No Dia Internacional da Mulher, confira projetos de arquitetas brasileiras para inspiração

Arquitetura e decoração são segmentos predominantemente femininos nos quais as mulheres trabalham com muita dedicação para sempre entregar projetos espetaculares

O dia 08 de março é uma data muito importante para todas as mulheres. É tempo de relembrar a força delas, seus direitos diante à sociedade e o árduo caminho que foi percorrido até terem conquistado tudo que têm hoje. Além disso, é momento de se afirmarem como merecedoras de uma trajetória de sucesso, seja ela familiar, profissional e/ou pessoal, de também não dar ouvidos aos infelizes comentários nos quais o desempenho de atividades, pensamentos ou ações são colocados em questionamento e rotulados conforme o gênero, e de não esquecer jamais que lugar de mulher é onde ela quiser.

Dentro do segmento da arquitetura e decoração, as mulheres são mais do que as estrelas. O mercado majoritariamente feminino, é liderado por profissionais que sabem impor respeito e mostram diariamente seus conhecimentos com entregas de projetos maravilhosos. Pensando no valor do Dia Internacional da Mulher para reforçar a importância da igualdade de gênero, a Simonetto, marca especializada em mobiliário planejado, elaborou uma lista com três arquitetas para acompanhar o trabalho e que são ótimas fontes de inspiração para futuros projetos.

“A Simonetto possui uma parceria de confiança com centenas de profissionais mulheres em todo Brasil. Conseguimos perceber diariamente a qualidade e dedicação empregada em cada projeto, elas sempre oferecem o melhor de si para conseguir adaptar as necessidades e demandas de cada cliente. Acreditamos que a sensibilidade feminina é um dos grandes diferencias quando falamos da mulher na área da arquitetura e design, é esse sentimento que as conduzem a entender e traduzir as necessidades estéticas e funcionais de cada projeto de forma especial e única”, conta Fabiane Selhorst, diretora comercial da marca.

Confira.

(Imagem: Camila Santos)

Patricia Grasseli atua em Vitoria/ES. Guiada pelas preferências do cliente, devido à forte onda do mercado, hoje, a arquiteta trabalha com projetos mais contemporâneos com toques personalizados. Nesta sala de estar, estão representadas essas características. “Assinamos um apartamento decorado onde tiramos partido da integração dos ambientes e usamos acabamentos que dialogam entre si, trazendo harmonia para o apartamento. Projetamos um painel ripado para a TV, o que fez o maior sucesso”, conta Patricia.

Sobre a relevância do 08 de março, a profissional considera que é um dia de reconhecimento importante na luta feminina em favor de seus direitos. “Na área do design de interiores existe uma maior aceitação feminina no trabalho, acreditamos que por conta de se tratar de assuntos mais “delicados”, principalmente por envolver a casa, na nossa cultura isso é muito do feminino mesmo”, comenta. Mesmo com essa valorização, Patricia ainda sente que existe a desconfiança por parte de engenheiros e mestre de obras, por exemplo, na capacidade técnica feminina.

“O cenário é favorável às mulheres porque somos seres que conseguimos dar conta de muitas tarefas e queremos sempre o melhor para nossos clientes. O aumento da procura significa uma maior valorização profissional, acredito que independente do sexo, o cliente busca identificação e empatia”, completa.

Tatiana de Rossi, de Sorriso/MT, tem paixão pelo desafio de estudar e transitar entre os diferentes estilos, entregando o seu melhor e sem perder sua essência. O projeto acima, por exemplo, faz parte de uma reforma para um casal jovem e descolado. A ideia é ter a sala de TV e o home office integráveis. “O grande charme é que as portas, quando fechadas, formam um grande painel e, quando abertas, integram todos os ambientes”, explica.

A profissional acredita que o Dia Internacional da Mulher tem a missão de lembrar o poder e a força feminina. “É um momento para que todos parem e pensem na importância e na beleza da vida de cada mulher”, conta. Em relação ao mercado de trabalho, Tatiana acredita que as mulheres são dominantes em seu segmento de atuação. Contudo, que ainda há um longo caminho na valorização, tanto do mercado dos arquitetos, quanto das mulheres no mercado de trabalho em geral. “Mas estamos no caminho, me sinto muito mais admirada do que desvalorizada”, completa.

Para ela, a igualdade é a questão mais importante em torno do tema. “Não sinto diferença em relação a busca pelas mulheres, e honestamente, acredito que é assim que teremos a igualdade. Sem preconceitos, sem preferências e sem distinção ou análise entre homens e mulheres, isso não deveria estar em questão. Espero que que chegue o dia que todos escolham seus arquitetos pela competência, profissionalismo e empatia com o profissional”, ressalta.

Imagem: Mariana Maciel

O escritório da Tatiana Hess, arquiteta, está localizado em Ponta Grossa/PR. A profissional tem gosto pelo estilo contemporâneo e por poder mesclar materiais mais rústicos, como a madeira, com outros sofisticados, no caso do mármore. “O contraste pode ser observado no projeto acima, no qual os tons de cinza, ganham vez no espaço gourmet através dos móveis em gris opaco da Simonetto e do belo mármore polido, um dos poucos que podem ser utilizados em bancadas de cozinha”, explica. A madeira tem seu papel fundamental, iluminada por barras de led, os nichos e prateleiras ganham vida e equilibram a composição do conjunto. A iluminação do ambiente é minimalista; rasgos no gesso distribuem a luz no ambiente como um todo, enquanto que spots direcionados iluminam a área de refeições.

Na opinião da profissional, o dia dedicado às mulheres levanta uma bandeira que diariamente as mulheres se posicionam. “Acho que é uma coisa tão natural nossa de querer abraçar o mundo, e a gente realmente faz isso, abraça a família, os filhos, o trabalho e quem puder. Sinto que já está subentendida essas características no que é ser mulher”, explica. Tatiana ainda complementa que sente existir uma dificuldade maior para o homem dentro da arquitetura do que para o gênero feminino. “Enxergo ser mais difícil, às vezes, para um homem se enquadrar dentro desse universo, principalmente quando ela está voltada para ambientes de interiores. Existe um pouco de preconceito para eles, não para as mulheres. Mas quando eles entram nesse segmento, eles fazem com maestria”, opina.

Em relação a valorização da profissional do segmento, Tatiana sente que houve um acréscimo de mulheres no mercado de trabalho de uma forma geral. Mesmo na construção civil, elas conseguem desenvolver atividades que pedem uma mão de obra mais refinada, mas também àquelas que pedem um trabalho bruto. “O principal ponto, independente da área de atuação, é ter paixão naquilo que faz, fazer porque gosta. Isso faz a diferença no resultado, torna-se visível pelo seu cliente, pelo seu parceiro, pelo fornecedor. Então, você tem que gostar daquilo que você faz e fazer por amor, não por obrigação, você vai ter o reconhecimento no final”, finaliza.