MRV amplia uso da tecnologia BIM em seus métodos construtivos

Até janeiro de 2.023, 100% das obras da MRV deverão ser executadas com uso da tecnologia BIM (Building Information Modeling), desde a concepção até a etapa final. A meta faz parte de um plano de inovação, iniciado ainda em 2015, que paulatinamente vem integrando a modelagem tridimensional aos mais variados processos que envolvem a construção de moradias.

Atualmente, todos os projetos que estão em andamento na MRV já nasceram dentro desse novo conceito de metodologia em 3D, que substitui as tradicionais plantas de construção e reúne todas as informações de uma obra em uma única base de dados, totalmente digital. Um deles é o Residencial Tupinambás, no Rio de Janeiro, que já está em fase de conclusão (vide foto).

O objetivo para os próximos 12 meses é integrar o BIM a todas as etapas do processo construtivo, até a fase de entrega (detalhes abaixo).

Inovação

O software permite que os mais variados setores envolvidos possam, de maneira colaborativa, projetar, construir e operar uma edificação. Dessa forma, garante maior agilidade, eficiência e, sobretudo, qualidade na aplicação dos materiais e dos métodos construtivos adotados.

Desde janeiro de 2021, mais de 250 empreendimentos foram projetados via BIM. “Todos os lançamentos que estão em execução este ano foram criados a partir do BIM. Nenhum projeto nasce mais sem o uso dessa metodologia”, destaca André Jorge de Souza e Souza, gestor executivo de projetos da MRV.

Vantagens

Dentre as principais vantagens observadas, ele cita a facilidade de compatibilização das estruturas das edificações projetadas com sistemas de hidráulica e elétrica. “Antigamente isso era feito a partir da sobreposição de plantas e havia muitos conflitos. Alguns, inclusive, só eram identificados durante a execução das obras ou até mesmo depois. Ao mudar o processo de modelagem, com a construção virtual, a assertividade passou a ser muito grande. O projeto nasce praticamente compatível entre si. Tudo é testado ainda na fase de planejamento”, enfatiza Souza.

Ele também menciona a possibilidade de melhor aproveitamento e ocupação de terrenos. “O BIM ajuda muito nesse sentido. A topografia dos terrenos é captada por drones, e o conteúdo já é imediatamente traduzido para o software de modelagem. Dessa forma, fica muito mais fácil buscar soluções em cima de um modelo 3D”.

Outra vantagem mencionada por Souza é a possibilidade de rastrear eventuais problemas futuros. “Por reunir todas as informações que envolvem a construção, o BIM funciona como um data-base para a toda cadeia. É um banco de dados que fica guardado para a eternidade e pode ser acionado a qualquer momento. Tudo isso se reflete em qualidade e segurança”.

A nova tecnologia também já vem auxiliando clientes no momento da decisão da compra do imóvel. “Por meio do BIM, já é possível avaliar as exatas dimensões de cada imóvel; a luminosidade; diferentes tipos de revestimento e de decoração. O cliente tem uma maior clareza e entendimento em relação ao imóvel que se quer comprar ainda durante a fase de projeto”, ressalta o gestor de projetos da MRV.

Integração total em 2023

O desafio para os próximos 12 meses, segundo ele, é agregar o BIM a todas as etapas que envolvem o processo construtivo das moradias erguidas pela MRV. “Além da fase de projetos, onde já está presente em 100% das etapas, queremos incorporar o uso dessa tecnologia às fases de execução, agregando variáveis de tempo, custo, estoque, gestão de ativos, eficiência e até mesmo sustentabilidade”.