Preços de imóveis comerciais avançam pelo 3° mês consecutivo

Segundo Índice FipeZap, preços de venda e locação do segmento acumulam altas de 0,20% e 0,41% no 1º trimestre, respectivamente
■ Análise do último mês: o preço médio de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² apresentou ligeira alta de 0,07% em março de 2021, enquanto o preço médio de locação avançou 0,28% no mesmo período. Como resultado, as variações de preço registrados para o segmento comercial foram inferiores às variações do IPCA/IBGE (+0,93%) e do IGP-M/FGV (+2,94%) no período. No caso específico do preço médio de venda, os aumentos observados em cidades como: Campinas, (+0,75%), Curitiba (+0,30%), Salvador (+0,23%), Rio de Janeiro (+0,17%), Florianópolis (+0,08%) e São Paulo (+0,05%) se sobrepuseram aos recuos registrados em outras localidades monitoradas – Porto Alegre (-0,48%), Brasília (-0,25%), Niterói (-0,22%) e Belo Horizonte (-0,11%). Já no caso do preço médio de locação do segmento comercial, variações positivas foram registradas em Curitiba (+1,61%), Florianópolis (+0,79%), Campinas (0,58%), Porto Alegre (+0,37%), São Paulo (+0,25%), Belo Horizonte (+0,13%), Salvador (+0,12%) e Rio de Janeiro (+0,01%), ao passo que Niterói (-0,60%) e Brasília (-0,45%) apresentaram queda no preço médio em março.

■ Análise do acumulado em 12 meses: o preço médio de venda comercial acumula queda nominal de 1,02% nos últimos 12 meses, enquanto o preço médio de locação desse segmento exibe um recuo de 0,75%. Comparativamente, ambos resultados são inferiores às variações acumuladas pelo IPCA/IBGE (+6,10%) e pelo IGP-M/FGV (+31,10%) para esse recorte temporal. Entre as cidades monitoradas, houve aumento do preço médio de venda comercial em Curitiba (+1,90%), Campinas (+1,32%), São Paulo (+0,86%) e Salvador (+0,10%), em contraste ao recuo observado em Brasília (-11,31%), Porto Alegre (-3,79%), Belo Horizonte (-3,76%), Niterói (-3,37%), Rio de Janeiro (-2,54%) e Florianópolis (-0,50%). Quanto ao preço médio de locação, registra-se aumento em Niterói (+2,28%), São Paulo (+1,60%), Salvador (+1,33%), Porto Alegre (+1,12%) e Florianópolis (+0,20%), contrapondo-se às quedas no Rio de Janeiro (-6,42%), em Brasília (-2,98%), Curitiba (-1,45%) e Belo Horizonte (-0,43%).

■ Preço médio de venda e locação: em março de 2021, o valor médio do m2 de imóveis comerciais anunciados nas cidades monitoradas pelo Índice FipeZap Comercial foi de R$ 8.428/m2 , no caso de imóveis comerciais anunciados para venda, e de R$ 37,18/m2 , entre aqueles destinados para locação. Entre todas as 10 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap Comercial, a cidade de São Paulo se destacou com o maior valor médio tanto para venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² (R$ 9.642/m2), quanto para locação de imóveis do mesmo segmento (R$ 44,26/m2). Comparativamente, no Rio de Janeiro, os preços médios de venda e de locação de salas e conjuntos comerciais anunciados foram de R$ 9.292/m² e R$ 36,83/m², respectivamente.

■ Rentabilidade do aluguel comercial*: pela razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis comerciais, é possível obter uma medida da rentabilidade para o investidor que opta por investir no imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel (rental yield). O indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade de salas e conjuntos comerciais em relação a outras opções de investimento disponíveis (como, por exemplo, investimento em imóveis residenciais para obtenção de aluguel e aplicações financeiras). Em março de 2021, o retorno médio do aluguel comercial (anualizado) foi calculado em 5,44% ao ano, superando a rentabilidade do aluguel do segmento residencial (4,68% ao ano), bem como o retorno médio real de aplicações financeiras de referência.

Nota (*): os preços considerados no indicador incluem apenas aqueles veiculados em anúncios para novos aluguéis. O Índice FipeZap não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, capta-se de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda pelo aluguel de espaços comerciais ao longo do tempo.