“Os Fundos Imobiliários serão a nova poupança”, afirma Diego Siqueira, CEO da TG Core

Confira quais são os três principais motivos que levam os FIIs a serem os prediletos na hora de investir

Os Fundos Imobiliários bateram recorde ano passado – o volume de novas emissões, o maior da história segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), atingiu R$ 32,5 bilhões até novembro de 2019, mais que o dobro do recorde anterior, de R$ 16,1 bilhões, lançados em 2011. Já em 2020, apesar da pandemia causada pelo Coronavírus, os FIIs alcançaram a marca de 1 milhão de investidores pessoas físicas. “Esse é o melhor momento da história para o setor, estamos vendo uma taxa de crescimento constante, 10 vezes mais o que tínhamos há 2 anos”, comenta Diego Siqueira, CEO da TG Core, gestora independente.

Para o CEO, os FIIs vão ser a nova poupança dos brasileiros por três principais motivos: segurança, familiaridade e potencial de rentabilidade. “Primeiro, os Fundos tem lastro imobiliário – a cultura brasileira é bastante patrimonialista, então, ter garantia no imóvel gera uma certa segurança, um conforto. Segundo, eles trazem familiaridade: todo mundo já morou em algum local alugado ou mesmo próprio, que precisou vender ou alugar, e entende um pouco contexto imobiliário. Terceiro: com a queda dos juros, o brasileiro vem buscando alternativas mais rentáveis e os FIIs trazem isso”, explica.

A base de cotistas em Fundos Imobiliários teve um crescimento de 57,2% este ano, de acordo com a B3. Outra vantagem dos FIIs é que o investidor não fica preso a apenas um tipo de empreendimento, como é comum em imóveis físicos. É possível investir não só em residenciais, mas também em comerciais: loteamentos, galpões, lajes corporativas, etc. “Acredito que em breve, ao invés de abrir uma conta poupança para juntar dinheiro para a faculdade dos filhos, os pais abrirão contas em gestoras de fundos para garantir o futuro da família”, diz Diego. Por ser um produto acessível e simples, qualquer pessoa pode se tornar um cotista.

Entidades como a CVM, Anbima e a própria B3 investem em eventos e na divulgação de informações que ajudam as pessoas a conhecer um pouco mais sobre os fundos de investimento imobiliário e tirar todas as dúvidas sobre seu funcionamento – o que deve ajudar a aumentar cada vez mais o número de investidores nessa modalidade nos próximos anos.