a 2016, o setor começa a aquecer devido a medidas do governo, ampliação do crédito e taxas mais baixas de juros, como a Selic que está em 2% ao ano, menor patamar desde 1999. Para se ter uma ideia, as vendas no primeiro semestre de 2020 foram as maiores para o período desde 2014. Foram mais de 61.600 imóveis vendidos entre janeiro e junho, o que representa um crescimento de 10,6% em relação aos primeiros seis meses de 2019. O mês de maio foi o melhor desde março de 2015, com 12.707 imóveis vendidos, segundo a Abrainc e a Fipe. 

É necessário verificar se esses imóveis se enquadram em todas as medidas de segurança e legislação. Para garantir a manutenção das operações e eliminação de multas, além de prejuízos financeiros e de reputação da marca, é necessário que imóveis de uso comercial e industrial estejam legalizados nos Órgãos Públicos. É preciso ter uma clara visualização das necessidades de cada imóvel, realizando o estudo de viabilidade do empreendimento, é possível analisar detalhadamente a legislação afim de obter todo o histórico do imóvel perante aos Órgãos Públicos e os próximos passos na legalização da atividade do cliente. 

O mercado imobiliário e as empresas do setor também devem adotar medidas para se enquadrar na cultura e tendências de um “novo normal”. Tudo se torna cada dia mais digital, o home office passou a ser visto com bons olhos, assim como medidas mais flexíveis de trabalho. As pessoas buscam ainda mais relações humanizadas, de qualidade e com o auxílio da tecnologia, por isso tanto as construtoras, consultorias e incorporações devem adotar processos de qualidade interna e com os clientes.

Abaixo, listo três tendências e pontos que o mercado deve se atentar e adotar para o “novo normal”. Confira: 

1 – Análise da Regularidade Documental do Imóvel: quem aluga imóveis para instalação de suas atividades deve verificar se o local está com as suas licenças em dia e atendendo todas as exigências legais. É preciso verificar se o projeto está aprovado na prefeitura e possui toda documentação atualizada, como o Habite-se, por exemplo. Além disso, fique atento, com documentos como o Auto de Vistoria do corpo de bombeiros, Projeto aprovado em Prefeitura e se a atividade pretendida é permitida na zona do imóvel. 

2 – Utilização da tecnologia: com a revolução tecnológica, torna-se necessário adoção de ferramentas em diversos setores – no setor imobiliário isso não foi diferente. Pensando nisso foi desenvolvido um software pela empresa levando em consideração todas as necessidades do cliente para o gerenciamento dos seus ativos imobiliários próprios e locados, sendo eles Bens de Uso – BDU ou Bens Não de Uso – BNDU. O PropertyDocs permite acesso em tempo real aos imóveis da carteira, além da centralização e facilidade no controle da situação patrimonial de cada imóvel com relatórios e análises gráficas, também permite o controle das pendências e obrigações, assegurando a mitigação de multas e associadas às irregularidades dos imóveis. 

3 – Mais humanização e qualidade nos processos internos: com o crescimento do setor e a migração para o digital é necessário garantir a otimização de processos e a agilidade no desenvolvimento de produtos para levar satisfação aos clientes, colaboradores e empresas. A tendência de crescimento do setor é uma realidade, por isso é importante adotar a ISO 9001, um sistema de gestão da qualidade, focado em garantir que o negócio forneça um nível consistente de qualidade aos seus clientes, oferecendo processos e procedimentos bem definidos e regularmente revistos. Esse sistema também se integra aos procedimentos de negócios já presentes e ainda se torna parte da cultura dentro da organização. 

Também é preciso olhar para oito princípios essenciais de negócios, entre eles: foco no cliente, liderança, envolvimento de pessoas, processos de abordagem, abordagem do sistema à gestão, melhoria contínua, abordagem factual para a tomada de decisões e relações mutuamente benéficas com fornecedores. Além disso, é preciso focar na gestão do negócio assim como na gestão das demandas dos clientes. 

Regis Souza, CEO da Property Management