Venda e aluguel de imóveis usados crescem em junho e superam números pré-pandemia

O mercado imobiliário se aqueceu bastante em junho, apesar da pandemia. A venda e aluguel de imóveis usados foi a maior dos últimos cinco meses, 10% superiores à média registrada em fevereiro, quando o país ainda não havia registrado casos de Covid-19, aponta levantamento do Painel do Mercado Imobiliário (PMI) da proptech inGaia. A plataforma acompanha o impacto da pandemia no mercado imobiliário por meio de sua base de dados, que atualmente possui mais de 6,3 mil imobiliárias e 38 mil corretores.

Em junho, as outras três etapas de compra de imóveis apresentaram recuperação. Os sites das imobiliárias receberam 1,5 milhão de acessos a mais do que em maio. Também houve aumento no número de visitas presenciais (36%) e propostas realizadas (42%), ante o mês anterior. “Vemos que as pessoas que optaram por adiar a procura e compra de imóveis nos últimos meses por causa da pandemia, estão voltando ao mercado por fatores como a queda nos preços e a diminuição da taxa básica de juros no país”, explica o CEO da inGaia, José Eduardo de Andrade Junior.

Com três milhões de imóveis listados em sua plataforma e base de dados que representa 25% do mercado secundário imobiliário, de janeiro a dezembro de 2019, a inGaia acompanhou o valor geral de R﹩ 13,5 bilhões nas transações de compra e venda e R﹩ 1,2 bilhão no valor geral das operações de locação.

Futuro


O aumento gradual nos negócios apontados pelo PMI ao longo dos últimos meses, demonstra que o mercado imobiliário nacional caminha para a recuperação financeira também por causa da digitalização e adequação dos serviços que primam pelo distanciamento social. “Estamos assistindo uma mudança de hábitos que é imprescindível para a sobrevivência de grande parte dos negócios do setor. Entendemos que a oferta de serviços diferenciados, com menos burocracia e com segurança, irá impulsionar os profissionais a saírem vitoriosos nessa crise”, destaca o presidente da inGaia, Mickael Malka.

inGaia PMI


O Painel do Mercado Imobiliário (PMI) mostra os impactos da pandemia nas quatro etapas que compõem o funil de vendas de imóveis: o acesso aos sites de imobiliárias, visitas concluídas, propostas e o fechamento de transações, em comparativos semanais, mensais, anuais e, também, de acordo com a evolução da pandemia no Brasil. Os panoramas regionais de 13 estados também são apresentados.