Tecnologia no mercado imobiliário: 4 tendências do setor que foram aceleradas pela pandemia e devem permanecer

Acompanhando o desempenho de 2020, o mercado imobiliário nacional continua aquecido impulsionado pelas taxas de juros baixas. Os imóveis adquiridos por meio de financiamento na poupança representaram um crescimento de 43,2% em relação a 2019, de acordo com dados da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em um cenário de pandemia, as startups foram determinantes para contribuir com este crescimento e uma delas que se destacou foi a CrediHome, fintech de crédito imobiliário. 

Por facilitar todo o processo de compra, desde a procura pelo imóvel até a assinatura de contrato com o cartório de forma totalmente digital, a fintech cresceu substancialmente no último ano e destaca alguns exemplos do uso de tecnologia e inovação que foram acelerados pela pandemia e adotados pela empresa, mas que devem permanecer no futuro. 

“A ideia de um mercado imobiliário inflexível, que segue a fórmula simples de apresentação de imóveis, fechamento de contrato e pagamento de comissão, está acabando e vai desaparecer. Isso porque a gestão tem sido mais humanizada e, ao contrário do que muitos pensam, a tecnologia é uma grande aliada para promover esse processo”, explica Bruno Gama, CEO da CrediHome. 

Visitas virtuais

A necessidade do distanciamento social forçou as pessoas a mudarem seus hábitos em diversos aspectos e o consumo foi um deles. Empresas que comercializam produtos tiveram uma adaptação mais simples, visto a tendência de e-commerces já difundida antes da pandemia. Mas no caso de imobiliárias, ficou difícil imaginar  como as pessoas poderiam escolher imóveis sem visitá-los. 

Com isso, as plataformas que ofereceram a modalidade de tour virtual ou 360º saíram na frente ao garantir a experiência do comprador de poder conhecer a casa sem precisar se deslocar até o local. A visita virtual oferece inúmeras vantagens como flexibilidade de horários, onde mais de um cliente pode conhecer o local ao mesmo tempo, além de proporcionar economia para a imobiliária e o próprio comprador. 

Integração com outras startups e empresas

Parcerias com outras empresas e players de segmentos distintos também contribuíram para o fortalecimento do mercado. A CrediHome se uniu em 2020 com empresas do ramo, como o portal imobiliário ImovelWeb, a BeeMob, startup que conecta corretores e imobiliárias e o Mercado Livre, maior marketplace da América Latina.

As parcerias aconteceram por meio de integração dos sistemas. Enquanto cada uma das empresas atua em segmentos específicos e atinge diferentes públicos, a fintech realiza os financiamentos a partir de plataformas personalizadas para cada empresa.

Contratos digitais

De todas as fases que envolvem o financiamento de uma casa, o contrato com os cartórios é talvez uma das mais complexas e morosas. Devido à pandemia, o atendimento deste serviços foi afetado com alguns requerimentos sendo feitos apenas de forma online. Com o objetivo de facilitar os fechamentos de contratos, a CrediHome firmou parceria com cartórios de São Paulo e assim disponibilizou um serviço de assinatura digital , reduzindo o tempo em até 40% de todo o processo. 

Big Data

O gerenciamento e inteligência de dados tem sido utilizado em diversos segmentos econômicos em função da digitalização de processos. Não seria diferente no mercado imobiliário.  

Para o CEO da CrediHome, o uso de dados da forma correta contribui diretamente com a humanização do atendimento. “A tecnologia humanizada abrange os sistemas analíticos, que averiguam os dados sobre clientes e o mercado, utilizando esse conteúdo de maneira segura e responsável. Essas análises são feitas para permitir boas escolhas, pautando-se nas informações recolhidas e interpretadas pela imobiliária. No processo de entender o que é melhor, é necessário unir a percepção humana com as soluções tecnológicas”, esclarece Gama.