Novo Plano Diretor é impulso para mais construções sustentáveis em São Paulo

Por João Lobato, arquiteto e urbanista e sócio da GrowT

É impossível falar sobre construção civil sem pensar também no Plano Diretor, peça fundamental para a gestão e planejamento urbano em cidades ao redor do mundo. Partindo do princípio que trata-se de um instrumento legal que estabelece diretrizes e normas para o desenvolvimento territorial, é ainda mais importante quando falamos de um grande município como São Paulo.

Esse importante instrumento vem sofrendo algumas alterações nos últimos anos, caminhando também com um momento em que o mundo todo passa a falar mais sobre sustentabilidade, principalmente por conta das alterações climáticas.  Por sua vez, o Plano Diretor vem para ajudar a retardar prejuízos causados pelo aquecimento global e outros fenômenos contra o meio ambiente.

O impacto é mundial, então as alterações no Plano de São Paulo foram feitas pensando globalmente, afinal, trata-se de uma das maiores cidades do mundo e o pontapé inicial já foi dado pela prefeitura, visando condições melhores até 2030, ainda que o atual Plano Diretor vigore de 2024 até 2034.

Sobre suas alterações, existem criações de leis de incentivo, como implantação de energias renováveis, utilizações e métodos de reaproveitamento de água, entre outros. Muitas pessoas, no entanto, já fazem esse tipo de mudança sem lei de incentivo, pois como dito anteriormente, a sustentabilidade é uma tendência.

De maneira geral, o Plano Diretor possui alguns elementos-chaves, como é o caso da definição de áreas para atividades residenciais, comerciais, industriais e de lazer, contribuindo para que não haja ocupação desordenada do espaço urbano. Outro elemento é a inclusão de medidas para a preservação de áreas verdes, gestão de recursos hídricos e controle da poluição, promovendo a sustentabilidade ambiental, nosso principal foco no momento.

Uma característica crucial do Plano é a participação ativa da comunidade no processo de elaboração e revisão. Audiências públicas, consultas populares e mecanismos de participação direta permitem que os cidadãos expressem suas necessidades e preocupações, contribuindo para um planejamento mais democrático e inclusivo.

Vale deixar claro que o sucesso de um Plano Diretor reflete na melhoria da qualidade de vida urbana. Um desenvolvimento ordenado resulta em ambientes mais seguros, acessíveis, além de sustentáveis. A previsibilidade e a estabilidade proporcionadas por ele também são atrativas para investimentos, promovendo o crescimento econômico.

É  claro que alguns problemas podem surgir neste caminho, como resistência de interesses particulares, falta de recursos financeiros e mudanças nas dinâmicas urbanas. A adaptação contínua e revisões periódicas são essenciais para manter a eficácia do plano em um ambiente urbano em constante evolução.

Otimismo em obras: construção civil promete desempenho promissor em 2024

Por Eduarda Tolentino, sócia e presidente da BRZ Empreendimentos 

Com indicadores econômicos e tendências favoráveis que apontam para um crescimento notável, a construção civil no Brasil está prestes a embarcar em uma jornada aquecida em 2024, após um ano de desaceleração devido às altas taxas de juros. Considerado o termômetro da economia, o setor é um dos responsáveis por impulsionar o desenvolvimento do país. As perspectivas animadoras refletem ações que devem impactar não apenas o mercado, como também diversos setores da sociedade. 

De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o PIB da construção deve crescer 1,3% em 2024. A estimativa de redução da taxa Selic, que em 2023 fechou o ano a 11,75%, deve ainda facilitar o acesso ao crédito imobiliário e estimular a compra de imóveis. Pelas projeções do Boletim Focus, do BC, esse importante indicador deve terminar 2024 em 9,25% ao ano. Para se ter ideia, em 2022, a Selic fechou em 13,75%. 

Investimentos em infraestrutura 

O primeiro semestre de 2024, sobretudo, deve ser movimentado por obras públicas com a chegada das eleições municipais. Esses investimentos não só criarão oportunidades de emprego, mas também estimularão a demanda por materiais de construção e serviços relacionados. 

Outro fator que deve contribuir para o crescimento do setor, segundo entidades especialistas na área, é a continuidade dos programas governamentais de incentivo à habitação, como o Minha Casa Minha Vida. A iniciativa, que desde sua criação já beneficiou mais de 6 milhões de famílias, deve ser ampliada em 2024, com a liberação de recursos adicionais para a construção de unidades da faixa 1. Além disso, haverá também o incremento de 50% nos saldos das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 

Crescente urbanização 

Ainda a crescente urbanização no Brasil é um fenômeno que contribui diretamente para o impulso do segmento ano a ano. À medida que mais pessoas buscam oportunidades nas áreas urbanas, a demanda por habitação e infraestrutura acompanha esse movimento. Isso promove o desenvolvimento de novos empreendimentos imobiliários e alavanca a renovação de áreas existentes, resultando em um ciclo virtuoso para a construção civil. 

Muito além da edificação de estruturas 

O setor da construção civil também desempenha papel fundamental na redução das taxas de desemprego no país e, com o cenário aquecido em 2024, a geração de novos postos de trabalho deve seguir em alta. Para ilustrar esse potencial, desde o início do segundo semestre de 2020, a construção civil já criou mais de meio milhão de novos empregos, segundo a CBIC, o que evidencia toda a importância social e econômica por trás das obras. Além disso, o setor é um catalisador para o crescimento de outros segmentos, como o mercado imobiliário, de materiais de construção e até mesmo o ramo de tecnologia, que se beneficia com inovações voltadas à sustentabilidade e à eficiência construtiva. 

Impactos sustentáveis 

A perspectiva de crescimento da construção civil em 2024 ainda representa a possibilidade de criar comunidades mais sustentáveis e resilientes. A adoção de práticas mais eficientes e amigáveis ao meio ambiente é uma tendência crescente, o que reflete na preocupação com o presente e no legado que deixaremos para as gerações futuras. 

Como se vê, o segmento em cena é um dos mais importantes da economia brasileira. Portanto, o seu progresso sempre impactará todo o país. A previsão de redução da Selic, o forte investimento em infraestruturas, o crescimento urbano, a geração de empregos e a busca por práticas mais sustentáveis convergem ainda para a criação de um ambiente muito mais favorável a um movimento ascendente. 

Confiança da Construção recua -0,2 ponto em janeiro

O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE manteve relativamente estável em janeiro ao variar -0,2 ponto, para 95,8 pontos. Na média móvel trimestral, o índice registrou 0,2 ponto de alta.
 

“A relativa estabilidade da confiança em janeiro reflete uma correção das expectativas. As empresas de infraestrutura ficaram menos otimistas. Em contraposição, a confiança das empresas de Edificações Residenciais avançou impulsionada especialmente pelas perspectivas com a demanda. Em todo caso, vale destacar que apesar do ICST registrar um pessimismo moderado para o conjunto do setor, o percentual de empresas que espera crescimento da demanda supera o percentual de queda em todos os segmentos, sinalizando que a expectativa que prevalece para os primeiros meses do ano é de crescimento.”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
 

O primeiro resultado do ICST deste ano reflete exclusivamente a piora das expectativas dos empresários nos próximos mês. O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 1,0 ponto, para 97,2 pontos. Por outro lado, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,7 ponto, para 94,7 pontos.
 

Os componentes dos ISA-CST variaram em sentidos opostos: o indicador de situação atual dos negócios subiu 2,0 pontos, para 94,4 pontos, e o indicador de volume da carteira de contratos recuou 0,6 ponto, para 94,9 pontos.
 

Os componentes do IE-S também tiveram variações contrárias. O indicador de demanda prevista para os próximos três meses caiu 3,3 pontos, para 97,6 pontos, menor nível desde junho do ano passado, enquanto o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses subiu 1,3 ponto, para 96,8 pontos.
 

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção teve retração de 1,7 ponto percentual, para 77,1%. Os Nucis de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos retraíram 1,6 e 0,8 p.p., para 78,4% e 72,6%, respectivamente.
 

Limitação à melhoria dos negócios: mão de obra deve se manter como uma das principais dificuldades em 2024

Ao longo de 2023 Demanda Insuficiente e Falta de mão de obra Qualificada disputaram o topo do ranking de maiores limitações à melhoria dos negócios no setor. A perspectiva de crescimento dos investimentos no mercado de Edificações Residenciais ao longo do ano, impulsionados pelo MCMV deve aumentar a mão de obra qualificada como limitação, avaliou Ana Castelo.

INCC-M varia 0,23% em janeiro

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) apresentou uma variação de 0,23% em janeiro, inferior a taxa de 0,26% registrado no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula alta de 3,23% em 12 meses. Em janeiro de 2023, o índice subira 0,32% no mês e registrara um aumento de 9,05% em 12 meses.

A taxa do índice relacionada a Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou desaceleração, passando de 0,28% em dezembro para 0,10% em janeiro. Em contrapartida, o índice referente à Mão de Obra aumentou 0,42% em janeiro, comparado à variação de 0,23% no mês anterior.
 

Materiais, Equipamentos e Serviços

Dentro do grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa relativa a Materiais e Equipamentos teve uma variação de 0,09% em janeiro, o que representa um recuo em relação aos 0,30% observados no mês anterior. Notavelmente, dois dos quatro subgrupos componentes demonstraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para “materiais para instalação”, cuja taxa passou de 1,09% para 0,02%.
 

A variação relativa a Serviços, por sua vez, passou de 0,09% em dezembro para 0,20% em janeiro. Neste grupo, nota-se avanço na taxa do item “projetos”, que passou de -0,12% para 0,18%.
 

Mão de obra

A taxa de variação relacionada ao índice de Mão de Obra foi de 0,42% em janeiro, uma aceleração em relação ao índice de 0,23% observado em dezembro.
 

Capitais

Quanto às taxas de variação, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre experimentaram desaceleração. Por outro lado, Recife e São Paulo, surpreenderam com avanço em suas taxas.

Primaz Corporate: a empresa por trás da venda da sede do Itaú BBA, o prédio mais caro do Brasil

A Primaz Corporate – boutique que atua na intermediação de compra e venda de ativos imobiliários, prestando consultoria especializada – inicia o ano com a meta de ultrapassar R$ 4 bilhões de VGV transacionado até dezembro.
 

Com quase 20 anos de atividade, a Primaz Corporate atende os principais fundos de investimento, fundos de pensão e proprietários de grandes empreendimentos do país. De 2018 até 2022, a empresa esteve à frente de negócios que somavam R$ 1 bilhão ao ano. Mas em 2023 rompeu essa barreira e bateu a marca de R$ 2,5 bilhões de ativos negociados, o que representa mais de 20% do VGV transacionado de ativos de renda.
 

Esse resultado está diretamente relacionado à intermediação da Primaz na aquisição pelo Itaú BBA do icônico edifício onde fica sua sede, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. O prédio foi vendido por um fundo da Brookfield por R$ 1,5 bilhão, maior valor negociado no país, com o metro quadrado em torno de R$ 58 mil/m². O Itaú havia alugado o prédio por dez anos, após construção feita no modelo built to suit, pela Tishman Speyer, que posteriormente passou para a Brookfield.
 

Outra transação recente com consultoria especializada da Primaz foi a compra da sede da OI, no Leblon, Rio de Janeiro, pela gestora imobiliária HSI, por R$ 205 milhões. A empresa anunciou investimento de mais R$ 200 milhões num retrofit que transformará o prédio num triple A, tipologia escassa no bairro mais nobre da Zona Sul carioca.
 

Mais recentemente também a Primaz intermediou negociações na faixa de R$ 550 milhões nos shoppings Diamond Mall, Santana Shopping e Campos Boulevard. “Nesse segmento de shoppings, estamos entre os maiores players em valores negociados”, revela Fernando Oliveira, sócio-fundador da Primaz Corporate.
 

Com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e uma equipe enxuta de executivos com vasta experiência, a empresa vem realizando negócios de peso em todo o país por meio de uma ampla rede de relacionamentos criada desde a sua fundação em 2001.
 

“Nós ajudamos tanto aqueles que querem vender seus ativos, como aqueles que querem comprar novos ativos. Esses negócios podem ser prédios comerciais, shopping centers, galpões logísticos, lojas de varejo, operações estruturadas de SLB, gestão de locação, projetos de M&A, Middle e Small Caps. Além do desenvolvimento de grandes áreas para mercado residencial. Nossa missão é buscar mais rentabilidade nos ativos imobiliários de grande porte em qualquer esfera, seja para a ponta que precisa vender um bem imóvel ou para a ponta que precisa comprar e fazer renda com um ativo imobiliário”, destaca Fernando Oliveira, sócio-fundador da Primaz Corporate.
 

Para Fernando Oliveira, um dos diferenciais da Primaz nos seus dois principais braços de atuação é entender a necessidade de rentabilidade dos clientes e ir atrás dos imóveis ideais. “Temos vários casos em que os imóveis não estavam à venda, mas nós mostramos as vantagens de serem negociados aos proprietários. Levamos boas propostas a eles. Há oportunidades únicas no mercado. Nós somos especialistas em encontrar oportunidades em ativos que estão sendo mal rentabilizados e que ao mudar de dono, atingem melhor performance”, explica. Além disso, o sucesso da empresa está na sociedade com executivos experientes no mercado, como João Claudio Roscoe Fernandes, Felipe Laragnoit Leite, Cláudio Hermolin, Flávio Reis, Adão Coutinho, Renato Renart, Silvio Almeida, e Marcel Lieban.

Alphaville conclui aumento de capital de R$ 685 milhões e ganha novo acionista

O Conselho de Administração da Alphaville S.A. (B3:AVLL3) aprovou nesta quarta-feira (24) a homologação do aumento do capital social da companhia, no valor de R$ 684.791.710,00, mediante a emissão de ações ordinárias. Com isso, a gestora Ulbrex Asset passa a ser o principal acionista da companhia, com 40,49% de participação no capital total.

“A Alphaville é uma empresa com 50 anos de história, presente em 23 estados e reconhecida pela qualidade de seus projetos. Estamos muito entusiasmados com a oportunidade de contribuir para o sucesso de uma marca tão emblemática no setor”, afirma Eduardo Bruni, sócio responsável pelas atividades de gestão da Ulbrex.

A equalização da dívida também contribui para o novo momento da companhia. O endividamento remanescente foi renegociado e terá vencimento em dez anos, com carência de principal e juros de três anos e redução do custo financeiro. Como resultado, a dívida líquida terá uma redução substancial de aproximadamente 80%.

“A operação é um marco importante para a empresa, que passa a ter uma estrutura de capital mais adequada ao seu modelo de negócios, priorizando rentabilidade e geração de caixa, e uma maior capacidade de investimento na ampliação do volume de lançamentos e oferta de produtos”, completa Bruni.

O início da negociação das novas ações (B3:AVLL3) emitidas no âmbito do aumento de capital ocorrerá a partir do dia 25 de janeiro de 2024.

“Nosso volume de lançamentos vem crescendo ano a ano. Apenas em 2023, lançamos R$ 1 bilhão em VGV. Além disso, possuímos um landbank de R$ 23 bilhões em potencial de lançamentos futuros”, destaca Klaus Monteiro, CEO da Alphaville.

Orçamento nos condomínios: especialista dá dicas para melhorar a gestão

Um orçamento completo e eficaz é fundamental para a administração, reduzindo problemas que podem prejudicar severamente a execução dos projetos e do dia a dia. A previsão de gastos permite que os síndicos tomem decisões mais assertivas e sem desperdício de recursos, além de ser o caminho correto para o estabelecimento dos reajustes de valores das taxas condominiais.
 

Nesse processo, é importante definir um orçamento que inclua os gastos fixos e reservar despesas extraordinárias de menor porte, para quando surgem situações não previstas, como a necessidade de trocar peças quebradas antes do prazo previsto para a troca. Para deixar a previsão orçamentária mais realista, o melhor caminho é ter o orçamento do ano em curso e do ano anterior como base, incluir projetos novos e levar em consideração as previsões de aumento anual dos contratos, concessionárias e funcionários.
 

“A taxa mensal da cota condominial normalmente se refere a despesas divididas da seguinte forma: pessoal e encargos correspondem a 50% dos gastos, concessionárias de luz e água, 25%, manutenção, 15% e outras despesas, 10%. Mas, dependendo de como está a gestão do condomínio, é possível sim, reduzir gastos. É preciso fazer uma boa avaliação e fazer investimentos que possam reduzir os gastos no curto, médio e longo prazo”, explica Edgar Pochetsky, diretor executivo da APSA.

Com relação ao pessoal, por exemplo, uma boa dose de organização pode evitar gastos excessivos com horas extras. “Muitas empresas hoje preferem oferecer uma folga compensatória. Outra forma de economizar recursos é terceirizando a mão-de-obra de determinados serviços, como limpeza, segurança e manutenção. E, ainda, outra importante forma de diminuir custos é manter a capacitação da equipe, em vez de estar sempre contratando pessoas novas e tendo gastos com demissões”, explica Edgar.
 

Serviços de água e luz – Quanto ao gastos com as concessionárias, há também alternativas simples que podem ajudar a reduzir os custos. Uma boa gestão passa, sobretudo, por uma revisão dos gastos, a fim de identificar melhorias que possam a levar à redução. Uma delas, por exemplo, é a medição individual para os serviços das concessionárias.
 

“Quando cada um responde por seus gastos, tendem a gastar menos água. Outra dica é fazer inspeções com a frequência necessária, a fim de evitar vazamentos. E priorizar as manutenções preventivas. Manutenções preventivas contribuem para a otimização do caixa do condomínio, pois minimizam problemas maiores, que geram gastos exorbitantes, como ter de trocar uma peça inteira”, diz o CEO.
 

Também é possível economizar água para uso em áreas comuns dos condomínios, com captação e tratamento de água de chuva, e energia, com a instalação de lâmpadas led nas áreas comuns. O uso de placas solares também pode ser avaliado.
 

“Além disso, é preciso estar sempre em campanha estimulando o uso mais consciente, como chamar apenas um elevador em vez de dois ou três. Isso quando não se pode ter um elevador inteligente”.

Manutenção e contratação de serviços – Para reduzir ainda mais os custos do condomínio, uma dica é fazer cotações em plataformas digitais. Utilizar a tecnologia simplifica as cotações do condomínio.
 

A inadimplência também é um problema frequente na administração de condomínios. A falta de pagamento das taxas condominiais incide diretamente na redução do fluxo de caixa. Com isso, o orçamento condominial fica apertado e muitos síndicos ficam impossibilitados de destinar verbas para melhorias ou até mesmo para manutenções rotineiras do empreendimento.
 

“Os síndicos devem olhar para esse ponto com muita atenção, buscando formas de minimizar esse problema. Sugerimos fazer um mapeamento dos inadimplentes, identificando os devedores para realizar a cobrança. O contato com os devedores sendo feito por uma empresa especializada em cobranças extrajudiciais também é uma boa solução. E nessa negociação, o ideal é que as alternativas sejam positivas para os dois lados: estendendo-se o prazo de pagamento ou sugerindo o parcelamento da dívida”, por exemplo.
 

E se o condomínio ainda estiver no vermelho, uma boa alternativa é antecipar recebíveis com empresas que garantem as receitas em dia. Há diversas empresas hoje que fazem esse serviço, tirando do síndico o estresse com as cobranças.
 

Tecnologias – Um bom recurso pra manter os condôminos em dia, é disponibilizar os boletos de forma prática e dar autonomia para que consultem a segunda via do boleto de qualquer lugar, como por meio do aplicativo ou WhatsApp. E estar sempre conscientizando sobre a importância da cota condominial.

Brasil produz 48 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição

Coordenador pedagógico do Movimento Circular, Edson Gandisoli, lembra que boa parte desse material pode ser reciclada ou reaproveitada

O Brasil produziu cerca de 48 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD) em 2021, o que equivale a 227 quilos de materiais de entulho por habitante, segundo o Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil, publicado em 2022 pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A quantidade é 2,9% maior que no ano anterior. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos de 2020, cerca de 30% dos resíduos produzidos no país vêm da construção civil. O relatório também aponta que parte desse material é abandonada em áreas públicas.

O coordenador pedagógico do Movimento Circular, doutor em Educação e Sustentabilidade e pós-doutor pelo Programa Cidades Globais, Edson Grandisoli, comenta que as estimativas de geração de resíduos na construção civil variam de acordo com fatores como tipo de construção, fase da obra, tecnologias e práticas de gestão adotadas. Ele lembra que uma parcela significativa é composta por resíduos originados em reformas, mais que em construções em si, e que mais de 80% poderiam, de alguma forma, ser reciclados ou reaproveitados, como madeira, metais, concreto, tijolos, vidros, plásticos, entre outros. 

“Por isso, é fundamental que haja uma gestão adequada desses resíduos, tanto pelas empresas, construtoras e cidadãos, como pelo poder público”, afirma. Segundo ele, estudos mostram que entre 10% e 30% dos materiais de construção adquiridos para a obra são descartados. “Isso significa que de 10% a 30% do investimento feito na construção é desperdiçado. Paga-se para adquirir, transportar, quebrar, recolher e remover. E paga-se também pelo excesso, materiais que são comprados e descartados sem uso”, afirma.

O coordenador do Movimento Circular explica que adotar práticas sustentáveis e tecnologias avançadas na construção civil pode reduzir significativamente a geração de resíduos, como a pré-fabricação de componentes, a utilização de automação, robótica, a seleção de materiais duráveis e a gestão adequada dos resíduos gerados. Ele orienta que manter o canteiro de obras organizado, separar resíduos por tipo de material e encaminhá-los a empresas certificadas, que dão destinação correta a cada um deles, são medidas que ajudam a diminuir o volume de resíduos do setor.

O Relatório de Status Global de 2022 para Edifícios e Construção, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, aponta que as emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor bateram o recorde de 10 bilhões de toneladas em 2021, 5% maior que no ano anterior. Já o Relatório Global Status Report 2019, da Agência Internacional de Energia (AIE), indica que a construção civil “foi responsável por 36% do uso final de energia e 39% das emissões de dióxido de carbono relacionadas a energia e processos em 2018”. 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a construção civil responde por cerca de 11% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2) decorrentes de atividades humanas. Isso inclui as emissões associadas à produção de materiais de construção, à construção e demolição de edifícios e à operação e manutenção dos edifícios ao longo de sua vida útil. 

Recursos naturais 

Pesquisa da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos de Construção Civil e Demolição (Abrecon) indica que o setor da construção civil representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e, em 2019, gerou aproximadamente 15% do total dos empregos formais do país. Ainda conforme o estudo, o segmento é o que mais consome recursos naturais, em relação a outros setores industriais. De acordo com a Abrecon, entre outros benefícios, a reciclagem preserva o meio ambiente, gera empregos e renda, além de reduzir os custos municipais com a remoção e destinação dos entulhos. 

O descarte incorreto de materiais de construção pode causar problemas como afetar redes de água fluviais, provocando enchentes e, em casos mais graves, poluir o solo e as águas subterrâneas. A Abrecon aponta na pesquisa que foram reciclados cerca de 16% dos resíduos gerados pela construção civil em 2019/2020. Esse material é chamado de agregado reciclado e sua produção anual gira entre 16 milhões e 21 milhões de toneladas no Brasil. 

A capacidade instalada das usinas de agregados reciclados era de 50 milhões de toneladas em 2019, quando o país somava aproximadamente 300 usinas, em torno de 100 públicas e 200 privadas, conforme a Associação. Materiais como tijolos, argamassa, concreto, pedras e cerâmicas podem ser triturados e transformados em brita, pedrisco ou areia, para a construção de pavimentos. Vidros, metais, madeiras e plásticos também podem ser reciclados. 

Mercado imobiliário de Curitiba registra avanço e prospecta crescimento

Parceria com a Housi, promove inovação no morar

O mercado imobiliário de Curitiba está otimista para um 2024 promissor, isso porque um estudo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) revela que o ticket médio de vendas de imóveis atingiu a média de R$ 412 mil em setembro de 2023, o que representa um aumento de 12,8% em comparação com o mês anterior, crescimento expressivo, considerando que a média de agosto era de R$ 366 mil.
 

Além disso, o volume de novos empreendimentos lançados cresceu 15,3%, com 98 projetos e um VGV de R$ 4,6 bilhões. O preço médio do metro quadrado também sofreu um aumento significativo, subindo 17% para chegar a R$ 10,9 mil.

Estes números, divulgados pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademir-PR) e pela Brain — Inteligência Estratégica, superaram até mesmo as projeções mais otimistas do mercado, que estimavam uma queda de 10% em relação a 2021.

No segmento de alto padrão, os últimos dez anos viram um crescimento explosivo no preço do metro quadrado, que teve valorização de 182%, superando a variação de 126,2% do CDI no mesmo período. Os bairros com maior valorização foram Batel (R$ 16,8 mil), Ecoville (R$ 15,1 mil) e Campina do Siqueira (R$ 14 mil).

Curitiba combina uma alta qualidade de vida com uma economia robusta, fatores que explicam este sucesso imobiliário. A cidade possui um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, com um índice de 0,823, comparável a muitos centros europeus. Além disso, a cidade tem se tornado um hub para empresas de tecnologia, serviços e transportes, o que ajudou a elevar o PIB local a R$ 96 bilhões em 2019 — o quinto maior do país, de acordo com o IBGE. Os compradores de imóveis são, predominantemente, membros de tradicionais famílias curitibanas, empresários do agronegócio e jovens executivos bem-sucedidos de fintechs.
 

Cima Engenharia e Empreendimentos Ltda e Housi trazem nova proposta de moradia com o “Nomad” em Curitiba

A renomada Cima Engenharia e Empreendimentos Ltda em parceria com a Housi, famosa proptech do segmento imobiliário, anunciaram o lançamento de um empreendimento em Curitiba, o “Nomad”. O projeto promete oferecer ao tradicional bairro de Vila Izabel uma inovadora e sofisticada proposta de moradia.

Com um total de 112 unidades, o empreendimento está situado em uma região marcada pelo alto padrão e a tranquilidade, características ímpares do bairro. Com fácil acesso aos principais pontos de interesse da cidade, o bairro é reconhecido por sua familiaridade e paz, embora não seja tipicamente voltado para o perfil jovem.
 

“É com grande satisfação que anunciamos o ‘Nomad’, mais um empreendimento com o selo da Housi em Curitiba”, disse Ale Lafer, CEO da Housi. “Nós acreditamos na importância do mercado imobiliário de Curitiba e estamos entusiasmados em trazer nossa experiência em gestão e decoração de unidades para este projeto junto com a Cima, uma empresa de tradição e com grandes projetos de alto padrão”, completou.
 

Embora a data de lançamento ainda seja indefinida, a expectativa é de que as unidades do Nomad sigam o padrão de qualidade da Housi, garantindo uma experiência incomparável aos futuros moradores. A proptech também será responsável pelo serviço de Housi Decor, criando um ambiente aconchegante e contemporâneo em todas as unidades do empreendimento.
 

“A Housi é uma parceira de grande valor para a Cima Engenharia,” disse Vinícius Cima, representante da incorporadora. “Sua presença em nosso projeto agrega valor ao empreendimento, garante a melhor experiência ao morador ou investidor, trazendo inovação, facilidade, gestão e uso inteligente dos espaços. Estamos ansiosos para ver essa parceria florescer no Nomad”.
 

As áreas comuns do empreendimento foram concebidas em colaboração entre as duas empresas. A previsão é que, à semelhança de outros empreendimentos Housi, o Nomad ofereça instalações modernas e atraentes, proporcionando uma experiência de vida de alto padrão para seus moradores. Este é mais um passo importante da Housi em Curitiba, solidificando sua presença no mercado imobiliário da cidade e reforçando a sua reputação de inovação e qualidade.

Com conceito inovador de primeira loja de casas do Brasil, Espaço Smart prevê expansão e faturamento de R$ 500 milhões em 2024

Fernando Scheffer, Fundador e Diretor de Marketing da Espaço Smart

A Espaço Smart está com planos ambiciosos de crescimento para 2024. Com um conceito inovador no mercado, a empresa prevê atingir um faturamento de R$ 500 milhões neste ano e comercializar 750 casas prontas com a metodologia de construção com steel frame. Em 2023, a empresa vendeu 560 casas a um ticket médio de R$ 400 mil por unidade, montante que representou 60% do seu faturamento total. 

“Começamos nossa história revolucionando o mercado com a comercialização de produtos e soluções para a construção a seco. Nosso diferencial sempre foi estar à frente com as tecnologias mais avançadas, e hoje estamos fazendo isso com um conceito inovador de loja de casas, facilitando toda a jornada do nosso cliente no processo de construção”, explica Fernando Scheffer, fundador e diretor de marketing da Espaço Smart. 

O ecossistema do Espaço Smart envolve desde a indústria, com produção do perfil de aço engenheirado e o comercial para as obras em steel frame, além de revestimentos e esquadrias; o varejo, com 32 unidades já existentes no Brasil e no Paraguai que funcionam como showroom e para experiências de desempenho sobre o steel frame; e o e-commerce, que permite que os consumidores comprem uma casa ou edificação comercial com poucos cliques no site; além disso a Espaço Smart conta com o maior time de arquitetura e engenharia do Brasil especializada em Light Steel Frame.

“Apesar de vendermos as casas diretamente pelo e-commerce, avaliamos que as lojas físicas são fundamentais para aproximar a relação com os consumidores, já que eles podem conhecer detalhadamente os produtos e se sentir mais confortáveis para realizar a compra, seja de um item em específico ou da casa pronta. Inclusive com experiências de desempenho sobre o steel frame e suas vedações em Realidade Aumentada” complementa Scheffer. 

Outro passo importante da Espaço Smart foi a aquisição de uma startup de projetos arquitetônicos que aconteceu no ano passado. “Além das várias opções de casas prontas do site, agora conseguimos oferecer projetos personalizados e que já são pensados para a construção em steel frame”, explica Rubens Campos, CEO da Espaço Smart.

Pensando em toda jornada do consumidor, a Espaço Smart também conta com um financiamento próprio, o Smart Crédito, em parceria com o Itaú, que permite a aquisição de materiais e casas prontas em até 60 parcelas. Além disso, a empresa também investe em formação profissional por meio de uma parceria de treinamento com o SENAI, garantindo mão de obra qualificada para atuar no setor.

“A construção a seco não é mais uma tendência ou o futuro da construção. Já é uma realidade”, explica Campos. “Prova disso é que, só em novembro, atingimos a marca de 1 mil toneladas de steel frame vendidas, sendo 75% deste montante destinado para os clientes finais que converteram a construção do método tradicional de alvenaria para o steel frame”.

Fundada em 2014 com intuito de proporcionar construções rápidas, eficientes e sustentáveis no país, a Espaço Smart vem ‘cumprindo à risca’ sua missão no mercado. Em 2023, a companhia obteve um faturamento de R$ 380 milhões e terminou o ano com 500 colaboradores – um crescimento respectivamente de 20% e 42% comparado a 2022. 

De acordo com Scheffer, a junção de todas as suas soluções permite que a companhia atinja seu propósito de transformar a construção civil no Brasil. “Estamos comprometidos com esse objetivo e muito orgulhosos do nosso progresso até agora. A intenção é continuar modificando o status quo da indústria no Brasil, apresentando as vantagens do steel frame ao mercado”, conclui.